O gosto do whisky ainda queimava na minha língua quando aquele garoto me empurrou contra a parede do pequeno quarto dos fundos do bar. O lugar era apertado, cheirava a madeira velha e álcool derramado, mas eu não estava me importando nem um pouco. Minha cabeça girava, e eu não sabia se era por causa do álcool ou da forma como as mãos dele deslizavam pelo meu corpo com tanta facilidade, como se já soubesse exatamente onde tocar.
— Está com pressa? — provoquei, arfando, sentindo as mãos dele descerem pelas minhas coxas, puxando minha saia para cima.
— Você não? — Ele sorriu, aquele maldito sorriso convencido que me fez querer socá-lo e beijá-lo ao mesmo tempo.
Eu ri, mas o som virou um suspiro entrecortado quando ele segurou minha cintura e me ergueu. Em um segundo, minhas costas estavam pressionadas contra a porta e minhas pernas estavam enroscadas na cintura dele. A urgência nos nossos movimentos fazia tudo parecer ainda mais insano. Minha cabeça gritava que era loucura, mas meu corpo já tinha tomado as decisões por mim há muito tempo.
Os lábios dele desceram pelo meu pescoço, mordendo, chupando, deixando marcas. As mãos dele puxaram minha blusa para cima e, sem paciência para delicadezas, ele a tirou de vez. O sutiã logo veio junto, e a sua boca… logo foi parar no meu peito.
Minha cabeça bateu contra a porta enquanto um gemido escapou da minha boca. A sensação da língua dele misturada com o álcool que já pulsava no meu sangue era uma combinação perigosa. Minhas unhas arranharam os ombros dele, e a risada baixa que ele soltou só serviu para me provocar ainda mais.
— Eu quero você agora — sussurrei, minha voz saindo rouca e carregada de desejo.
Ele não precisou ouvir duas vezes. Em poucos segundos, minhas roupas estavam jogadas no chão ao lado das dele. O calor do corpo dele contra o meu era um choque, e eu podia sentir cada músculo rígido enquanto ele me puxava mais para perto.
— Segura firme — ele avisou antes de me erguer de novo, me pressionando ainda mais contra a porta.
A sensação de tê-lo dentro de mim fez meu corpo inteiro se incendiar. Eu arfei, minhas unhas cravando nos braços dele, e um gemido escapou de sua garganta. Ele começou devagar, como se estivesse aproveitando o momento, mas não demorou muito para os movimentos ficarem mais intensos, mais desesperados.
O barulho da madeira rangendo se misturava aos nossos gemidos. Minhas costas batiam contra a porta a cada estocada, e tudo que eu conseguia fazer era agarrá-lo com mais força, minha boca colada na dele, nossas respirações se misturando.
— Porra, você é tão apertada… — ele grunhiu, mordendo meu ombro.
Eu gemi, minhas mãos deslizando pelos cabelos dele, puxando com força. A forma como ele me segurava, como se eu fosse feita sob medida para ele, só aumentava meu desejo.
Em algum momento, ele me virou e me empurrou contra uma mesa velha que estava ali no canto do quarto. Minhas mãos se apoiaram na madeira áspera enquanto ele me puxava para trás, deslizando as mãos pelo meu corpo antes de meter dentro da minha boceta de novo, dessa vez ainda mais fundo, e com… ainda mais força.
Minhas pernas ameaçavam fraquejar, mas ele me segurava firme, guiando os movimentos com uma precisão que me fazia enlouquecer. Eu sentia cada centímetro dele me preenchendo, me tomando, me fodendo como se quisesse me fazer esquecer de tudo que existia além daquele quarto, e de todo o dia de merda que eu tinha acabado de ter.
E estava funcionando, em um nível que… eu nunca tinha conseguido chegar antes.
O mundo lá fora não importava. Carlos não importava. A m*****a enfermeira ninfeta não importava. O hospital, minha carreira, meu futuro incerto… nada importava além do prazer que percorria meu corpo em ondas cada vez mais intensas, que deixavam o meu corpo ainda mais sensível, a cada segundo que passava.
Quando eu senti aquele calor se acumulando dentro de mim, meu corpo todo se contraiu, e um gemido alto escapou da minha boca.
— Goza pra mim, querida… — ele sussurrou contra minha orelha, acelerando os movimentos, me levando ainda mais fundo nesse abismo de prazer.
E eu gozei. Forte. Meu corpo inteiro tremeu, minha mente ficou em branco, e tudo que eu podia, enquanto ele ainda continuava metendo dentro de mim, como se a sua energia nem mesmo estivesse perto de acabar.
Então, ele colocou o meu corpo na cama, enquanto eu sentia as minhas pernas ficarem cada vez mais fracas, e a minha mente… ficar ainda mais distante, e tudo se tornava uma grande névoa de tesão, enquanto aquela boca carnuda, se aproximava mais uma vez da minha.
