Eu posso senti-lo em todas as partes do meu corpo, suas mãos vasculhando cada centímetro de pele.
Afasto o paletó dos seus ombros empurrando pelas costas até que ele entende o que estou tentando fazer e retira as mãos de mim, permitindo que o casaco caia no chão.
Solto uma das pernas em busca de apoio no chão, mas ele a agarra com mais força, me empurrando ainda mais contra a porta.
-Não se atreva a sair daqui.
-Eu não ia a lugar algum. -falo junto ao seu ouvido.
-Boa garota.
Sua mão subiu pela minha perna por baixo do vestido, parando no centro das minhas pernas.
-Tão pronta… - o movimento das suas mãos me fez soltar um gemido mais alto do que deveria. - Hey, quietinha. Eles podem ouvir a gente lá dentro.
-Eu não ligo.
Ele traçou com a boca o caminho do meu pescoço até o meu colo mordendo e chupando de uma forma que com certeza deixaria marcas. Ajudei abrindo os botões do meu vestido até a cintura facilitando o seu acesso.
-Desculpe, eu não posso esperar. Eu preciso de você. Aqui e agora. -ele confessou.
Eu não vi o momento em que ele abriu as calças, apenas senti a sua mão tapando a minha boca, em uma tentativa frustrada de me impedir de fazer barulho, enquanto seu pau abria caminho dentro de mim em uma única e forte estocada.
Ele apoia a cabeça no meu ombro e permanece parado, dando tempo para que eu possa me acostumar com o seu tamanho dentro de mim. Começo a me mover para cima e para baixo usando as pernas enroladas nele como apoio.
Ele capturou os meus lábios em um beijo ainda mais necessitado, nos movendo em um ritmo que era ao mesmo tempo caótico e sincronizado. A fricção da sua pele com o meu ponto sensível estava me enlouquecendo.
-Quase… - confesso em um sussurro quase inaudível.
Seus dedos aumentaram a intensidade do aperto em minhas pernas ao mesmo tempo em que suas estocadas se tornaram mais duras, rápidas e fortes. Em poucos instantes eu estava chegando a o orgasmo mais intenso que eu já senti, apertando-o de forma quase involuntária no momento em que ele saia de mim e gozava na minha coxa.
Ambos tentávamos recuperar o ritmo normal das nossas respirações. Ele me soltou no chão, se ajoelhou e buscou um lenço no paletó, ergueu a barra do meu vestido e começou a limpar a minha perna.
-Me desculpe… Eu não deveria ter feito isso sem ter perguntado primeiro. Ainda mais sem camisinha. -beijou a parte lateral do meu joelho em um gesto de carinho que eu não estou acostumada a receber.
Não que todos os meus ex’s sejam cretinos, mas a grande maioria era.
-Está tudo bem, eu tomo anticoncepcional. Mas para futuras referências, em transas casuais a camisinha é sempre a melhor opção. -brinco aliviando a tensão do momento. - Acho que todo mundo dentro desse bar nos ouviu. -ele corou.- Sem arrependimentos aqui. E você?
Ele se levantou e parecia pronto para me beijar quando um carro passou ao lado do bar em direção a pousada. Em meio ao breu eu vi seu rosto empalidecer e se afastar de mim.
-Eu preciso ir. -falou já indo em direção a pousada.
-Você vai me deixar aqui… assim? - aponto em direção ao vestido aberto. Eu estava uma bagunça.
-Eu… -parou e olhou em minha direção antes de se virar e seguir. - Falo com você depois.
E assim ele sumiu no meio da escuridão, me deixando plantada junto aos fundos do bar, vermelha e bagunçada. Eu sentia um misto de vergonha e ódio. Por mais acostumada a receber o pior tratamento pós transa, esse passou dos limites.
Tento me arrumar o máximo que posso, entro no bar e vou direto ao caixa que fica no bar.
-Ian, pode ver a minha conta?
-Sua conta é acertada junto com a pousada Rain. Pode acertar amanhã. -ele olha para o meu rosto. -Você está bem?
-Estou ótima, apenas decidi que não vou ficar. -tento não me justificar demais e prolongar essa conversa. - Mas gostaria de pagar a noite da pousada, pelo incômodo de ter feito Jack e a esposa arrumarem o quarto para mim.
-Isso não é necessário, tenho certeza que eles entenderiam. - fala compreensivo.
-Eu insisto.
-Como você quiser.
