Capítulo 48 | Adeline

O laboratório estava em silêncio absoluto, exceto pelo som ritmado das teclas sendo pressionadas e pelo zumbido dos equipamentos de monitoramento. Eu estava ali há dias, mergulhada na pesquisa como uma obsessão doentia, tentando encontrar uma solução para um impasse que me fazia sentir como se estivesse batendo contra uma parede de concreto.

O café na minha caneca já estava frio. A pilha de papeis rabiscados ao meu lado só aumentava, e meus olhos ardiam de cansaço. Mas eu não podia parar. Não agora. Não quando eu estava tão perto. Ou ao menos era o que eu queria acreditar.

— Adeline. — A voz de Aston me fez revirar os olhos antes mesmo de olhar para ele.

Eu sabia o que vinha a seguir.

— Você precisa de uma pausa. — Ele cruzou os braços, recostado contra a porta com aquele maldito sorrisinho convencido.

— Eu preciso de uma solução, — corrigi, sem desviar o olhar da tela.

— Você não vai encontrá-la enquanto estiver parecendo um zumbi viciado em cafeína. — Ele se aproximou e, antes que e
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