Estava em sua mansão, no escritório que recentemente deixou, perdido no seu mar de pensamentos. A quietude na mansão era palpável , dando um toque de tensão ao ar . Ele não conseguiu escapar da imagem de Emma de sua cabeça, ou dos vídeos que ele acidentalmente descobriu . Emma não era uma mulher qualquer com quem ele passara uma noite ; ela havia se envolvido em algo muito perigoso do que ele pensava . O que o perturbava, mais do que qualquer outra coisa, era o fato de que ela havia descoberto a verdade. Ela sabia quem ele era, sabia de sua ligação com a máfia, e o pior: ele estava demonstrando que ela sabia mais do que ele queria admitir. O fato de ela ter vasculhado seu apartamento, visto os vídeos da câmera de segurança, só confirmou suas suspeitas. Uma curiosidade dela ou talvez o desejo de se proteger para levar a um terreno perigoso, e Daniel sabia que isso não poderia ser ignorado. Ela estava jogando um jogo, e ele não gostava de fazer parte de um jogo sem saber as regras. E
Daniel West não gostava de deixar nada ao acaso. A busca por respostas estava a todo vapor, e agora ele tinha um novo alvo: o homem que havia tentado invadir sua mansão. Para Daniel, uma tentativa de invasão não era apenas uma ofensa à sua propriedade, mas um insulto direto à sua autoridade. Ele sabia que havia mais por trás daquela ação, e estava determinado a descobrir quem estava por trás de tudo. Mais importante ainda, ele precisava saber o que esse homem sabia sobre Emma.O sujeito que havia invadido a mansão estava agora nas mãos de Daniel. Ele estava amarrado a uma cadeira, com os olhos cheios de desdém, sem medo e a respiração calma, claramente ciente do que estava por vir. Daniel por outro lado, também estava calmo, como sempre, mas havia algo de gelado e ameaçador em sua postura. Ele caminhou lentamente ao redor do homem, seus passos ecoando na sala silenciosa.O homem o olhando com desafio e nem tentou se soltar das cordas, mas isso só fez Daniel sorrir de forma f
Daniel West estava determinado. Depois de semanas de buscas e sem pistas, ele finalmente havia descoberto o paradeiro da Emma, onde ela estava. A informação lhe havia chegado por meios indiretos, mas ele sabia que ela não poderia escapar por muito mais tempo. Ela estava agora. em Boston, e isso só aumentava a sensação de urgência em sua busca. Agora era so questão de tempo até encontrá-la. O coração de Daniel não pulsava de emoção. Ele era calculista, frio e, mais do que tudo, possuía um senso de posse inabalável. Emma havia se tornado uma peça chave em seu jogo, mas ele ainda não sabia qual era o seu papel exato. O fato de ela ter explorado sua mansão e, pior ainda, ter descoberto quem ele realmente era, só fazia com que ele se sentisse mais desconfiado.Ele não queria que ela soubesse que o estava procurando. Isso poderia colocar tudo em risco. Mas agora que ele sabia onde ela estava, não havia mais como voltar atrás. A decisão estava tomada.A viagem para Boston foi silenciosa e s
Era um dia comum e ensolarado em Boston, e Emma estava, pela primeira vez em muito tempo, se sentindo bem. A gravidez estava indo bem, e ela tentava não pensar nas complicações que a envolviam. Naquele momento, tudo parecia tranquilo. Ela estava, caminhando pelas ruas do centro da cidade, desfrutando de um café e de um pensamento descontraído sobre planos para o futuro. Nada parecia fora do lugar. O calor do sol batia suavemente em seu rosto, e Emma se sentia feliz por, finalmente, estar vivendo algo que se aproximava de uma normalidade. Era uma sensação rara, mas ela estava aproveitando ao máximo. Emma estava a passear pelas lojas, fazendo compras. Estava distraída, olhando as vitrines, imaginando o futuro com seu bebê. Ela sentia uma paz momentânea, sem os pesadelos do passado ou os medos que sempre rondavam sua mente. Nada poderia arruinar aquele dia. Pelo menos, era o que ela pensava. Entrou na loja de artigos para bebês sentindo o coração acelerar. Era a primeira vez que faz
