NARRADORANa mente de Lyra, o lobo que a salvou na selva invadiu seu mundo interior, rondando Aztoria, que o olhava fascinada.Ela era uma Alfa grande, mas seu companheiro era muito mais alto.Eles se cheiravam e se lambiam, se reconhecendo como duas metades de um todo."Sou seu companheiro, pequena. Meu nome é Khalum", ele disse, acariciando o focinho dela.De repente, aquele lycan selvagem pegou Lyra nos braços, e ela se sentiu tão pequena contra a maciez do peito largo dele."Não chore, minha linda Lyra, vou te levar pra casa", a voz de Drakkar invadiu o coração dela.Por que Drakkar agora parecia um lycan?Será que ele já estava curado da maldição depois de absorver aquela magia estranha?Lyra não entendia que tipo de combinação era essa, mas se aconchegou nele e fechou os olhos pra recuperar as forças.O cheiro dele, o calor, a proteção... tudo a envolvia e fazia suspirar."Por que você tá assim? Tipo um lycan", ela ouviu Aztoria perguntar a Khalum."Um lycan?" ele inclinou a cab
NARRADORAEla viu seu homem de confiança sendo arrastado por uma loba branca enorme, que o sacudia como um boneco, lutando ferozmente.Outro guerreiro também pulou pra ajudá-lo, e o Alfa pensava em cercá-la,mas uma sombra branca e preta avançou pelo lado direito.Ele deu um salto pra trás, salvando o pescoço por um triz.Se transformou pra enfrentar o lobo gigante e indomável de Drakkar.Mesmo sem sua forma de “guerra”, ainda era um animal de respeito.O lobo do Alfa foi envolvido numa luta que durou muito pouco.Khalum carregava aquela energia sombria e violenta, precisava liberar toda a raiva.Despedaçou o Alfa entre os dentes, rasgou sua garganta até vê-lo sangrar até a morte sobre a grama.Correu pra ajudar sua fêmea, que no caso, já estava finalizando o último guerreiro.Entre cadáveres e o líquido carmesim pingando dos caninos, Aztoria e Khalum se esfregaram e rodearam.Se acariciaram como numa cena sangrenta e cheia de paixão.Quando os membros da matilha os viram sair do mato
NARRADORA—S-Sua Majestade...Os sacerdotes se curvaram, espiando por trás da enorme cortina a silhueta do homem sentado do outro lado.A presença do Rei Lobo sempre foi estranha.Mas ultimamente, estava mais misteriosa e sombria do que nunca.—Fale —a voz fria veio de dentro, distorcida e opressora.—Trouxemos a lista das candidatas a noiva para o torneio da Rainha... esperamos que sejam do seu agrado...O sacerdote estendeu o pergaminho com as mãos tremendo, quase com medo de perdê-las. A túnica de seda grudava nas costas, ensopada de suor frio que escorria pela coluna.—Quem te autorizou a fazer um torneio?Nem precisou que o Rei levantasse a voz. Eles se jogaram no chão, tremendo.—S-Sua Alteza... o senhor me disse que a cada seis meses... eu pensei...—Te mantenho aqui pra pensar alguma coisa? —a temperatura da sala começou a cair, como se uma mão invisível apertasse seus pescoços.Começaram a se desculpar, curvando-se feito bichos rastejantes, dizendo que mandariam todas as mulh
NARRADORAEnquanto Lavinia era perfumada e penteavam seu cabelo castanho, ela apertava cada vez mais os dentes, ouvindo todas aquelas perversidades.Aquele desgraçado merecia era ter os bagos cortados, e ela mesma cuidaria disso depois de roubar a magia dele.Foi levada para o corredor com uma capa pesada cobrindo sua nudez, caminhando em silêncio pelos corredores opressivos até uma sala onde todas as candidatas estavam reunidas.Os candelabros no teto lançavam uma luz suave sobre os rostos maquiados e nervosos.Elas se olhavam, medindo suas chances. Algumas mais tímidas tentavam se esconder nas sombras dos cantos.Lavinia só tentava usar a pouca magia que ainda lhe restava pra buscar pelos recantos daquele castelo infernal.Mas, de repente, algo chamou sua atenção no segundo andar e ela levantou a cabeça.Por entre umas cortinas escuras, alguém a observava — ela podia sentir isso.Seus olhos castanhos queriam atravessar as trevas. Seria o pervertido do Rei Lobo?Algo lhe parecia fami
