Emmy Zack nasceu e foi criada na Divisa Guardiã, um bastião sagrado onde mulheres são treinadas para proteger o mundo das criaturas sobrenaturais. Filha de Denise Zack, uma das líderes mais respeitadas da ordem, Emmy sempre esteve destinada a seguir um caminho dentro da Divisa. Mas enquanto suas irmãs já escolheram seus futuros, Emmy sente que seu destino a chama para longe dali — para a Torre de Malac’h, lar das sacerdotisas do Deus dos transmorfos e da Lua. Porém, quando visitantes inesperados chegam à torre, trazendo consigo segredos antigos e uma conexão que Emmy não consegue compreender, seu mundo vira de cabeça para baixo. Cinco lobos da nobre linhagem do Norte, descendentes diretos de Malac’h, parecem conhecer Emmy de um jeito que nem ela mesma entende. E quando seus olhares se cruzam, algo desperta dentro dela — uma força que ela nunca sentiu antes. Mas por que eles estão ali? O que querem com Emmy? E o mais importante… por que ela sente que já os conhece? Enquanto tenta resistir ao chamado de sua magia e às verdades proibidas que começam a emergir, Emmy se vê dividida entre o dever de uma guardiã e um destino que pode mudar tudo o que ela acreditava ser real. Entre segredos, juramentos e olhares que queimam, Emmy terá que decidir: sua lealdade pertence à torre… ou ao Deus da Lua?
Leer másEmmy Zack A viagem foi uma provação. Cada solavanco da carruagem parecia uma lembrança cruel do que me esperava. Não importava o quanto Isaac e Zayn tentassem me acalmar com promessas de tranquilidade — “Será uma chegada suave, Emmy, sem surpresas.” — nada poderia preparar minha mente para o caos silencioso que se erguia dentro de mim. Mas quando a carruagem finalmente desacelerou diante da ponte que levava ao Templo de Malac’h, não havia mais espaço para palavras reconfortantes. Apenas o som dos cascos contra o mármore e o rugido abafado do meu próprio coração. A ponte era uma obra digna dos próprios deuses — longa, imponente, sustentada por arcos colossais que pareciam desafiar as leis da gravidade. Além dela, a cidade sagrada se estendia como uma tapeçaria viva de pedras ancestrais, torres douradas e telhados de âmbar. No centro, como um farol arrogante, a Torre de Malac’h rasgava o céu com sua presença absoluta. Muito maior que a Divisa Guardiã. Muito mais opressora. Isaac me
Alec FieldsO clima entre Zayn e Emmy era denso, carregado como o ar antes de uma tempestade. Observando os dois, quem não os conhecesse veria apenas o jogo provocativo de um jovem impulsivo tentando dominar uma garota relutante. Mas eu conheço Zayn. Conheço o peso que ele carrega nos ombros e a escuridão que ele abraça com gosto.Zayn pode parecer apenas um provocador, mas ele é mais brutal do que qualquer um de nós ousaria ser — mais até do que o próprio Chase, que já foi temido por nossos inimigos e reverenciado pelos nossos. Meu irmão mais novo foi o primeiro a se transformar. Suportou sozinho todas as cerimônias da torre Malac'h. Empunhou espadas antes de todos nós, lutou contra a própria besta... e perdeu. Mas diferente de mim, ele nunca tentou vencê-la. Ele a acolheu. Dançou com ela nas noites de lua cheia, marcando sua pele com os rituais antigos sem anestesia, sem auxílio das sacerdotisas. Cada cicatriz é carregada como um juramento: ele nunca será domesticado.Por
Emmy Zack Acordo totalmente nua, mantas grossas cobrem meu corpo, colado ao de Isaac, ainda sinto seu membro roçando nas minhas pernas.Ao contrário do que esperava, não estou dolorida, fizemos amor mais duas vezes, não deixei Isaac sair da cama, na verdade não sinto vontade de desgrudar dele, já consigo admitir para mim mesma que me apaixonei no minuto em que o vi.E me sinto mais leve depois disso.Observo seu rosto, que parece ter sido desenhado por alguma divindade, e ela demorou e caprichou na obra, desenho seu maxilar com os dedos, sentindo sua respiração bater na minha mão, seus olhos se abrem sonolentos.— Luz dos meus olhos.. — ele sussurra.Meu coração parece que é torcido, em todas as emoções gentis quando ele me chama assim.O quanto alguém tem que ser preciosa para ser tratada com tanto amor e carinho? “Luz dos meus olhos”Me faz gostar mais dele, me faz sentir algo inexplicável, me faz sentir que o pertenço.E eu nunca senti nada melhor.— Meu Isaac.. — Sussurro, receb
Isaac FieldsO calor entre nós é avassalador. Emmy me beija com uma fome crua, quase desesperada, como se seus lábios buscassem respostas para todos os sentimentos que ela guardou por tanto tempo. Seus beijos são úmidos, profundos, famintos. Seus seios nus se movem contra o meu peito, sua pele quente e suave contrasta com a maneira descontrolada que a toco.Minhas mãos tremem ao descerem até a calça. Tento me livrar das roupas, mas ela não me deixa afastar. Seus braços continuam ao meu redor, sua boca não me dá trégua. Há algo em seus movimentos — não apenas desejo, mas entrega, uma coragem trêmula que me desarma.Ela morde meu lábio inferior, depois suga minha língua com doçura, como se quisesse memorizar o sabor. Suas mãos, suaves como o roçar de pétalas, descem pelo meu peito, desenhando caminhos invisíveis até alcançarem meu membro rígido. Ela hesita por um segundo, mas então o envolve com um toque curioso, exploratório, que me faz prender o ar.— Você promete que vai ser gentil?
