Alejandro Albeniz é o herdeiro bilionário de uma empresa de aviação, no dia que tomaria posse da presidência da empresa, ele faz um voo com a nova aeronave da organização. o vôo tem uma pane misteriosa e ele sofre um acidente, um bombeiro que estava indo se casar põe a vida em risco para salva-lo e muda sua vida para sempre. O destino coloca em sua frente novamente uma mulher que lhe causou sentimentos fortes à primeira vista. Ximena estava super feliz, iria se casar com amor da sua vida. Ela fica aguardando na igreja o noivo que não chega, ao invés, aparece um executivo que ela tinha conhecido há dias atrás e lhe passou uma cantada. Ximena já criou uma antipatia por ele, mas quando ela sabe que seu noivo morreu para salva-lo, ela sente raiva. Ele fará de tudo para se aproximar e sanar a dor dela e ela só vai querer distância do homem que ficou vivo enquanto seu noivo morreu.
Ler maisAlejandro Albeniz Catalina só falava desse noivado que aconteceria daqui a cinco dias, eu tinha me esquecido desse detalhe da minha vida. Tentei argumentar com ela que não era o momento, que até a minha posse na empresa eu adiei, mas ela não quis saber. Quando saí do hospital, só havia um pensamento dentro da minha cabeça e tinha nome e sobrenome.Ximena Valverde.Entrei em casa e quase saí no mesmo pé. Foi só um tempo para eu tomar um banho e tirar as roupas com cheiro de hospital. Passei pela sala de casa e estavam todos reunidos, menos o Beto e esse era o único Albeniz que gostaria de ver para saber como foi com a família do Carlos. E justamente ele era o único que não estava em casa. Passei apenas dando um até mais tarde, meu pai tentou me impedir, falando algo que nem dei atenção. Catalina andou comigo até a garagem e tentou entrar no carro, mas assim que entrei, travei as portas .Não queria Catalina e sua insensibilidade no meio da conversa que teria com Ximena. Precisava expl
Alejandro Albeniz Queria mesmo era estar apoiando os familiares de Carlo Alcaraz, o rapaz praticamente deu a vida por mim. O mínimo que eu poderia fazer em agradecimento era trazer um pouco de conforto para sua família. No entanto, meu pai, desesperado, me prendeu nesse maldito hospital. Tomografia, ressonância… todos os exames que a medicina pudesse proporcionar, ele me obrigaria a fazer, para ter certeza de que eu estava bem. Tentei me desvencilhar, dificilmente deixava o senhor Albeniz me pôr um cabresto, no entanto, a pressão dele foi nas alturas quando, por um momento, acreditou que eu era o homem que morreu no acidente. Meu velho ainda estava com a pressão alta e por isso acataria seus pedidos. Mesmo com os protetores de ouvidos, o barulho da ressonância ainda era irritante, dei graças a Deus quando finalmente me tiraram daquele tubo apertado. Do lado de fora da sala radioativa, Mercês me aguardava. Eu vestia um roupão desses que amarrava na parte de trás e deixava nosso tras
Alejandro Albeniz Eu levantei tonto, só pensava que o bombeiro tinha que estar ali ainda segurando, mas como, se daqui, eu não conseguia suportar o calor das chamas? E já ouvia os gritos das outras pessoas, dizendo que ele caiu. Vi uma moto parada e só podia ser dele, tinha uma caixa de jóia em cima, coloquei no bolso do que restou da minha calça, subi no veículo, desci o viaduto e fui até o incêndio da aeronave.Não havia nada que eu pudesse fazer, o copo sem vida do cara que salvou a minha vida estava ali ao lado da aeronave destruída e se incendiando. Peguei aquela caixinha do bolso e abri, um par de alianças, numa tinha escrito Ximena e, na outra, Carlos.— Não é possível, o cara ia se casar! — falei comigo mesmo, sentido pesar. Fui até a moto e olhei que o GPS integrado estava direcionado a uma igreja, era meu dever. Eu tinha ao menos que avisar o que aconteceu com aquele homem que salvou minha vida.Estava bem perto, em três minutos cheguei até a basílica, subi a rampa lateral
Carlos AlcarazEra o dia mais importante da minha vida. Iria me casar com a mulher que sempre amei. A mais linda, decidida, cheirosa, gostosa… Ximena e eu seríamos muito felizes. Terminava de me arrumar, quando ouvi batidas na porta. Permiti que minha mãe entrasse, sabia que era ela.— Nossa, como é lindo meu filho! — ela babou sua cria. — Tem vaga no carro para você.— Estava pensando em ir de moto, mãe.— E sujar essa farda branca? Nem pensar! — Ela bradou.— Está certo. — assenti.Vestir a farda de gala do bombeiro para me casar, foi ideia da minha noiva. Eu já usava tanto farda, que confesso que gostaria de colocar algo diferente, mas os desejos de Ximena para mim eram ordens.Quando saí do quarto, as mulheres da minha vida me abraçaram; minha mãe, avó, irmã e prima.— Chegou a hora que vamos nos livrar de você — minha irmã disse sorrindo, me fazendo rir.E todos pareciam muito felizes, menos Betina, minha prima. Ela criou algumas expectativas da épocas em que éramos pré-adolesce
