Silverborn: Destinada ao Alfa

Silverborn: Destinada ao AlfaPT

Nana  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Serena sempre buscou uma vida tranquila, longe das amarras de uma matilha e do peso de um destino que nunca quis carregar. Como uma ômega independente, construiu sua rotina em Pembrokeshire, trabalhando como designer de interiores e aproveitando sua liberdade. Mas tudo muda na noite em que um par de olhos prateados a encontra na escuridão. Ele a observa. Ele a sente. E, acima de tudo, ele a reivindica. Dominic é um alfa misterioso, um homem envolto em sombras e segredos, cujo cheiro invade os sentidos de Serena e desperta nela algo que sempre tentou ignorar. O destino deles está entrelaçado, e negar essa conexão pode ser mais perigoso do que aceitá-la. Enquanto antigas lendas ressurgem e o passado de sua linhagem volta para assombrá-la, Serena precisa decidir entre continuar fugindo ou finalmente encarar quem realmente é — e o que significa pertencer a alguém como Dominic. Em um mundo onde o instinto dita as regras, o coração de Serena pode ser sua maior arma… ou sua ruína.

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18 chapters
I. Olhos na Escuridão
A lua cheia pairava no céu como um olho prateado, banhando a paisagem de Pembrokeshire com sua luz espectral. Serena puxou o casaco mais rente ao corpo, tentando afastar o frio cortante que invadia a noite. Caminhava lentamente pela trilha que levava de seu escritório até sua casa alugada, um trajeto que ela já conhecia de cor. As ruas estavam vazias, apenas o som distante das ondas quebrando contra as rochas ecoava na escuridão.Desde pequena, Serena sentia um magnetismo estranho em noites como essa. Era como se algo dentro dela estivesse inquieto, ansioso por algo que nem mesmo ela sabia nomear. Mas ao contrário dos alfas da matilha local, que celebravam a lua cheia como um momento de conexão com suas naturezas lupinas, ela preferia ignorar. Não era parte daquilo. Nunca fora.Suspirando, acelerou o passo. Ainda sentia os efeitos do longo expediente no escritório de arquitetura, onde passou o dia ajustando os detalhes de um novo projeto para um restaurante sofisticado no centro da ci
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II. O Alfa à Porta
O dia amanheceu com o cheiro da chuva pairando no ar, as nuvens ainda carregadas no horizonte. Serena despertou com a mente embaralhada, a lembrança dos olhos prateados ainda vívida em sua memória. Tinha sido real? Ou apenas um devaneio causado pelo cansaço?Tentando afastar a sensação estranha, levantou-se e seguiu sua rotina matinal. O aroma forte de café preencheu sua pequena casa enquanto ela se sentava à mesa, distraída, rolando o feed do celular sem realmente absorver o conteúdo. Mas sua mente insistia em voltar à noite anterior.Quando chegou ao escritório, ainda se sentia inquieta. O prédio era moderno e minimalista, com paredes de vidro que permitiam a entrada de luz natural. Seus colegas já estavam em suas mesas, imersos em projetos e conversas. Laura, sua colega mais próxima, percebeu seu olhar distante.— Você está bem? — perguntou, franzindo o cenho. — Parece que viu um fantasma.Serena hesitou antes de responder:— Não é nada. Só não dormi muito bem.Laura estreitou os o
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III. Sombras da dúvida
A brisa fresca da tarde soprou contra o rosto de Serena enquanto ela se apoiava na parede do lado de fora do escritório, tentando processar a presença intimidadora de Dominic. Era como se o ar ao redor dele estivesse carregado de algo que mexia com seus instintos, deixando-a inquieta. Dominic se mantinha a poucos passos de distância, com uma postura relaxada, mas ao mesmo tempo predatória, como se estivesse sempre pronto para agir.Seus olhos prateados pareciam ainda mais hipnotizantes sob a luz difusa do fim de tarde. Os cabelos negros caíam sobre sua testa de forma despreocupada, e a camisa escura, justa ao corpo, destacava cada contorno de sua musculatura. Ele não precisava dizer nada para exalar domínio. Estava no jeito como se movia, no peso de seu olhar, até mesmo no cheiro amadeirado e profundo que Serena ainda tentava ignorar.Ela cruzou os braços, num gesto defensivo.— Você parece tensa — Dominic quebrou o silêncio, inclinando a cabeça de leve, observando-a com um sorriso qu
