VALÉRIA— Mmmm — mordi o lábio inferior para não gemer alto quando dedos longos e sexy começaram a acariciar meu clitóris, bem no começo da minha vulva, provocando-o gostoso, me fazendo estremecer de prazer e arquear as costas.Fazia muito tempo que eu não transava, e nas poucas vezes com Dorian, ele só me penetrava e pronto, sem jogos ou se preocupar com os meus desejos, nada a ver com o ardente e selvagem lycan em cima de mim.— Abra mais as pernas, vou montar em você — me ordenou de repente, com uma voz que mais parecia a de um animal.No entanto, essa ordem foi o que me fez ficar um pouco sóbria.Sobretudo quando ele se inclinou um pouco e senti sua pica dura, esfregando a ponta úmida entre minhas coxas fechadas e minhas nádegas, buscando o caminho para a entrada do meu boceta excitada.— Nn... não... — consegui articular entre os gemidos e ouvi seu suspiro irritado.Um puxão não muito doloroso no cabelo me fez erguer mais a cabeça, meus cotovelos tremiam segurando o peso da metad
VALÉRIANão é que eu tenha muito para juntar, faço um pequeno embrulho sobre a cama com algumas roupas velhas que me foram doadas e, o mais importante, o dinheiro que o Rei me deu.Só tenho isso para sobreviver.Amparada pela noite e pela escuridão, ando pelos corredores, olhando assustada para todos os lados, com uma clara intenção de fugir.Chego à cozinha e procuro a porta dos fundos, claro que não me arriscarei a sair pela porta principal.Ao olhar o balcão onde servem a comida do Rei, uma raiva cresce no meu peito. Por que fariam algo assim?Quem pode ser tão cruel a ponto de mandar uma inocente para uma morte certa?A donzela que ajudou a outra que cortou a mão é minha principal suspeita, foi ela que teve a chance durante o meu descuido.Talvez até as duas estejam trabalhando juntas.Saio para o pátio interno e corro em direção ao portão por onde entram as carroças com mercadorias e suprimentos.A floresta me recebe, sombria e assustadora, me dá um pouco de medo, não sei para on
VALÉRIA— Mmmmnnn ggrr — solto um grunhido, e as lágrimas de impotência escorrem pelo meu rosto.Detesto me sentir tão indefesa, odeio isso, e uma fúria começa a crescer dentro de mim enquanto minhas pernas são abertas sem piedade, com uma dor lancinante, e seus dedos tentam rasgar minha calcinha para acessar minha intimidade.Começo a ver tudo vermelho, é a mesma sensação de quando matei meu ex-parceiro.Um corvo grasna sobre as copas altas das árvores, e minha consciência começa a ceder à minha raiva, à escuridão dentro de mim."Matar, matar, matar" é tudo em que penso agora.— Aaahhh!— Mas o que diabos?! Não, não, não... Aaaahhh!Gritos são ouvidos, me tirando do transe, e o peso sobre meus quadris cede.Minhas mãos também são soltas, e me sento tremendo, tirando aquela camisa nojenta do meu rosto e o pano da minha boca.Algo espirra no meu rosto; levo os dedos aos lábios e percebo o líquido quente que mancha minhas cicatrizes. Através da escuridão, vejo o sangue fresco e sinto se
VALÉRIATremo ao ver o Rei Aldric aparecer na porta, possesso e absolutamente furioso.Me afasto do Lycan que estava cuidando de mim, e meu instinto me leva a me encolher no canto da cama, tremendo e apertando os lençóis com força contra o peito, como se isso pudesse me proteger de sua fúria.— Só estava dando remédio a ela, senhor — responde o guardião, levantando-se, deixando a bebida na mesinha e virando-se para enfrentá-lo.— Você poderia ter ordenado a uma criada para fazer isso, não quero você perto dela — ele rosna, sua voz estridente e estranha, como quando estava acorrentado.— Bem, só queria ajudar, ela estava prestes a morrer.— Há muitas coisas a discutir sobre isso, agora saia e chame a Governanta. Quero toda a guarda reunida na cozinha — ordena, e o guardião se retira, caminhando em direção à porta.Os Lycans não são tão submissos a Aldric quanto os demais, mas é evidente a hierarquia entre eles; o Rei é quem os controla.Ao chegar à entrada, o guardião se vira sutilment
