Ximena Valverde O guia pediu que Alejandro o deixasse um pouco antes do hotel, acredito que ele tenha ido para casa descansar. Chegamos na recepção do hotel, Alejandro se dirigiu ao balcão para falar com a atendente.— Boa noite! Poderia me passar a chave que divide as acomodações 305 e 306?— O senhor está ocupando as duas acomodações?— Sim, minha namorada e eu. Alejandro Albeniz e Ximena Valverde. — ele apontou para mim, que estava logo atrás dele, a uma certa distância.— Sim, correto. Irei pedir ao chefe do almoxarifado para ir buscar. Em qual quarto entrego? — 305, por favor. Ele me pegou pela mão, entrando comigo no elevador e por lá botou para fora suas intenções. Nem tive tempo de pensar, ele já estava me espremendo na parede fria da caixa de metal.— Tem câmera, seu doido! — avisei enquanto ele massageava meu seio por cima do tecido do macacão.— Ok. — ele levantou as mãos em sinal de rendição. — Vou me comportar nesse um minuto que falta para a gente entrar no quarto. —
Alejandro Albeniz Talvez eu não fosse uma pessoa que soubesse lidar com sentimentos como o ciúme, nem vindos da minha parte, nem vindos de Ximena. Lembro de como tentei disfarçar a fúria que eu sentia ao vê-la conversando efusivamente com Iker Pavel, no entanto, não conseguia entender a cena que ela acabou de fazer perante a Violet.Fiquei ali com cara de otário, não queria ser mal educado com a loira, mas queria correr atrás da morena.— Pardon! Não queria ser inoportuna. Quer que eu fale com ela? — Violet disse.— Não, não, melhor não. Vai ficar tudo bem.— Explicaria a ela que só vim atrás de diverrsão, que não tem nada entre a gente. — o que ela não sabia era que se dissesse algo assim para a Ximena, apenas pioraria tudo.— Vai ficar tudo bem, Violet. — beijei a bochecha dela. — Merci. Foi legal te conhecer.— Está bem, já vou. Sua garota é muito bonita. Se ela topar algo a três, posso deixar meu número. Eu ri.— Melhor não, ela é bastante monogâmica e eu também. Ok, estava sen
Ximena ValverdeEstávamos deitados na cama, eu encostada no peito de Alejandro, sentindo o calor da sua pele quente e seu coração batendo ritmado. Os arrepios na minha pele eram constantes. O homem que me fazia estremecer deslizava as pontas dos dedos do meu ombro até a minha mão, indo e voltando devagar. De vez em quando, depositava beijos cálidos na curva do meu pescoço e no topo da minha cabeça, me enchendo de carinho. A respiração dele era calma, como se aquele momento de quietude fosse tudo o que precisávamos.Faltava algumas horas para a reunião, e a gente só estava sentindo o calor um do outro e a paz que aquele momento trazia. Era como se o tempo tivesse parado só para nós dois, nos dando uma pequena trégua da vida corrida, das responsabilidades e do peso que havia entre nós e que ainda nos rondava como um fantasma. Talvez fosse uma boa hora para ter uma conversa há muito adiada.— Eu quero saber tudo o que aconteceu. Agora eu quero saber. — falei de maneira repentina, surpree
Alejandro Albeniz — Bem que o meu pai me disse que o G200 era um executivo luxuoso, se eu deitar nessa cama, nem vou sentir que estou voando. — Ximena comentou, dando um suspiro de conforto, o que me fez sorrir.Nós estávamos sentados na poltrona dupla, em voo de cruzeiro, assistindo uns vídeos na super tela interativa, esse era um modelo de aeronave que tinha cinema, a tela de quarenta e duas polegadas descia do teto e ficava um pouco à frente do cockpit. Ximena apontava para a cama ao nosso lado, muito bem acolchoada, que dava para até quatro pessoas usarem como poltrona ou apenas uma pessoa deitar.— Ela é até confortável, agora sobre não sentir o voo, já não sei. Tem previsão de turbulência na Espanha. — comentei.— Sério? — perguntou um pouco assustada.— Sim, mas é de grau super leve. Dá até para fazermos um carnaval aqui.Ela riu e depois questionou:— O nosso carnaval ou o brasileiro? Aquele misturado com samba — ela remexeu os ombros. — E pessoas pulando?— O nosso carnaval,
