A história segue a trajetória de Emma Collins, uma jovem que se encontra em uma encruzilhada emocional e perigosa após descobrir que está grávida de Daniel West, um homem envolvido com a máfia. Com a chegada de seu filho, ela é forçada a viver entre o amor e os perigos do submundo, enquanto se vê dividida entre sua própria sobrevivência e os laços inquebráveis que formou com ele. À medida que a gravidez avança, conflitos emocionais, traições e jogos de poder se desenrolam, colocando à prova tudo o que ela acredita sobre o amor, a lealdade e o destino.
Ler maisO jato particular pousou suavemente na pista coberta por uma fina camada de neve. O céu da Islândia estava cinzento e o frio era cortante, mas nada disso incomodava Daniel. Ele desceu os degraus da aeronave sem hesitação, ajustando o casaco escuro e observando ao redor com olhar calculista. Adrian, seu braço direito, veio logo atrás, segurando o celular com informações recentes.— Reykjavík é pequena comparada aos lugares onde já estivemos — Adrian comentou, enfiando as mãos nos bolsos do sobretudo. — Mas isso pode ser uma vantagem. Se ela realmente está aqui, não vai ser tão difícil encontrá-la.Daniel não respondeu imediatamente. Ele era um homem de poucas palavras. Seu foco estava em um único objetivo: encontrar Emma. Ele passou anos procurando, vasculhando pistas, gastando recursos e pressionando contatos. Agora, finalmente, estava perto.Eles entraram no carro preto que os esperava no aeroporto. O motorista já sabia para onde levá-los, então deu partida sem precisar de instruções
O escritório amplo e luxuoso estava mergulhado em uma penumbra elegante, apenas iluminado pela luz fraca da cidade ao fundo. O aroma de uísque e couro preenchia o ambiente, enquanto Daniel West se recostava na poltrona de couro preto, os olhos afiados analisando os documentos espalhados sobre a mesa de mogno. Seis anos haviam se passado desde que Emma desaparecera sem deixar vestígios, mas ele nunca desistira de encontrá-la. Se antes ele já era perigoso, agora era implacável. Sua influência se expandira para vários países, sua organização estava mais forte do que nunca, e os inimigos que ousaram cruzar seu caminho foram eliminados sem piedade. — Alguma novidade? — Sua voz soou baixa, mas carregada de ameaça. Diante dele, Adrian Carter, seu braço direito e amigo de longa data, permaneceu firme. Um homem alto e de expressão fria, sempre eficiente em seu trabalho. — Vasculhamos cada uma das pistas que tínhamos. Os contatos em Boston não encontraram nada. É como se ela tivesse evapora
O sol da manhã entrava suavemente pela janela da cozinha, iluminando a pequena mesa de madeira onde Emma preparava o café da manhã para os meninos. O cheiro de panquecas e café fresco preenchia o ambiente, trazendo uma sensação de aconchego e rotina que ela tanto valorizava. Seis anos haviam se passado desde o nascimento de Liam e Noah, e a vida seguia tranquila. Os meninos estavam crescendo rápido, e cada dia era uma nova descoberta. Noah, sempre cheio de energia, falava pelos cotovelos enquanto corria pela sala, enquanto Liam era o oposto: tranquilo, observador e reservado. — Mamãe, posso ter mais molho de chocolate na minha panqueca? — perguntou Noah, já com o rosto lambuzado de chocolate. — Mais chocolate? Acho que a sua panqueca já está mais doce do que deveria, Super Noah — respondeu Emma, tentando manter um tom sério, mas sem conter o sorriso. Noah riu alto e ergueu a mão como se fosse lançar um poder invisível. — O açúcar me dá energia para salvar o mundo! — Ou para acab
O sol estava começando a nascer no horizonte quando Emma acordou com uma leve pontada na barriga. Ainda sonolenta, passou a mão suavemente sobre o ventre, sentindo os movimentos dos bebês, minutos depois, ela sentiu um líquido morno a escorregar entre as pernas. Fazia meses que se preparava para este momento, e agora, a sensação era diferente. Não era apenas uma contração comum. Finalmente tinha chegado a hora, o momento que ela tanto esperava, os seus bebês estavam prestes a chegar ao mundo. Ela respirou fundo e tentou se levantar da cama, mas uma nova onda de dor a fez parar. — Sarah! — gritou a Emma, tentando não entrar em pânico. Sarah apareceu correndo no quarto, ainda de pijama, segurando um copo de água. — O que foi? Está tudo bem? - perguntou a Sarah preocupada. — Acho que… Acho que chegou a hora. - disse a Emma a gaguejar. Sarah arregalou os olhos, já começando a se movimentar pelo quarto. — Hora? Tipo, agora mesmo?! Ok, ok, sem pânico! — Ela correu para pe
