O frio da manhã islandesa fazia com que a casa estivesse ainda mais acolhedora, com as janelas embaçadas pela diferença de temperatura entre o interior e o exterior. Emma estava sentada à mesa de jantar, uma xícara de chá quente em mãos, observando as ruas silenciosas da cidade de Reykjavik. A rotina estava se tornando cada vez mais tranquila, e ela já se sentia um pouco mais segura, embora o peso do passado ainda pesasse sobre seus ombros. Ao seu lado, estava sentada a Sarah com o laptop aberto, lendo e-mails sobre novos projetos de tradução.Era um dia como outro qualquer, mas Íris sentia algo diferente. Seu corpo estava a mostrar sinais da gravidez, e embora já tivesse notado algumas mudanças em si mesma algo parecia estranho e muito diferente. A sensação de cansaço constante, os enjoos que vinham e iam, e uma leve dor abdominal a incomodavam nos últimos dias. Algo estava muito diferente do normal, mas ela não sabia exatamente o que era.Após o trabalho, Emma decidiu ir ao centro d
O sol estava começando a nascer no horizonte quando Emma acordou com uma leve pontada na barriga. Ainda sonolenta, passou a mão suavemente sobre o ventre, sentindo os movimentos dos bebês, minutos depois, ela sentiu um líquido morno a escorregar entre as pernas. Fazia meses que se preparava para este momento, e agora, a sensação era diferente. Não era apenas uma contração comum. Finalmente tinha chegado a hora, o momento que ela tanto esperava, os seus bebês estavam prestes a chegar ao mundo. Ela respirou fundo e tentou se levantar da cama, mas uma nova onda de dor a fez parar. — Sarah! — gritou a Emma, tentando não entrar em pânico. Sarah apareceu correndo no quarto, ainda de pijama, segurando um copo de água. — O que foi? Está tudo bem? - perguntou a Sarah preocupada. — Acho que… Acho que chegou a hora. - disse a Emma a gaguejar. Sarah arregalou os olhos, já começando a se movimentar pelo quarto. — Hora? Tipo, agora mesmo?! Ok, ok, sem pânico! — Ela correu para pe
O sol da manhã entrava suavemente pela janela da cozinha, iluminando a pequena mesa de madeira onde Emma preparava o café da manhã para os meninos. O cheiro de panquecas e café fresco preenchia o ambiente, trazendo uma sensação de aconchego e rotina que ela tanto valorizava. Seis anos haviam se passado desde o nascimento de Liam e Noah, e a vida seguia tranquila. Os meninos estavam crescendo rápido, e cada dia era uma nova descoberta. Noah, sempre cheio de energia, falava pelos cotovelos enquanto corria pela sala, enquanto Liam era o oposto: tranquilo, observador e reservado. — Mamãe, posso ter mais molho de chocolate na minha panqueca? — perguntou Noah, já com o rosto lambuzado de chocolate. — Mais chocolate? Acho que a sua panqueca já está mais doce do que deveria, Super Noah — respondeu Emma, tentando manter um tom sério, mas sem conter o sorriso. Noah riu alto e ergueu a mão como se fosse lançar um poder invisível. — O açúcar me dá energia para salvar o mundo! — Ou para acab
O escritório amplo e luxuoso estava mergulhado em uma penumbra elegante, apenas iluminado pela luz fraca da cidade ao fundo. O aroma de uísque e couro preenchia o ambiente, enquanto Daniel West se recostava na poltrona de couro preto, os olhos afiados analisando os documentos espalhados sobre a mesa de mogno. Seis anos haviam se passado desde que Emma desaparecera sem deixar vestígios, mas ele nunca desistira de encontrá-la. Se antes ele já era perigoso, agora era implacável. Sua influência se expandira para vários países, sua organização estava mais forte do que nunca, e os inimigos que ousaram cruzar seu caminho foram eliminados sem piedade. — Alguma novidade? — Sua voz soou baixa, mas carregada de ameaça. Diante dele, Adrian Carter, seu braço direito e amigo de longa data, permaneceu firme. Um homem alto e de expressão fria, sempre eficiente em seu trabalho. — Vasculhamos cada uma das pistas que tínhamos. Os contatos em Boston não encontraram nada. É como se ela tivesse evapora