Alejandro Albeniz O que estava se passando comigo? Acabei de praticamente jogar praga no casamento da mulher mais linda que eu já vi na minha vida. A sorte é que ela não me levou a sério, eu mesmo não estava me entendendo. Fiquei entorpecido pela eletricidade passando por todo o meu corpo, fazendo o meu coração disparar. Ele batia tão rápido, que parecia que daria um salto do meu peito. Sempre quando ficava louco por uma mulher, era uma outra parte do meu corpo que latejava, nunca o peito. Quando a vi seguir com a mãe, tive vontade de ir atrás dela, de falar novamente para ela não se casar. Como se ela devesse se casar comigo, como tivesse sido feita para mim. Eu com certeza não estava bem e olha que pelo café da manhã foi apenas um suco de laranja, não foi um hi-fi. Pensando no estresse desnecessário que o senhor Albeniz tentou me causar essa manhã, seria até aceitável eu batizar o suco, mas não fiz. Meu corpo estava sóbrio, mas minha mente ficou inebriada de um sentimento
Ximena Valverde Minha mãe e suas ideias, por mim eu preferia ir em lojas de alugueis de roupa, encontrar o vestido do meu gosto. Ela e suas crenças de que a roupa que eu alugasse poderia ter estigmas ruins de outras pessoas e meu casamento desandar. O bom de fazer com uma costureira, é que tudo saiu como eu queria, até os tecidos pude escolher. Estava na última prova, ao me olhar no espelho, me vi linda. Meu casamento seria um sonho. Daqui a dois dias seria a mulher mais feliz do mundo, ia casar com o homem da minha vida.— Filha, tá parecendo uma princesa! — minha mãe falou com lágrimas nos olhos.— Mãe, para de chorar e pega um pouquinho desse café pra mim. — apontei para a garrafa em cima do bufê na sala de costura.Sem demora, minha mãe pegou o copinho descartável e pôs a dose do líquido fumegante para mim.A costureira, que voltava de outro cômodo, tentou prevenir um acidente, mas o efeito foi o contrário.— Não faça isso, não dê café a ela usando o vestido branco! — Ela gritou.
ALGUNS DIAS ANTESAlejandro AlbenizAssumir a empresa aérea foi algo que sempre almejei. As exigências do meu pai é que tardaram minha volta à Espanha, mais precisamente à Granada. O senhor Albeniz, como quase todas as pessoas desse país, tinha valores arcaicos, acreditavam fielmente que um homem de sucesso e sério tinha que ter consigo, bem ao seu lado, uma “primeira dama”. Apesar de amar o lugar onde nasci, eu estudei na América e passei boa parte da minha vida por lá, me preparando para assumir o Império Albeniz. Não que aqui eu não conseguiria o preparo necessário para administrar Granafly, o problema é que não queria apenas entender da burocracia, fui atrás das especializações e evolução necessária do nosso produto e serviço, por isso fiz todos os cursos que achei necessário, na Boeing.Na reta final da minha preparação, vim para a Europa, mas não para a Espanha, meu destino foi a França e lá também me dediquei às especializações oferecidas pela poderosa Airbus. E foi na Franç
Ximena ValverdeQuando minha mãe insistiu que eu fizesse meu casamento na Basília de San Juan Dios, eu achei um exagero fora do tom. Eu queria uma igreja simples e pequena, não essa exuberante, já na fachada decorada com obras de arte barroca e um monumental de entrada flanqueada por colunas salomônicas. Mas a verdade é que agora me sentia uma princesa, que iria encontrar seu príncipe, que a aguardava ansioso no altar.O motorista trajado como tal, abriu a porta e meu pai e eu descemos da limousine alugada. Meu vestido era o mais simples que consegui convencer a minha mãe a comprar, na verdade, mandamos fazer. Não queria anáguas, ficar parecendo um cupcake, mas da extensa grinalda não consegui fugir. Enquanto puxava metros de pano de dentro do veículo, vi meu irmão e minha mãe descerem as escadas à frente da basílica, eles chamaram meu pai em um canto e cochicharam algo não audível para mim.Já com a grinalda enrolada no braço, me aproximei, querendo saber o que eles falavam. — Volta