Após ficar viúva de um marido alcoólatra e abusivo, Holly decidiu recomeçar sua vida com seus três filhos pequenos — Trevor, Megan e Ryan. Sem muitas opções, ela se muda para a antiga casa de sua avó, que estava abandonada há anos. Embora precisando de muitos reparos, aquela casa representava uma nova esperança e a chance de reconstruir suas vidas. No entanto, as dificuldades financeiras eram constantes, e o coração de Holly permanecia fechado para qualquer sentimento. Ela carregava o peso da dor e do medo, temendo sofrer novamente e passar por tudo o que viveu no passado. Até que Grady O’neill entrou em sua vida. Um homem gentil, forte e decidido, que despertou sentimentos que Holly julgava enterrados. Determinado a mostrar a ela que o amor é possível mesmo depois da dor, Grady tenta conquistar o coração dessa mulher indomável, provando que uma segunda chance para o amor pode ser a maior redenção de todas. Entre medos, esperanças e um recomeço, eles embarcam em uma jornada emocional que pode curar feridas antigas e transformar suas vidas para sempre. ótima leitura
Ler maisO livro "Uma Mãe Viúva e o Mecânico Sedutor" faz parte de algo maior: "Um Lugar para Recomeçar". Nele, contei a história de Holly, uma mulher forte, mãe de três crianças, tentando construir uma nova vida em um lugar completamente diferente. O medo de se abrir para um novo relacionamento acompanha sua jornada, mas ela prova que coragem e amor próprio podem superar qualquer obstáculo. Este livro foi inspirado na minha própria vida. Assim como Holly, sou mãe solo de duas crianças incríveis, de 8 e 7 anos. Só quem é mãe solteira sabe das dificuldades e desafios que enfrentamos todos os dias, mas também sabe da força e do amor imensurável que nos sustentam. Sempre que releio este livro, me emociono e choro, pois muitas das vivências de Holly refletem a minha realidade. O final dela é diferente do meu, mas ainda assim é um lembrete de que sonhos e esperanças podem nos levar longe. Talvez eu não viva um romance como o de Holly, mas se um dia chegar perto, já será um sonho realizado. Enq
O silêncio na sala era esmagador. Eu podia ouvir meu próprio coração batendo como um tambor enquanto o juiz ajustava os óculos e organizava os papéis à sua frente. Ele olhou para mim e depois para Sheron, mantendo uma expressão neutra.— Senhora Sheron, senhora Simpson — começou o juiz, com a voz calma, mas firme. — Este caso não é apenas sobre finanças ou custódia, mas sobre o bem-estar de uma criança. Durante as últimas audiências e a conversa com as crianças, ficou claro que há um histórico complicado entre as partes. Gostaria de ouvir novamente de vocês dois antes de tomar minha decisão final.Olhei para Sheron, que ajeitou a postura como se estivesse pronta para um discurso.— Meritíssimo — ela começou, sua voz controlada, mas carregada de emoção forçada. — Não há dúvida de que amo minha neta. Meu único desejo é garantir que ela tenha estabilidade financeira e emocional, algo que acredito que a senhora Holly não possa proporcionar. Minha nora tem um histórico de decisões question
O dia finalmente havia chegado. A ansiedade me consumia desde o momento em que acordei. Grady, sempre firme e tranquilo, segurava minha mão enquanto caminhávamos até o tribunal. As crianças estavam conosco, todas vestidas de forma impecável, e Tammy nos acompanhava, pronta para ajudar caso fosse necessário. Sua presença me dava um pouco mais de segurança, embora eu soubesse que o peso daquela audiência ainda estava sobre os meus ombros.Enquanto esperávamos na sala de recepção, o ambiente parecia sufocante. A cada vez que a porta do tribunal se abria e um nome era chamado, meu coração acelerava. Megan estava sentada no colo de Travor, enquanto Rayan mantinha um olhar atento, como se estivesse se preparando para qualquer coisa que viesse. Grady estava ao meu lado, apertando minha mão com força para me tranquilizar.Foi então que a porta se abriu novamente, e a figura imponente de Sheron surgiu no corredor. Ela estava acompanhada de seu advogado, impecavelmente vestido, e exalava confia
Grady, então, tomou a palavra, e sua voz firme e tranquila preencheu a sala.— Quando vocês estiverem com o juiz, não precisam mentir. Quero que falem a verdade, tudo o que sabem, tudo o que vivenciaram — disse ele, olhando para as crianças, que estavam tão quietas e atentas. — Isso inclui o tempo que passaram com o Derick e tudo o que aconteceu depois. O juiz precisa saber exatamente o que ocorreu, porque é isso que vai ajudar a resolver tudo da melhor forma.As crianças, embora tão novas, pareciam entender a seriedade do momento. Seus olhares estavam fixos em Grady, como se estivessem absorvendo cada palavra, e por um breve instante, eles pareciam mais velhos do que realmente eram. Eles assentiram, um de cada vez, como se estivessem assumindo uma responsabilidade imensa.Eu não pude evitar que uma lágrima escorresse pelo meu rosto. Não era só por toda a tensão que estávamos enfrentando, mas também por ver o quanto meus filhos estavam crescendo e assumindo um papel tão importante nes
