Ana Beatriz é uma preta linda, uma jóia rara, preciosa, como a sua mãe a chamava, contudo, em algum momento de sua vida ela esqueceu isso. Os problemas, os medos e a tristeza tomaram conta dela e ela se deixou levar por eles. Edward King já amou uma vez e se depender dele, isso nunca mais vai acontecer. A perda o fez se tornar um homem frio em sua vida profissional e principalmente em sua vida pessoal. A vida de Ana vai se cruzar com a vida de Edward, e por trás do homem de sorriso maroto e encantador, às vezes surge o homem grosseiro e com um temperamento difícil, mas nada que Ana não possa lidar. Juntos os dois aprenderam o quão poderoso o amor pode ser em suas vidas, ele aprenderá a amar, e ela, bom, ELA É UMA JÓIA RARA, só precisa relembrar o seu valor!
Ler maisQuero ver aquela mulher do quarto, aquela que não aceita desaforos. — Estou dizendo que você é um mistério. — Pensa que sou idiota? — Seu tom saiu rude. — Que eu saiba, o significado de obtusa ainda continua o mesmo. Nós nem nos conhecemos e o senhor diz que sou rude, estúpida e com uma inteligência… — Eu disse que sua resposta é obtusa, não falei de você. Como você disse: não te conheço! — Ótimo, agora não sei nem interpretar um texto. — Mas… O quê? — Olho para ela confuso, enquanto a mesma sorria para mim. Foi rápido, mas ouve um sorriso. O tiro saiu pela culatra? Acreditei que eu estivesse no comando de nossa conversa, mas pelo que vejo não estou no controle de nada. A minha vontade era beijar essa boca gostosa dela, mas provocar ela está sendo ótimo também. Ninguém deveria ser linda assim, mas não deveria mesmo! Sorriu com irônia para disfarçar meu embaraço, algo que meus próprios pensamentos causaram. Ela disfaz o sorriso e franze as sobrancelhas aparentando pre
— Senhora Vera, farei uma visita ao seu filho na terça-feira pela manhã. Ele ainda está no mesmo presídio? — Perguntei sem desviar os meus olhos da mulher a minha frente, ela também não desviou e ficou travando uma batalha de olhares comigo. Esforçando-me consideravelmente, foquei na resposta da senhora. — Está, sim, senhor! — Uma conversa apenas. — Volto a avisar. Odeio criar expectativas falsas em alguém. Primeiro pretendo estudar o caso, dependendo do que eu achar, se houver algum erro, não hesitarei em aceitar o caso. Se não houver erros na investigação, ainda quero saber a história do rapaz, poucos conseguem esconder a verdade em seus olhares. — Eu entendo! — Ela diz com o tom moderado, mas ainda feliz. — Boa noite! Senhora Vera, voltamos a conversar na terça-feira. — Certo, Senhor Edward. Meu marido Carlos está agradecendo, ainda que o senhor não aceite, somos gratos por disponibilizar um pouco de seu tempo. — Disponha! Na terça após a minha reunião com seu filh
Pode até parecer prepotência, mas é dessa forma que conduzo a minha empresa.Li os e-mails em que ela enviou e em um deles havia um número, ela pedia que eu ligasse com urgência assim que tivesse lido o e-mail.Pensei muito se deveria ou não ligar, mas precisava dá um, basta nisso. Pego meu celular do bolso e disco o número que a senhora Vera Lúcia pediu para ligar. A ligação chamou por três vezes antes de uma mulher atender com a voz aparentemente cansada.— Alô?— Aqui quem está falando é Edward King, estou falando com a senhora Vera Lúcia?— Senhor Edward? Meu Deus! Não acredito que seja o senhor. — A mulher começou a chorar do outro lado da linha e eu não a entendia mais.Ainda que ela estivesse chorando, a felicidade era nítida na voz da senhora. Isso me fez ficar envergonhado por acabar com a felicidade dela.— Por favor, senhora Vera, não quero ser insensível, mas eu pedir à senhora para parar com a insistência, minha secretária não para de mandar recados da senhora, fora os e
— Então estou cego? — Pelo que estou vendo? Sim, você está cego… — Faz uma pausa e passa a mão na cabeça me olhando com divertimento. — Pelo ciúme! — Ciúme? Não seja ridículo… Olhe, já chega de enrolação Felipe, estou esperando você me dizer o que você está fazendo praticamente em cima dela. — Não é óbvio? — Não para mim! — Vou carregar ela até o sofá... — Ela tem duas pernas em perfeito estado e sabe usá-la, acorde-a! — Ela tem medo de altura, eu não acordarei ela para não lhe causar algum trauma, sei lá… Prefiro não arriscar, Edw. Por essa eu não esperava, mas ainda assim eu não quero que ele a carregue. Mas, por quê? Olhe, não sei e nem quero saber! — Entendi! — Digo simplesmente não querendo pensar se estou ou não com ciúmes. — Cara, você quer levar ela até o sofá? É só pedir! — E eu disse que quero, Felipe? Não Ponha palavras em minha boca. — Está estampado em sua cara que você quer me bater. — Não quero te bater… — Então você não vai se importar que
E não saber explicar o como é o que mais me incomoda, não saber ou entender o porque nos encontramos tantas vezes. Tenho um gosto em saber as respostas das coisas, sou bom nisso! Mas, essa mulher me confunde… Fuck, não consigo nem pensar com clareza perto dela. Minha doce e amada Bella acreditava que certas coisas estão escritas, aquilo que tem que acontecer, nós querendo ou não, acontece, não adianta chorar ou ficar com raiva de tudo e de todos… — “Ou você aceita, ou você aceita, Edw”. — Esse era o seu lema e de certa forma, ela tinha razão… Contudo, eu sempre lhe disse que faço o meu destino! Se algo não está bom? Luto até o fim para conseguir o que quero! Eu não tenho o porque lutar, sei exatamente o que quero e um relacionamento, amor, paixão, ou seja, lá o que for, não está em minha lista de conquista. Que lista de conquista, Edward? Ouço a voz de Bella em minha mente cobrar-me. Se ela estivesse aqui eu diria-lhe: eu já tenho o que quero, não preciso de mais nada!