LAVINIATodos os músculos estavam contraídos, minhas mãos suavam e meu coração batia de forma errática no meu peito.Eu olhava para o chão, mas meus sentidos estavam atentos ao homem inclinado atrás do meu corpo.Suas mãos frias roçaram nas minhas e senti a vibração de uma corrente.Não sei, havia algo que me parecia familiar, mas… em que sentido?Tentei fazer a pouca magia que me restava circular para explorar o Rei, mas um escudo de energia o bloqueava e o escondia.Eu não conseguia passar dali.—Mmnnn —me arrepiei quando a respiração dele soprou direto dentro da minha boceta.Ele estava me cheirando como um lobo, e isso me deixava envergonhada.Queria imaginar o rosto grotesco de um velho tarado para sentir nojo, mas minha mente não estava funcionando como eu queria.—Sshh —algo molhado e macio lambeu desde o meu clitóris até a entrada da minha vagina apertada.Fez isso várias vezes, sibilando e salivando.Meu traseiro tenso, meus ombros tremiam, eu tentava me levantar, mas algo me
LAVINIAMe levantei com as pernas trêmulas e caminhei até a capa pesada deixada no chão.O fluido leitoso escorria pelas minhas costas como um rastro que ele tinha deixado pra trás.Antes que eu tocasse a maçaneta, a criada que me trouxe abriu a porta, me olhando de cima a baixo.— Vamos — foram as únicas palavras dela, e me levou até outro quarto onde mais mulheres esperavam.Todos os olhos se voltaram pra mim, com expressões variadas.Os narizes de loba se mexeram, e algumas franziram a testa. Eu sabia muito bem que podiam sentir o “cheiro” de um macho.Me sentei numa cadeira com a bunda ainda molhada e a boceta sensível.Esperando sair dessa loucura.Passou mais meia hora, durante a qual outras fêmeas entraram no quarto.Um daqueles homens chamados sacerdotes finalmente entrou, com o rosto severo, mas seus olhos se fixaram em mim por um momento.Será que iam nos eliminar?Talvez eu estivesse me achando a gostosona e Sua Majestade não curtiu o meu cheirinho lá embaixo.— Todas foram
VALERIA— Você está... você está certa, Esther? — pergunto com a voz trêmula.Meu coração b**e apressado, cheio de felicidade.— Muito certa, Luna. Você está grávida.— Por que não consegui sentir o cheiro, nem seu pai? — pergunto preocupada.— É muito recente, talvez por isso, dê mais alguns dias e você deverá perceber suas feromonas.Ela responde e eu aceno com a cabeça, com os olhos turvos de lágrimas.Sou a Luna da matilha “Bosque de Outono”.Há três anos me casei com o homem que amo loucamente, apesar de não sermos pares destinados, meu Alfa Dorian.Fiz de tudo para ser a Luna perfeita, o pilar no qual ele possa se apoiar, no entanto, uma sombra opaca meu casamento e era o tema do herdeiro.Nunca consegui engravidar e admito que não compartilho muito a cama com Dorian, mas sei que suas obrigações como Alfa o mantêm muito ocupado e estressado.— Por favor, não conte a ninguém na matilha. Quero surpreender meu esposo.— Fique tranquila, Luna, não direi nada. Parabéns! — ela sorri pa
VALERIAEle me morde com ferocidade na coxa e me arrasta para debaixo de seu corpo, controlando-me sem piedade.Tento resistir, pedir ajuda, minhas mãos sobre meu ventre, tentando proteger meu filhote, mas suas garras, como armas mortais, perfuram minha pele, destroçando todo meu pequeno corpo vulnerável.Preciso levantar os braços por instinto quando suas garras afiadas se dirigem ao meu rosto, e grito em agonia por causa de uma ferida profunda que atravessa minha bochecha desde a testa.Ao deixar minha barriga exposta, ele investiu contra nosso filho.— NÃO! O filhote, não! Por favor, Dorian, MEU FILHO NÃO!As lágrimas caíam incessantemente dos meus olhos enquanto eu o suplicava, mas seus caninos devoravam minha carne, e suas garras procuravam, friamente, nas profundezas das minhas entranhas, arrancar a vida que eu carregava.Não sei quanto tempo durou essa agonia; soluçava, implorando enquanto ainda conseguia falar.A dor em todo meu corpo era insuportável, mas a da minha alma, que