Por três anos, esperei para ser a Luna perfeita da minha alcateia e dar um herdeiro ao Alfa. Três anos de mentiras, sendo a intrusa no amor de outro casal. Três anos sofrendo a perda do meu bebê e planejando vingança contra o homem que desfigurou meu rosto e destruiu meu ventre. Morrer capturada pela minha própria alcateia ou escapar e sobreviver eram as únicas escolhas, e eu decidi me esconder e viver. O Rei Lycan, Aldric Thorne, o mais sanguinário e cruel líder dos lobos, governava com mãos de ferro. Tornei-me sua criada pessoal, a posição mais perigosa que poderia ocupar, onde um único erro poderia custar minha vida. Mas ninguém do meu passado me procuraria ali. "Sempre submissa, não fale, não ouça, não veja nada, não incomode o Lycan ou morrerá." Eram regras simples de seguir, e achei que estava indo bem até que, um dia, o Rei me fez uma proposta impossível de recusar. — Quer que eu salve essas pessoas? Então entregue-se a mim esta noite. Seja minha mulher. Eu te desejo, e sei que sente o mesmo. Apenas uma vez, Valeria. Só uma vez... Mas não foi apenas uma vez, e a paixão se transformou em amor. Aquele homem frio e indomável conseguiu conquistar também o meu coração. No entanto, quando meu passado volta para me assombrar e a verdade sobre minha origem vem à tona, sou obrigada a tomar outra decisão: fugir do Rei Lycan ou esperar por sua misericórdia. "Sinto muito, mas desta vez não vou perder meus filhotes, nem mesmo por você, Aldric." Meu nome é Valeria Von Carstein, e esta é a minha complicada história de amor com o Rei Lycan.
Leer másNARRADORAEnquanto Lavinia era perfumada e penteavam seu cabelo castanho, ela apertava cada vez mais os dentes, ouvindo todas aquelas perversidades.Aquele desgraçado merecia era ter os bagos cortados, e ela mesma cuidaria disso depois de roubar a magia dele.Foi levada para o corredor com uma capa pesada cobrindo sua nudez, caminhando em silêncio pelos corredores opressivos até uma sala onde todas as candidatas estavam reunidas.Os candelabros no teto lançavam uma luz suave sobre os rostos maquiados e nervosos.Elas se olhavam, medindo suas chances. Algumas mais tímidas tentavam se esconder nas sombras dos cantos.Lavinia só tentava usar a pouca magia que ainda lhe restava pra buscar pelos recantos daquele castelo infernal.Mas, de repente, algo chamou sua atenção no segundo andar e ela levantou a cabeça.Por entre umas cortinas escuras, alguém a observava — ela podia sentir isso.Seus olhos castanhos queriam atravessar as trevas. Seria o pervertido do Rei Lobo?Algo lhe parecia fami
NARRADORA—S-Sua Majestade...Os sacerdotes se curvaram, espiando por trás da enorme cortina a silhueta do homem sentado do outro lado.A presença do Rei Lobo sempre foi estranha.Mas ultimamente, estava mais misteriosa e sombria do que nunca.—Fale —a voz fria veio de dentro, distorcida e opressora.—Trouxemos a lista das candidatas a noiva para o torneio da Rainha... esperamos que sejam do seu agrado...O sacerdote estendeu o pergaminho com as mãos tremendo, quase com medo de perdê-las. A túnica de seda grudava nas costas, ensopada de suor frio que escorria pela coluna.—Quem te autorizou a fazer um torneio?Nem precisou que o Rei levantasse a voz. Eles se jogaram no chão, tremendo.—S-Sua Alteza... o senhor me disse que a cada seis meses... eu pensei...—Te mantenho aqui pra pensar alguma coisa? —a temperatura da sala começou a cair, como se uma mão invisível apertasse seus pescoços.Começaram a se desculpar, curvando-se feito bichos rastejantes, dizendo que mandariam todas as mulh
