Eu não conseguia parar de pensar na cena que tinha acabado de presenciar. Quanto mais eu lembrava, mais eu sentia meu sangue ferver. O som das risadas abafadas, o cheiro barato do perfume daquela enfermeira, a expressão irritada do Carlos, como se eu fosse a errada da história e a cara de pau dele de dizer na minha cara que eu estava ficando “velha” e que era por isso, que ele estava me traindo com uma enfermeira que mais parecia uma ninfeta.Meu coração martelava no peito, e minha cabeça latejava. Eu precisava fazer alguma coisa. Eu precisava esquecer e por mais que Clara tivesse dito que viria me buscar, eu não queria falar com ninguém. Não agora.E se existia um jeito infalível de esquecer uma merda de traição e uma demissão no mesmo dia, esse jeito envolvia muito, mas muito álcool, então, me levantei da droga do banco, peguei minhas chaves e dirigi para longe daquela porcaria de hospital.Girei e girei pelas ruas da Itália até finalmente encontrar um bar que fosse desconhecido par
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