Quando Rain é designada para trabalhar com Willian Myers, o filho do Prefeito, ela não imagina que suas interações profissionais a levarão a um caminho de tensão sexual e emocional. Desde o primeiro encontro, o magnetismo entre eles é inegável, mas ela não está disposta a ceder facilmente. No entanto, quando a atração se transforma em algo mais, ela se vê dividida entre o desejo e a necessidade de manter sua independência. Uma narrativa envolvente sobre os limites entre atração e autocontrole, onde escolhas difíceis e erros do passado moldam o presente e os destinos dos envolvidos. A luta interna de Rain e a jornada de Willian para redimir-se serão testadas em um jogo de sedução e descobertas.
Ler maisLevo alguns segundos para me situar no mundo de novo. Penso em ir atrás dela e fazê-la me escutar, nem tive chance de me explicar. Mas nenhuma explicação me vem à mente, nada para dizer que vá contra as verdades que ela me disse. “Um cara como você não vale a confusão”. Essas palavras continuam reverberando nos meus pensamentos e me deixando nervoso. O que ela quis dizer com isso? Ela se acha tão superior assim?Respiro fundo e me viro para retornar a cidade, com as pernas pesadas e o peito doído. Hoje acordei disposto a conversar com a Giny e cancelar nosso acordo. Agora vejo tudo de forma diferente. Entro em casa e procuro ela na sala, na cozinha e não a encontro. Hoje acordei disposto a conversar com a Giny e cancelar nosso acordo. Agora vejo tudo de forma diferente. Parece que nos últimos meses tenho vivido fora do meu corpo, coberto por ideias e pensamentos que não são meus. Sempre fui um cara cabeça e corri atrás dos meus objetivos, tenho um futuro idealizado atrás dele que
- Você está tentando me matar? Está me perseguindo? O que você está fazendo aqui? -pergunto recuperando o fôlego. - Eu estava passando na rua. Te chamei e você não ouviu, faz 15 minutos que estou tentando te alcançar. -ele parecia mais cansado que eu. Ambos permanecemos em silêncio por um momento. - Pra que? - Para… -ele pausa. - Conversar? - Se nem você sabe, quem dirá eu. Estou de folga, se precisar de algo de trabalho me chame amanhã. Se for algo pessoal, já disse que prefiro que não diga. - Porque você é tão difícil? Você precisa aprender a escutar os outros. Não existe apenas o seu lado da história. -se defende.- Eu acho que você devia parar de falar comigo, de modo geral. Porque quanto mais você fala, com mais ódio eu fico. -levanto a voz mais do que deveria. Ele bufa e dá um passo na minha direção encarando os meus lábios, eu sabia que ele iria me beijar.. - Não ouse me tocar. - ele para quando me escuta. - Você não tem esse direito. - Desculpe. -ele suspira profunda
Acordei com os raios de sol entrando no meu quarto. Hoje é o meu primeiro dia de folga em um longo tempo e eu estava decidida que seria dedicado a dar um jeito nessa casa. Apesar de não ser dia da empregada, não vejo motivos pelos quais eu não possa fazer isso sozinha e enfim conseguir localizar todas as minhas coisas. O dia amanheceu com uma temperatura muito atípica para essa época do ano, ontem estava -2ºc, hoje está 10ºc. Não que esteja calor, mas está confortável. Sempre fui muito resistente ao frio, enquanto as pessoas usavam casacos pesados, um moletom era o suficiente para mim, minha mãe costumava dizer que o sangue grego e ruim do meu pai que corria nas minhas veias me mantinha aquecida. Era apenas mais um motivo para ela esfregar as nossas diferenças na minha cara. Queria afastar esses pensamentos e todos os outros, então aproveitei que ainda estava cedo e vesti legging, um top e um casaco e saí para correr. Como eu amo essa cidade, as pessoas são tão gentis e as paisagen
Acho que esqueci como respirar. Parece que o ar do mundo todo está preso em meus pulmões. A voz dela é o mais próximo da perfeição que eu já ouvi. Eu sei que a música foi para me provocar, e Deus sabe que ela conseguiu. Ela se levantou do piano sorridente em meio aos aplausos acalorados e meio bêbados dos colegas. - Mais uma Rain, a saideira. -meu irmão pede. -Uma mais alegrinha agora, que com essa eu quase cortei os pulsos. - Eu não conheço as alegres. Eu gosto de fazer sofrer. -ela ri enquanto faz uma careta. - Só uma. -Anne insiste. - Por favor? Por essa velha que precisa de uma alegria.-Jesus, que drama.- Ela continua exibindo um lindo sorriso. Um sorriso que nunca é direcionado para mim. Senta-se novamente, toca Here Comes The Sun dos Beatles para a alegria de Anne que canta junto a plenos pulmões. Quando Anne tentou puxar um acapela de Piano Man e ninguém a acompanhou ficou claro para todos de que a noite tinha terminado. Aos poucos todos se levantaram, se despediram e co
