Meu Mafioso Favorito

Meu Mafioso Favorito PT

Romance
Mariana Dias  Em andamento
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Resumo
Índice

Rosalyne é uma médica dedicada, mas após um colapso causado pelo estresse intenso, decide tirar umas férias para buscar paz e recuperação. Mal sabia ela que seus dias tranquilos seriam interrompidos quando, ao salvar algo precioso para um homem misterioso, se vê irremediavelmente envolvida com a máfia mais poderosa e perigosa do mundo. Agora, imersa em um universo sombrio e imprevisível, Rosalyne precisa lidar com as consequências de suas escolhas e os desafios que surgem a cada passo. No meio disso tudo, um vínculo inesperado se forma com o mafioso que a envolveu, levantando a dúvida: será que o destino cruel os unirá de forma inesperada, ou Rosalyne conseguirá escapar dessa teia de mistério e perigo?

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11 chapters
Capítulo 1
A sala era ampla, com teto abobadado e janelas altas que deixavam entrar a luz pálida do entardecer. Os móveis de madeira escura e os estofados de veludo denso conferiam um ar austero ao ambiente. O som firme das botas de couro ecoava pelas paredes enquanto um homem de figura imponente atravessava o espaço. Seus ombros largos e postura ereta transmitiam autoridade, mas havia algo na rigidez de seu semblante que sugeria preocupação. Ao aproximar-se da mesa central, seus olhos — atentos, quase predatórios — notaram um envelope repousando sobre o tampo polido. Ele hesitou por um instante, os dedos robustos pairando no ar, antes de pegar a carta. O papel estava levemente amassado, como se alguém o tivesse manuseado repetidamente. Com movimentos lentos, ele rompeu o lacre e desdobrou a folha. A caligrafia era delicada, familiar. Seu rosto, que até então permanecera estoico, começou a mudar à medida que lia as palavras. A mandíbula apertou-se; as sobrancelhas franziram. Então, inespe
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Capítulo 2
Rosalyne Assim que trocamos olhares, ele baixou o olhar e o fixou em Nicolau.— Nico?! Onde você estava, rapaz? — ele disse um pouco confuso e franziu o cenho.O cachorro começou a latir pra ele e eu o segurei para que não caísse. Que reação mais... amorosa? — Nicolau, calma. — o acariciei e ele parou de latir na mesma hora, o que surpreendeu tanto eu quanto o homem a minha frente. Fiz carinho no cachorro por ter se comportado e olhei curiosa para o homem a minha frente. — Ele é seu? — perguntei, tentando entender a situação. O homem coçou a nuca e se encostou na batente de sua porta. — Ele é! — disse olhando para o cachorro. — Ou pelo menos era. — brincou ao olhar para mim e eu dei um sorriso. — O que aconteceu? Ele fugiu? — Eu nem sei ao certo. Acabei de chegar do trabalho e notei que ele não estava. Joguei as coisas num canto e peguei uma capa de chuva pra ir procurar ele... — ele disse enquanto observava o cachorro. — Mas parece que gostou tanto de você que não me q
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Capítulo 3
Rosalyne Estava deitada no sofá, sendo acompanhada por Nicolau que se aconchegou em meus braços, e assistia a minha série predileta. Eu ria baixo pelo horário e a televisão também estava com pouco volume, o suficiente para que somente eu escutasse. Nicolau roncava mais alto que a televisão. Vez ou outra, o observava enquanto ele dorme, parecendo mais um trator em miniatura, mas ainda assim tão fofo. Conforme ficava mais tarde, comecei a ficar sonolenta também e percebi que quase adormeci. Porém, quando um trovão ecoou pela janela, um frio gelado percorreu minha espinha ao notar uma silhueta tomada pela escuridão. Eu não estava mais sozinha. Havia alguém lá fora, observando o meu apartamento. Olhei para Nicolau, que agora estava acordado, latindo freneticamente. O barulho de seus latidos misturava-se ao som distante da chuva. Afim de observar minuciosamente as intenções daquela pessoa, me mantive quieta, sem fazer sequer um movimento brusco. E então, escutei batidas na porta. Fique