— Medo de voar? — O senhor Felipe perguntou sentado na poltrona à nossa frente, separado apenas por uma mesa de madeira na cor bege. — Um pouco, meu medo mesmo é de altura, tenho pavor. — Ele rir, mas logo fica sério. — Fique calma, respire fundo, pois o medo só piorará a situação. — Afirmei engolindo seco. — Deixe eu guardar isso para vocês ficarem à vontade. — Disse Márcia ao se aproximar de nós mais uma vez. — Agradeço. — Tiro meu celular e fones de ouvido da mochila e entrego a minha mochila e a de Levi em suas mãos. Ela sorriu e saiu, em seguida, Paulo aparece com quatro garrafas de água em mãos. — Aqui, bebam, vocês devem estar com sede. — Com a mão trêmula peguei a garrafa de suas mãos e sussurrei um agradecimento. Ele senta ao lado do senhor Felipe e afivela o seu sinto também confirmando a sua familiaridade com um avião. Queria ter essa facilidade de me adaptar a todo tipo de ambiente. Nem sempre fui assim, nem sempre tive esse medo de altura. Isso surgiu quand
Eu não conseguia formular nenhuma palavra em minha mente, apenas encarava o homem à minha frente usando calça jeans escura e blusa de manga longa puxada até seu cotovelo. Ele estava mais lindo que da última vez que o vi. Algo que nem tem tanto tempo assim. Logo veio a minha mente uma frase que meu pai sempre me falava, também: deixe o destino te surpreender Beatriz, você gostará. Tá aí! Não gostei nadinha dessa surpresa… Foi uma surpresa miserável, destino filho de uma… Freio meus pensamentos antes que eu pensasse algo que me arrependeria amargamente. Se palavras tem poder, pensamentos devem ser muito piores. A última coisa que quero é xingar o destino e ele aprontar algo ainda pior para mim. Eu preciso sair daqui agora… Meu Deus, o que faço? Olho para a porta e me decepcionei ao ver que ela já estava fechada. Droga! Ouço alguém limpar a garganta e tomo um susto daqueles. Ninguém pode ouvir seus pensamentos, Ana Beatriz, então se acalme. Respiro fundo e volto a enc
— Como é lá dentro, senhor Paulo? — Confortável, belo, luxuoso e ostensivo, Levi. — Seja mais claro, por favor. — Paulo me encarou surpreso. — Ele é pura curiosidade. — Digo e ele sorri. — Na primeira sessão o avião tem um banheiro completo, com ducha e tudo, tem um quarto com uma cama Queen confortável, nunca tomei banho no banheiro, mas é muito chique, cheio de pampa. — Fala com o tom brincalhão arrancando mais risos de nós. — O avião é dividido em 5 partes, Levi. A segunda parte tem uma área de reunião com poltronas confortáveis, a terceira parte tem um espaço com TV e um sofá confortável onde vocês podem descansar, pois, no quarto sempre quem fica é o senhor Edward, quando quer descansar… Tem outra área que é a do café, outro banheiro, contudo, esse é apenas para necessidades urgentes. Uma cozinha completa, tudo que você precisa de eletrodoméstico em uma cozinha, ela tem. Existe outra área do avião que é para reuniões também. Ele nos fita. — Nunca foi usada. — Parece ser
Minha amiga é cachaceira e das boas. Ela é do tipo que bebe todo tipo de bebidas por horas e nem parece. Agora eu? Bom, se eu tomar uma cerveja já fico tonta. — Aff, tá bom, sua misera. — Olho feio para ela. — Oh, desculpa, sem xingamentos na frente de Levi. Como se ele não soubesse o que significa misera. — Sussurrou e eu reviro os olhos. — Tentarei, escute bem essas palavras, Bea, tentarei beber somente às sextas e domingo. — Razoável. — Riu sentindo as lágrimas inundando meus olhos. — Dará tudo certo, amiga, eu sei disso, sinto que as coisas vão melhorar para vocês dois. — Que Deus te ouça, amiga. — Digo e beijo a sua face com carinho ainda a abraçando, Levi se intromete em nosso abraço e nós duas o colocamos no meio. — Sanduíche de Levi. — A voz de Lourdes saiu embargada também. — Tia Lourdes, te amo e sentirei muito a sua falta. — Eu também meu amor, o preto mais lindo e maravilhoso desse mundo. — É, esse sou eu! — Ele brincou e rindo, Lourdes volta a nos beijar. D