ISAAC FIELDSsete dias se passaram desde que chegamos a Gron’harver — a cidade esculpida em pedra, construída por mãos colossais, eternamente envolta no sal do mar e na melancolia dos ventos antigos.Apesar da imponência acolhedora, algo paira sobre nós. Uma tensão invisível causada pelos próximos três dias de lua cheia, constante como o som do mar batendo contra os penhascos.Estamos todos tentando fingir normalidade.Zayn afoga seus pensamentos no velho salão de armas, transformando o pó em suor, cada golpe de espada como um grito contido. Alec, por outro lado, se enterrou nos arquivos da biblioteca, virando páginas como quem arranca véus da realidade, buscando respostas para perguntas que nenhum de nós teve coragem de formular.E Emmy...Ela se perdeu entre os livros de Alec. Como se a tinta das páginas pudesse apagar os sussurros na mente. Como se o cheiro de pergaminho antigo pudesse sufocar os próprios pensamentos.Mas ela ainda evita meus olhos.Não sei se é mágoa. Se é medo. O
Emmy ZackO quarto estava em silêncio.Minhas mãos se agarraram aos lençóis, o corpo suado, os músculos tremendo. Ofegante, olhei ao redor, tentando entender onde estava.Era só um sonho.Alec estava ali, ao meu lado, acordado agora, com os olhos arregalados de preocupação.— Emmy… o que está acontecendo? — sua voz era real. Era o Alec de verdade, não a versão feroz e lasciva do meu subconsciente.Levei a mão até o ventre. Doía. Ainda doía.— Você… você estava no meu sonho — sussurrei, evitando seus olhos. A vergonha se infiltrava devagar, um peso nos ombros, um nó na garganta.— Notei… você gritava meu nome — disse ele, num tom baixo, quase hesitante.— Eu estava… — tentei continuar, mas as palavras morreram antes de nascer. Como explicar aquilo? Como dizer que ele estava dentro de mim em um sonho e que parte de mim não sabia se aquilo foi só um sonho.Um som abrupto nos fez sobressaltar.Toques na porta.Secos. Determinados.E então percebi que o pesadelo talvez não tivesse terminad
Alec FieldsObservo Emmy de relance, enquanto ela ajeita a colcha na beirada da cama, os movimentos tensos, quase raivosos. Seu maxilar está travado, e os dedos se agarram ao tecido como se quisessem rasgá-lo. A ordem de Isaac para que ela dormisse no meu quarto claramente não lhe agradou.Ela está furiosa. Mas não comigo. Não ainda.— Ele não quis ofender você. — murmuro, ciente de que minha voz não vai aliviar sua irritação.Ela não responde. Nem me olha. Só continua arrumando tudo como se cada dobra fosse uma válvula de escape para sua frustração.— Ele só… te protegeu, Emmy. Depois de tudo o que aconteceu entre vocês… ele soube que não conseguiria se conter se vocês dividissem o mesmo quarto. Ele escolheu se afastar antes que algo mais acontecesse. Você entende isso, não entende?— Entendo. — ela responde, seca. Mas o som da palavra carrega veneno, como se engolir aquela justificativa fosse doloroso.Silêncio.Ela passa a explorar a pequena estante ao lado da cama, os dedos percor
ISAAC FIELDS“Luz dos meus olhos..Tudo era nela, tudo sobre ela — a figura mais perfeita que ousa tocar meu rosto.Suas mãos estão limpas, pura.Radiante como um sol, queimando a minha pele.Luz dos meus olhos..”Não consigo resistir à forma como Emmy se agarra a mim — há uma urgência crua, quase desesperada, em cada toque seu, como se minha pele fosse o único abrigo em meio ao caos que a consome. Seus olhos me imploram antes que qualquer palavra escape de sua boca. Mas quando ela fala, sua voz vem quebradiça, carregada de desejo e vulnerabilidade.— Por favor… — ela sussurra, quase como uma prece.E eu a atendo. Sempre a atendo.Minha mulher nunca precisará implorar.O mundo ao nosso redor desaparece quando a tenho assim em meus braços. A noite parece conter o fôlego, cúmplice do que está por vir. As cortinas dançam ao som da brisa suave que invade o quarto, carregando consigo o aroma do jasmim do jardim, mesclando-se ao perfume de Emmy, doce e inebriante.Ela sobe o vestido com mão
Emmy ZackMesmo que eu tivesse repetido diversas vezes que aguentaria mais algumas horas a cavalo até a cidade próxima, fui completamente ignorada.Não por um ou dois deles. Mas pelos cinco.A insistência deles era tão irritante quanto reconfortante. Ainda assim, me sentia exausta demais para protestar de verdade. Meu corpo já não suportava a ideia de mais uma noite ao relento, e eles sabiam disso.Quando finalmente chegamos à tal casa em Gron’harver, ergui os olhos para a enorme construção à nossa frente, as luzes douradas tremeluziam através das janelas altas, refletindo-se no mármore esculpido da fachada. O cheiro de madeira e terra úmida era forte, mas não desagradável.Estátuas de lobos flanqueavam a entrada, suas presas esculpidas em detalhes macabros. Os olhos vazios pareciam me seguir na escuridão.— Isso aqui é tipo… a casa de campo de vocês? — perguntei, ainda aninhada no colo de Chase, que se recusava a me soltar.— É, uma delas. A menor. — Ele pontuou, sua voz baixa e rouc