NARRADORA—S-Sua Majestade...Os sacerdotes se curvaram, espiando por trás da enorme cortina a silhueta do homem sentado do outro lado.A presença do Rei Lobo sempre foi estranha.Mas ultimamente, estava mais misteriosa e sombria do que nunca.—Fale —a voz fria veio de dentro, distorcida e opressora.—Trouxemos a lista das candidatas a noiva para o torneio da Rainha... esperamos que sejam do seu agrado...O sacerdote estendeu o pergaminho com as mãos tremendo, quase com medo de perdê-las. A túnica de seda grudava nas costas, ensopada de suor frio que escorria pela coluna.—Quem te autorizou a fazer um torneio?Nem precisou que o Rei levantasse a voz. Eles se jogaram no chão, tremendo.—S-Sua Alteza... o senhor me disse que a cada seis meses... eu pensei...—Te mantenho aqui pra pensar alguma coisa? —a temperatura da sala começou a cair, como se uma mão invisível apertasse seus pescoços.Começaram a se desculpar, curvando-se feito bichos rastejantes, dizendo que mandariam todas as mulh
NARRADORAEnquanto Lavinia era perfumada e penteavam seu cabelo castanho, ela apertava cada vez mais os dentes, ouvindo todas aquelas perversidades.Aquele desgraçado merecia era ter os bagos cortados, e ela mesma cuidaria disso depois de roubar a magia dele.Foi levada para o corredor com uma capa pesada cobrindo sua nudez, caminhando em silêncio pelos corredores opressivos até uma sala onde todas as candidatas estavam reunidas.Os candelabros no teto lançavam uma luz suave sobre os rostos maquiados e nervosos.Elas se olhavam, medindo suas chances. Algumas mais tímidas tentavam se esconder nas sombras dos cantos.Lavinia só tentava usar a pouca magia que ainda lhe restava pra buscar pelos recantos daquele castelo infernal.Mas, de repente, algo chamou sua atenção no segundo andar e ela levantou a cabeça.Por entre umas cortinas escuras, alguém a observava — ela podia sentir isso.Seus olhos castanhos queriam atravessar as trevas. Seria o pervertido do Rei Lobo?Algo lhe parecia fami
LAVINIATodos os músculos estavam contraídos, minhas mãos suavam e meu coração batia de forma errática no meu peito.Eu olhava para o chão, mas meus sentidos estavam atentos ao homem inclinado atrás do meu corpo.Suas mãos frias roçaram nas minhas e senti a vibração de uma corrente.Não sei, havia algo que me parecia familiar, mas… em que sentido?Tentei fazer a pouca magia que me restava circular para explorar o Rei, mas um escudo de energia o bloqueava e o escondia.Eu não conseguia passar dali.—Mmnnn —me arrepiei quando a respiração dele soprou direto dentro da minha boceta.Ele estava me cheirando como um lobo, e isso me deixava envergonhada.Queria imaginar o rosto grotesco de um velho tarado para sentir nojo, mas minha mente não estava funcionando como eu queria.—Sshh —algo molhado e macio lambeu desde o meu clitóris até a entrada da minha vagina apertada.Fez isso várias vezes, sibilando e salivando.Meu traseiro tenso, meus ombros tremiam, eu tentava me levantar, mas algo me
LAVINIAMe levantei com as pernas trêmulas e caminhei até a capa pesada deixada no chão.O fluido leitoso escorria pelas minhas costas como um rastro que ele tinha deixado pra trás.Antes que eu tocasse a maçaneta, a criada que me trouxe abriu a porta, me olhando de cima a baixo.— Vamos — foram as únicas palavras dela, e me levou até outro quarto onde mais mulheres esperavam.Todos os olhos se voltaram pra mim, com expressões variadas.Os narizes de loba se mexeram, e algumas franziram a testa. Eu sabia muito bem que podiam sentir o “cheiro” de um macho.Me sentei numa cadeira com a bunda ainda molhada e a boceta sensível.Esperando sair dessa loucura.Passou mais meia hora, durante a qual outras fêmeas entraram no quarto.Um daqueles homens chamados sacerdotes finalmente entrou, com o rosto severo, mas seus olhos se fixaram em mim por um momento.Será que iam nos eliminar?Talvez eu estivesse me achando a gostosona e Sua Majestade não curtiu o meu cheirinho lá embaixo.— Todas foram
