Emma Collins estava acostumada com sua vida tranquila e previsível. Trabalhava como assistente administrativo numa grande empresa de marketing, e sua rotina era dominada por números, relatórios e reuniões. Não que ela se importe com isso; afinal, sempre preferi a estabilidade a uma vida agitada. Mas houve momentos, como este, em que a monotonia era um pouco insuportável. Por isso, quando sua amiga Sarah foi convidada para uma festa de gala de alto nível, Emma não hesitou em aceitar. — Vai ser divertido! — Sarah insistiu, empolgada. — Vai ser uma noite de luxo, vinho e pessoas interessantes. E eu conheci algumas pessoas muito influentes. Quem sabe você não faz um bom contato? Emma não acreditava muito nessa história de networking, mas a ideia de sair de sua zona de conforto e ver qualquer coisa diferente era animada. Ao chegar ao local - um hotel caro no centro da cidade -, com a sensação imediata de estar fora do lugar, a festa estava cheia de pessoas com roupas caras e olhares calculistas. O som da música alta misturado com risadas abafadas a fez se sentir ainda mais desconectado daquele mundo . Sarah rapidamente desapareceu entre os convidados, deixando Emma sozinha para se perder na multidão. Ela caminhou ao redor, observando as pessoas que têm mais preocupações em arrecadar suas riquezas do que realmente aproveitam a festa. Foi então que seus olhos encontraram Daniel West. Ele estava à distância, conversando com algumas pessoas, mas seu olhar estava fixo nela. Daniel tinha cerca de 30 anos, alto, com um ar imponente e misterioso que atraía todos os olhares. Seus cabelos escuros eram bem penteados, e ele usava um terno escuro que parecia feito sob medida para ele. Sua presença dominava a sala, e mesmo à distância, Emma não poderia deixar de perceber a intensidade de seu olhar. Ela tentou desviar o olhar, mas algo a impediu. Era como se ele tivesse uma força magnética que chamasse sua atenção sem esforço. Daniel, por sua parte, não poderia tirar os olhos de cima para Emma. O olhar com um interesse silencioso, analisando cada detalhe. Sabia que ela não era como as outras mulheres presentes na festa, aquelas que sorriram e se moveram como se estiveram a julgar. Emma tinha algo diferente, uma aura de engenhosidade misturada com uma força interior que ele não conseguia entender. Era como se ela fosse uma contradição, alguém simples, mas ao mesmo tempo, irresistível. Depois de alguns minutos de troca de olhares, Daniel se aproximou de Emma. Ele caminhou com uma confiança inabalável, sua presença fazendo com que as pessoas ao seu redor se afastassem, como se fossem atraídas pela seu ser. Quando chegou perto de Emma, ele olhou com um brilho específico que contrastava com a intensidade de seu olhar.
— Você parece deslocada — disse Daniel, sua voz profunda e controlada. — Posso ajudá-la a se sentir mais à vontade?Emma, surpresa pela abordagem direta, hesitou por um momento. Ela olhou para ele e, sem saber o porquê, respondeu: — Talvez. Não costumo frequentar lugares assim. Daniel riu baixinho, um som baixo e sedutor que parecia fazer a temperatura ao redor deles subirem. — Eu também não — disse ele com um sorriso enigmático. — Mas às vezes, um pouco de desconforto pode nos ensinar muito sobre quem realmente somos. Emma transmitiu timidamente, ainda sem saber o que pensar sobre aquele homem. Mas havia algo na maneira como ele falava, num ar de confiança que emanava dele, que a fez sentir-se curiosa e, ao mesmo tempo, atraída. Ele não era como todos os outros homens que ela conhecia. Havia uma tensão em sua postura, uma energia que fascinava e intimidava ao mesmo tempo. Enquanto conversavam, Emma começou a perceber que Daniel não era um simples convidado da festa. Ele foi rodeado por uma aura de autoridade, e as pessoas ao seu redor trataram-no com uma reverência silenciosa. Havia algo de perigoso nele, algo que ela não conseguia explicar, mas que sentia com clareza. Quando a conversa entre eles se aprofundou, Daniel apresentou casualmente seu trabalho, mas de uma forma vaga, sem entrar em detalhes. Emma não sabia exatamente o que ele fazia, mas a ideia de que ele estava envolvido com algo maior e mais sombrio a intrigava. Mesmo assim, ela se sentiu atraída por ele de uma forma que não conseguia controlar. Ele parecia ter entendido suas inseguranças e fragilidade, e, ao mesmo tempo desafiava olhares contra o que estava certo e errado. A noite abafada com mais conversas e muitos olhos. Emma sentiu como se tivesse sido puxada para uma teia de aranha invisível, e, por mais que sentisse que deveria deixá-lo totalmente e sair daquele ambiente, Emma não conseguiu sair lá. Daniel