Após um casamento forjado em mentiras, Thomas Lewantys comete um erro que mudaria sua vida para sempre. Ao se recusar a permitir que sua esposa, removesse o véu, ele não percebeu que estava diante da mulher errada – um engano que culminou em um ato de violência que nunca teria ocorrido se ele soubesse da troca planejada por Anna, a irmã de Sarah. Sarah, marcada pelo trauma, foi encontrada em estado crítico e sem documentos, sendo identificada apenas como "NoName". Apesar de seu passado sombrio, Sarah reconstruiu sua vida e se tornou uma médica respeitada, enquanto Thomas vive atormentado pela culpa e pelas consequências de suas escolhas. Cinco anos depois, Sarah descobre verdades devastadoras que envolvem Anna, sua irmã, e os filhos que pensava ter perdido para sempre. O destino os coloca frente a frente, forçando-os a confrontar não apenas os segredos e erros do passado, mas também os sentimentos complexos que acabam os conectando. Em meio a intrigas familiares, revelações chocantes e uma luta por redenção, Sarah e Thomas precisam decidir se é possível superar as sombras que os cercam e encontrar um novo começo – ou se o véu entre eles jamais será levantado. "Além do Véu: As Sombras do Passado" é uma história de amor, culpa e superação, onde o perdão é o maior dos desafios e a verdade a única salvação.
Leer másThomas observava Sarah a todo instante, fascinado por cada pequeno detalhe – o jeito como seus cabelos se movia com a brisa, como seus olhos brilhavam sob o sol dourado, como seu sorriso parecia ainda mais bonito quando ela estava completamente relaxada.— O que foi? — Sarah perguntou quando percebeu o olhar dele.— Meu Deus, você está... radiante. — disse ele, sem conseguir esconder a admiração em seu olhar.Thomas a puxou para perto, envolvendo-a pela cintura.— Só estou gravando esse momento na memória.Sarah sorriu, repousando as mãos no peito dele.— Então espero que esteja aproveitando cada segundo.Ele abaixou a cabeça, os lábios roçando suavemente nos dela.— Você não faz ideia.O sol se pôs no horizonte, tingindo o céu de tons dourados e avermelhados, e a brisa noturna carregava o cheiro do mar. Thomas e Sarah estavam na varanda, um brinde silencioso marcado pelo som das taças se tocando.A conversa fluía fácil, repleta de risadas, sussurros cúmplices e olhares carregados de
O sol da manhã invadia suavemente o quarto, iluminando os traços relaxados de Sarah enquanto ela terminava de arrumar a mala. O clima na casa estava leve, mas um pequeno debate vinha animando o casal desde que haviam aceitado o presente inesperado de Margaret: a lua de mel.Thomas, sentado na beirada da cama, olhava para a tela do celular com uma expressão de dúvida, enquanto Sarah dobrava uma peça de roupa e suspirava.— Então, já decidimos? — ela perguntou, lançando um olhar divertido para o marido.Thomas ergueu os olhos para ela, arqueando uma sobrancelha.— Não é tão simples assim. Temos que pensar no tempo que temos disponível, na logística e, claro, em algo que realmente valha a pena.Sarah cruzou os braços e o encarou com um sorriso desafiador.— Tradução: você quer complicar uma decisão simples.Thomas riu, jogando o celular na cama antes de se aproximar dela e envolver sua cintura com os braços.— Eu só quero que seja perfeito.Sarah passou os dedos pelos cabelos dele, incli
O casamento não precisava ser grandioso. Nem Thomas, nem Sarah desejavam algo extravagante. Para eles, o mais importante era que aquele momento fosse real, sincero, e que celebrasse tudo o que viveram até ali.A celebração foi planejada de forma ágil, sem ostentação, mas repleta de significado. Apenas um pequeno grupo compareceu: Arthur, o amigo mais próximo do casal, sempre presente nas horas difíceis; Kathalina, a antiga noiva de Thomas, que, mesmo enfrentando a dor do que já viveram, teve um papel importante para que ele e Sarah encontrassem o seu caminho; e, naturalmente, Aurora e Adrian, que não conseguiram disfarçar a alegria de ver os pais finalmente formalizando o amor que os unia.A modesta capela que recebeu a cerimônia tinha um charme especial, adornada apenas com flores brancas e sutis velas. O ar era leve, repleto de emoções, e cada olhar, cada gesto, carregava um significado profundo.Sarah apareceu vestindo um vestido sofisticado, porém sutil, feito de um material leve
O caminho até a mansão Lewantys foi silencioso. Thomas dirigia com os olhos fixos na estrada, sua expressão séria, quase tensa. Sarah percebeu a inquietação dele, sentindo os dedos do dele apertarem com mais força o volante a cada quilômetro que os aproximava do destino.Ela pousou sua mão suavemente sobre a dele.— Vai ficar tudo bem — disse ela, oferecendo um sorriso de encorajamento.Thomas suspirou, soltando o ar lentamente antes de entrelaçar seus dedos nos dela.— Espero que sim.No banco de trás, Adrian e Aurora estavam animados, fazendo perguntas sem parar.— Eles vão gostar de nós, mamãe? — perguntou Aurora, sua voz cheia de expectativa.— Claro que sim, querida — Sarah respondeu, virando-se para olhá-los. — Vocês são incríveis. Como poderiam não gostar?Thomas abriu um pequeno sorriso ao ouvir aquilo. O otimismo de Sarah era algo que ele aprendera a admirar.A mansão Lewantys surgiu no horizonte, imponente e intocada pelo tempo. Era uma arquitetura clássica com grandes portõ