Ele logo me colocou de quatro depois de um tempo — como se a dó da sua alma, tivesse ido completamente embora — e porra… ele entrou tão fundo dentro de mim, que eu quase tive a sensação de que eu iria afundar de vez dentro daquele colchão.
Eu me agarrei naqueles lençois como eu nunca havia feito na minha vida antes, porque eu tive a impressão que eu poderia rasgá-los com as minhas unhas caso o acertasse ainda mais, mas… eu nem conseguia me importar com aquilo, eu só conseguia sentir o prazer, e o calor do meu corpo ficando ainda mais e mais alto.
— Ah…! Ah! Isso… continua assim! Ah! — Eu gemi alto, e isso apenas piorou quando os seus dedos, se entrelaçaram aos meus fios, os puxando de uma só vez, enquanto me forçavam a empinar ainda mais pra ele.
Eu levei um tapa forte na minha bunda depois daquilo — um que fez lágrimas escorrerem dos meus olhos — e por mais que aquilo estivesse ardendo… também tinha acabado de me deixar ainda mais molhada, e mais… apertada, ao ponto de quase ser doloroso, por conta do tamanho e grossura daquele pau.
Mas ainda assim, era tão bom… ao ponto de eu quase não querer que aquele momento terminasse, muito menos, aquela noite, e todo o prazer que eu estava sentindo.
A primeira coisa que eu senti ao acordar foi a dor de cabeça. Uma pontada latejante que parecia castigar cada canto do meu cérebro. A segunda coisa foi o peso de um braço desconhecido sobre a minha cintura.Abri os olhos devagar, piscando contra a claridade suave que entrava pela fresta da cortina. Meu corpo inteiro estava dolorido, mas não de um jeito ruim. Um jeito que denunciava exatamente o que aconteceu na noite passada e porra, era óbvio que tinha sido bom.E foi nesse momento que uma terceira coisa me atingiu em cheio.— Ah, merda... — murmurei, minha voz saindo rouca.Minha cabeça virou devagar, como se meu próprio corpo se recusasse a confirmar o que meu cérebro já sabia. Eu tinha feito uma merda sem tamanho.O ninfeto da noite anterior, um garoto que deveria ter no máximo, 27 anos , completamente nú, dormindo ao meu lado como se não tivesse um único problema na vida.A porra do ninfeto que eu jurei ignorar.Respirei fundo, tentando conter o desespero que começava a subir pel
Eu nasci um Beaumont e como tal, não estava acostumado a nada que não fosse, excelência. Mesmo assim, tinha dias que o sobrenome da família pesava e era por isso que aquele bar, existia. No começo era só uma brincadeira de adolescente. Um lugar para beber e relaxar, longe dos paparazzis ou do controle do meu pai. Mas agora? Depois de assumir a empresa da família e me tornar o responsável por tudo, era difícil manter aquele lugar funcionando.— Vai mesmo fechar? — Henry me perguntou com aquela expressão de incredulidade que deixava claro: ele considerava isso um completo absurdo. — Estou pensando. Nós dois sabemos que eu não vou ter tempo de vir aqui.— E? — Ele sorriu, — eu vou. Bufei.A ideia de manter o bar não era ruim, mas… um bar vinculado a família Beaumont? Era plausível quando o dono era o filho da família, um playboy irresponsável. Só que agora… com o meu pai morto, meu tio doente e a empresa no meu colo? O tempo de playboy tinha ido de ralo e eu tinha que me tornar o rost
Eu deveria estar presa.Não por assassinato – ainda – mas porque claramente era crime federal estar lidando com uma ressaca dessas e ainda precisar fingir que era um ser humano funcional.O que me levava à pergunta do dia: por que caralhos eu achei que beber até esquecer meu próprio nome era uma boa ideia?Suspirei, sentada no sofá da minha sala, afundada em um moletom velho que cheirava a café e desespero. Meu laptop estava aberto na mesa de centro, com uma tela em branco que me encarava de volta. O cursor piscava, como se estivesse julgando minhas escolhas de vida.Atualizar meu currículo. Esse era o plano.Porque se minha vida virou um desastre, eu pelo menos podia ser uma desempregada com um currículo impecável — que era algo que eu claramente tinha, afinal… além de ter trabalhado em um dos melhores hospitais, eu ainda consegui me tornar cirurgiã chefe daquele lugar (não que isso fosse algo tão surpreendente, já que Carlos, claramente não conseguia lidar com os meus cirurgiões).Ma
