Depois de anos dedicando sua vida à medicina e a um casamento que acreditava ser sólido, Adeline Moretti viu tudo desmoronar ao descobrir a traição do marido, Carlos Ricci, diretor do hospital onde trabalha. Ferida e desiludida, ela jurou nunca mais confiar em um homem novamente. Mas o destino tinha outros planos. Quando Adeline conhece Aston Beaumont, um jovem e impetuoso CEO de apenas 25 anos, ela jamais imaginaria que ele se tornaria sua maior tentação. Arrogante, sedutor e dono de uma confiança inabalável, Aston não aceita recusas—e muito menos a ideia de que a diferença de idade entre eles possa ser um obstáculo. O que começa como um jogo perigoso logo se transforma em algo avassalador. Entre encontros intensos e momentos de tirar o fôlego, Aston se torna a única pessoa capaz de fazer Adeline esquecer seu passado doloroso. Mas será que ela está pronta para abrir seu coração novamente?
Ler maisCarlos Ricci estava perdendo o controle, e eu estava me divertindo enquanto assistia a desgraça dele prestes a chegar — porque por mais que eu não quisesse admitir, eu concordava com Aston nesse quesito… Carlos Ricci, era um merda que merecia o karma caindo em cima de sua cabeça, como uma bigorna.Desde que comecei a puxar os fios certos, ele vinha se enrolando cada vez mais na teia que eu e Aston tecemos. Endividado, frustrado e começando a sentir o desespero roendo suas entranhas. A expressão no rosto dele, cada vez que verificava sua conta bancária e percebia que o dinheiro escorria entre seus dedos, era um verdadeiro presente, mas o que ele esperava? Manter uma vida de alta classe, com um salário medíocre de um diretor de hospital?Ele precisaria de anos nesse cargo para conseguir algo PERTO do que estava tendo agora. Ao menos, sem estragar de vez suas finanças.O problema, era que ele era burro, inconstante e inconsequênte. Ele não conseguia entender o básico e por isso, estava f
Depois de semanas e mais semanas trabalhando como uma lunática, eu finalmente resolvi me dar um descanso merecido, (e claro, isso não teve nada haver com Aston me obrigando a sair do laboratório e trancando a porta, sem me deixar com a chave).Eu voltei para casa, encarei minha cama, (a quem eu não via há alguns dias) e me lembrei do quão confortável ela era. Aproveitei o meu ganho quente e claro, depois de um sono de mais de 12 horas, — eu resolvi que seria uma boa ideia, socializar.E Clara foi a primeira pessoa para quem eu pensei em ligar. Ela chegou 30 minutos depois que eu liguei e parecia, explodir de felicidade em me ver de novo.— Eu pensei que você tinha morrido! Como alguém some assim? — Eu precisava trabalhar, — lembrei ela, — estudos levam muito tempo, sabia? Eu tive que ficar fazendo testes e-...— Não comece a se gabar por todo o seu patrocínio milionário, doutora Moretti, — ela zombou e eu me senti livre de novo.Eu podia rir e me divertir com Clara. De novo. Sem preo
A ficha demorou para cair. Talvez porque uma parte de mim ainda quisesse acreditar que tudo isso era um grande erro, que Carlos não poderia ter mentido tão descaradamente para mim a vida toda. Mas, conforme meus olhos corriam pelas fotos no meu celular, que Aston havia me enviado, meu estômago revirava.Carlos. Em uma boate. Rindo, bebendo, completamente à vontade. E enfiando a cara nos peitos de uma stripper.Engoli em seco, sentindo a garganta apertar. Amanda não sabia disso. Ela estava em casa, fazendo planos de casamento, sonhando com um futuro que nunca ia existir, enquanto Carlos vivia uma vida dupla sem nem ao menos tentar esconder. Ele não se importava se fosse pego. Ele se achava intocável e eu sabia que ele era assim, sempre soube, mas... o que eu poderia fazer?Ele tinha cuidado de mim, tinha feito tudo por mim, eu devia a ele, ou pensava que devia e isso me fez odiá-lo bem agora, bem quando eu descobri a verdade, bem quando descobri que as coisas não eram bem como ele dizi
Eu sabia que Adeline tinha muito a fazer. Ela estava completamente focada no projeto do hospital, e embora eu quisesse estar ao seu lado o tempo todo, ajudando-a e garantindo que ela não se esgotasse (porque essa mulher parecia ser incapaz de entender o que era LIMITE. Qual é. Ela era uma médica, como podia não seguir as indicações médicas sobre LIMITES DO CORPO HUMANO?), eu também tinha outro trabalho a fazer. Um trabalho que ela não poderia fazer, porque mexia com sujeira, manipulação e, principalmente, traição.Carlos Ricci ainda estava de pé, e isso era inaceitável considerando o quão perto nós estávamos de finalizar as pesquisas e deixar que o estudo de Adeline, fosse publicado.Por isso, resolvi procurar Antony Ricci. O garoto era a chave para fazer aquele filho da puta finalmente cair e enquanto Henry fazia o trabalho sujo, cuidando de Carlos, eu sabia que precisava trazer Antony pro meu lado, de algum jeito, e imaginei que a melhor forma... seria usar o que eu sabia sobre os i
