Emma e Sarah, agora Íris e Élín Jónsdóttir, estavam começando a se adaptar à sua nova vida em Reykjavik, mas a realidade de estarem fugindo de um passado perigoso sempre as acompanhava. A Islândia, com suas paisagens geladas e sua população pequena e discreta, parecia um lugar ideal para recomeçar. No entanto, o medo de serem encontradas por Daniel ou seus homens nunca as deixava completamente em paz.As primeiras semanas foram um turbilhão de ajustes e novos começos. Elas haviam se mudado para um pequeno apartamento em um bairro tranquilo de Reykjavik, longe do centro da cidade. O edifício era antigo, mas bem conservado, com paredes espessas e janelas pequenas que proporcionavam um certo grau de privacidade. O apartamento, simples e funcional, foi a base onde começaram a reconstruir suas vidas.O ritmo da cidade era muito diferente de Boston. Em Reykjavik, as pessoas eram mais reservadas, com menos pressa e mais focadas em suas rotinas diárias. Isso, por um lado, trazia um certo alív
O frio da manhã islandesa fazia com que a casa estivesse ainda mais acolhedora, com as janelas embaçadas pela diferença de temperatura entre o interior e o exterior. Emma estava sentada à mesa de jantar, uma xícara de chá quente em mãos, observando as ruas silenciosas da cidade de Reykjavik. A rotina estava se tornando cada vez mais tranquila, e ela já se sentia um pouco mais segura, embora o peso do passado ainda pesasse sobre seus ombros. Ao seu lado, estava sentada a Sarah com o laptop aberto, lendo e-mails sobre novos projetos de tradução.Era um dia como outro qualquer, mas Íris sentia algo diferente. Seu corpo estava a mostrar sinais da gravidez, e embora já tivesse notado algumas mudanças em si mesma algo parecia estranho e muito diferente. A sensação de cansaço constante, os enjoos que vinham e iam, e uma leve dor abdominal a incomodavam nos últimos dias. Algo estava muito diferente do normal, mas ela não sabia exatamente o que era.Após o trabalho, Emma decidiu ir ao centro d
O sol estava começando a nascer no horizonte quando Emma acordou com uma leve pontada na barriga. Ainda sonolenta, passou a mão suavemente sobre o ventre, sentindo os movimentos dos bebês, minutos depois, ela sentiu um líquido morno a escorregar entre as pernas. Fazia meses que se preparava para este momento, e agora, a sensação era diferente. Não era apenas uma contração comum. Finalmente tinha chegado a hora, o momento que ela tanto esperava, os seus bebês estavam prestes a chegar ao mundo. Ela respirou fundo e tentou se levantar da cama, mas uma nova onda de dor a fez parar. — Sarah! — gritou a Emma, tentando não entrar em pânico. Sarah apareceu correndo no quarto, ainda de pijama, segurando um copo de água. — O que foi? Está tudo bem? - perguntou a Sarah preocupada. — Acho que… Acho que chegou a hora. - disse a Emma a gaguejar. Sarah arregalou os olhos, já começando a se movimentar pelo quarto. — Hora? Tipo, agora mesmo?! Ok, ok, sem pânico! — Ela correu para pe
O sol da manhã entrava suavemente pela janela da cozinha, iluminando a pequena mesa de madeira onde Emma preparava o café da manhã para os meninos. O cheiro de panquecas e café fresco preenchia o ambiente, trazendo uma sensação de aconchego e rotina que ela tanto valorizava. Seis anos haviam se passado desde o nascimento de Liam e Noah, e a vida seguia tranquila. Os meninos estavam crescendo rápido, e cada dia era uma nova descoberta. Noah, sempre cheio de energia, falava pelos cotovelos enquanto corria pela sala, enquanto Liam era o oposto: tranquilo, observador e reservado. — Mamãe, posso ter mais molho de chocolate na minha panqueca? — perguntou Noah, já com o rosto lambuzado de chocolate. — Mais chocolate? Acho que a sua panqueca já está mais doce do que deveria, Super Noah — respondeu Emma, tentando manter um tom sério, mas sem conter o sorriso. Noah riu alto e ergueu a mão como se fosse lançar um poder invisível. — O açúcar me dá energia para salvar o mundo! — Ou para acab
