Eles se conheceram por acaso, se detestaram à primeira vista, mas vão se unir para conseguirem o que querem. Mas será que duas pessoas que se detestam vão conseguir sustentar um casamento de fachada por um ano? Martim Monterrey é um empresário bem sucedido prestes a se casar com o amor da sua vida, mas no dia do casamento é abandonado no altar e se transforma em um homem amargo e rude e que só pensa em vingança. Por sua vez, Abigail Zapata é uma rica herdeira que precisa se casar para receber a herança do pai, mas o problema é que ela sempre foi apaixonada pelo seu melhor amigo, Emiliano Quintana, que sempre a viu como uma irmã. Numa última tentativa de conquistar o seu amor, Abigail vai morar na mesma cidade que ele e aceita trabalhar em sua empresa. Ela conhece Martim, sócio de Emiliano, e os dois se detestam à primeira vista. Mas Abigail precisa se casar para receber sua herança e Martim se torna a sua única opção. Martim não quer pensar em casamento nunca mais, mas se casar com Abigail pode levá-lo a conseguir sua vingança. No entanto, para conseguirem o que querem eles precisaram ficar casados por um ano, sem que ninguém desconfie que esse casamento não passa de um contrato de conveniência. É a receita para o caos, mas dizem por aí que o ódio e o amor andam de braços dados.
Ler mais“Martim Monterrey”Às quatro da manhã, quando os meus irmãos e o Emiliano finalmente se deram por satisfeitos, nós encerramos a noite. Eu cheguei em casa e estava precisando muito de um banho para tirar de mim aquele cheiro de bebida, cigarros e mulher. Não era um cheiro do qual eu gostasse, eu gostava do cheiro da Abigail.Eu entrei silenciosamente, ela certamente estava dormindo e eu não queria acordá-la. Subi as escadas devagar e tomei um susto quando acendi a luz do meu quarto.- Mas olha que coelhinha atrevida! – Eu falei baixo e apaguei a luz de novo.A Abigail estava deitada em minha cama, dormindo o sono dos justos, usando um pijaminha de algodão, uma bermuda e camiseta que não tinham nada de atraentes a não ser pelo fato de estar em volta dela. O lençol havia escorregado do seu corpo e a camiseta do pijama havia subido até o meio das costas, seus cabelos estavam espalhados sobre os travesseiros e ela estava bem no meio da cama. Ela dormia de bruços, com aquela bundinha arrebi
“Martim Monterrey”A minha paz com a Abigail não durou muito, quando chegamos em casa haviam quatro carros estacionados em frente e eu conhecia cada um deles, eram o Emiliano e meus três irmãos.- O que vocês fazem aqui? – Perguntei ao sair do meu carro, indo abrir a porta para a Abigail. Tudo o que eu não precisava era de intrusos essa noite.- Deixa comigo que eu ajudo a cunhada. – Meu irmão Tomás, o mais novo, um atrevido paquerador que eu não sabia porque as mulheres achavam um charme e se jogavam pra cima dele, veio correndo e pegou a mão da Abigail antes que eu pudesse raciocinar. Eu olhei pra ele de cara feia e ele riu. Era muito atrevimento!- Onde estão seus modos, irmão? – O Ignácio riu e se aproximou. – Nós viemos te buscar para a sua despedida de solteiro.- Ah, não, Ignácio! Sem essa! Além do mais eu só me caso no sábado. – Eu reclamei, mas sabia que seria impossível me livrar disso.- Por isso mesmo. Nossa mãe disse que não quer nenhum de nós cheirando a álcool no seu ca
“Martim Monterrey”Durante o resto da tarde eu não saí mais da minha sala e não era porque eu estava muito atarefado, mas sim porque eu estava pensando nas coisas. As coisas que o Emiliano me disse, o beijo que eu dei na Abigail, a brincadeira dela, dizendo que eu me apaixonaria por ela. Minha cabeça dava voltas e mais voltas. E não ajudava a minha mãe ter me enviado uma mensagem dizendo apenas que a Abigail havia escolhido o vestido.Eu estava confuso, eu já não sabia mais se detestava a Abigail ou se o Emiliano tinha razão e eu tinha me apaixonado por ela. Não, eu não podia me apaixonar por ela, ela era louca pelo Emiliano e eu sabia, se eu me apaixonasse por ela eu ia voltar a sofrer. O melhor seria eu evitar o sofrimento e não voltar a tocar na Abigail. Ou será que o que eu precisava era transar com ela de uma vez para esquecer essa confusão?- Ai, Martim, mas você é especialista em arrumar problema! – Eu esfreguei os meus olhos.Já era hora de encerrar o expediente e eu havia com
“Camila Fernandes”A Letícia era mesmo uma incompetente! Nosso plano estava indo pelo ralo, praticamente um ano inteiro e ela não conseguiu conquistar o chato do Martim. Eu não sabia mais como ajudá-la e agora ainda tinha essa do Martim ter se metido com a desaplaudida da Abigail. E já estavam de casamento marcado! E como se não bastasse, o casal ainda tinha o Emiliano de tiete. A Letícia ia precisar ser mais esperta.A Letícia fez o seu show, mas o Martim estava irredutível. Ele saiu da sala e a Lê foi atrás dele.- Amorzinho, o Martim não pode fazer isso com a Lê. Olha como ele a maltrata. Eu sei que a Abizinha é sua amiga, mas poxa, Emiliano, você sabe que a Lê é apaixonada por ele. – Eu comecei a interceder, precisava trazer o Emiliano para o nosso lado.- Meu amor, olha só, o Martim não gosta da Letícia! Ele está apaixonado pela Abi. Não há nada que se possa fazer. – O Emiliano segurava as minhas mãos em seu peito e eu queria arranhar a cara dele. Como ele ousava me negar algo?-