Eu odiava ter que cuidar do trabalho sujo, mas algumas coisas simplesmente precisavam ser feitas a essa altura do campeonato. Aston podia ter o nome, o dinheiro e a influência, mas não era o tipo de cara que se metia nos bastidores da sujeira. E para ser bem honesto, eu preferia que fosse assim.Aston era bom.Não exageradamente bom, mas ele era... bom em um nível perigoso.Ele sempre tinha sido o tipo de criança idiota, que corria quando via uma casa em chamas. Era a pessoa irritante, metida a heroi, sempre querendo salvar o mundo e os injustiçados.Era quase divertido ver ele agindo como se fosse egoísta e tudo fosse feito por si mesmo, mas... eu infelizmente conhecia ele bem demais, para saber que não era bem isso. Aston era um idiota presunçoso e gentil.Então claro, ele tinha que se apaixonar por Adeline.Tinha que se meter no meio de toda essa merda com o ignóbil do Carlos Ricci, e isso era um problema? De forma alguma. Significava apenas que alguém teria que fazer esse serviço p
O tempo estava correndo. Os meses passaram num piscar de olhos e agora, com o estudo de Adeline prestes a ser publicado, eu sabia que Carlos Ricci não ia simplesmente ficar sentado e assistir. Ele era um desgraçado que não conseguia ver Adeline bem, sem acabar tentando destruir tudo e jogar ela no fundo do poço.Eu sinceramente não entendia o que aquele filho da mãe tinha na cabeça, mas sabia que não era nada de bom.Ele ia tentar atacar e arruinar ela, antes que as coisas dessem certo. Ele ia querer afundar Adeline mais uma vez. E eu não ia permitir isso.Eu estava no meu escritório, girando uma caneta entre os dedos, enquanto Henry andava de um lado para o outro, despejando suas frustrações. Meu melhor amigo estava exasperado, o que não era novidade, considerando que ele sempre achava que eu levava meus planos longe demais e que ele estava prestes a ter que se tornar o diretor do meu hospital.— Ele vai tentar detonar Adeline de qualquer jeito — Henry disparou, passando a mão pelos
Eu não podia me deixar levar. Não depois de tudo que aconteceu comigo, depois da forma como eu fui traída por Carlos, — mas nos braços de Aston, eu quase me esqueci disso.Aquele beijo... aquele maldito beijo. Ele ainda queimava nos meus lábios, como uma lembrança teimosa se recusando a desaparecer. Eu me afastei primeiro. Fui eu quem cortou o momento antes que ele se tornasse algo ainda maior, algo que eu não estava pronta para encarar. Mas isso não significava que não tinha sentido. Porque tinha. E muito.Aston Beaumont me olhava como se soubesse exatamente o caos que havia acabado de causar dentro de mim, mas, ao invés de insistir, ele fez algo que me pegou desprevenida: ele respeitou meu espaço. Ele não tentou me prender ali, não tentou me fazer admitir nada que eu não queria admitir. Ele apenas deu um passo para trás, me estudando com aquele sorriso torto que me fazia sentir ainda mais vulnerável.— Acho que você precisa de um tempo. — Foi tudo o que ele disse.Eu concordei, porq
Eu não podia me deixar levar. Não depois de tudo que aconteceu comigo, depois da forma como eu fui traída por Carlos, — mas nos braços de Aston, eu quase me esqueci disso.Aquele beijo... aquele maldito beijo. Ele ainda queimava nos meus lábios, como uma lembrança teimosa se recusando a desaparecer. Eu me afastei primeiro. Fui eu quem cortou o momento antes que ele se tornasse algo ainda maior, algo que eu não estava pronta para encarar. Mas isso não significava que não tinha sentido. Porque tinha. E muito.Aston Beaumont me olhava como se soubesse exatamente o caos que havia acabado de causar dentro de mim, mas, ao invés de insistir, ele fez algo que me pegou desprevenida: ele respeitou meu espaço. Ele não tentou me prender ali, não tentou me fazer admitir nada que eu não queria admitir. Ele apenas deu um passo para trás, me estudando com aquele sorriso torto que me fazia sentir ainda mais vulnerável.— Acho que você precisa de um tempo. — Foi tudo o que ele disse.Eu concordei, porq
O laboratório estava em silêncio absoluto, exceto pelo som ritmado das teclas sendo pressionadas e pelo zumbido dos equipamentos de monitoramento. Eu estava ali há dias, mergulhada na pesquisa como uma obsessão doentia, tentando encontrar uma solução para um impasse que me fazia sentir como se estivesse batendo contra uma parede de concreto.O café na minha caneca já estava frio. A pilha de papeis rabiscados ao meu lado só aumentava, e meus olhos ardiam de cansaço. Mas eu não podia parar. Não agora. Não quando eu estava tão perto. Ou ao menos era o que eu queria acreditar.— Adeline. — A voz de Aston me fez revirar os olhos antes mesmo de olhar para ele.Eu sabia o que vinha a seguir.— Você precisa de uma pausa. — Ele cruzou os braços, recostado contra a porta com aquele maldito sorrisinho convencido.— Eu preciso de uma solução, — corrigi, sem desviar o olhar da tela.— Você não vai encontrá-la enquanto estiver parecendo um zumbi viciado em cafeína. — Ele se aproximou e, antes que e