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Capítulo 4
Rosalyne De todas as coisas, essa seria a última que eu iria cogitar. Eu cheguei até a pensar que ele era um policial, investigador ou parte de uma agência secreta. Estava completamente errada e bastante surpresa. Mafioso. Cesare é um mafioso? — Ficou sem palavras, não é? — ele disse ao observar o meu estado. Olhando para Cesare, sua aparência era realmente imponente. Eu estava realmente sem palavras. Agora fazia sentido a maneira como "inimigos" para ele soava tão natural. — Eu realmente fui pega de surpresa. — confessei, ainda o observando atentamente. — Mafioso... — repeti, pensativa. — Talvez fosse melhor eu não ter revelado? Balancei a cabeça negativamente. Na verdade, aprecio que ele não teve rodeios quanto a isso ou mentiu. — Por mais surpreendente que seja... você ainda não é um dentista. — comentei e ele riu levemente. — Mas, se você quiser correr, meu apartamento está disponível para isso. Eu só não indicaria você ir lá fora agora. — Tem pessoas que traba
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Capítulo 5
Rosalyne Um trovejo alto foi escutado e eu estremeci no sofá. Cesare se levantou e puxou a cortina para cobrir a janela. O olhei agradecida e ele apenas assentiu em resposta. Acabei por bocejar e o cansaço do meu corpo me atingiu em cheio. Cesare notou isso e deu um pequeno sorriso.— Você parece bastante sonolenta. Irei preparar o quarto ao lado do meu para você. — disse e eu assenti.Enquanto o observei desaparecer pelo corredor, me encostei no sofá, passando a pensar sobre a nossa conversa. De certa forma, hoje conheci um pouco mais sobre ele. Um pouco mais sobre Nicolau. Em como nossos mundos parecem tão opostos. Era curioso e instigante. E o fato de que eu não poderia sair daqui hoje: caso contrário, estaria correndo um perigo que sequer posso imaginar. Pois, se tratanto do mundo dos mafiosos, o pior era sempre esperado se tratando de inimizades. Sem perceber, comecei a pescar ali mesmo no sofá. Era muita coisa para pensar e o sofá era tão confortável e tão quentinho que não p
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Capítulo 6
RosalyneAssim que entramos no quarto, um misto de surpresa me invadiu e eu segurei o riso. Está certo, aquilo era mais ridículo do que o meu pijama.— Te convenci? — ele perguntou ao se inclinar em minha direção.O olhei ainda segurando o riso e soltei uma gargalhada quando não aguentei segurar.Assim que a risada escapou, Cesare recuou um pouco, cruzando os braços e erguendo uma sobrancelha, claramente se divertindo com a minha reação.— Certo, eu mereci isso — admitiu, um sorriso leve brincando nos lábios.Eu mal conseguia falar enquanto apontava para o objeto que ele me mostrava.— Um... um roupão de patinhos? E amarelo? Com chinelos combinando? — consegui dizer entre risos, abraçando o próprio corpo para tentar me recompor.Cesare olhou para o roupão pendurado em um cabide ao lado da cama, com pequenos patinhos estampados de forma exagerada, como se aquilo fosse a coisa mais comum do mundo.— É confortável e Nico tem um igual. — ele respondeu com naturalidade, como se isso encerr
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Capítulo 7