“Martim Monterrey”Eu achei muito divertido a minha mãe e as minhas irmãs aparecerem no escritório para levar a Abigail para comprar o vestido de noiva. Eu sabia que elas não se conformariam com um vestidinho qualquer e vestiriam a Abigail de noiva, da cabeça aos pés.Eu aproveitei para pegar com o Emiliano o telefone do proprietário da casa da praia e ligar para ele.- Martim, posso perguntar uma coisa? – O Emiliano me encarou depois de me enviar o número de telefone que eu pedi.- Qualquer coisa. – Eu respondi, mas senti um leve incômodo por não poder falar a verdade para o meu amigo. Mas se eu falasse, ele contaria para a Camila e eu não confiava naquela mulher.- Esse seu casamento tão rápido com a Abi, você está mesmo apaixonado por ela, Martim? Ou tem algo a ver com o testamento do pai dela? – A pergunta do meu amigo me pegou desprevenido e eu me remexi na cadeira.- Emiliano, o testamento só me fez adiantar o inevitável. Além do mais, pra quê esperar? – Até aqui eu tinha a resp
“Abigail Zapata”Eu estava olhando para o Martim como se pedisse socorro. Ao meu redor três mulheres Monterrey estavam animadas e ansiosas para comprar um vestido de noiva pra mim, enquanto ele apenas sorria.- Gente, mas eu não preciso de um vestido de noiva, vai ser tudo tão simples. – Eu percebi que precisava melhorar a minha desculpa ou isso poderia parecer uma ofensa. – Eu só quero um vestido branco, assim um pouco abaixo do joelho.- Ah, não, Abi! De jeito nenhum! Noiva tem que se vestir de noiva. – A Natália, a outra irmã do Martim, bateu o Martelo.- E você não vai tirar esse prazer de mim, vai? – A D. Iolanda perguntou com aqueles grandes olhos verdes, quase como se fosse começar a chorar. – É o meu primeiro filho a se casar e com você, que já é como uma filha! Ah, dá essa alegria para o coração de uma mãe.- Mas... – Eu estava perdendo para aquelas três. A D. Iolanda não tinha nada de boba, apelou para o sentimentalismo que eu não conseguia resistir.- Coelhinha... – O Marti
“Abigail Zapata”Eu saí daquela cozinha mais depressa que um raio, subi as escadas correndo e fechei a porta e fiquei encostada ali, esperando o meu coração desacelerar. Mas o que estava acontecendo comigo? Eu detestava o Martim e ele me detestava, não tinha porque nós ficarmos nos beijando assim. Só porque ele era lindo e gostoso não era justificativa pra eu deixá-lo me agarrar desse jeito. Se bem que ele sabia como agarrar uma mulher.Eu nunca fiquei assim, toda afogueada por causa de um homem, ainda mais um que eu não suporto. Eu estava começando a pensar que esse ano que passaríamos casados seria muito longo.Eu reconhecia que ele tinha razão em muitas coisas que ele me disse, uma delas é que eu estava perdendo os melhores anos da minha vida esperando pelo Emiliano. Ah, mas ele não foi o primeiro a me dizer isso, o Tony já tinha me dito e o meu pai não se cansava de repetir a mesma coisa. E agora eu finalmente me dava conta de que meu amor jamais seria correspondido.Mas como se f
“Martim Monterrey”Eu estava em minha cama e não conseguia dormir, fiquei pensando em toda a loucura em que eu me meti. Eu sabia que quando a história do casamento se espalhasse seria uma confusão. Minha mãe adorava a Abigail e estava emocionada pensando que o filho finalmente tivesse deixado para trás a desilusão de ter sido abandonado no altar. Ela mal poderia imaginar a verdade por trás desse casamento.Mas a verdade é que a minha relação com a Abigail estava um pouco melhor. Eu não sabia por quanto tempo nós conseguiríamos não brigar, mas por enquanto os ânimos estavam menos acirrados.O problema é que depois que nós demos aquele showzinho na praia, fingindo que estávamos transando, eu estava meio obcecado por ela. Eu sonhei com ela todas as noites depois daquilo e mesmo quando não estava dormindo eu estava pensando naquilo e no cheiro dela. E aí nós demos uns amassos no sofá da minha casa e agora todas as vezes que eu olhava para aquele sofá eu sentia um calor subindo pela minha
“Abigail Zapata”A D. Yolanda, mãe do Martim, havia me contado tudo sobre a noiva que o abandonou no altar. Eu fiquei chocada com a história. Ela me contou também como o filho ficou arrasado e vendo a cara que ele fez quando eu toquei no assunto, eu percebi que isso era ainda uma ferida aberta. Se ele ainda amava a tal mulher ou não eu não tinha idéia, mas o assunto ainda era espinhoso para ele.Nós conversamos por um bom tempo, estabelecemos todos os pontos importantes. O Martim ficou responsável por resolver o assunto do casamento. Seria um petit comitê e um brinde após a cerimônia, apenas isso. Provavelmente seria feito no próprio cartório. Achei simpático ele se oferecer para preparar isso.- Bom, então é isso, Martim. Tudo está encaminhado. – Eu falei e estava pronta para me levantar.- Quase! Nós vamos precisar ficar uns dias fora. – Ele falou e eu olhei sem entender.- Uns dias fora? Por quê? Pra quê?- Lua de mel, coelhinha! Eu pensei que poderíamos ir pra casa de praia onde o