- Aquilo meu amigo… -ele continua. - É o diabo em um vestido vermelho. Se ela é o diabo, eu vendi a minha alma, esse é o meu inferno e ela está me castigando. Ela arrancou o meu coração do peito. Ela parecia mais alta, mais poderosa, mais imponente e de alguma forma conseguia estar ainda mais bonita. Até um minuto atrás eu acreditava que isso não era possível. - Com licença. -pedi já me afastando dele e me aproximando de onde ela estava com um grupo de pessoas. Ela ria e conversava como se estivesse extremamente confortável naquela situação. - Hei. -não consegui formular mais palavras. - Olá. -ela girou o corpo na minha direção. - Pessoal, acredito que a maioria de vocês devem conhecer, mas esse é Willian. O primogênito do Prefeito Myers. - Não costumamos te encontrar nesses eventos Willian. -alguém no meio do grupo falou.Não consegui prestar atenção em quem foi, não conseguia pensar direito tão próximo a ela e nem desgrudar os meus olhos da figura a minha frente. - Eventos so
Esse tipo de evento é o principal motivo pelo qual eu me mantenho o mais afastado possível da política. Todos sorrindo falsamente e conversando como se fossem amigos intímos, bebendo e comendo, para no final da noite entregar um cheque que eles claramente poderiam ter enviado pelo correio e evitado toda a falsidade que permeia o ambiente. Apesar de já ter participado de vários, o dessa noite especificamente estava me deixando nervoso. Minhas mãos suavam e os meus pés e pernas estavam inquietos. Giny chegou na cidade hoje a tarde, eu mal conseguia olhá-la, quem dirá permanecer no mesmo cômodo por muito tempo. Estou me sentindo o pior homem do mundo, não sei o que fazer. Eu sei o que deveria fazer: contar a verdade. Não para ela, mas para todos os outros. Nosso relacionamento já não era real, não eramos um casal. Eu não queria traí-la. Não mesmo. E não o fiz. Ela tem sido a minha companheira por muitos anos, e eu realmente acho que a amo. Mas não o amor romantico que senti um dia, é
- Olá Big Boss. Pronto para sair? -sorrio abertamente para o senhor que passa por mim e entra na sala. - Claro, estou ansioso para ver como tudo está ficando. Olá Will. -vira para o filho com um olhar curioso. - O que está fazendo aqui? Vai conosco? - Não senhor. -me adianto antes que ele fale algo. - O Willian apenas passou aqui para elogiar o meu trabalho, ele disse que gosta muito do que eu tenho a oferecer. -o vejo engolir em seco e me encarar com uma pitada de raiva. - Estou contente que vocês dois estejam finalmente se dando bem. -ele sorri agradecido. - Mas realmente gostaria que você fosse Will. Seu irmão também vai, e vai levar a minha Melissa com ele.Olho para Will com um olhar de reprovação, deixando bem claro que não queria sair m companhia dele no momento. - Não vejo motivo para não ir. -ele enfim responde com um sorriso.- Perfeito. Vamos? -o Prefeito me olha e eu concordo com a cabeça. Permaneci todo o caminho em silêncio, e não olhei em sua direção. Assim que che
Estúpida. Eu sou tão estúpida. Ele não só voltou com a tal namorada como aparentemente está noivo. Noivo e tentando me comer na sala do pai dele. Tentei soar o mais calma possível ao sair da sala, apesar de todo o ódio que estava sentindo eu amo essa cidade e esse emprego, seria uma pena ter que ir embora por culpa desse idiota e de não conseguir manter minhas pernas fechadas para ele. Mesmo com a sensação de que o meu corpo estava se dissolvendo, consegui chegar ao banheiro da minha sala antes de desabar em choro. Parada dentro do banheiro, encarando a minha própria imagem no espelho, tive um déjà-vu. Eu já estive em uma situação como essa. Não igual, mas parecida. Eu amadureci muito cedo, mas não por vontade própria. Quando eu tinha mais ou menos uns 12 anos comecei a sentir o peso dos olhares dos homens sobre mim, algo que uma criança jamais deveria sentir. Meu avô sempre me protegeu, mas quando ele viajava eu ficava sob os cuidados negligentes da minha mãe. Em uma dessas via
- JESUS! - ela grita ao abrir a porta e me encontrar parado em frente a ela. Eu escutei a voz dela e levantei para abrir a porta, mas a conversa do outro lado parecia interessante.- Me desculpe. Não foi minha intenção assustá-la. -me movo dando espaço para que ela entre. Ela respira fundo e passa por mim. Anne observa do lado de fora rindo, dou de ombros, sorrio e fecho a porta. Ela se senta na cadeira em frente a mesa e eu me sento na cadeira ao lado dela.- Eu me sentiria mais confortável se você se sentasse do outro lado. -ela diz mantendo um semblante sério. - Na cadeira do meu pai? Isso é mesmo necessário? -pergunto. - Tenho certeza de que ele não se importaria. Levanto, dou a volta na mesa e me sento na cadeira do meu pai. - Vamos conversar sobre o elefante na sala? -pergunto. - Não. -responde seca enquanto me entrega o tablet desbloqueado. -Essas são as nossas métricas do mês de novembro e em seguida você vai encontrar as dessa primeira semana de dezembro. Depois que v