tem algo que a leva a querer cada vez mais. Quando a festa começou a se aproximar do fim, Daniel acompanhou até o carro. A chuva começava a cair, e ele a protegia com seu casaco enquanto caminhavam para o estacionamento. — Não queria que a noite terminasse assim — disse ele, parando na porta do carro e olhando nos olhos de Emma com uma intensidade perturbadora. — Mas eu tenho que admitir. Você tem algo que me fascina, algo que eu preciso descobrir. Emma sentiu seu coração acelerar. A proximidade entre eles ligados a uma eletricidade silenciosa, e ela não sabia como reagir. Ela queria lembrar, mas algo dentro dela dizia para ficar. Quando Daniel se inclinou a se despedir, seus lábios se aproximaram de sua bochecha de uma forma possessiva, quase como se marcasse território. O toque foi breve, mas intenso, e Emma ficou paralisada, sem saber como se sentir. — Cuide-se, Emma — ele disse, sua voz suave, mas com um tom de comando. Ele se virou lentamente e acontecia entre no carro, e Emma, ainda atordoada com o choque do que havia acontecido, girou para olhar para ele pela última vez antes de dirigir para a casa. Mas quando o carro se atrasou, ela não pôde deixar de sentir que esse encontro, esse homem, não era tão simples quanto parecia. Ela arriscou algo muito maior do que havia planejado e, de alguma forma, esse fato a fez sentir - se viva.Após semanas tentando afastar os pensamentos sobre Daniel West, Emma acreditava que o encontro na festa era apenas uma anomalia, algo que não deveria se repetir. Ele parecia tão distante, tão impossível de alcançar, que Emma estava certa de que nunca mais o veria. Mas com o passar dos dias, os olhos de Daniel ainda permaneciam em sua mente. Havia algo nele que a atraía e ao mesmo tempo a assustava. Naquela sexta-feira, Sarah apareceu com um convite tentador. — Vamos à boate Black Velvet! — disse ela com entusiasmo. —Uma noite fora de casa. Você precisa se distrair, Emma.Apesar de suas reservas, Emma destaca. Talvez fosse exatamente o que ela precisava: uma noite para se livrar das memórias de Daniel e dar uma chance à diversão. A boate Black Velvet era um lugar em polvorosa, olhando como as luzes piscavam em ritmo frenético e a música eletrônica tocava forte até a energia da noite implodir dentro . Emma sentira-se um peixe fora d'água, Sarah, pareceu estar à vontade-
— Se quiser, posso te levar para um lugar mais tranquilo — ele disse, a frieza na voz contrastando com o que Emma imaginava ser uma oferta.— Não gosta de estar no centro das atenções, não é? Emma sabia que deveria recusar, sabia que deveria voltar para casa e esquecer aquele homem. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro dela a impelia a segui-lo. Ela não sabia o que era, mas não conseguiu resistir, em nada que falassem, saíram para fora da boate. Entraram num carro luxuoso que os levou até a cobertura imponente no centro de Los Angeles, moderno e frio, o prédio tinha uma visão diferente. Dentro da cobertura, o ambiente era sofisticado e sem calor humano, o Daniel se manteve impassível, mas havia algo de incontrolável em sua presença. Ele não era um homem de gestos gentis ou de palavras doces. Era calculista, frio, e, naquele momento, Emma se viu imersa em algo que não compreendia totalmente. Quando ele se moveu para ela, seus olhos penetrantes não demonstraram emoção. Apenas um inter
Três meses se passaram desde aquela noite. Emma havia tentado seguir em frente, mantendo sua rotina diária como se nada tivesse mudado. A vida no escritório, as reuniões, os relatórios... Tudo parecia uma repetição do que ela conhecia. Ela se sentia sobrecarregada, mas não permitia que nada a desviasse do caminho que havia escolhido para si mesma.Apesar disso, ela não podia negar que algo estava acontecendo com seu corpo. As roupas começavam a apertar, especialmente na região do abdômen. Mas Emma tentou ignorar os sinais, dizendo a si mesma que talvez fosse só estresse, ou até mesmo a dieta errada. Não queria pensar muito nisso. Ela tinha uma vida a manter e uma rotina a seguir.Mas naquela manhã, ao acordar, algo a fez parar por um momento. Quando foi ao banheiro, percebeu que estava com náuseas — algo que nunca havia acontecido antes. Ela tentou afastar o pensamento, mas a sensação era inescapável. Quando se olhou no espelho, o rosto parecia mais pálido do que o