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IV. Sussurros da noite
O quarto estava imerso na penumbra quando Serena acordou de sobressalto, o coração disparado como se tivesse corrido quilômetros. Sua respiração estava irregular, e demorou alguns segundos para que percebesse onde estava: em sua cama, envolta pelo calor dos cobertores, sua casa ainda mergulhada no silêncio da madrugada.Mas o sonho ainda pulsava em sua mente.Ela se lembrava de estar na floresta, envolta por uma névoa densa que escondia as sombras ao seu redor. No meio da névoa, um par de olhos brilhantes a observava. Um lobo, majestoso e imponente, de pelagem escura como a noite. Ele não parecia ameaçador, mas sua presença era intensa, quase sufocante. Os olhos prateados perfuravam a escuridão, fixando-se nela com um reconhecimento silencioso. Serena queria se mover, correr ou ao menos falar, mas estava paralisada.Então, ele avançou um passo, e tudo ao seu redor desapareceu.O sonho ainda pairava sobre sua mente quando ela olhou o relógio ao lado da cama: 4h13 da manhã. Suspirando,
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V. Guarda-Costas
A noite parecia interminável.Serena rolava na cama, incapaz de desligar sua mente. O silêncio da madrugada deveria ser reconfortante, mas, em vez disso, tornava o peso da noite anterior ainda mais intenso. A sensação de estar sendo observada, o arrepio na espinha, a sombra que se moveu no limite da floresta... Tudo se repetia em sua cabeça como um ciclo sem fim.Ela fechava os olhos, tentava se forçar a dormir, mas, sempre que conseguia um pouco de descanso, um par de olhos prateados emergia da escuridão em sua mente.O mesmo lobo.Observando.Esperando.O som estridente do despertador a arrancou do torpor, fazendo-a se erguer de súbito, o coração disparado. Seu peito subia e descia enquanto piscava algumas vezes, tentando se situar. O quarto ainda estava em penumbra, iluminado apenas pelas frestas de luz que escapavam da cortina.Respirou fundo.Era fim de semana. Uma folga merecida.Ela precisava tirar a cabeça disso.☽❂☾Depois de um banho morno para aliviar a tensão, Serena escol
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VI. Novos Ares
O silêncio entre Serena e Dominic era confortável.Ela estava recostada no banco do passageiro, sentindo a vibração do motor potente do Maserati Levante Trofeo, o carro preto luxuoso que Dominic dirigia com maestria. O interior era espaçoso, os bancos de couro macios, e o painel iluminado por uma luz sutil. O ronco do motor era baixo e constante, embalando seus pensamentos enquanto olhava para a paisagem que se desdobrava pela estrada. Serena silenciosamente se perguntava quem de fato era Dominic, mas aquele carro, suas vestes, sua aparência, modo de agir e seu grau de educação deixavam claros de que ele vinha de alguma família rica, talvez bem rica, ela só não conseguia distingir quanto ainda.A cidade logo ficou para trás, dando lugar a uma vasta região de mata fechada e estradas sinuosas. As árvores, altas e imponentes, formavam um corredor natural, e os raios da lua escapavam entre as copas, lançando sombras que dançavam conforme o carro passava. O ar ali era diferente—mais puro,
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VII. Café da Manhã