O frio da manhã islandesa fazia com que a casa estivesse ainda mais acolhedora, com as janelas embaçadas pela diferença de temperatura entre o interior e o exterior. Emma estava sentada à mesa de jantar, uma xícara de chá quente em mãos, observando as ruas silenciosas da cidade de Reykjavik. A rotina estava se tornando cada vez mais tranquila, e ela já se sentia um pouco mais segura, embora o peso do passado ainda pesasse sobre seus ombros. Ao seu lado, estava sentada a Sarah com o laptop aberto, lendo e-mails sobre novos projetos de tradução.Era um dia como outro qualquer, mas Íris sentia algo diferente. Seu corpo estava a mostrar sinais da gravidez, e embora já tivesse notado algumas mudanças em si mesma algo parecia estranho e muito diferente. A sensação de cansaço constante, os enjoos que vinham e iam, e uma leve dor abdominal a incomodavam nos últimos dias. Algo estava muito diferente do normal, mas ela não sabia exatamente o que era.Após o trabalho, Emma decidiu ir ao centro d
Emma e Sarah, agora Íris e Élín Jónsdóttir, estavam começando a se adaptar à sua nova vida em Reykjavik, mas a realidade de estarem fugindo de um passado perigoso sempre as acompanhava. A Islândia, com suas paisagens geladas e sua população pequena e discreta, parecia um lugar ideal para recomeçar. No entanto, o medo de serem encontradas por Daniel ou seus homens nunca as deixava completamente em paz.As primeiras semanas foram um turbilhão de ajustes e novos começos. Elas haviam se mudado para um pequeno apartamento em um bairro tranquilo de Reykjavik, longe do centro da cidade. O edifício era antigo, mas bem conservado, com paredes espessas e janelas pequenas que proporcionavam um certo grau de privacidade. O apartamento, simples e funcional, foi a base onde começaram a reconstruir suas vidas.O ritmo da cidade era muito diferente de Boston. Em Reykjavik, as pessoas eram mais reservadas, com menos pressa e mais focadas em suas rotinas diárias. Isso, por um lado, trazia um certo alív
Enquanto o avião se afastava de Boston, Sarah olhou para Emma, sua expressão sombria. Ela sentia uma culpa esmagadora por ter sido a responsável por aquele encontro fatídico na gala, que desencadeou toda essa cadeia de eventos. Se não fosse por ela, Emma nunca teria conhecido Daniel. E, sem ele, Emma provavelmente estaria vivendo uma vida tranquila, longe da ameaça constante que a perseguia agora.— Emma, eu... eu sinto muito — Sarah disse, sua voz trêmula. — Eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Se eu soubesse...Emma olhou para sua amiga, e embora o peso da culpa fosse evidente em Sarah, ela sabia que não era o momento para culpas.— Não, Sarah. Não é culpa sua. Eu sou a única responsável por tudo isso. Eu fui atrás de Daniel, e eu tomei as decisões que me trouxeram até aqui. Emma segurou a mão de Sarah, tentando tranquilizá-la. Ela sabia que agora o mais importante era encontrar um lugar seguro e pensar no futuro, sem olhar para trás. O que estava feito, estava feito. Mas
Era um dia comum e ensolarado em Boston, e Emma estava, pela primeira vez em muito tempo, se sentindo bem. A gravidez estava indo bem, e ela tentava não pensar nas complicações que a envolviam. Naquele momento, tudo parecia tranquilo. Ela estava, caminhando pelas ruas do centro da cidade, desfrutando de um café e de um pensamento descontraído sobre planos para o futuro. Nada parecia fora do lugar. O calor do sol batia suavemente em seu rosto, e Emma se sentia feliz por, finalmente, estar vivendo algo que se aproximava de uma normalidade. Era uma sensação rara, mas ela estava aproveitando ao máximo. Emma estava a passear pelas lojas, fazendo compras. Estava distraída, olhando as vitrines, imaginando o futuro com seu bebê. Ela sentia uma paz momentânea, sem os pesadelos do passado ou os medos que sempre rondavam sua mente. Nada poderia arruinar aquele dia. Pelo menos, era o que ela pensava. Entrou na loja de artigos para bebês sentindo o coração acelerar. Era a primeira vez que faz
Daniel West estava determinado. Depois de semanas de buscas e sem pistas, ele finalmente havia descoberto o paradeiro da Emma, onde ela estava. A informação lhe havia chegado por meios indiretos, mas ele sabia que ela não poderia escapar por muito mais tempo. Ela estava agora. em Boston, e isso só aumentava a sensação de urgência em sua busca. Agora era so questão de tempo até encontrá-la. O coração de Daniel não pulsava de emoção. Ele era calculista, frio e, mais do que tudo, possuía um senso de posse inabalável. Emma havia se tornado uma peça chave em seu jogo, mas ele ainda não sabia qual era o seu papel exato. O fato de ela ter explorado sua mansão e, pior ainda, ter descoberto quem ele realmente era, só fazia com que ele se sentisse mais desconfiado.Ele não queria que ela soubesse que o estava procurando. Isso poderia colocar tudo em risco. Mas agora que ele sabia onde ela estava, não havia mais como voltar atrás. A decisão estava tomada.A viagem para Boston foi silenciosa e s