Elena é uma jovem inocente e esforçada que consegue um emprego como secretária na poderosa corporação Blackwood Enterprises. Seu chefe, Victor Blackwood, é um homem frio, arrogante e misterioso, cujo olhar parece carregar séculos de dor. Desde o primeiro encontro, ela sente uma atração inexplicável por ele, mesmo quando Victor faz de tudo para afastá-la. O que Elena não sabe é que Victor não é um homem comum—ele é um imortal preso em uma maldição há 700 anos. No passado, ele matou a mulher que amava, uma poderosa bruxa, em um trágico mal-entendido. Como castigo, foi condenado a vagar eternamente, incapaz de encontrar paz ou amor verdadeiro. Quando Elena entra em sua vida, memórias enterradas começam a ressurgir, e ele percebe que há algo nela que o perturba profundamente. Agora, enquanto lutam contra sentimentos proibidos, Victor precisa decidir: aceitar esse novo amor ou se preparar para perder Elena novamente? E se a maldição nunca permitir que fiquem juntos?
Leer más— Então foi um erro que virou eterno. Meu pai escreveu sobre isso, um ritual que rachou o mundo. Você ficou preso, e o Elias... ele achou outro jeito de ficar. Essas ruínas são onde tudo começou.Os três avançaram pelas ruínas, o som dos passos ecoando nas pedras quebradas, o ar úmido grudando na pele enquanto o crepúsculo dava lugar à escuridão. O medalhão guiava Victor, o brilho dourado ficando mais forte à medida que chegavam ao centro da igreja – um círculo de colunas tombadas, as sombras dançando como se tivessem vida. Elena parou ao lado dele, os olhos verdes fixos nas marcas escuras no chão, um tom que podia ser sujeira antiga ou algo mais profundo, mais vivo. O lugar parecia pulsar, um eco que batia no peito dela como nos sonhos.Um estalo seco quebrou o silêncio, um galho partindo sob um peso que não era deles. Elena virou a cabeça, os olhos verdes arregalando-se enquanto uma sombra se movia entre as colunas, lenta, deliberada. Victor deu um passo à frente, o medalhão brilhan
O carro sacolejava pela estrada tortuosa, o motor tossindo contra o silêncio que pesava como uma névoa dentro do veículo. Elena Carter agarrava o cinto de segurança, os olhos verdes grudados na paisagem que deslizava lá fora, colinas cobertas de capim seco, árvores tortas que pareciam agarrar o céu cinzento com galhos esqueléticos. Victor Blackwood segurava o volante com mãos tensas, os dedos longos cravados no couro rachado, os olhos cinza fixos na estrada enquanto o medalhão balançava contra o peito, pulsando com uma energia que parecia puxá-lo como um ímã. No banco de trás, Damien folheava uma pilha de papéis amarelados, o barulho das páginas virando misturado ao som abafado do vento contra as janelas, os olhos azuis semicerrados enquanto resmungava algo sobre anotações do pai.O medalhão tinha virado o guia desde aquele sussurro no escritório, quente, brilhante, quase vivo contra a pele de Victor, como se soubesse o caminho. Depois de horas remexendo nos cadernos de Damien, encont
O escritório de Victor Blackwood parecia menor sob a luz do fim da tarde, as sombras alongadas das cortinas cortando o chão de mármore como lâminas silenciosas. Elena Carter segurava a carta de Elias entre os dedos, o papel novo contrastando com a tinta áspera e tortuosa, o peso daquelas palavras “Seu medo é minha vitória” queimando na palma da mão. O ar estava carregado, denso com o cheiro de papel velho e o eco da invasão da noite anterior, mas agora havia algo mais: uma urgência que pulsava entre os três, tão real quanto o brilho intermitente do medalhão no peito de Victor.Ela levantou os olhos verdes, fixando-os em Victor, que estava parado perto da janela, o corpo rígido contra o vidro, os cabelos pretos caindo sobre a testa enquanto encarava a cidade lá embaixo. O silêncio entre eles era uma corda esticada, pronta para romper, e Elena deu um passo à frente, a voz saindo firme mas carregada de uma emoção que não conseguia esconder:— Victor, para de olhar pra fora e fala comig
O elevador subiu em silêncio, o zumbido baixo das engrenagens ecoando como um sussurro mecânico no trigésimo andar da Blackwood Enterprises. Elena Carter segurava a borda do corrimão, os dedos apertando o metal frio enquanto o coração batia num ritmo inquieto, os eventos da noite anterior, o beijo, a maldição, o estranho de capuz, girando na mente como uma tempestade que não se dissipava. Victor Blackwood estava ao lado dela, o corpo rígido sob a camisa preta, os olhos cinza fixos na porta de aço à frente, o medalhão dourado pendurado contra o peito brilhando sutilmente na luz fraca. O cheiro de couro e madeira queimada que ele carregava parecia mais forte naquele espaço fechado, misturado ao peso de algo que nenhum dos dois queria nomear ainda.As portas se abriram com um som suave, revelando o corredor de mármore preto, as luzes de emergência piscando em intervalos irregulares, lançando sombras que dançavam como fantasmas nas paredes. Eles saíram juntos, os passos dela ecoando ao l
