No Ritmo da Sedução

Após semanas tentando afastar os pensamentos sobre Daniel West, Emma acreditava que o encontro na festa era apenas uma anomalia, algo que não deveria se repetir. Ele parecia tão distante, tão impossível de alcançar, que Emma estava certa de que nunca mais o veria. Mas com o passar dos dias, os olhos de Daniel ainda permaneciam em sua mente. Havia algo nele que a atraía e ao mesmo tempo a assustava. Naquela sexta-feira, Sarah apareceu com um convite tentador. 

— Vamos à boate Black Velvet! — disse ela com entusiasmo.

—Uma noite fora de casa. Você precisa se distrair, Emma.

Apesar de suas reservas, Emma destaca. Talvez fosse exatamente o que ela precisava: uma noite para se livrar das memórias de Daniel e dar uma chance à diversão. A boate Black Velvet era um lugar em polvorosa, olhando como as luzes piscavam em ritmo frenético e a música eletrônica tocava forte até a energia da noite implodir dentro . Emma sentira-se um peixe fora d'água, Sarah, pareceu estar à vontade- se perdendo na dança. Preferiu afastar -se e sentar no bar, observando o movimento que a cercava enquanto bebia o coquetel, foi quando, ao levantar os olhos, ela o viu. Daniel estava em uma mesa VIP, em um canto mais reservado, rodeado por alguns homens de aparência séria. O olhar de Daniel encontrou o dela imediatamente, como se ele tivesse estado observando-a o tempo todo. Ele não sorriu, não fez gestos amigáveis. Apenas a observava com uma intensidade perturbadora. Emma tentou desviar o olhar, mas foi inútil. Algo nela a fazia não conseguiria ignorá-lo. O encontro frio, ela não viu Daniel se aproximar do bar, ele caminhou até ela daqule jeito mesmo, com firmeza, sua postura impassível, sua presença dominava o ambiente. Emma sentiu um arrepio percorrer sua espinha . Ele não era o tipo de homem que sorria ou se entregava a conversa fiada . Ele foi direto ao ponto, calculista. E quando ele a alcançou, o olhar ficou ainda mais aguçado.

— Sra. Collins — sua voz grave e fria cortou o barulho da música.

— Nunca pensei que encontraria alguém como você em um lugar como este.

Emma engoliu em seco, tentando manter a compostura.

— Não sou muito de frequentar boates — respondeu ela, tentando sair indiferentemente. Daniel a observou por um momento, como se estivesse avaliando suas palavras e sua ocorrência. Ele não parecia surpreso ou interessado em sua resposta. Apenas manteve o olhar fixo nela, como se fosse um teste silencioso.

— E o que você trouxe até aqui? — disse ele, com um tom baixo, quase como se estivesse sondando sua alma. Emma hesitou, havia algo em sua voz que fazia qualquer resposta parecer frágil demais . 

— Minha amiga me convenceu — disse ela, tentando manter a conversa superficial . Daniel não sorriu. Em vez disso, ele se inclinou ligeiramente para frente , com os olhos mais profundos . 

— Você  parece desconfortável — disse ele .

— Mas a vida é assim, certo? Às vezes o desconforto é apenas uma forma de nos forçar a ver a verdade. Ele não esperou uma resposta. Apenas ficou em silêncio, olhando para ela. Emma não sabia o que pensar sobre ele, mas sentia que sua presença era algo que não poderia ser ignorado. Era como se ele tivesse o poder de ver através dela, de ler cada uma de suas emoções sem precisar de palavras.

Depois de alguns minutos de silêncio tenso, Daniel fez um sinal de mão, guiando-se às seguranças à porta da boate. Sem mais palavras, ele se virou e começou a caminhar em direção à saída. Emma ficou parada, sentindo um misto de curiosidade e apreensão. Antes de sair completamente do bar, Daniel se virou para ela mais uma vez:

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