Isaac FieldsO calor entre nós é avassalador. Emmy me beija com uma fome crua, quase desesperada, como se seus lábios buscassem respostas para todos os sentimentos que ela guardou por tanto tempo. Seus beijos são úmidos, profundos, famintos. Seus seios nus se movem contra o meu peito, sua pele quente e suave contrasta com a maneira descontrolada que a toco.Minhas mãos tremem ao descerem até a calça. Tento me livrar das roupas, mas ela não me deixa afastar. Seus braços continuam ao meu redor, sua boca não me dá trégua. Há algo em seus movimentos — não apenas desejo, mas entrega, uma coragem trêmula que me desarma.Ela morde meu lábio inferior, depois suga minha língua com doçura, como se quisesse memorizar o sabor. Suas mãos, suaves como o roçar de pétalas, descem pelo meu peito, desenhando caminhos invisíveis até alcançarem meu membro rígido. Ela hesita por um segundo, mas então o envolve com um toque curioso, exploratório, que me faz prender o ar.— Você promete que vai ser gentil?
Emmy Zack Acordo totalmente nua, mantas grossas cobrem meu corpo, colado ao de Isaac, ainda sinto seu membro roçando nas minhas pernas.Ao contrário do que esperava, não estou dolorida, fizemos amor mais duas vezes, não deixei Isaac sair da cama, na verdade não sinto vontade de desgrudar dele, já consigo admitir para mim mesma que me apaixonei no minuto em que o vi.E me sinto mais leve depois disso.Observo seu rosto, que parece ter sido desenhado por alguma divindade, e ela demorou e caprichou na obra, desenho seu maxilar com os dedos, sentindo sua respiração bater na minha mão, seus olhos se abrem sonolentos.— Luz dos meus olhos.. — ele sussurra.Meu coração parece que é torcido, em todas as emoções gentis quando ele me chama assim.O quanto alguém tem que ser preciosa para ser tratada com tanto amor e carinho? “Luz dos meus olhos”Me faz gostar mais dele, me faz sentir algo inexplicável, me faz sentir que o pertenço.E eu nunca senti nada melhor.— Meu Isaac.. — Sussurro, receb
Alec FieldsO clima entre Zayn e Emmy era denso, carregado como o ar antes de uma tempestade. Observando os dois, quem não os conhecesse veria apenas o jogo provocativo de um jovem impulsivo tentando dominar uma garota relutante. Mas eu conheço Zayn. Conheço o peso que ele carrega nos ombros e a escuridão que ele abraça com gosto.Zayn pode parecer apenas um provocador, mas ele é mais brutal do que qualquer um de nós ousaria ser — mais até do que o próprio Chase, que já foi temido por nossos inimigos e reverenciado pelos nossos. Meu irmão mais novo foi o primeiro a se transformar. Suportou sozinho todas as cerimônias da torre Malac'h. Empunhou espadas antes de todos nós, lutou contra a própria besta... e perdeu. Mas diferente de mim, ele nunca tentou vencê-la. Ele a acolheu. Dançou com ela nas noites de lua cheia, marcando sua pele com os rituais antigos sem anestesia, sem auxílio das sacerdotisas. Cada cicatriz é carregada como um juramento: ele nunca será domesticado.Por
Emmy Zack A viagem foi uma provação. Cada solavanco da carruagem parecia uma lembrança cruel do que me esperava. Não importava o quanto Isaac e Zayn tentassem me acalmar com promessas de tranquilidade — “Será uma chegada suave, Emmy, sem surpresas.” — nada poderia preparar minha mente para o caos silencioso que se erguia dentro de mim. Mas quando a carruagem finalmente desacelerou diante da ponte que levava ao Templo de Malac’h, não havia mais espaço para palavras reconfortantes. Apenas o som dos cascos contra o mármore e o rugido abafado do meu próprio coração. A ponte era uma obra digna dos próprios deuses — longa, imponente, sustentada por arcos colossais que pareciam desafiar as leis da gravidade. Além dela, a cidade sagrada se estendia como uma tapeçaria viva de pedras ancestrais, torres douradas e telhados de âmbar. No centro, como um farol arrogante, a Torre de Malac’h rasgava o céu com sua presença absoluta. Muito maior que a Divisa Guardiã. Muito mais opressora. Isaac me
