Uma princesa perdida. Sua existência só vem a tona quando seu pai, um rei ambicioso, precisa de uma moeda de troca para oferecer ao reino antigo. Esmen é entregada como noiva do rei anunciado como sanguinário.
Ler mais(Esmen)“Quem poderia ser?” Desconfortável por meu estado, levantei-me e caminhei até lá.“Não pode ser pior que isso. Não agora.” Resmunguei para mim mesma.Então girei a maçaneta, encontrando uma loira assustada.— Ernest? — Balancei, surpresa.“M***a! Pior momento de ver alguém.” Tinha certeza de que estava muito corada e estranha.— Eu estou ansiosa, estou explodindo, majestade! — falou de repente.— Por quê? — comecei a me preocupar, ainda segurando a porta.— Himal. Himal não foi destituído de seu cargo. — Quase chorou.— O quê? Quem fez isso? — Não sabia o que dizer.— O rei. O rei o tirou do seu lugar...De repente, avistamos Tauron se aproximando. Ernest estava tão nervosa que só conseguiu baixar os olhos, enquanto o homem caminhava até nós, com as mãos passando por entre os fios macios e negros que eram seus cabelos.Ele estava perfeitamente bem com aquela camisa de linho aberta na altura do peitoral. Poderia me fazer suspirar de repente, mas tínhamos algo sério a tratar.—
(Esmen) — Devo temer? — desconfiei. Tauron apenas abriu as mãos diante dos meus olhos, me fazendo entrar no quarto. — Fique aí! — me deixou no centro do cômodo, indo em direção ao seu gabinete. Quando retornou, trouxe uma caixa fina. Então, diante dos meus olhos, a abriu. Meus lábios imediatamente se separaram; procurei suas íris azuis cintilantes. — Isso é para você. — Ele colocou a caixa sobre a cama e veio para trás de mim com o lindo colar que havia dentro dela em mãos. — Espere! — digo de repente. Eu já havia recebido algo parecido dele. Não era tão belo quanto aquele colar cheio de diamantes, mas de repente me recordei das pulseiras. “Ele não faria nada igual agora, faria?” pensei no que poderia estar errado se fosse o caso. “Ele aceitou libertar Rupher e seu pai, não faria nada comigo como punição...” Mesmo com a certeza de que ele havia mudado, tremi levemente. Tauron imediatamente captou minha reação. Suas mãos caíram, o colar foi apertado em sua própria palma. —
(Esmen) — Deve me dizer, Esmen. — Eu... — hesitei, buscando as palavras certas. A verdade era que eu não sabia ao certo. A situação era complexa, e liberar Rinam parecia a única opção viável no momento. “Pensei que, se eu pudesse convencê-lo a liberá-los, isso poderia evitar mais conflitos.” Tauron franziu a testa, sua expressão revelando uma mistura de preocupação e frustração. — Mas você sabe que isso pode ter consequências. Ele não é apenas um homem qualquer. — A intensidade de sua consideração me fez sentir um peso no peito. — Eu entendo, mas... — minha voz falhou ao tentar articular as razões que me levaram a essa decisão. — Ele também tem um lado humano. “Por que parecia tão ridículo falar isso para ele?” Tauron respirou fundo. — O que há para pensar sobre eles? Me diga, preciso compreender suas razões! — pediu com paciência. Mantive os olhos nele o tempo inteiro, assim como ele não os tirava de mim. Procurei suas mãos com as minhas, segurando-as por cima de cada uma
(Esmen) — Quem irá com você? — a voz de Tauron soou da porta, me fazendo estremecer. Antes de olhar na sua direção, retirei apressadamente minhas mãos das de Rinam, pretendendo me levantar da cadeira a qualquer momento, mas minhas pernas não responderam. Ambas pareciam coladas na cadeira, talvez pela intensidade da história ou pelo susto causado pelo toque repentino do pai de Rupher, além de ter sido o pior momento para Tauron entrar naquele cômodo. “Já não bastava ter vindo sozinha para esse ambiente. Sou encontrada com as mãos dentro das do homem que sempre quis ser meu sogro.” “Seria ainda pior se Tauron soubesse que ele teve relação com minha mãe no passado.” “Espero que ele não fale que sou parecida com ela novamente. Irá parecer comparação.” Minha cabeça doía só de pensar em quanto estrago uma simples narração poderia causar. — Muler. Muler irá comigo! — suas palavras não passaram despercebidas por mim. “O que ele está fazendo?” Instantaneamente, meus olhos começaram a m