O primeiro som que Serena ouviu ao acordar foi o suave crepitar da madeira queimando na lareira. A luz fraca da manhã filtrava-se através das cortinas finas, tingindo o quarto de um tom dourado suave.Ela piscou algumas vezes, permitindo que a consciência a alcançasse. Durante alguns instantes, apenas permaneceu ali, sentindo o peso das cobertas sobre o corpo e ouvindo o silêncio do castelo. Era diferente de qualquer manhã que já tivera. Não havia o barulho da cidade, os ruídos abafados de vizinhos ou o som dos passos de desconhecidos no corredor de um prédio qualquer. Ali, tudo parecia… tranquilo.Tranquilo demais.Inspirando profundamente, afastou as cobertas e se levantou. Sentiu o piso frio contra os pés descalços e estremeceu levemente antes de seguir até o banheiro.A água quente do banho ajudou a despertar por completo. Enquanto massageava os ombros, observou o próprio reflexo no espelho embaçado.Serena sempre teve uma beleza incomum. Sua pele pálida contrastava com os longos
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VIII. Revelações
A noite caiu com uma suavidade inquietante, trazendo consigo uma aura de expectativa e tensão. No interior do castelo, Serena estava diante do espelho de seu quarto, observando sua própria imagem com um misto de curiosidade e hesitação.Sua pele pálida contrastava com os cabelos longos de um castanho avermelhado intenso, que caíam em ondas sobre seus ombros nus. Os olhos cor de mel refletiam a luz branda do ambiente, capturando suas emoções conflitantes. O vestido branco que usava era leve, fluido, com um caimento que se ajustava ao corpo sem ser vulgar. Os ombros expostos adicionavam um toque delicado, e a bainha alcançava a altura exata entre a formalidade e o conforto.Ela não era ingênua quanto à sua aparência. Sabia que, dentro do universo dos lobisomens, a estética lupina possuía uma característica naturalmente chamativa. Os traços bem definidos, os corpos ágeis e marcantes, tudo fazia parte de sua biologia. Mas nunca havia se sentido tão consciente disso quanto agora, prestes a
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IX. Sombras do passado
O jantar transcorria em completo silêncio. O único som que preenchia a sala era o tilintar ocasional dos talheres contra os pratos de porcelana, um ruído pequeno, mas que parecia ensurdecedor diante do peso das revelações recentes.Serena segurava os talheres com firmeza, mas a comida no prato estava praticamente intocada. Seu estômago se revirava, incapaz de aceitar qualquer coisa enquanto sua mente girava em torno das palavras de Dominic."Você foi roubada de sua família real."O choque ainda estava fresco, latejando em sua mente como um tambor incessante. Cada pedaço de sua vida, cada lembrança que acreditava verdadeira, agora parecia envolta em uma névoa de incerteza.Do outro lado da mesa, Dominic mantinha-se atento a cada pequeno movimento dela, como se temesse que a qualquer momento ela se levantasse e simplesmente fugisse. Seu olhar era intenso, mas também carregado de algo que Serena não queria interpretar no momento.Os demais à mesa pareciam igualmente afetados pela tensão
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X. O Alvo
O escritório era um ambiente que, até pouco tempo atrás, Serena considerava seu refúgio. A previsibilidade das tarefas, a rotina organizada, as interações limitadas aos colegas e clientes—tudo isso a ajudava a manter um senso de normalidade em meio ao caos que sua vida às vezes se tornava.Mas, agora, sentada à sua mesa, revisando documentos e organizando planilhas, a sensação de normalidade parecia uma ilusão frágil, prestes a desmoronar a qualquer momento.A presença de Simon, ainda que discreta, era um lembrete constante disso. Ele não estava dentro do escritório, claro, mas Serena sabia que ele estava por perto. Do lado de fora do prédio, talvez encostado no carro, observando qualquer movimentação suspeita.Ela tentou ignorar esse pensamento e focar no trabalho. Havia prazos a cumprir, e sua chefe, Sra. Hollingsworth, não era do tipo que aceitava desculpas, por mais justificáveis que fossem.— Serena, posso falar com você um instante? — A voz da mulher a tirou de seu devaneio.Ser
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