— Você o está defendendo? Você o está defendendo? — gritei. Marius estava vermelho, seus olhos em um tom de vermelho mais escuro e ele respirou fundo. — Não. Eu a estou defendendo. Você vai atacar todas as pessoas que disserem que você transou com seu companheiro? Você quer morrer, Jane? — Isso é mentira dele. Eu não fiz nada com Demétrius! Você saberia, você sentiria em mim... — Eu não me importo. Fez, não fez, foda-se isso. Eu não me importo, Jane. — Sua voz era fria como aço, seus olhos distantes. Jane foi sequestrada por Marius Hawthorn — um lobo enigmático, possessivo e acusado de massacrar sua própria alcateia. Um lobo negro, de uma raça que jamais deveria existir. Durante esse ano, Jane descobriu que Marius não era o monstro que todos temiam. Ela se apaixonou perdidamente pelo lobo e Marius se tornou sua perdição. Para Marius, era impossível alguém amá-lo quando nem sua própria mãe foi capaz, o odiando até sua morte. Após Marius pular de um penhasco para salvá-la, meses depois ele retorna dos mortos. Mais sombrio, marcado e carregando o preço que pagou para voltar para a única loba que amou... apenas para encontrá-la ao lado de seu companheiro destinado: o príncipe rebelde Demétrius Eldryn, que deseja sua morte — e a extinção de toda a sua raça. Agora, entre o lobo que a salvou de todas as formas e o companheiro escolhido pela deusa, Jane precisará fazer a escolha mais cruel de sua vida: seguir o destino... ou o seu coração.
Leer másArfei ao ver as armas apontadas para a cabeça de Marius. Seu corpo grande e musculosos estava sobre o meu e ele tentava usá-lo como um escudo para mim. Sem pensar, eu o empurrei para longe, me levantando e ficando a sua frente, tentando defendê-lo com o meu próprio corpo. — O que está fazendo porra! Para trás de mim! — eu o ouvi rosnar atrás de mim e logo senti sua mão em meu ombro. Afastei-o e gritei: — Não me toque! Eles não vão me machucar, eu sou a companheira do príncipe! — eu olhei cada um daqueles lobos em suas roupas pretas e azuis com as cores da família real. Encarei-os os desafiando a me contradizer e vi em seus olhos que não estavam ali para atirar em mim. De repente, todos aqueles machos começaram a abrir caminho, naquele espaço criado por eles Demétrius surgiu caminhando a passos lentos e firmes. Seu olhar azul intenso se fixou em um ponto atrás de mim, em Marius. Eu podia ouvi-lo rosnar, pronto para atacar Demétrius. Pela deusa, aquela situação podia terminar em t
Os olhos de Marius ficaram ainda mais vermelhos e ele foi envolvido por uma aura de violência quase sufocante. O macho engoliu em seco e deu dois passos para trás, suas garras se alongando cada vez mais, seus ombros tensos. Ele fechou os olhos por alguns segundos, até que novamente a voz de Demétrius soou. Alta e clara, furiosa. Ele podia sentir o meu cheiro dentro da cabana. E o de Marius, eu sabia disso. — Saia da frente da porta, agora. — Marius rosnou para mim e só então percebi que eu estava bloqueando a porta com o meu próprio corpo. Arfei, enquanto Demétrius continuava gritando pelo nome, a cada palavra sua, eu via Marius ficar ainda mais envolto em violência. Seus olhos estavam intensamente vermelhos, seus ombros tensos e suas garras longas, seus dentes afiados. — Saia da frente, agora. Deixe-me falar com ele. — Ele rosnou novamente, mas dessa vez caminhou em minha direção. Assim que sua mão tocou o meu ombro para me puxar, eu o empurrei para longe, Marius quase perdeu o
DEMETRIUS ELDRYN —Como porra ela sumiu? — gritei ao telefone. Eden o meu lobo caminhava de um lado a outro em minha mente, seus dentes afiados a vista, seus pensamentos sangrentos se misturando aos meus. Jane havia desaparecido de seu apartamento há horas e o chefe de segurança só estava me comunicando naquele instante. Me levantei da cadeira, meu quarto estava completamente silencioso antes do celular tocar. Meus pensamentos ainda estavam em Jane e aquele maldito lobo negro que invadiu seu apartamento, meu desejo era arrastá-la comigo para Eldrynhouse, mas eu não queria que ela me comparasse ao macho que a sequestrou. Ela tinha que vir por sua decisão. Mas agora, ouvindo que ela desapareceu do prédio, o arrependimento de não a ter forçado a vir estava corroendo a minha alma. Se aquele macho a levou? Se estivesse fazendo coisas com ela? Eu não conseguia nem sequer respirar enquanto pensava nisso, enquanto meu lobo empurrava essas imagens imaginárias em minha mente em uma ten
JANE Tudo que eu desejava estava bem na minha frente. Eu fui envolvida pelo calor de Marius, eu podia sentir o seu aroma me envolvendo como uma manta quente. Todo o meu corpo respondeu a ele de uma maneira que não respondia a mais ninguém, minha última lembrança era de olhar em seus olhos de Jaspe enquanto a chuva caía forte sobre nós. Marius estava ali novamente para mim, novamente me resgatando em seus braços. Quando abrir os olhos e me vi na cabana, novamente na cabana onde tudo havia começado, meu coração bateu descompassado. Seus olhos avermelhados me observavam com preocupação e eu o olhei com desejo, porque meu coração estava ansiando por ele mais do que já havia ansiado por qualquer outra coisa. “Beije-o. Jane, beije-o, ele é nosso.” a voz de Selene rompeu o silencio em minha mente e sem pensar, por um segundo, deixem que ela me dominasse. Selene me impulsionou para frente e nossos lábios se tocaram. Foi como retornar para casa. E eu não tinha como saber como era essa