(Rinam) — Ninguém tocará em mim essa noite, entendeu? Eu estava impressionado com aquela mulher. Busquei não alertá-la de que sua força não era o bastante para me sufocar, permaneci do mesmo jeito que ela queria, quieto. — E como fará? — indaguei, fingindo dificuldade para falar, usando um tom mais forçado e baixo. — Faremos um trato. Já que não posso matá-lo sufocado com minha pouca força. — Ela era muito inteligente. — Mas poderia, com determinação. — Estava gostando de ter aquela mulher tentando me prender com seu corpo sobre minhas costas, e fazendo uso de sua inteligência ao mesmo tempo. “Seria uma rainha perfeita.” sorri. Ela não gostou de minhas palavras, apertando seu antebraço com mais força em meu pescoço. — Posso ser sua espiã em troca da minha pureza. — Por que precisaria de uma espiã aqui? — Vai saber se tiver uma. — Me deixou curioso. — Tentador. Mas se esquece de uma coisa. — E o que seria? Me liberto de seu aperto, conseguindo virá-la para dentro da banhei
(Rinam) O sorriso no rosto de quem pensava que seus planos teriam êxito era evidente e, pessoalmente, me causava repulsa. “Se eu negar mais uma vez a sua proposta, posso não ter boas relações futuras com esse reino.” Recordei como ele compartilhava abertamente suas ambições com a maior parte dos reinos quando todos se juntavam. “Não há escolha. Apenas uma se faz a correta.” Era crucial que eu saísse daquele reino com uma boa influência; caso contrário, meus esforços não serviriam para nada. — Se a escolhida não for muito jovem. — Tento transmitir naturalidade. Vitorian agradou-se imediatamente por minhas palavras, por isso respondeu em seguida: — Você pode escolher quem desejar! — Isso não seria trabalhoso? Ter que tomar seu tempo em uma busca selecionada? — Sorrio com perspicácia. — Não. De modo algum, meu caro. — Parou para pensar por um segundo. Então, armou-se de uma ideia imediatamente. — Tenho as primeiras opções aqui! — Acenou para o cômodo adjacente. Apertei os olho
(Esmen) Não havia como negar, ele sabia de muita coisa. Poderia até dizer com certeza que o homem diante de mim teve participação direta nos planos de Vitorian. — Quero respostas! — digo com firmeza. O homem sorriu de modo silencioso, mas tratou de me irritar novamente, justamente com o assunto que já deveria ter começado a dar explicações sobre sua participação. — Sua mãe a ensinou muito bem. — Por acaso está me fazendo perder meu tempo? Busca algo com isso? Seu filho, por exemplo? — Ele ficou sério imediatamente, então caminhou até mim, ficando próximo à cadeira que havia perto da pequena mesa. — Sente-se! Temos muito o que conversar! — disse ele. De má vontade, aceitei suas palavras, mas não antes de ele se afastar para sentar-se na cama, de frente para mim, mantendo uma distância segura. — Do que quer falar primeiro? — Vitorian. — E posso saber o motivo de ele ser sua primeira escolha? — mostrou curiosidade. — Foi a partir dele que tudo começou. — Resumo minha resposta
(Tauron) “Resposta sábia.” “Antes, ele teve medo de mim. Era por sua informação?” Ele parecia determinado a ser alguém no meu reino, mas a desconfiança não poderia me faltar. — Você será testado constantemente! — avisei. Anunciei que o permitiria agir, pois ele teve capacidade de conseguir uma informação valiosa que nem mesmo os meus sabiam. Os presentes tinham rostos espantados na minha direção; até mesmo Ghedal. A revelação de ser praticamente parte do exército mais temido de todo o século os fez recuar diante do meu olhar. Ele estufou o peito e, com orgulho, disse: — Serei muito leal ao último fantasma. Prometo! “Seria seu pai um dos antigos aliados de Tauric?” Eu o investigaria. Se por acaso fosse real, eu o teria como um dos meus. (Esmen) O homem de pé, observando o pátio da janela, era esguio, tinha os cabelos em um tom opaco de cinza, bem aparados em um corte baixo. Vestia roupas claras e longas, onde pude ver apenas a ponta de sandálias de couro em seus calcanhares.
(Tauron) Eu queria perguntar se ela estava brincando com a minha cara, mas tinha certeza de que não era o caso. Mesmo assim, estava ficando irritado. Disposto a não causar uma cena e não permitir que o "convidado" ouvisse atrás da porta a nossa discussão, tive que aceitar sua escolha. Entretanto, mesmo com o olhar agradecido que me foi lançado, não consegui ser mais gentil ou me sentir aliviado por aquela ação sua, quando na minha mente estava apenas o plano que ela pretendia começar. Assim que a porta foi fechada atrás das costas dela, eu fecho os olhos com raiva. "Mas que d***os, Esmen!" Eu queria socar algo imediatamente, por isso, meus olhos procuraram um alvo, encontrando um pobre soldado que fingia não notar meu olhar assassino enquanto olhava para a parede. Sua mão balançou levemente sobre o cabo da espada, denunciando seu estado de vigília a mim. "Um novato?" Aquilo não era possível. Eu não havia pedido nenhum novo recrutamento ou tirado alguém do seu posto antigo e des