Rosalyne Corei um pouco, mas logo disfarcei com um suspiro.— Então, o que sugere?Ele inclinou a cabeça para o lado, pensativo, antes de apontar na direção do corredor.— Tenho algumas roupas no quarto de hóspedes. Nada muito estiloso, mas deve servir para você por hoje.Olhei para ele, um pouco desconfiada.— Tem roupas femininas no quarto de hóspedes?Cesare deu um leve sorriso, divertido com a pergunta.— Tenho irmãs, Rosa. E, ocasionalmente, elas passam uns dias por aqui. Não tire conclusões precipitadas.Arregalei os olhos levemente e desviei o olhar. Eu deveria ter segurado a pergunta... mas a resposta me agradou...Me levantei e segui com ele até o tal quarto. Quando abri o armário, encontrei algumas peças casuais: jeans, camisetas simples e até uma jaqueta leve. Escolhi o que parecia mais próximo do meu tamanho e olhei para Cesare.— Será que serve...?Ele ergueu as mãos como se dissesse que estava fora disso.— Confio no seu julgamento. Mas, se não servir, posso ligar para
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Capítulo 8
Rosalyne Cesare deu uma risada baixa enquanto eu escolhia e quando eu peguei o que seria perfeito para o seu cabelo, me aproximei cemicerrando os olhos.— O que foi? — tombei a cabeça.— Apenas me lembrei da minha irmã, Isabella. Ela sempre reclama do meu shampoo. — ele balançou a cabeça. — Você fez a mesma careta que ela faz.— Ela tem bom gosto. — coloquei a mão na cintura e o provoquei.— Eu não tenho? — ele arqueou a sobrancelha e me lançou um olhar desafiador.— Para shampoo, não mesmo. — continuei firme em meu ponto e ele levantou as mãos para cima, se dando por vencido.— Você venceu. — ele cruzou os braços. — Já que é assim, permito que opine em meus outros produtos.Meus olhos brilharam e comecei a me animar. Essas compras seriam mais divertidas do que eu pensava.[...]Colocando as últimas compras no carro, me encarreguei de colocar o carrinho em um lugar que não atrapalharia ninguém e voltei para o lado de Cesare.— Pronto para voltar? — dei um sorriso de canto e ele asse
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Capítulo 9
RosalyneEu ainda estava tentando processar tudo quando Cesare cruzou os braços e me observou com aquela expressão indecifrável – uma mistura de paciência e desafio. Minha mente estava em uma montanha-russa. Eu e Cesare morarmos juntos?Respirei fundo e olhei para Nicolau, que agora dormia calmamente bem próximo dos pés do dono. O cachorro estava completamente alheio ao fato de que, de alguma forma, ele tinha se tornado o catalisador de toda essa confusão.— Bom... — analisando a situação, realmente eu não tinha outra escolha. — Não é como se eu pudesse dizer não. — brinquei levemente.Cesare ergueu uma sobrancelha, claramente divertido com minha tentativa de encarar a situação com leveza.— Tecnicamente, você poderia. Mas eu te convenceria em menos de cinco minutos. — ele deu de ombros, um sorriso de canto surgindo em seus lábios.Revirei os olhos, mas acabei rindo baixinho. Era difícil manter a seriedade quando ele parecia tão confortável e seguro de si.— Só vou dizer uma coisa, Ce
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Capitulo 10
RosalyneDepois de um pequeno surto, ajeitei meus cabelos como se nada tivesse acontecido e terminei de arrumar a mala. Ela era bastante grande, então não havia necessidade de carregar mais do que isso. Atrelado a isso, eu não tinha ideia de quanto tempo ficaria fora. Mesmo assim, as coisas que separei iriam servir por um bom tempo.Antes de sair do quarto, dei uma última olhada nos desenhos que Cesare tanto observava. Um sorriso surgiu no meu rosto ao me lembrar de seu elogio. Pela primeira vez, senti um orgulho discreto pelos rabiscos que fiz apenas para aliviar a mente. Talvez ele tenha razão... talvez eu seja mais talentosa do que imaginava.Aquela confiança recém-descoberta se dissolveu no instante em que saí do quarto. Meus olhos encontraram os dele, e a memória da vergonha de alguns minutos atrás voltou com força total. Desviei o olhar, incerta.— Está pronta? — Cesare perguntou, levantando-se do sofá.— Estou sim. — murmurei, evitando encará-lo diretamente. — E o Nico?— Ele j
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