Ximena Valverde Ainda tentava descobrir o que era mais constrangedor; eu ali em pé sem calcinha, ou a cara de descontentamento de Alejandro ao ver Iker na nossa frente.Tentando sair daquela situação vexatória, fui até Iker, lhe dando um beijo na bochecha e, de maneira descontraída, eu disse:— O que faz aqui? Já faz mais de quatro horas que largou do trabalho. — para não piorar a situação, tentei amenizar minha expressão tão surpresa e confusa quanto a do Alejandro.— É, Pavel, o que faz aqui? Algum problema urgente e confidencial na empresa, ao qual você não poderia esperar até amanhã ou ligar? — o tom de voz duro do Alejandro era nítido.Imediatamente e disfarçadamente, mandei um olhar reprovador para Alejandro. Fosse lá o que ele estivesse pensando, deveria guardar para si só, afinal, Iker não tinha ideia de que estávamos juntos e, ao menos no momento, ninguém dentro da empresa deveria saber.— Ximena disse que estava vindo embora, resolvi esperar para levá-la em casa, fiz mal? E
Ximena Valverde Sabia que não estava na hora de acordar, ainda era o final da madrugada, beirando aparecer o crepúsculo para o amanhecer. O sonho era muito bom, sentia todo o universo passar pelo meu corpo, me envolvendo de magnetismo e calor. Mas para que sonhar, se a realidade era muito melhor? Abri meus olhos e Alejandro tinha a cabeça no meio das minhas pernas, sugando meus lábios inferiores da mesma maneira que fazia com a minha boca. Se tinha melhor maneira de despertar, eu desconhecia. Fiz um movimento brusco, com isso, provavelmente Alejandro pensou que eu fugiria. Só se eu fosse louca. Ele segurou minhas coxas com precisão e afundava a língua de maneira rígida no meu meio, tocando minhas paredes internas. Sua língua explorava os meus cantos mais sensíveis, me deixando enlouquecida. Me contorcia, arranhando o lençol que forrava a cama. Queria cravar minhas unhas na pele dele, mas quando me curvava, Alejandro não deixava, me empurrava com cuidado de volta ao colchão. — Al
Alejandro Albeniz Dizem que quem não deve não teme, mas não sabia porquê, ao ver Ximena conversando com os policiais, algo em mim se moveu aqui dentro. Senti um arrepio, uma coisa estranha e a necessidade urgente de tirar eles de perto dela.Lembro de um dia que cheguei em casa e Mercês me informou que o acidente entraria em investigação pela civil. Eu pouco me importei, tinha certeza de que não fiz nada de errado, mesmo assim, ao vê-los aqui, algo me incomodou. Eu só ainda não entendia o motivo.Entramos na minha sala e falei para eles se acomodarem. Um deles sentou na poltrona e os outros dois nas cadeiras de frente para mim. — Então, senhor Albeniz, que curioso a noiva de Carlos Alcaraz trabalhando aqui na sua empresa, gratidão ou remorso? — um dos policiais questionou.Foi impossível não franzir o cenho. Que porra o policial estava pensando? — NRA, nenhuma das respostas anteriores. — falei debochado. — Ximena Valverde entrou aqui pelo próprio mérito, só tomei ciência dela na va
Ximena ValverdeQuando minha mãe insistiu que eu fizesse meu casamento na Basília de San Juan Dios, eu achei um exagero fora do tom. Eu queria uma igreja simples e pequena, não essa exuberante, já na fachada decorada com obras de arte barroca e um monumental de entrada flanqueada por colunas salomônicas. Mas a verdade é que agora me sentia uma princesa, que iria encontrar seu príncipe, que a aguardava ansioso no altar.O motorista trajado como tal, abriu a porta e meu pai e eu descemos da limousine alugada. Meu vestido era o mais simples que consegui convencer a minha mãe a comprar, na verdade, mandamos fazer. Não queria anáguas, ficar parecendo um cupcake, mas da extensa grinalda não consegui fugir. Enquanto puxava metros de pano de dentro do veículo, vi meu irmão e minha mãe descerem as escadas à frente da basílica, eles chamaram meu pai em um canto e cochicharam algo não audível para mim.Já com a grinalda enrolada no braço, me aproximei, querendo saber o que eles falavam. — Volta