A manhã seguia tranquila, com o aroma do café preenchendo a cozinha e os sons animados das crianças ecoando pela casa. Thomas observava Sarah se movimentar com naturalidade, servindo o café da manhã enquanto Aurora e Adrian falavam empolgados sobre como seria a nova rotina com o pai morando ali.Era um momento de paz, algo que ele há muito tempo não experimentava. Mas, mesmo com essa sensação de plenitude, Thomas sabia que ainda havia um capítulo inacabado de sua história – um que ele precisava encarar para seguir em frente.Respirando fundo, ele se aproximou de Sarah e segurou sua mão delicadamente. Ela ergueu os olhos para ele, imediatamente percebendo a seriedade em seu semblante.— O que foi? — perguntou ela, suavemente.Thomas hesitou por um instante, mas então decidiu que não havia mais espaço para silêncios.— Quero que conheça meus pais — disse ele, direto.Sarah franziu ligeiramente a testa, surpresa.— Seus pais?— Sim. Quero que você os conheça... e quero que as crianças os
A manhã estava ensolarada, e a brisa leve fazia as cortinas da sala balançarem suavemente. Era o dia que Thomas e Sarah aguardavam com esperança e certo nervosismo. O momento em que contariam às crianças que a família estava finalmente reunida – e não apenas em um sentido físico, mas de coração e propósito.Thomas e Sarah se sentaram lado a lado no sofá da sala de estar. Aurora e Adrian logo entraram correndo, com risos e olhos curiosos.— Temos algo importante para contar a vocês — começou Thomas, a voz calorosa e, ao mesmo tempo, firme. Ele apertou a mão de Sarah com carinho, um gesto que não passou despercebido pelas crianças.Aurora inclinou a cabeça, os cabelos ruivos balançando como uma chama ao vento.— É uma surpresa? É algo bom?— Sim, querida — respondeu Sarah, sorrindo. — É algo muito bom.Adrian se aproximou, ainda com o ursinho nas mãos. — O que é, mamãe?Thomas respirou fundo e olhou nos olhos dos filhos.— A partir de hoje, eu vou morar aqui com vocês novamente... para
A noite parecia envolta em magia enquanto Thomas estacionava em frente à mansão. O trajeto de volta do baile fora pontuado por um silêncio carregado de tensão e energia. Sarah, com o coração disparado, abriu a porta do carro, pronta para sair e encerrar a noite. Mas Thomas foi mais rápido.— Espere — disse ele, a voz baixa, mas firme.Sarah virou-se, seu olhar hesitante encontrando os olhos de Thomas, que brilhavam com uma intensidade quase devastadora.— Boa noite, Thomas — disse ela, em um tom que tentava soar firme, mas que traía a confusão em seu coração.Thomas saiu do carro rapidamente e a seguiu até a porta. Quando ela começou a destrancá-la, ele segurou suavemente sua mão, interrompendo seu movimento.— Sarah — sussurrou ele, com a voz rouca e baixa — não vá.Ela ficou imóvel, sentindo o calor da mão dele sobre a sua.— Thomas, eu...Ele não a deixou terminar. Com um movimento firme, mas ao mesmo tempo delicado, puxou-a para si, os olhos presos aos dela, como se estivesse espe
— Isso foi... inesperado, ele murmurou, sua voz baixa e envolvente, carregada de uma curiosidade que parecia arder em seu olhar.— Você não faz ideia, Sarah respondeu, tentando conter a tempestade de emoções que ameaçava transbordar de seus olhos. Sua voz tremia levemente, revelando a luta interna que ela enfrentava.Enquanto dançavam, a tensão entre eles era palpável, como se o ar estivesse eletrizado pela química que os unia. Thomas envolveu a cintura de Sarah com uma firmeza suave, seus dedos parecendo acariciar a pele sob o tecido. Seus olhos se encontraram novamente, refletindo uma torrente de sentimentos não ditos, uma linguagem silenciosa que falava mais alto do que qualquer palavra. A dança se tornou um diálogo sem palavras, cada movimento uma confissão, cada olhar uma promessa.Com a voz rouca e cheia de emoção contida, Thomas se inclinou e murmurou próximo ao ouvido dela:— Então é isso? Não gosta de me ver com outra mulher? Porque eu também não gosto de ver você com outro h
O Hospital Lewantys, além de ser uma referência em cuidados médicos, também era uma instituição que oferecia cursos de graduação e especializações na área de saúde. O baile de gala anual era um evento tradicional, destinado a celebrar a formatura dos alunos e a excelência da instituição.Era uma noite de reconhecimento, networking e glamour – um momento em que médicos, estudantes e figuras importantes do setor se reuniam para homenagear as conquistas do ano.O salão estava resplandecente, iluminado por lustres de cristal e preenchido pelo som suave de uma orquestra ao vivo. Os formandos e convidados circulavam pelo espaço, trajando vestidos elegantes e smokings impecáveis. O ambiente era uma combinação perfeita de sofisticação e celebração.Sarah hesitou ao entrar, vestindo um longo vestido de cetim azul royal que realçava seus marcantes olhos verdes âmbar. Ela estava deslumbrante, mas seu coração estava pesado com a perspectiva de encontrar Thomas – e, provavelmente, Kathalina ao lad