O bar estava vazio àquela hora da manhã. As luzes fracas iluminavam o balcão, refletindo nos copos que ainda estavam espalhados por ali, como lembranças da noite passada. Mas eu não estava pensando na noite passada. Eu estava pensando nela.Adeline Moretti.Meu maxilar travou ao lembrar do jeito como ela simplesmente sumiu, como se eu não fosse nada além de um passatempo para ela. O dinheiro que ela deixou para trás ainda queimava no meu bolso, um lembrete do descarte descarado. Eu queria jogá-lo fora, rasgá-lo, mas uma parte de mim sabia que aquele insulto precisava ser devolvido. Pessoalmente, ou pelo menos era a desculpa que eu vinha usando para me convencer de que eu não era só um maníaco, completamente obcecado pela mulher com quem dormiu na noite anterior.— Henry! — chamei, minha paciência se desfazendo em pedaços enquanto o desgraçado ria.Meu melhor amigo e gerente do bar apareceu no escritório, segurando uma pasta com algumas contas. Ele me olhou com aquela expressão de quem
Flores. Eu dei flores a ela e não sei exatamente o que diabos eu esperava com isso, mas com certeza não era ver um buquê de rosas vermelhas espalhadas pelo asfalto, especialmente amassadas no meio da calçada — junto a marcas de pneu de carro —, como eu mesmo pude presenciar.Eu tinha ficado ali embaixo, esperando pela chance de subir e resolver as coisas com ela, — uma esperança vaga, mas existente, — só que Adeline não parecia disposta a facilitar a minha vida.Adeline.Suspirei, encostando o ombro na parede do meu escritório depois de voltar para o trabalho. Aquela mulher tinha o dom de transformar tudo numa novela mexicana de quinta categoria. Drama por cima de drama, como se eu fosse algum vilão de filme barato.Só que eu já sabia que isso iria acontecer. Ela ia recusar as flores, ia xingar, ia bater o pé e dizer que não voltava nunca mais. Mas no fundo, ela sabia. No fundo, eu sabia.Ela ia voltar.Ela tinha que voltar.Peguei o celular e encarei a tela, sem desbloquear. O número
Eu estava sendo assombrada.Não por fantasmas, não por espíritos vingativos, nem por nenhuma alma penada.Eu estava sendo assombrada por entregas inesperadas de Carlos Ricci.E — Deus que me perdoe — se eu tivesse um lança-chamas, eu já teria dado um jeito nesse problema.— De novo? — resmunguei, encarando a campainha tocando pela terceira vez naquela manhã.Arrastei os pés até a porta, já me preparando mentalmente para qualquer nova aberração que aparecesse. Respirei fundo e abri, pronta para xingar qualquer infeliz que estivesse lá.O entregador, um rapaz de expressão cansada e camisa amassada, olhou para mim segurando outra m*****a caixa.— Mais uma entrega para a senhorita Adeline Moretti.Fechei os olhos.Eu não precisava perguntar. Eu já sabia.Carlos Ricci.O homem que aparentemente não entendia sinais, nem mesmo quando esses sinais envolviam eu jogar um buquê de rosas da varanda e ignorar cada uma de suas mensagens ou tentativas de falar comigo.— O que é dessa vez? — perguntei
Eu deveria parar.Sério.Se alguém me visse agora, acharia que eu era um psicopata completo.Porque, sinceramente, ficar olhando o perfil do LinkedIn de Adeline Moretti por mais de três minutos sem piscar definitivamente não era um comportamento normal.Fechei o notebook com força e esfreguei o rosto.— Isso tá indo longe demais.Mas antes que meu cérebro absorvesse essa informação, minha mão já estava abrindo o computador de novo .Só pra verificar uma última vez .Só pra ter certeza de que ela ainda não tinha aceitado nenhuma proposta nova .E lá estava. "Disponível para novas oportunidades."Eu deveria estar preocupado com o fato de que eu sabia essa frase de cor .Mas eu não tinha tempo para crises existenciais agora.Eu ainda era o CEO do Grupo Beaumont, mesmo que há pouco tempo, por conta da morte do meu pai, e tinha um bando de velhos chatos esperando para dizer pela milésima vez que eu não sabia o que estava fazendo.Ótimo.Exatamente o tipo de entretenimento que eu preciso pa
O interfone tocou pela quarta vez naquela manhã.Eu estava no meio de um café que finalmente não tinha gosto de ressentimento quando o som irritante interrompeu minha paz.Respirei fundo. Talvez, só talvez, fosse alguma coisa normal. Tipo um erro de correspondência. Ou um entregador na casa errada. Ou…— Entrega para a senhorita Adeline Moretti.Soltei um suspiro lento.O entregador já sabia. A voz dele tinha aquele tom de quem estava preparado para levar patadas, porque claramente eu já era uma lenda nos corredores das entregas indesejadas.— Por acaso essa entrega vem de um certo Carlos Ricci?O silêncio no outro lado da linha foi resposta suficiente.Apoiei a testa na palma da mão e tentei contar até dez antes de responder.Não adiantou.— Volte para a central e diga a eles para avisarem esse babaca que eu não quero mais nada dele.— Senhora, eu só faço entregas…— Ótimo. Então entregue esse recado.Soltei e simplesmente, desliguei. Eu sabia que o coitado do entregador não tinha cu