NARRADORAEla viu seu homem de confiança sendo arrastado por uma loba branca enorme, que o sacudia como um boneco, lutando ferozmente.Outro guerreiro também pulou pra ajudá-lo, e o Alfa pensava em cercá-la,mas uma sombra branca e preta avançou pelo lado direito.Ele deu um salto pra trás, salvando o pescoço por um triz.Se transformou pra enfrentar o lobo gigante e indomável de Drakkar.Mesmo sem sua forma de “guerra”, ainda era um animal de respeito.O lobo do Alfa foi envolvido numa luta que durou muito pouco.Khalum carregava aquela energia sombria e violenta, precisava liberar toda a raiva.Despedaçou o Alfa entre os dentes, rasgou sua garganta até vê-lo sangrar até a morte sobre a grama.Correu pra ajudar sua fêmea, que no caso, já estava finalizando o último guerreiro.Entre cadáveres e o líquido carmesim pingando dos caninos, Aztoria e Khalum se esfregaram e rodearam.Se acariciaram como numa cena sangrenta e cheia de paixão.Quando os membros da matilha os viram sair do mato
NARRADORANa mente de Lyra, o lobo que a salvou na selva invadiu seu mundo interior, rondando Aztoria, que o olhava fascinada.Ela era uma Alfa grande, mas seu companheiro era muito mais alto.Eles se cheiravam e se lambiam, se reconhecendo como duas metades de um todo."Sou seu companheiro, pequena. Meu nome é Khalum", ele disse, acariciando o focinho dela.De repente, aquele lycan selvagem pegou Lyra nos braços, e ela se sentiu tão pequena contra a maciez do peito largo dele."Não chore, minha linda Lyra, vou te levar pra casa", a voz de Drakkar invadiu o coração dela.Por que Drakkar agora parecia um lycan?Será que ele já estava curado da maldição depois de absorver aquela magia estranha?Lyra não entendia que tipo de combinação era essa, mas se aconchegou nele e fechou os olhos pra recuperar as forças.O cheiro dele, o calor, a proteção... tudo a envolvia e fazia suspirar."Por que você tá assim? Tipo um lycan", ela ouviu Aztoria perguntar a Khalum."Um lycan?" ele inclinou a cab
NARRADORAO Alfa vitorioso esperava entre as ruínas do que um dia foi a matilha Vale Fértil.Seu olhar sombrio, sua sede de vingança não se apagava.De onde tinha saído aquela arma?Tornou a se perguntar, observando a adaga em sua mão.A dor de perder seu filho se misturava com a cobiça. Nenhum daqueles ignorantes parecia saber como fabricá-la, mas seu povo falou de uma mulher de cabelo branco e de outro macho que não estava ali.—Senhor, encontramos um rastro perto daquelas montanhas —o guerreiro anunciou, apontando em uma direção.Eram especialistas em rastrear e conquistar.—Preparem-se.*****No dia seguinte, assim que o sol despontou no horizonte, Lyra, Drakkar, Gertrudes e Nana partiram rumo à passagem intrincada.A gruta íngreme e oculta os levou até uma caverna escura."Não tenham medo, as feras não se atrevem a entrar aqui",disse ela, avançando à frente em sua forma de loba, carregando Nana.A doença de Nana era mais do coração do que do corpo, o vínculo com seu Ômega estava