Emmy Zack Havia algo desconcertante nos olhares que me atravessavam. Eles não apenas me observavam — me despiam. Como se quisessem arrancar meus segredos com os olhos. Tentei manter um sorriso sereno nos lábios, mas ele tremia. Os músicos estavam posicionados discretamente num canto do salão, tão silenciosos até então que me espantei por não tê-los notado. O ar vibrava levemente, como se o espaço entre as paredes aguardasse algo sagrado. — Animem-se — exclamou Triodh’ch, com sua voz rouca e carregada de autoridade — já faz mais de uma década desde que a deusa superior pisou entre nós. Ela ergueu a taça, o líquido cor de sangue refletindo na iluminação de sua aura. Um silêncio pesado caiu sobre o salão. Sentia-me ainda mais pequena, engolida pela imponência daquele momento. Eu não conhecia todas as histórias do continente — não ainda. Ainda não havia chegado nessa parte dos livros que Alec me dera. Estava perdida entre mitos e símbolos, caminhando às cegas entre rituais q
Alec FieldsOs olhos dela, naquela cor, devastavam qualquer lógica em mim. Emmy era uma tempestade silenciosa, e sua energia fluía pelo salão como uma onda invisível que arrancava o fôlego de todos — especialmente o meu. Ela dançava, sem ter a menor noção do quanto sua simples presença era catastrófica para criaturas menores, para almas frágeis. Seu poder escapava como perfume raro, inebriante, e ninguém ali sabia o que fazer com aquilo.Mas ela também não sabia quem era.Cresceu trancada numa torre, vigiada por olhos famintos e mentes paranoicas, todos obcecados em conter o que ela podia ser.Não era justo.Ela ainda era apenas uma menina no corpo de uma mulher, uma menina tentando entender por que o mundo parecia pequeno demais para a energia que nascia dentro dela.E mesmo assim, mesmo sem termos chegado ao ponto central — aquele ponto de ruptura onde tudo se revela ou tudo colapsa — eu já sentia a verdade cutucando meus ossos.Observei os reis de Strindor: sua alteza e a consorte
EMMY ZACKAcordei com um solavanco, caindo da cama com um estrondo surdo contra o chão frio de mármore. Meu coração disparava dentro do peito, e o suor frio escorria pela nuca. Outro pesadelo. Mais um.Madison apareceu no meu campo de visão antes que eu pudesse me recuperar. Seus cabelos dourados estavam soltos, caindo sobre os ombros como uma cortina cintilante sob a luz bruxuleante do abajur. Ela estendeu a mão, a expressão meio divertida, meio exasperada.— Você bebeu chá de hortelã antes de dormir de novo, não foi?Soltou um suspiro enquanto me puxava de volta para cima. Sua força me desequilibrou por um segundo, e eu quase tropecei.— Você sabe o que as guardiãs dizem sobre isso, Emmy.Antes que eu pudesse responder, Sol entrou no quarto, equilibrando um monte de toalhas dobradas no braço. Seu olhar deslizou rapidamente para mim, e ela franziu o cenho.— Pelos deuses menores e maiores, você precisa parar de desobedecer as guardiãs.Ela fechou a porta atrás de si com o quadril e j
EMMY ZACKObservei minha mãe analisando todas nós, Denise Zack parou diante de nós, e seu olhar gelado desceu até a maçã no chão. Com um simples movimento de mão, um feixe de energia se formou ao seu redor, levantando a fruta do mármore e conduzindo-a até sua palma.— Quem fez isso?Madison sequer hesitou.— Jennie. Ela sempre joga coisas na Emmy.Minha mãe lançou um olhar afiado para Jennie, que deu um passo para trás instintivamente. Sem desviar os olhos, mamãe apertou os dedos, e a maçã explodiu em pó entre suas mãos.— Por hora, deixarei isso passar.Seu tom deixava claro que não era uma concessão, e sim um aviso.Ela se virou, seus longos cabelos negros ondulando com o movimento.— Me sigam. Teremos visitantes na Torre. — Suas palavras ecoaram pelo corredor. — E vocês, comportem-se.Seguimos atrás dela, mantendo a postura reta, como nos foi ensinado desde crianças.A época não era comum para visitas. O outono trazia recolhimento. Lobos, vampiros, transmorfos e outras criaturas se