O jato particular pousou suavemente na pista coberta por uma fina camada de neve. O céu da Islândia estava cinzento e o frio era cortante, mas nada disso incomodava Daniel. Ele desceu os degraus da aeronave sem hesitação, ajustando o casaco escuro e observando ao redor com olhar calculista. Adrian, seu braço direito, veio logo atrás, segurando o celular com informações recentes.— Reykjavík é pequena comparada aos lugares onde já estivemos — Adrian comentou, enfiando as mãos nos bolsos do sobretudo. — Mas isso pode ser uma vantagem. Se ela realmente está aqui, não vai ser tão difícil encontrá-la.Daniel não respondeu imediatamente. Ele era um homem de poucas palavras. Seu foco estava em um único objetivo: encontrar Emma. Ele passou anos procurando, vasculhando pistas, gastando recursos e pressionando contatos. Agora, finalmente, estava perto.Eles entraram no carro preto que os esperava no aeroporto. O motorista já sabia para onde levá-los, então deu partida sem precisar de instruções
Emma Collins estava acostumada com sua vida tranquila e previsível. Trabalhava como assistente administrativo numa grande empresa de marketing, e sua rotina era dominada por números, relatórios e reuniões. Não que ela se importe com isso; afinal, sempre preferi a estabilidade a uma vida agitada. Mas houve momentos, como este, em que a monotonia era um pouco insuportável. Por isso, quando sua amiga Sarah foi convidada para uma festa de gala de alto nível, Emma não hesitou em aceitar. — Vai ser divertido! — Sarah insistiu, empolgada. — Vai ser uma noite de luxo, vinho e pessoas interessantes. E eu conheci algumas pessoas muito influentes. Quem sabe você não faz um bom contato? Emma não acreditava muito nessa história de networking, mas a ideia de sair de sua zona de conforto e ver qualquer coisa diferente era animada. Ao chegar ao local - um hotel caro no centro da cidade -, com a sensação imediata de estar fora do lugar, a festa estava cheia de pessoas com roupas caras e olhares calc
Após semanas tentando afastar os pensamentos sobre Daniel West, Emma acreditava que o encontro na festa era apenas uma anomalia, algo que não deveria se repetir. Ele parecia tão distante, tão impossível de alcançar, que Emma estava certa de que nunca mais o veria. Mas com o passar dos dias, os olhos de Daniel ainda permaneciam em sua mente. Havia algo nele que a atraía e ao mesmo tempo a assustava. Naquela sexta-feira, Sarah apareceu com um convite tentador. — Vamos à boate Black Velvet! — disse ela com entusiasmo. —Uma noite fora de casa. Você precisa se distrair, Emma.Apesar de suas reservas, Emma destaca. Talvez fosse exatamente o que ela precisava: uma noite para se livrar das memórias de Daniel e dar uma chance à diversão. A boate Black Velvet era um lugar em polvorosa, olhando como as luzes piscavam em ritmo frenético e a música eletrônica tocava forte até a energia da noite implodir dentro . Emma sentira-se um peixe fora d'água, Sarah, pareceu estar à vontade-
— Se quiser, posso te levar para um lugar mais tranquilo — ele disse, a frieza na voz contrastando com o que Emma imaginava ser uma oferta.— Não gosta de estar no centro das atenções, não é? Emma sabia que deveria recusar, sabia que deveria voltar para casa e esquecer aquele homem. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro dela a impelia a segui-lo. Ela não sabia o que era, mas não conseguiu resistir, em nada que falassem, saíram para fora da boate. Entraram num carro luxuoso que os levou até a cobertura imponente no centro de Los Angeles, moderno e frio, o prédio tinha uma visão diferente. Dentro da cobertura, o ambiente era sofisticado e sem calor humano, o Daniel se manteve impassível, mas havia algo de incontrolável em sua presença. Ele não era um homem de gestos gentis ou de palavras doces. Era calculista, frio, e, naquele momento, Emma se viu imersa em algo que não compreendia totalmente. Quando ele se moveu para ela, seus olhos penetrantes não demonstraram emoção. Apenas um inter