Pago a conta, me despeço, entro no meu carro e sigo o meu caminho. Só então eu me permito chorar. Por mais durona que eu possa parecer, sempre fui a presidente do clube dos chorões, choro por tudo, apenas tento não deixar as outras pessoas verem. A vergonha e o ódio me consomem novamente.
Ele me fez sentir da forma que todos sempre disseram que eu era, uma puta barata.
Seis meses depois.Minha vida está um caos e eu estou atrasada. Odeio isso, odeio atrasos e mais ainda chegar atrasada.Desde que me mudei para Roseburg, 6 meses atrás, eu me apaixonei pela cidade, pelas paisagens, pelas pessoas e principalmente pelo trabalho. Eles foram muito gentis e eu já me sinto em casa.Trabalhar com política tem algo de excitante e emocionante. Aqui eu sou a Assessora do Prefeito Brandon Myers e eu meu trabalho é colocá-lo na mídia e fazer com que ele pareça cada vez melhor. O que não é difícil diga-se de passagem, ele é extremamente gentil, dedicado e realmente se importa com a sua comunidade. No auge dos seus 60 anos permanece um coroa muito boa pinta e simpático. Mas apesar de prazeroso o trabalho não tem sido fácil, foi preciso montar a comunicação praticamente do zero, além de acompanhar o Prefeito em viagens, festas e eventos, estamos no momento tentando fortalecer e promover o turismo de aventura na cidade. E se tem uma coisa que eu não fiz desde a mud
-Eu não poderia discordar mais. - escuto alguém protestar. Levo um susto quando a porta bate atrás de mim e me viro para então me deparar com uma figura que eu não demorei nem um centésimo de segundo para reconhecer.-O que estamos fazendo se chama humanização da imagem. Ninguém mais quer votar em um político engravatado que não é acessível. O povo precisa senti-lo próximo, ver que ele se importa. -ela avança caminhando na nossa direção. Permaneço paralisado. - Nessa “foto jogando futebol” que você citou, ele estava jogando com os alunos da escola, usando o novo uniforme que foi fornecido pelo governo, na nova quadra de esportes construída pelo governo, mostrando o interesse e a preocupação com os mais jovens e o esporte. Em uma única foto ele conseguiu demonstrar tudo isso sem dizer uma palavra. Esse é o meu trabalho. -ela estende a mão em minha direção. - Rain Brennan, Coordenadora de Comunicação. É um prazer conhece-lô Willian. Reúno o pouco de coragem que me resta e pego a sua m
Céus como eu odeio esse tipo de homem. Ainda mais esse em específico. Eu sinto os olhos dele colados em mim o tempo todo, mas nunca me olhando nos olhos.Mas esse é mais um item na lista de coisas que são completamente minha culpa. Eu entrei naquele bar em busca de alguma faísca e saí de lá completamente chamuscada. Eu puxei conversa com ele, eu me ofereci, e aparentemente isso é o que eu faço sempre. Desde que cheguei a Roseburg eu dormi com dois caras, não juntos para deixar claro. Nos primeiros 4 meses com o meu vizinho e no último mês com um colega da Prefeitura que trabalha no setor de contabilidade. Ambos inteligentes e divertidos. Com o primeiro cometi o erro de não deixar claro que não estava interessada em um relacionamento, o afastamento não foi dos mais tranquilos e desde então tenho tentado com sucesso evitá-lo. Com o Robert, que trabalha comigo, eu deixei claro que era apenas sexo e tem corrido tudo bem até agora. Saldo de Roseburg até agora: uma confusão e uma amizade
- JESUS! - ela grita ao abrir a porta e me encontrar parado em frente a ela. Eu escutei a voz dela e levantei para abrir a porta, mas a conversa do outro lado parecia interessante.- Me desculpe. Não foi minha intenção assustá-la. -me movo dando espaço para que ela entre. Ela respira fundo e passa por mim. Anne observa do lado de fora rindo, dou de ombros, sorrio e fecho a porta. Ela se senta na cadeira em frente a mesa e eu me sento na cadeira ao lado dela.- Eu me sentiria mais confortável se você se sentasse do outro lado. -ela diz mantendo um semblante sério. - Na cadeira do meu pai? Isso é mesmo necessário? -pergunto. - Tenho certeza de que ele não se importaria. Levanto, dou a volta na mesa e me sento na cadeira do meu pai. - Vamos conversar sobre o elefante na sala? -pergunto. - Não. -responde seca enquanto me entrega o tablet desbloqueado. -Essas são as nossas métricas do mês de novembro e em seguida você vai encontrar as dessa primeira semana de dezembro. Depois que v
