Após sofrer um roubo envolvendo milhões de dólares e com o assassinato de dois de seus homens em uma de suas propriedades nos Emirados Árabes Unidos, o sheik Zahir Al-Samir também descobre que seu primo Omar Al-Kadar está envolvido como mandante. Em uma busca de justiça e vingança, ele consegue a localização da residência da única parente e filha de um dos criminosos, Katherine Cooper, que vive em Londres. Ele a sequestra com a finalidade de usá-la como refém para atrair o pai que é membro de uma quadrilha de terroristas. Inicialmente ele acredita que ela possa saber ou até está envolvida nos esquemas fraudulentos do pai em conjunto com Omar, mas com o tempo ele acaba descobrindo que ela é só uma vítima que foi deixada à própria sorte. Nesse período ele começa a se desenvolver sentimentalmente com ela. Unindo o útil ao agradável, ele se aproveita da situação de sua cativa para provocar a sua mãe, Aisha, que desde já muito tempo o pressiona para casar e lhe dar netos. Ele propõem Katherine em casamento, contra a vontade dela, mas que acaba aceitando no impulso e na pressão por já estar apaixonada por ele. O objetivo final é pegar os criminosos e ter um filho, tudo isso usando uma única pessoa. Keith!
Ler maisKatherine Assim que cheguei na enorme mansão , mal pude me conter entrando portas adentro. Gritei o meu filho sem pensar duas vezes. -Mohammed.... Middy? A mamãe veio te buscar , filho..... Meus passos eram apressados enquanto caminhava pelos corredores o procurando. -Middy? Filho? Meu amor... a mamãe veio te buscar... -Não seria melhor dizer, a mamãe voltou para casa? - congelei ao ouvir sua voz. Olhei para cima e lá estava ele, no topo da escada. Não me dei conta que ele estava me ouvindo e muito menos me observando. -Como você teve coragem... seu... seu... -Coragem? - Ele arqueou as sobrancelhas. -Sim! Como pode sequestrar o seu próprio filho? -Como você teve coragem... de me abandonar, de fugir carregando o meu filho, de ocultar a sua identidade e no final das contas de esconder a existência do meu filho? - ele me questionava enquanto descia as escadas. Fiquei em silêncio, ele ainda estava cheio de ressentimento, e com razão. Mas eu só queria o meu filho de
Katherine Mensagem.... Fiquei surpresa ao ler a mensagem. Provavelmente foi isso que ele fez. Ele cumpriu perfeitamente a ameaça. Aquele desgraçado na realidade queria ganhar tempo para tirar o meu filho do país. E eu tola acreditei que havia ido no lugar certo pedir ajuda. Pelo que eu estou vendo , não vai dar em nada os esforços da advogada Ricard. Zahir é muito mais forte que eu, financeiramente e influentemente falando. Mas o meu filho nasceu na Espanha, o pai o sequestrou, eu sou uma vítima também e no final das contas ele saiu ganhando e eu fiquei com fama de barraqueira. Viviane, aquela put4. Ela ainda vai me pagar. Confiei o meu filho nela e fui apunhalada pelas costas por causa de dinheiro, que deduzo que não é pouco. Meu telefone toc
Zahir -Perdão senhor, mas o senhor quer dizer .... voltar ... para...? - A senhorita Bennet se aproximou boquiaberta. -O Emirados é claro. - respondi. -Mas senhor, podemos tirar o menino do país? Assim? Sem mais ? -Mas é claro que posso, posso tudo, esse garoto é meu e pertence a minha família. Ele volta comigo. -E a senhora... Lin... digo Al-Samir? Lancei um sorriso enigmático para ela, que sem precisar responder ela entendeu muito bem e assentiu. Katherine irá perder algumas horinhas na delegacia. Atrevida do jeito que é, provavelmente deve ter desacatado o delegado, tenho certeza. Assim ela verá que os outros não são como eu, que sempre tive muita paciência com ela. Mas agora ela vai sofrer uma lição. Não foi nada difícil convencer o delegado e a babá a colaborarem comigo. Uns milhões choveu na conta também. Até o juiz não foi difícil de subornar. Até então tudo fácil de solucionar, agora a etapa mais difícil. Lidar com ela. ***** Já no avião em decolage
Katherine Sabia que era necessário tomar uma providência rápida. Ele teria que devolver o meu filho. Mas agora, a minha preocupação era outra, e era ele. Ele não me deixaria em paz novamente, pois agora já sabia tudo de mim, onde eu morava, onde eu trabalhava, e muito mais, provavelmente sabia completamente tudo, pois ele tem meios para isso. Eu não quero voltar , eu só quero o meu filho comigo novamente. Assim que pegasse o meu filho iria dar um jeito de sumir. "Mas ele iria me encontrar onde quer que eu fosse." Droga!!! "Por quê?" "Por quê, ele apareceu justo agora?" Justo agora que eu estava recomeçando e tentando recuperar de todo o sofrimento e trauma que passei. Isso estava predestinado ao fracasso desde o início. Mas querendo ou não, ele ainda era meu marido. Fui até a delegacia de polícia mais próxima acompanhada de Lara , minha funcionária. Lá enquanto contava todo o ocorrido, foi quando percebi que Viviane estava lá dentro com os olhos cheio de lágrimas. Assim