Nos dias seguintes à descoberta da gravidez, Emma não conseguiu mais se concentrar no trabalho. A ansiedade a consumia a cada reunião, a cada tarefa que precisava ser cumprida. Cada olhar de seus colegas parecia mais pesado, como se eles pudessem perceber que algo estava errado. Seu corpo já estava dando sinais claros de mudança, e ela não sabia por quanto tempo conseguiria esconder o segredo.Foi então que a ideia surgiu, como uma válvula de escape. Mudar de ambiente. Emma pensou em pedir transferência para outra filial da empresa, longe de todos os olhares curiosos e da pressão que sentia. A ideia parecia perfeita. Em uma nova cidade, ela poderia recomeçar sua vida, longe das lembranças de Daniel e da constante lembrança de sua gravidez.Em um dia comum no escritório, Emma entrou na sala do seu chefe, um homem de meia-idade, sempre cordial, mas com uma expressão de preocupação. Ele sabia que algo estava acontecendo, mas nunca perguntou diretamente. Emma não tinha
Depois da tentativa de invasão à sua mansão, Daniel West não conseguia se livrar de uma inquietação persistente. Acostumado a lidar com ameaças, especialmente de facções rivais, ele sentia que algo naquela noite fugia do comum. Ao revisar as gravações de segurança, algo inesperado chamou sua atenção: além do invasor ligado à máfia rival, ele viu Emma. Três meses antes, ela havia estado em sua propriedade, isso de certa forma é um erro que ele cometeu, porque nunca tinha levado alguém desconhecido a sua propriedade. Emma entrou na mansão movida apenas pela curiosidade. Vasculhou as suas coisas, mexeu em objetos e acabou se deparando com documentos e arquivos que nunca deveriam ser vistos por olhos de fora. O simples fato de ela ter invadido o seu espaço privado já era algo grave, mas o que realmente preocupava Daniel era o que ela havia encontrado. Entre os papéis, estavam informações altamente sensíveis sobre a máfia — dados restritos, acessíveis apenas ao círculo mais próximo de con
Era uma manhã como qualquer outra. Emma Collins acordou cedo, o som do despertador cortando o silêncio do seu quarto. A luz suave da manhã penetrava pelas cortinas, e ela se espreguiçou lentamente, sentindo o peso da gravidez começar a se tornar mais evidente. Ela estava nos primeiros meses, mas o corpo já dava seus sinais de que qualquer coisa mudava dentro dela. Sua barrigapequena, já começava a crescer, e ela sentia uma leveza diferente em seus movimentos, como se algo invisível a estivesse puxando para dentro de si mesma. Ela se declarou da cama com uma dorzinha nas costas - comum na gravidez -, mas nada que a impedisse de seguir sua rotina. No banheiro, fez uma rápida higiene matinal e olhou-se no espelho. Seus olhos estavam um pouco cansados, mas ela estava disposta a sorrir para si mesma. Não queria que a preocupação visual com sua condição afetasse seu semblante. Desde o minuto em que pude, ela tentou guiá-lo com a maior tranquilidade possível : angústia e incerteza est
Era uma manhã calma, e Emma acordou sentindo o peso de mais um dia se aproximar. Ela já foi cada vez mais acostumada às mudanças que seu corpo sofreu, embora o cansaço da gravidez se torne mais evidente a cada semana. A sensação de que sua vida estava em transição constante agora era mais palpável, e o simples fato de que estava grávida a fazia perceber, com uma intensidade crescente, que sua vida nunca mais seria a mesma. Depois de um café rápido e de se arrumar com mais cuidado do que o habitual, ela decidiu que sairia para fazer algo diferente. Ela não tinha muito tempo livre, mas sabia que precisava começar a pensar nas coisas que a esperava quando o bebê chegasse. A ideia de se afastar por um momento das preocupações com Daniel e com o futuro a deixou com uma leve sensação de colapso. Hoje, ela faria algo que não fazia há semanas: ela faria compras, mas não qualquer tipo de compra. Ela iria olhar as coisas de bebê. Emma chegou até um shopping center próximo, o mesmo que costuma
Estava em sua mansão, no escritório que recentemente deixou, perdido no seu mar de pensamentos. A quietude na mansão era palpável , dando um toque de tensão ao ar . Ele não conseguiu escapar da imagem de Emma de sua cabeça, ou dos vídeos que ele acidentalmente descobriu . Emma não era uma mulher qualquer com quem ele passara uma noite ; ela havia se envolvido em algo muito perigoso do que ele pensava . O que o perturbava, mais do que qualquer outra coisa, era o fato de que ela havia descoberto a verdade. Ela sabia quem ele era, sabia de sua ligação com a máfia, e o pior: ele estava demonstrando que ela sabia mais do que ele queria admitir. O fato de ela ter vasculhado seu apartamento, visto os vídeos da câmera de segurança, só confirmou suas suspeitas. Uma curiosidade dela ou talvez o desejo de se proteger para levar a um terreno perigoso, e Daniel sabia que isso não poderia ser ignorado. Ela estava jogando um jogo, e ele não gostava de fazer parte de um jogo sem saber as regras. E