Estúpida. Eu sou tão estúpida. Ele não só voltou com a tal namorada como aparentemente está noivo. Noivo e tentando me comer na sala do pai dele. Tentei soar o mais calma possível ao sair da sala, apesar de todo o ódio que estava sentindo eu amo essa cidade e esse emprego, seria uma pena ter que ir embora por culpa desse idiota e de não conseguir manter minhas pernas fechadas para ele. Mesmo com a sensação de que o meu corpo estava se dissolvendo, consegui chegar ao banheiro da minha sala antes de desabar em choro. Parada dentro do banheiro, encarando a minha própria imagem no espelho, tive um déjà-vu. Eu já estive em uma situação como essa. Não igual, mas parecida. Eu amadureci muito cedo, mas não por vontade própria. Quando eu tinha mais ou menos uns 12 anos comecei a sentir o peso dos olhares dos homens sobre mim, algo que uma criança jamais deveria sentir. Meu avô sempre me protegeu, mas quando ele viajava eu ficava sob os cuidados negligentes da minha mãe. Em uma dessas via
- Olá Big Boss. Pronto para sair? -sorrio abertamente para o senhor que passa por mim e entra na sala. - Claro, estou ansioso para ver como tudo está ficando. Olá Will. -vira para o filho com um olhar curioso. - O que está fazendo aqui? Vai conosco? - Não senhor. -me adianto antes que ele fale algo. - O Willian apenas passou aqui para elogiar o meu trabalho, ele disse que gosta muito do que eu tenho a oferecer. -o vejo engolir em seco e me encarar com uma pitada de raiva. - Estou contente que vocês dois estejam finalmente se dando bem. -ele sorri agradecido. - Mas realmente gostaria que você fosse Will. Seu irmão também vai, e vai levar a minha Melissa com ele.Olho para Will com um olhar de reprovação, deixando bem claro que não queria sair m companhia dele no momento. - Não vejo motivo para não ir. -ele enfim responde com um sorriso.- Perfeito. Vamos? -o Prefeito me olha e eu concordo com a cabeça. Permaneci todo o caminho em silêncio, e não olhei em sua direção. Assim que che
Esse tipo de evento é o principal motivo pelo qual eu me mantenho o mais afastado possível da política. Todos sorrindo falsamente e conversando como se fossem amigos intímos, bebendo e comendo, para no final da noite entregar um cheque que eles claramente poderiam ter enviado pelo correio e evitado toda a falsidade que permeia o ambiente. Apesar de já ter participado de vários, o dessa noite especificamente estava me deixando nervoso. Minhas mãos suavam e os meus pés e pernas estavam inquietos. Giny chegou na cidade hoje a tarde, eu mal conseguia olhá-la, quem dirá permanecer no mesmo cômodo por muito tempo. Estou me sentindo o pior homem do mundo, não sei o que fazer. Eu sei o que deveria fazer: contar a verdade. Não para ela, mas para todos os outros. Nosso relacionamento já não era real, não eramos um casal. Eu não queria traí-la. Não mesmo. E não o fiz. Ela tem sido a minha companheira por muitos anos, e eu realmente acho que a amo. Mas não o amor romantico que senti um dia, é
- Aquilo meu amigo… -ele continua. - É o diabo em um vestido vermelho. Se ela é o diabo, eu vendi a minha alma, esse é o meu inferno e ela está me castigando. Ela arrancou o meu coração do peito. Ela parecia mais alta, mais poderosa, mais imponente e de alguma forma conseguia estar ainda mais bonita. Até um minuto atrás eu acreditava que isso não era possível. - Com licença. -pedi já me afastando dele e me aproximando de onde ela estava com um grupo de pessoas. Ela ria e conversava como se estivesse extremamente confortável naquela situação. - Hei. -não consegui formular mais palavras. - Olá. -ela girou o corpo na minha direção. - Pessoal, acredito que a maioria de vocês devem conhecer, mas esse é Willian. O primogênito do Prefeito Myers. - Não costumamos te encontrar nesses eventos Willian. -alguém no meio do grupo falou.Não consegui prestar atenção em quem foi, não conseguia pensar direito tão próximo a ela e nem desgrudar os meus olhos da figura a minha frente. - Eventos so