Enquanto o avião se afastava de Boston, Sarah olhou para Emma, sua expressão sombria. Ela sentia uma culpa esmagadora por ter sido a responsável por aquele encontro fatídico na gala, que desencadeou toda essa cadeia de eventos. Se não fosse por ela, Emma nunca teria conhecido Daniel. E, sem ele, Emma provavelmente estaria vivendo uma vida tranquila, longe da ameaça constante que a perseguia agora.— Emma, eu... eu sinto muito — Sarah disse, sua voz trêmula. — Eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Se eu soubesse...Emma olhou para sua amiga, e embora o peso da culpa fosse evidente em Sarah, ela sabia que não era o momento para culpas.— Não, Sarah. Não é culpa sua. Eu sou a única responsável por tudo isso. Eu fui atrás de Daniel, e eu tomei as decisões que me trouxeram até aqui. Emma segurou a mão de Sarah, tentando tranquilizá-la. Ela sabia que agora o mais importante era encontrar um lugar seguro e pensar no futuro, sem olhar para trás. O que estava feito, estava feito. Mas
Emma e Sarah, agora Íris e Élín Jónsdóttir, estavam começando a se adaptar à sua nova vida em Reykjavik, mas a realidade de estarem fugindo de um passado perigoso sempre as acompanhava. A Islândia, com suas paisagens geladas e sua população pequena e discreta, parecia um lugar ideal para recomeçar. No entanto, o medo de serem encontradas por Daniel ou seus homens nunca as deixava completamente em paz.As primeiras semanas foram um turbilhão de ajustes e novos começos. Elas haviam se mudado para um pequeno apartamento em um bairro tranquilo de Reykjavik, longe do centro da cidade. O edifício era antigo, mas bem conservado, com paredes espessas e janelas pequenas que proporcionavam um certo grau de privacidade. O apartamento, simples e funcional, foi a base onde começaram a reconstruir suas vidas.O ritmo da cidade era muito diferente de Boston. Em Reykjavik, as pessoas eram mais reservadas, com menos pressa e mais focadas em suas rotinas diárias. Isso, por um lado, trazia um certo alív
O frio da manhã islandesa fazia com que a casa estivesse ainda mais acolhedora, com as janelas embaçadas pela diferença de temperatura entre o interior e o exterior. Emma estava sentada à mesa de jantar, uma xícara de chá quente em mãos, observando as ruas silenciosas da cidade de Reykjavik. A rotina estava se tornando cada vez mais tranquila, e ela já se sentia um pouco mais segura, embora o peso do passado ainda pesasse sobre seus ombros. Ao seu lado, estava sentada a Sarah com o laptop aberto, lendo e-mails sobre novos projetos de tradução.Era um dia como outro qualquer, mas Íris sentia algo diferente. Seu corpo estava a mostrar sinais da gravidez, e embora já tivesse notado algumas mudanças em si mesma algo parecia estranho e muito diferente. A sensação de cansaço constante, os enjoos que vinham e iam, e uma leve dor abdominal a incomodavam nos últimos dias. Algo estava muito diferente do normal, mas ela não sabia exatamente o que era.Após o trabalho, Emma decidiu ir ao centro d
O sol estava começando a nascer no horizonte quando Emma acordou com uma leve pontada na barriga. Ainda sonolenta, passou a mão suavemente sobre o ventre, sentindo os movimentos dos bebês, minutos depois, ela sentiu um líquido morno a escorregar entre as pernas. Fazia meses que se preparava para este momento, e agora, a sensação era diferente. Não era apenas uma contração comum. Finalmente tinha chegado a hora, o momento que ela tanto esperava, os seus bebês estavam prestes a chegar ao mundo. Ela respirou fundo e tentou se levantar da cama, mas uma nova onda de dor a fez parar. — Sarah! — gritou a Emma, tentando não entrar em pânico. Sarah apareceu correndo no quarto, ainda de pijama, segurando um copo de água. — O que foi? Está tudo bem? - perguntou a Sarah preocupada. — Acho que… Acho que chegou a hora. - disse a Emma a gaguejar. Sarah arregalou os olhos, já começando a se movimentar pelo quarto. — Hora? Tipo, agora mesmo?! Ok, ok, sem pânico! — Ela correu para pe
O sol da manhã entrava suavemente pela janela da cozinha, iluminando a pequena mesa de madeira onde Emma preparava o café da manhã para os meninos. O cheiro de panquecas e café fresco preenchia o ambiente, trazendo uma sensação de aconchego e rotina que ela tanto valorizava. Seis anos haviam se passado desde o nascimento de Liam e Noah, e a vida seguia tranquila. Os meninos estavam crescendo rápido, e cada dia era uma nova descoberta. Noah, sempre cheio de energia, falava pelos cotovelos enquanto corria pela sala, enquanto Liam era o oposto: tranquilo, observador e reservado. — Mamãe, posso ter mais molho de chocolate na minha panqueca? — perguntou Noah, já com o rosto lambuzado de chocolate. — Mais chocolate? Acho que a sua panqueca já está mais doce do que deveria, Super Noah — respondeu Emma, tentando manter um tom sério, mas sem conter o sorriso. Noah riu alto e ergueu a mão como se fosse lançar um poder invisível. — O açúcar me dá energia para salvar o mundo! — Ou para acab