Capítulo 5 / Rain

Eu posso senti-lo em todas as partes do meu corpo, suas mãos vasculhando cada centímetro de pele. 

Afasto o paletó dos seus ombros empurrando pelas costas até que ele entende o que estou tentando fazer e retira as mãos de mim, permitindo que o casaco caia no chão.

 Solto uma das pernas em busca de apoio no chão, mas ele a agarra com mais força, me empurrando ainda mais contra a porta. 

-Não se atreva a sair daqui. 

-Eu não ia a lugar algum. -falo junto ao seu ouvido. 

-Boa garota.

Sua mão subiu pela minha perna por baixo do vestido, parando no centro das minhas pernas.

-Tão pronta… - o movimento das suas mãos me fez soltar um gemido mais alto do que deveria. - Hey, quietinha. Eles podem ouvir a gente lá dentro. 

-Eu não ligo. 

Ele traçou com a boca o caminho do meu pescoço até o meu colo mordendo e chupando de uma forma que com certeza deixaria marcas. Ajudei abrindo os botões do meu vestido até a cintura facilitando o seu acesso. 

-Desculpe, eu não posso esperar. Eu preciso de você. Aqui e agora. -ele confessou. 

Eu não vi o momento em que ele abriu as calças, apenas senti a sua mão tapando a minha boca, em uma tentativa frustrada de me impedir de fazer barulho, enquanto seu pau abria caminho dentro de mim em uma única e forte estocada.

Ele apoia a cabeça no meu ombro e permanece parado, dando tempo para que eu possa me acostumar com o seu tamanho dentro de mim. Começo a me mover para cima e para baixo usando as pernas enroladas nele como apoio. 

Ele capturou os meus lábios em um beijo ainda mais necessitado, nos movendo em um ritmo que era ao mesmo tempo caótico e sincronizado. A fricção da sua pele com o meu ponto sensível estava me enlouquecendo. 

-Quase… - confesso em um sussurro quase inaudível.

Seus dedos aumentaram a intensidade do aperto em minhas pernas ao mesmo tempo em que suas estocadas se tornaram mais duras, rápidas e fortes. Em poucos instantes eu estava chegando a o orgasmo mais intenso que eu já senti, apertando-o de forma quase involuntária no momento em que ele saia de mim e gozava na minha coxa. 

Ambos tentávamos recuperar o ritmo normal das nossas respirações. Ele me soltou no chão, se ajoelhou e buscou um lenço no paletó, ergueu a barra do meu vestido e começou a limpar a minha perna. 

-Me desculpe… Eu não deveria ter feito isso sem ter perguntado primeiro. Ainda mais sem camisinha. -beijou a parte lateral do meu joelho em um gesto de carinho que eu não estou acostumada a receber. 

Não que todos os meus ex’s sejam cretinos, mas a grande maioria era. 

-Está tudo bem, eu tomo anticoncepcional. Mas para futuras referências, em transas casuais a camisinha é sempre a melhor opção. -brinco aliviando a tensão do momento. - Acho que todo mundo dentro desse bar nos ouviu. -ele corou.- Sem arrependimentos aqui. E você?

Ele se levantou e parecia pronto para me beijar quando um carro passou ao lado do bar em direção a pousada. Em meio ao breu eu vi seu rosto empalidecer e se afastar de mim. 

-Eu preciso ir. -falou já indo em direção a pousada.

-Você vai me deixar aqui… assim? - aponto em direção ao vestido aberto. Eu estava uma bagunça. 

-Eu… -parou e olhou em minha direção antes de se virar e seguir. - Falo com você depois. 

E assim ele sumiu no meio da escuridão, me deixando plantada junto aos fundos do bar, vermelha e bagunçada. Eu sentia um misto de vergonha e ódio. Por mais acostumada a receber o pior tratamento pós transa, esse passou dos limites. 

Tento me arrumar o máximo que posso, entro no bar e vou direto ao caixa que fica no bar. 

-Ian, pode ver a minha conta? 

-Sua conta é acertada junto com a pousada Rain. Pode acertar amanhã. -ele olha para o meu rosto. -Você está bem? 

-Estou ótima, apenas decidi que não vou ficar. -tento não me justificar demais e prolongar essa conversa. - Mas gostaria de pagar a noite da pousada, pelo incômodo de ter feito Jack e a esposa arrumarem o quarto para mim. 

-Isso não é necessário, tenho certeza que eles entenderiam. - fala compreensivo. 

-Eu insisto.

-Como você quiser. 

Pago a conta, me despeço, entro no meu carro e sigo o meu caminho. Só então eu me permito chorar. Por mais durona que eu possa parecer, sempre fui a presidente do clube dos chorões, choro por tudo, apenas tento não deixar as outras pessoas verem. A vergonha e o ódio me consomem novamente. 

Ele me fez sentir da forma que todos sempre disseram que eu era, uma puta barata.

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