Ele ficou quieto, os olhos cinza brilhando com uma mistura de alívio e tormento enquanto a encarava, o medalhão pulsando mais uma vez antes de falar, a voz grave saindo num tom carregado de peso: — Teve vultos, silêncios que pareciam pesados, mas nunca dei nome a isso. Achava que era só o tempo, a culpa me enganando. Mas agora, com você aqui, com o medalhão assim, sinto que é algi mais, alguém que quer me segurar no que Livia deixou. Não sei quem. Damien soltou um suspiro alto, o sorriso torto voltando com um toque de sarcasmo enquanto cruzava os braços, o tom leve mas carregado de uma seriedade que não escondia: — Tá vendo? O amor de vocês mexeu num vespeiro. Se o capuz tá lá fora, pode ser um sinal ou uma armadilha. Melhor decidir logo o próximo passo antes que ele suba até aqui. Elena virou-se para ele, os olhos verdes faiscando com um leve divertimento, o coração ainda acelerado enquanto processava tudo. Deu um passo em direção a Damien, a voz saindo firme mas com um toque
O escritório de Victor Blackwood ainda vibrava com o calor dos corpos que haviam se entregado ali, o ar denso com o cheiro de suor e madeira polida, quando as batidas na porta rasgaram o silêncio como um trovão inesperado. Elena Carter, sentada na borda da mesa de mogno, os cabelos castanhos caindo em cachos desordenados sobre os ombros, sentiu o coração saltar, o resquício da paixão colidindo com uma nova onda de alerta. Victor, a camisa preta entreaberta expondo o peito pálido, os olhos cinza brilhando com uma mistura de êxtase e tensão, afastou-se dela num movimento brusco, as botas ecoando no chão enquanto pegava o jeans dela jogado num canto. As roupas espalhadas, a blusa dela amassada perto da cadeira, a camisa dele pendurada como um trapo, marcavam o caos que os consumira, mas a voz de Damien do outro lado da porta trouxe a realidade de volta com força bruta. — Abre essa porta agora, por favor! — gritou ele, o tom cortante, carregado de uma ansiedade que atravessava a madeira
Ela deu um passo à frente, o espaço entre eles encolhendo novamente, o calor dele invadindo o dela enquanto levantava o queixo, os olhos verdes brilhando com uma determinação que queimava o choque inicial. — Então você passou séculos achando que tava condenado a matar quem te ama? — perguntou ela, a voz suavizando, mas carregada de uma emoção crua. — E mesmo assim me beijou, Victor? Você correu esse risco comigo? Por quê? O que eu sou pra você que te fez jogar tudo isso fora? Ele ficou quieto, os olhos cinza arregalados enquanto as palavras dela cortavam o ar, o peso da pergunta colidindo com a confusão que o consumia. Deu um passo mais perto, as mãos subindo para o rosto dela novamente, os dedos tremendo enquanto roçavam a pele quente dela. — Porque não aguento mais isso sem você — disse ele, a voz grave e rouca, quase um rosnado que ecoava no peito dela. — Você me puxou pra fora de um buraco que cavei por séculos, Elena. Eu olho pra você e vejo ela, a força, os olhos, o jeito q
As luzes dos prédios piscando como estrelas presas em um céu artificial. Elena Carter estava em casa, o apartamento envolto em um silêncio que parecia vivo, o eco do sonho com Livia "Ele vai te contar" pulsando em sua mente como uma chama que não apagava. O dia no trabalho fora um campo de batalha silencioso olhares que cortavam como facas, a vulnerabilidade de Victor exposta em cada hesitação, as palavras dele no escritório, "Eu não posso arriscar te perder", girando em sua cabeça como um grito preso. Estava largada no sofá, a manta embolada aos pés, os olhos fixos no teto rachado, quando o celular vibrou na mesa bamba, o som rasgando o ar como um trovão. Ela pegou o aparelho com mãos trêmulas, o coração disparando ao ver o nome dele: Victor Blackwood. A mensagem era curta, mas carregada de uma urgência que a fez pular do sofá: "Preciso de você no escritório. Agora. Não dá pra esperar." Elena respirou fundo, o peito apertado enquanto jogava a manta de lado e calçava as botas, o cour
— Não consigo te tirar da cabeça, Elena — disse ele, a voz grave e trêmula, as palavras saindo como se doesse arrancá-las. — Ontem à noite... você me puxou pra um lugar que eu não sei como sair. Eu quase te beijei, quase te mostrei tudo, e não sei como parar isso. Você tá em todo lugar – aqui, na minha casa, nos meus pensamentos. O que você tá fazendo comigo? Ela ficou parada por um instante, o coração disparado enquanto as palavras dele batiam contra ela como uma onda, o tom cru e vulnerável cortando-a mais fundo do que esperava. Deu um passo mais perto, o espaço entre eles reduzido a quase nada, o calor do corpo dele invadindo o dela enquanto levantava o queixo, os olhos verdes fixos nos dele com uma determinação que queimava. — Eu não tô fazendo nada que você não queira, Victor — disse ela, a voz subindo um tom, carregada de uma frustração que transbordava. — Você tá aqui, me olhando desse jeito, dizendo essas coisas, mas sempre recua. Ontem você disse que me beijar ia me mostra