VALÉRIASimplesmente, ele me carregou estilo princesa da cama, e não importa o quanto eu disse que poderia ir sozinha; entrou por um ouvido e saiu pelo outro.— Segure-se bem — ordenou quando eu não sabia como me acomodar contra seu robusto peito.Subi as mãos, meio hesitante, e as passei por trás de seu pescoço forte.— Chegue mais perto, sou tão desagradável assim para você? — lançou-me um olhar gélido que me fulminou, e balancei a cabeça imediatamente, como uma boneca com molas no pescoço.Meus dedos se entrelaçaram na nuca dele, seu coração pulsava poderoso contra meu corpo, e eu lutava para que meus olhos não vagassem por suas feições masculinas.O cabelo flamejante se agitava e dançava enquanto ele caminhava impetuosamente pelos corredores do castelo e descia as escadas, como se não carregasse nenhum peso.Toda a sua pele emanava calor, e aquele aroma estimulante tentava meus sentidos perto do meu nariz.Será que ele já controlou o cio? Talvez, em breve, eu tenha que afastar mai
VALÉRIAEu nem consigo sentir o cheiro de que ele fala, mas claro, ele é uma espécie muito superior.— Que esperta, Valéria provou a comida sem veneno, mas ao pegar a bandeja para tampá-la e colocá-la em cima, esse pó azul caiu sobre os alimentos — a Governanta resumiu o que todos imaginamos.— Talvez se ative com o calor e, misturado com o aroma da comida, tenha sido impossível para Sua Majestade detectá-lo.De repente, ouviu-se um alvoroço e a cozinheira entrou chorando pela porta dos fundos.Um homem a arrastava pelo braço e a jogou de joelhos no chão frio.Fiquei um pouco surpresa ao vê-lo pelo seu tamanho gigantesco e pelos músculos tensos e enormes dos braços, mais grandes até que os de Aldric.Uma barba escura e olhos azuis elétricos e afiados, o fato de ser careca só o tornava ainda mais selvagem.Tinha certeza de que ele era um dos guardiões.— Sua Majestade, fui sua cozinheira por muitos anos! Como pode acreditar nas acusações dessa vadia que só queria se meter na sua cam...
VALÉRIAA carruagem do Rei era espaçosa e confortável, forrada de um suave veludo em vermelho e preto.Partimos do castelo de manhã, pelas estradas sinuosas, rumo a essa alcateia distante.Assim que saímos da neblina sombria que cercava a floresta, fiquei um pouco tensa, olhando nervosa pela janela.É absurdo pensar que ainda poderiam estar me caçando fora da alcateia Golden Moon; talvez nem imaginem que continuo viva.Sua Majestade estava sentado à minha frente, concentrado, lendo alguns manuscritos.Ele é um homem de poucas palavras, e a viagem começou a ficar bem monótona.Em algum momento, fechei os olhos, até que um solavanco da carruagem me despertou assustada.Um calor encostado ao meu lado, minha cabeça apoiada em um ombro largo e confortável.— Desculpe, Sua Majestade! — endireitei-me de repente, mais rígida que uma estaca ao perceber que tinha cochilado encostada nele.Será que ele não estava no assento em frente?— Por que está se desculpando agora? Por respirar ou por baba
VALÉRIA— Majestade, eu...— Nem pense em terminar essa frase! — Aldric me interrompeu irritado, e os lábios do homem se fecharam como se estivessem colados.Aprendi que ele prefere passar despercebido, sem que o chamem de rei ou majestade o tempo todo.O recém-chegado congelou no meio da sala, enquanto os demais clientes mal ousavam olhar diretamente para nós, mas era óbvio que estavam com as orelhas atentas para ouvir o que acontecia.— Valéria, suba para o quarto — ordenou com sua voz grave, e assenti, vendo-o sair com aquele lobo que, apesar da submissão, parecia ser um Alfa.Subi as escadas velhas e rangentes até o terceiro e último andar, enquanto o cocheiro cuidava das bagagens.Caminhei pelo corredor estreito em direção à porta do quarto "maior" disponível, conforme o número na chave.— Não acredito — murmurei, frustrada. — Que situação...Pensei, tirando a capa e olhando para a cama pequena encostada numa parede.Diante de mim, uma porta com vidros dava acesso a uma pequena v