VALERIA— Você está... você está certa, Esther? — pergunto com a voz trêmula.Meu coração b**e apressado, cheio de felicidade.— Muito certa, Luna. Você está grávida.— Por que não consegui sentir o cheiro, nem seu pai? — pergunto preocupada.— É muito recente, talvez por isso, dê mais alguns dias e você deverá perceber suas feromonas.Ela responde e eu aceno com a cabeça, com os olhos turvos de lágrimas.Sou a Luna da matilha “Bosque de Outono”.Há três anos me casei com o homem que amo loucamente, apesar de não sermos pares destinados, meu Alfa Dorian.Fiz de tudo para ser a Luna perfeita, o pilar no qual ele possa se apoiar, no entanto, uma sombra opaca meu casamento e era o tema do herdeiro.Nunca consegui engravidar e admito que não compartilho muito a cama com Dorian, mas sei que suas obrigações como Alfa o mantêm muito ocupado e estressado.— Por favor, não conte a ninguém na matilha. Quero surpreender meu esposo.— Fique tranquila, Luna, não direi nada. Parabéns! — ela sorri pa
VALERIAEle me morde com ferocidade na coxa e me arrasta para debaixo de seu corpo, controlando-me sem piedade.Tento resistir, pedir ajuda, minhas mãos sobre meu ventre, tentando proteger meu filhote, mas suas garras, como armas mortais, perfuram minha pele, destroçando todo meu pequeno corpo vulnerável.Preciso levantar os braços por instinto quando suas garras afiadas se dirigem ao meu rosto, e grito em agonia por causa de uma ferida profunda que atravessa minha bochecha desde a testa.Ao deixar minha barriga exposta, ele investiu contra nosso filho.— NÃO! O filhote, não! Por favor, Dorian, MEU FILHO NÃO!As lágrimas caíam incessantemente dos meus olhos enquanto eu o suplicava, mas seus caninos devoravam minha carne, e suas garras procuravam, friamente, nas profundezas das minhas entranhas, arrancar a vida que eu carregava.Não sei quanto tempo durou essa agonia; soluçava, implorando enquanto ainda conseguia falar.A dor em todo meu corpo era insuportável, mas a da minha alma, que
VALERIAOuço gritos estridentes, vidros quebrando, um rugido animal, rosnados de Alfa, luta e disputa.Algo quente espirra em meu rosto e braços, minhas garras destroçam e meus caninos rasgam.Não consigo parar, não posso, a raiva me consome por dentro e grita por libertação.Não sei o que estou fazendo, não tenho consciência de mim mesma, só sei que, quando recupero o controle do meu corpo, a primeira coisa que vejo são minhas mãos cobertas de sangue.Estou de joelhos no chão, ao meu redor tudo é vermelho, destroços e partes do que um dia foi um poderoso Alfa, Dorian.O que eu fiz? O que fiz, por Deus?!Olho para a cabeça arrancada a um metro de mim.Seus olhos amarelados ainda me encaram com pânico, e sinto como meu estômago revira.Vomito ao lado, sem conseguir evitar, enojada por toda essa cena cheia de morte e violência.Fui eu quem fez isso? Aqui não há ninguém mais.Olho ao meu redor, não sei onde foi parar Sophia, só sei que alguém foi jogado pela janela de vidro, que está est
VALERIASua atitude gritava "sou o dono de tudo aqui, o senhor absoluto."Imediatamente baixei a cabeça, tremendo. Não importava que eu não tivesse uma loba interior, o poder que emanava daquele homem parecia sufocar, estrangular a alma, e ele estava até um pouco distante de mim.Era um Lycan, a espécie superior dos lobos, a maior evolução, e eu estava quase certa de que ele era o mais poderoso de todos, Aldric Thorne, o Rei Lycan.— Sasha, trate de tirar o lixo e certifique-se de que minha próxima criada pessoal não seja uma vadia intrigante, ou ela perderá mais do que a cabeça — sua voz rouca, intimidadora, fria, ecoou, e então passos se afastando.— Isso é um desastre, já é a quinta em dois meses, não sei o que essas meninas têm na cabeça, eu sempre as aviso.A Governanta, a senhora que administra o castelo, se aproxima e tira um pequeno frasco das mãos da vítima.— Outra que tenta dar um afrodisíaco ao Rei, idiota. Vou chamar um servo para levá-la, e sua primeira tarefa será limpa