O som da porta se abrindo foi o primeiro sinal de que as crianças estavam de volta. Não precisei olhar para saber que era Megan, a pequena sempre foi a mais rápida. Ela correu para mim, com aquele sorriso que só ela tinha, e, ao me ver, se jogou nos meus braços.— Mamãe! — Ela gritou, me abraçando forte.Eu sorri, aliviada ao sentir o calor do abraço dela, a sensação de normalidade retornando, mesmo que tudo ao nosso redor estivesse desmoronando.Enquanto isso, os meninos correram para Grady. Ele, sempre tão gentil com eles, os abraçou com a mesma intensidade que me abraçou. Eu podia ver o quanto ele os amava, e a forma como eles o viam como uma figura paterna. Aquela cena me trouxe um conforto imenso.Mas o peso da situação ainda estava ali. Eu respirei fundo, me afastando um pouco dos abraços calorosos das crianças, e falei, tentando manter a firmeza que sabia que precisaria:— Crianças, precisamos conversar... Na sala. — Minha voz era suave, mas firme.Grady, sempre ao meu lado, pe
Ao chegar em casa, tirei os sapatos na entrada e senti o alívio imediato ao tocar o chão frio com os pés descalços. Grady se sentou no sofá da sala, passando a mão na nuca, visivelmente cansado.— Vou preparar um café. Quer uma xícara? — perguntei, enquanto caminhava em direção à cozinha, tentando parecer mais tranquila do que realmente estava.— Quero sim. — A voz dele era firme, mas eu percebia o cansaço misturado à preocupação em seu tom.Acendi o fogão e coloquei a chaleira para esquentar. Enquanto esperava a água ferver, meus pensamentos vagavam. A imagem de Sheron no tribunal, com aquele ar de superioridade, não saía da minha cabeça. Me apoiei no balcão, sentindo o peso da situação.Grady apareceu na cozinha, encostando-se à porta.— Você está bem?Olhei para ele por cima do ombro e forcei um sorriso.— Não sei... Fico pensando se estamos fazendo o certo. Levar as crianças ao tribunal... será que é mesmo a melhor decisão?Ele se aproximou, cruzando os braços enquanto se encostav
O ambiente do tribunal estava tenso, com um silêncio que parecia gritar. Meu coração estava acelerado enquanto caminhávamos até nossos assentos, com Grady ao meu lado e o nosso advogado liderando o caminho.Sheron já estava lá, sentada de forma confiante, com aquele olhar de superioridade que me deixava inquieta. Seu advogado, um homem impecavelmente vestido e claramente experiente, mantinha uma postura firme, parecendo pronto para atacar.Quando nossos olhares se cruzaram, senti o desprezo evidente nos olhos dela, mas não deixei transparecer nenhuma fraqueza. Pelo menos, tentei.Grady colocou a mão nas minhas costas, num gesto de apoio. Sussurrou baixo:— Estamos juntos nisso, Holly. Não se esqueça disso.Assenti, apertando minha bolsa com força.O juiz entrou na sala, e todos se levantaram. Ele era um homem mais velho, com uma expressão neutra e firme. Quando nos sentamos novamente, o julgamento começou.O advogado de Sheron foi o primeiro a falar. Ele se levantou com confiança e co
As últimas semanas haviam sido intensas. Grady e eu estávamos tentando voltar à nossa rotina após o acidente. Ele ainda sentia dores de cabeça, mas os médicos garantiram que era normal e que passaria com o tempo. Observávamos as crianças brincando no quintal. Os risos delas eram como música, ajudando a silenciar os pensamentos turbulentos que ainda insistiam em rondar minha mente.Grady segurava minha mão, e por um momento tudo parecia tranquilo. Mas o som de um motor se aproximando quebrou a serenidade. Um carro preto de vidros fumê estacionou em frente à nossa casa, e um calafrio percorreu minha espinha. Grady apertou minha mão, notando minha tensão.— Quem será? — ele murmurou, sua voz carregada de alerta.Antes que eu pudesse responder, a porta do carro se abriu, e um homem alto e bem vestido desceu com passos firmes. Ele segurava um envelope pardo em suas mãos e parecia saber exatamente o que estava fazendo.— Boa tarde! — disse ele com formalidade, parando a poucos metros de ond
— Seu marido é o quê? Mecânico? — Sheron perguntou, com um sorriso irônico se formando nos lábios finos. — Uma profissão que mal consegue colocar comida na mesa.Eu fiquei boquiaberta, incapaz de acreditar no nível de desprezo que essa mulher tinha.— Como você sabe tanto da minha vida? — perguntei, com o tom afiado.Sheron ajeitou o coque impecável e sorriu com uma calma que me irritou profundamente.— Eu tenho as minhas fontes, querida. Não se engane, eu sempre sei o que preciso saber.Antes que eu pudesse respondê-la, Liz entrou na sala ofegante, a expressão dela cheia de preocupação.— Holly! — ela chamou, com a voz trêmula e acelerada. — Ligaram do hospital...Meu coração parou.— Do hospital? — perguntei, sentindo as pernas ficarem fracas.— É o Erick e o Grady — Liz continuou, tentando recuperar o fôlego. — Eles sofreram um acidente de carro... Estão internados!As palavras dela ecoaram na minha mente, e senti o chão sumir sob meus pés.— Meu Deus... — foi tudo o que consegui d