NARRADORAA boca faminta dele não aguentou mais e foi devorar a da fêmea.Movia os lábios sobre os de Lyra, sugava entre os dentes e enfiava a língua pra provar seu gosto.Lyra empurrava o peito dele e Drakkar dava passos pra trás, sem soltar o beijo, até ser encurralado contra uma árvore.A mão grande desceu e entrou por baixo da saia da sua mulher.Ofegantes, com as bocas coladas e as línguas se invadindo.Os dedos calejados acariciavam a fenda molhada, a calcinha encharcada de tesão; passaram pela borda e chegaram nos vincos escorregadios e no clitóris pulsando.Lyra gemeu na boca dele ao ser provocada e tocada de forma tão erótica.Drakkar massageava o clitóris em círculos deliciosos que faziam o corpo dela vibrar.Acariciava entre os lábios da boceta e enfiava o dedo do meio, masturbando e abrindo espaço nela.Drakkar mergulhou o rosto no pescoço dela, aspirando o cheiro doce, rosnando baixo com os movimentos intensos da mão da sua fêmea.O punho pequeno descia e subia na rola en
NARRADORADrakkar avisou a curandeira, que já tinha voltado pra forma humana.Gertrudes e Nana também não tinham pra onde voltar.—Tudo bem —as duas disseram, e foram levadas até o fundo da caverna, por uma fenda muito bem camuflada.Drakkar afastou a cortina de folhas que tinham trançado pra confundir os cheiros.Passaram pelo corredor e as duas mulheres chegaram a um novo mundo.Pela rede de cavernas, tinham descoberto uma gruta com respiradouro, livre dos gases e do calor.Não só tinham fontes termais pra banho e ferver folhas, mas também cabanas mais bem construídas com peles, ossos e madeira.O melhor de tudo: caçavam criaturas poderosas, mesmo com poucos guerreiros. Mas nada podia enfrentar as novas armas deles.Gertrudes se conteve pra não fazer perguntas.Principalmente por causa dos olhares hostis das mulheres que esculpiam moldes de pedra.Todo esse progresso tinha sido trazido por Lyra em apenas alguns dias.Ela contou pra todos que a adaga foi feita nessas cavernas e não t
NARRADORA—Todos, se transformem! Levem as fêmeas e os filhotes pra um lugar seguro!O Alfa rugiu, mal conseguindo mudar pra forma animal, quando mais de cinquenta lobos furiosos saíram correndo da mata fechada.Eles usavam armaduras pesadas nas costas, camufladas com cheiros de plantas, muito mais preparados do que eles, que foram pegos de surpresa.O lobo negro à frente do bando inimigo entrou pelo portão de madeira, destruindo as defesas fracas e avançando como um aríete contra qualquer um que aparecesse.Arrasaram com a matilha em menos de meia hora.As lutas brutais entre bestas aconteciam entre as cabanas.O chão ficou tingido de carmim; os rugidos de raiva e dor alcançaram o céu.Gertrudes viu tudo de uma colina alta, à distância.Os olhos cheios de espanto diante do fogo e da chacina.O vento trazia morte e conquista.Se ela tivesse demorado só meia hora, ela e a filha teriam morrido.A matilha Vale Fértil foi conquistada.O Alfa jazia derrotado sob as garras do outro Alfa, de
NARRADORANão importava o quanto explicassem para o Alfa, a dor pela morte de Verak não deixava ele pensar com clareza, e ele ordenou que prendessem Drakkar e Lyra.Por pouco não levou Nana também, mas ainda tinha medo da influência da velha curandeira.Claro que Drakkar resistiu, ninguém ia prender eles de novo."Se levarem eles, vão ter que lidar com a gente!"O grupo do sal estava vendo tudo vermelho de tanta raiva pela injustiça.Verak era um idiota cujos planos deram errado.Ele largou todo mundo à própria sorte sem se importar com nada, só Drakkar e Lyra ficaram do lado deles."ENTÃO TODOS VOCÊS ESTÃO FORA DA MINHA MATILHA! ESTÃO EXPULSOS, SUMAM DAQUI! FORA DAS MINHAS TERRAS!"Os corações dos guerreiros tremeram, ninguém esperava uma reação assim do Alfa.Ficar fora da tribo não era brincadeira. Só a união dos lobisomens permitia sobreviver nesse ambiente tão hostil."Não tenham medo. Quem escolher seguir a gente vai ter uma vida melhor do que nessa matilha."A voz da Lyra chego