Keith Canalha, desgraçado!!! Só pode ter sido ele. Evidentemente que é ele. Sequestrou o meu filho assim como um dia fez comigo. No mesmo instante o meu telefone tocou novamente, mas não era Viviane era outro número. Atendi já sabendo quem era. -Maldito, onde está o meu filho? Fala , eu sei que foi você, você roubou o meu filho. -Só liguei para reforçar o que te disse .... você ainda irá me procurar, Habibi. -O que você quer? -Eu quero você. Ali desabou o meu mundo. Fiquei ali, refém do medo e do horror de que a mesma história se repetiria e que tudo começaria de novo mais uma vez. -O que quer dizer com isso? -Você vai voltar comigo, você ainda é minha mulher. - enquanto ele falava eu sentia muito rancor em sua voz. Ouvindo isso comecei a me descabelar. Não, não, não, não pode ser verdade. -Você ficou completamente louco, e se pensa que eu vou voltar e que vai usar o meu filho contra mim, você está completamente enganado Zahir, isso não vai ficar assim. -
Keith Ele?!?! Era ele. Céus. Não pode ser. Me virei antônita e em choque para fita-lo. E pude sentir seus olhos me fuzilarem como faíscas em brasa. -Achou que fugiria de mim por muito tempo, querida esposa Katherine Al-Samir? -Mas o quê.. ? - fiquei totalmente sem a fala. Tentei me recompor do choque. -Como é possível? -Para mim tudo é possível. -Então, isso aqui se tratava de uma armadilha? -Exatamente, querida esposa. Do contrário, como a teria aqui bem na minha frente? - Senti sua voz carregada de sarcasmo e ironia. Agora, o observando melhor, notei que suas feições eram mais duras e severas. Seu olhar era frio e o tom de voz seco. Sem contar a aparência visivelmente abatida. Me veio o sentimento de culpa instantaneamente. -Vejo que o seu negócio anda prosperando? - ele pegou um cigarro do bolso e acendeu. "Agora ele fuma?" -Zahir, por favor, agora não é o momento, abra essa porta para eu sair. -Não. - ele se aproximou tão rápido que eu fiquei apavor
Zahir -O quê? Como é que é? -Também acabamos de saber senhor. A senhora teve um filho, um menino ,e ele fará dois anos no próximo mês. Há muito tempo que eu almejava que esse momento chegasse, mas agora que chegou eu não sei o que fazer, não sei como proceder. É como se um raio tivesse caído sobre mim e me eletrocutado. Só tentava assimilar e processar essas últimas informações. -O que você está dizendo Nahan? -Senhor, eu não garanto nada, mas algo me diz que essa criança pode ser seu filho, pelas contas as épocas batem. Nahan detalhou para mim e realmente batiam. Depois que fui digerindo as informações, sentir a raiva subir novamente. -Como ela pode fazer uma coisa dessas comigo Nahan? Ela fugiu com o meu filho. -Senhor se acalme. -Me peça tudo Nahan, menos calma. É agora, mais do que nunca que eu a quero frente a mim. -Senhor, eu entendo a sua forte emoção, mas sugiro agir com cautela, por agora o senhor tem o conhecimento de que há uma criança no meio des
Keith (Dana) Pela manhã sai mais cedo, pois tinha uma consulta com a terapeuta. Sim. Depois de todo o ocorrido, comecei a fazer terapia um tempo depois que cheguei à Espanha. Meu telefone começou a tocar enquanto eu aguardava a minha vez de consultar. Uma cliente entrou em contato, pois queria fazer um orçamento. Pedi licença na recepção e fui a um canto para conversar. -Alô? - atendi prontamente. -Alô. falo com a Confecções MuslimGold's? -Sim, sou a proprietária, Dana Lin. -Tudo bem senhora Lin? Gostaria de marcar uma reunião com a senhora, pois preciso urgentemente de um fornecimento e vi que a sua confecção possui exatamente os tecidos que preciso para uma coleção que vou lançar. -Ah sim, claro, claro, marquemos uma reunião. -Para quando a senhora terá disponibilidade? -Amanhã cedo, pode ser? -Ótimo, será um prazer conhecer o trabalho da senhora. Antes que a voz feminina do outro lado da linha pudesse desligar, perguntei. -Com quem eu estou falando? -C
Keith (Dana) 3 anos depois. Mais um dia exaustivo de trabalho. Assim que cheguei em casa, destrancando a porta e Mohamed veio correndo em minha direção. -Mamãe, mamãe... - veio até mim com o seu carrinho em mãos. -Oi meu amor, veio mostrar o seu carrinho para a mamãe? Nossa que bonito. -Senhora Lin, ele se comportou direitinho, e pelo visto ele estava com muitas saudades da senhora, olha só.- Viviane, a babá veio o seguindo sorrindo. -Agora a mamãe já está aqui. - o abracei. Seu abraço com cheirinho de bebê era a coisa mais maravilhosa de se sentir. Seus pequenos bracinhos para cima me pedindo colo. -Mamãe... mamãe.. - o peguei em meus braços. Mohamed é o fruto do meu amor com Zahir. Middy tem quase dois aninhos de idade, no próximo mês é o seu aniversário. E iremos comemorar. -Obrigada Viviane, se quiser já pode ir, sei que já deu o seu horário. -Tudo bem senhora Lin, entendo que trabalhe muito, e eu amo ficar com Middy. Então até amanhã. -Até a manhã Vivi