O escritório amplo e luxuoso estava mergulhado em uma penumbra elegante, apenas iluminado pela luz fraca da cidade ao fundo. O aroma de uísque e couro preenchia o ambiente, enquanto Daniel West se recostava na poltrona de couro preto, os olhos afiados analisando os documentos espalhados sobre a mesa de mogno. Seis anos haviam se passado desde que Emma desaparecera sem deixar vestígios, mas ele nunca desistira de encontrá-la. Se antes ele já era perigoso, agora era implacável. Sua influência se expandira para vários países, sua organização estava mais forte do que nunca, e os inimigos que ousaram cruzar seu caminho foram eliminados sem piedade. — Alguma novidade? — Sua voz soou baixa, mas carregada de ameaça. Diante dele, Adrian Carter, seu braço direito e amigo de longa data, permaneceu firme. Um homem alto e de expressão fria, sempre eficiente em seu trabalho. — Vasculhamos cada uma das pistas que tínhamos. Os contatos em Boston não encontraram nada. É como se ela tivesse evapora
O jato particular pousou suavemente na pista coberta por uma fina camada de neve. O céu da Islândia estava cinzento e o frio era cortante, mas nada disso incomodava Daniel. Ele desceu os degraus da aeronave sem hesitação, ajustando o casaco escuro e observando ao redor com olhar calculista. Adrian, seu braço direito, veio logo atrás, segurando o celular com informações recentes.— Reykjavík é pequena comparada aos lugares onde já estivemos — Adrian comentou, enfiando as mãos nos bolsos do sobretudo. — Mas isso pode ser uma vantagem. Se ela realmente está aqui, não vai ser tão difícil encontrá-la.Daniel não respondeu imediatamente. Ele era um homem de poucas palavras. Seu foco estava em um único objetivo: encontrar Emma. Ele passou anos procurando, vasculhando pistas, gastando recursos e pressionando contatos. Agora, finalmente, estava perto.Eles entraram no carro preto que os esperava no aeroporto. O motorista já sabia para onde levá-los, então deu partida sem precisar de instruções
Emma Collins estava acostumada com sua vida tranquila e previsível. Trabalhava como assistente administrativo numa grande empresa de marketing, e sua rotina era dominada por números, relatórios e reuniões. Não que ela se importe com isso; afinal, sempre preferi a estabilidade a uma vida agitada. Mas houve momentos, como este, em que a monotonia era um pouco insuportável. Por isso, quando sua amiga Sarah foi convidada para uma festa de gala de alto nível, Emma não hesitou em aceitar. — Vai ser divertido! — Sarah insistiu, empolgada. — Vai ser uma noite de luxo, vinho e pessoas interessantes. E eu conheci algumas pessoas muito influentes. Quem sabe você não faz um bom contato? Emma não acreditava muito nessa história de networking, mas a ideia de sair de sua zona de conforto e ver qualquer coisa diferente era animada. Ao chegar ao local - um hotel caro no centro da cidade -, com a sensação imediata de estar fora do lugar, a festa estava cheia de pessoas com roupas caras e olhares calc
Após semanas tentando afastar os pensamentos sobre Daniel West, Emma acreditava que o encontro na festa era apenas uma anomalia, algo que não deveria se repetir. Ele parecia tão distante, tão impossível de alcançar, que Emma estava certa de que nunca mais o veria. Mas com o passar dos dias, os olhos de Daniel ainda permaneciam em sua mente. Havia algo nele que a atraía e ao mesmo tempo a assustava. Naquela sexta-feira, Sarah apareceu com um convite tentador. — Vamos à boate Black Velvet! — disse ela com entusiasmo. —Uma noite fora de casa. Você precisa se distrair, Emma.Apesar de suas reservas, Emma destaca. Talvez fosse exatamente o que ela precisava: uma noite para se livrar das memórias de Daniel e dar uma chance à diversão. A boate Black Velvet era um lugar em polvorosa, olhando como as luzes piscavam em ritmo frenético e a música eletrônica tocava forte até a energia da noite implodir dentro . Emma sentira-se um peixe fora d'água, Sarah, pareceu estar à vontade-