Kilian estava destruído por dentro a sua maneira. Ele era a porta de um covarde que matou uma fêmea que desejava fugir dele, após ele a sequestrar... — Você é um tolo. Você a sequestrou e esperava que ela fosse leal a você? Que o amasse e não tentasse fugir? — retruquei. Como ele podia ser tolo o suficiente para acreditar que Karen o amava? Ela devia odiá-lo. Kilian baixou o olhar, seus olhos ainda vermelhos, seus punhos cerrados. Seu maxilar trincado. Eu sabia que ele desejava avançar contra mim, que seu lobo devia estar desejando o meu sangue pelas minhas palavras. Eu o estava ferindo dizendo aquelas coisas. — Você sequestrou Jane e ela é leal a você. O ama. — ele disse de repente e isso me surpreendeu. Kilian levantou o olhar na minha direção, seus olhos lentamente voltando a sua cor original. — Eu jamais coloquei uma coleira em Jane. — falei, e isso pareceu deixá-lo abalado por alguns segundos. Kilian me encarou por alguns segundos antes de dizer: — Você não
Pov Marius Eu queria ter olhado para trás, queria ter dito a fêmea que ela possuía o meu coração. Mas de que isso adiantaria agora? Eu estava sendo caçado como o animal que eu era. Eu estava em perigo e todos a minha volta também estariam. Continuei caminhando, até que sua voz chorosa e trêmula soou. Chamando pelo meu nome, implorando para que eu me virasse. Meu coração se despedaçou, mas minhas pernas continuaram a se mover de volta a cabana. "Elas precisam de nós! Marius seu a**o covarde!" Gaius se rebelou em minha mente, ele havia se apaixonado pela loba Selene no instante que ouviu sua voz o chamando dentro de Jane. Eu o ignorei, mas me mantive ainda mais firme para que ele não se aproveitasse para assumir o controle do meu corpo. Assim que entrei na cabana, Kilian levantou uma sobrancelha, enquanto saboreava sua bebida em sua garrafa de metal. Agora quase não se podia ver os cortes feitos pelas garras de Jane em seu rosto. O desgraçado estava completamente curado. Seu olh
Ameli. Eu sabia que aquele era o meu nome de nascimento, mas o odiava. O rastreador real Devon Grayson havia tentado me contatar diversas vezes depois do ocorrido no penhasco, ele queria me confirmar que era o meu pai. Mas eu havia recusado todas as suas investidas, todas as suas tentativas. Ele havia me abandonado no nascimento, mesmo que em sua carta tivesse negado isso. Eu pensei em tudo que passei para ir atrás dele, mesmo depois dele ter torturado Marius, mesmo após tudo que passamos presos em sua casa... Eu havia envenenado o macho que amava para ir atrás de Devon Grayson, eu era uma órfã carente idiota na época. Mas nunca mais seria assim. Marius começou a caminhar e eu gritei: — Esse não é o meu nome! Ele parou por alguns segundos e virou o rosto de lado levemente. — Eu não me importo. — Rebateu e voltou a caminhar. Gritei seu nome, uma, duas, três vezes e nenhuma delas o fez parar. “Ele nos rejeitou.” Selene lamentou em minha mente e eu sentia sua dor, ela compartilha
Marius estava estremecendo, seus ombros estavam tensos e ele baixou seu olhar ao dizer aquelas palavras tão cruéis de si mesmo. Morrer sozinho? “Como ele pode dizer isso de si mesmo? Ele não consegue sentir o nosso amor?” disse Selene e eu percebi que mesmo ela sentindo a ligação poderosa de companheiros com Demétrius, ela não estava alheia sobre o que eu sentia por Marius. Ela também sentia e estava tentando se comunicar com Gaius, seu lobo. Meu coração começou a bater mais devagar conforme a tristeza de Marius com suas palavras não envolvia apenas a ele, mas a mim. A melancolia estavam nos envolvendo naquela clareira escondida, a brisa gélida soprando em minhas costas e rosto. Apenas os sons da floresta entre nós, e isso me fez me lembrar do tempo que éramos apenas nós dois naquela cabana. No início quando a minha preocupação era apenas se eu poderia confiar nele para não me matar e lentamente o macho a minha frente foi ganhando o meu coração. Seus olhos de Jasper fitavam agora
Marius estava distante e suas palavras que ele não se importava estavam ecoando em minha mente. Perfurando o meu coração como mil lâmina de prata, e agora ele se recusava a olhar na minha direção. O macho virou de costas para mim, suas mãos em seus cabelos como se ele não tivesse mais energia para debater comigo e tudo que eu desejava entender era porque ele estava defendendo Kilian e sendo tão grosseiro comigo. E então, como um estalo repentino, algo me ocorreu novamente. — Ele me sequestrou da cabana há um ano. Se ele não tivesse feito aquilo, todos os eventos que aconteceram depois não teriam ocorrido. — falei e Marius respirou fundo, mas não se virou. Eu diminui a distância entre nós, caminhando direto para ele antes que eu pudesse tocar em seu ombro, o macho se virou. Seus olhos de Jasper estavam frios e distantes. — Por que pensar nisso agora? Apenas, vá embora. — ele ordenou. Marius virou as costas saindo do quarto e eu o segui, tentando falar com ele até que chegamos à