Uma Esposa para o Médico Após uma série de decepções e desafios, Vitória busca um novo começo em Florianópolis ao lado de seu filho pequeno, Carlinhos. Determinada a construir uma vida digna e cheia de amor, ela se vê diante de uma oportunidade ao responder a um anúncio de emprego para uma clínica médica. Mal sabe ela que o médico que irá entrevistá-la, o Dr. Olavo, é um homem igualmente marcado por perdas e desilusões, buscando uma vida completa, e um verdadeiro amor. Quando os caminhos de Vitória e Olavo se cruzam, há mais do que apenas uma entrevista em jogo. O charme simples e a coragem de Vitória despertam em Olavo um desejo esquecido de recomeçar, enquanto a espera e a paciência dele fazem Vitória imaginar que o amor verdadeiro pode, sim, existir para ela. Mas entre o passado que ainda assombra Olavo e os segredos que Vitória esconde, ambos precisarão enfrentar velhos medos e abrir o coração para um sentimento novo e inesperado. Será que Vitória poderá ser mais do que uma secretária para o médico? E será que Olavo finalmente encontrará, nos braços dessa nova mulher, o lar e o amor que sempre buscou? "Uma Esposa para o Médico" é uma jornada emocionante sobre recomeços, cura e a descoberta do amor que ninguém esperava.
Ler maisA noite foi fria e silenciosa quando Vitória, com o coração pesado, terminou de escrever a carta para Olavo. Suas mãos tremiam enquanto dobrava o papel cuidadosamente, deixando-o sobre a escrivaninha do quarto. Ela sabia que ele jamais permitiria que ela ficasse sozinha, mas não poderia arriscar a vida de Carlinhos.Respirou fundo e pegou sua bolsa. Seu corpo foi tomado pelo medo, mas sua mente foi decidida. Saiu da casa com passos silenciosos, certificando-se de que ninguém a visse. A rua estava vazia, apenas o som distante do vento balançando as árvores preenchia o silêncio aterrorizante.Seu celular vibra. Uma nova mensagem.Lucian: Boa garota. Entre no carro preto estacionado na esquina. E lembre-se: se tentar alguma gracinha, eu não garanto que o menino continue respirando.Vitória sentiu um arrepio e percorreu sua espinha. Ela engoliu seco e caminhou até o carro indicado. Quando abriu a porta e entrou, encontrou Milene no banco do passageiro, com um sorriso vitorioso no rosto.M
Foram semanas de planejamento, cada detalhe pensado com frieza. Lucian e Milene finalmente elaboraram o plano perfeito. Nada poderia dar errado dessa vez.A estratégia foi simples, mas eficiente: novas pessoas começaram a trabalhar na escola de Carlinhos. Professores e funcionários temporários, rostos desconhecidos, infiltrados para facilitar a entrega sem levantar suspeitas. Era por meio deles que Lucian e Milene conseguiam o que tanto desejavam.E o plano funcionou.Naquele dia, o sol brilhava forte no céu. Carlinhos estava animado para voltar para casa e contar para Olavo e Vitória sobre um desenho que fez na aula. Ele nem imaginava o perigo que o esperava.Quando o sinal tocou e as crianças começaram a sair, um dos “novos funcionários” da escola se mudou com um sorriso amigável.Homem desconhecido: Oi, Carlinhos, tudo bem? Sua mãe pediu para você levar até ela. Aconteceu um probleminha, mas não precisa se preocupar, está tudo bem.Carlinhos franziu a testa, desconfiado.Carlinhos:
Os dias foram intensos para Olavo, Vitória, Eduardo e Karina. Desde que começaram a trabalhar juntos na clínica temporária, o ritmo era acelerado, mas recompensador. Todos estavam unidos, ajudando o negócio da família a crescer e se preparar para a grande mudança quando a nova clínica ficasse pronta.Karina havia deixado seu trabalho na escola para se dedicar totalmente à clínica. Com sua experiência e dedicação, ajudava a organizar tudo, enquanto Eduardo conciliava os atendimentos com a administração. Vitória, sempre atenta e cuidadosa, mantinha tudo em ordem, garantindo que Olavo tivesse o suporte necessário para liderar a equipe.Naquela tarde, após um longo expediente, eles se reuniram na pequena sala de descanso da clínica. O cheiro do café recém-passado tomava conta do ambiente, e Olavo, sentado ao lado de Vitória, observava a movimentação ao redor com um sorriso satisfeito.Olavo: Ver todos nós trabalhando juntos… Isso me deixa orgulhoso. Logo teremos a nova clínica pronta, e e
A noite estava tranquila na casa de Eduardo e Karina. Depois de um longo dia de trabalho, eles finalmente puderam relaxar um pouco. Mas, apesar do ambiente aconchegante, o peso das últimas semanas ainda pairava sobre eles.Enquanto Karina terminava de preparar o jantar na cozinha, Eduardo estava sentado no sofá, pensativo. Ele suspirou fundo, passando as mãos pelo rosto, quando sua esposa se aproximou e se sentou ao seu lado.Karina: (pegando na mão dele) No que está pensando?Eduardo: (suspirando) Em tudo o que está acontecendo… Vitória e meu pai estão vivendo com medo por causa desse desgraçado do Lucian. Eu só queria que ele fosse preso logo para que a gente pudesse viver em paz.Karina assentiu, compartilhando do mesmo desejo.Karina: Eu também… Não aguento mais ver todo mundo com medo, sem saber o que pode acontecer a qualquer momento.Eduardo: (segurando a mão dela com mais força) Mas ele não vai ganhar, Karina. Eu prometo. Nossa família vai ficar bem.Ela sorriu suavemente, bus
Lucian caminhava pelas ruas movimentadas, rindo sozinho. O encontro com a Vitória foi melhor do que ele esperava. Ver o desespero nos olhos dela, o medo tomando conta de cada movimento… aquilo o divertia.Lucian: (murmurando para si mesmo, com um sorriso cruel) Logo, logo, Vitória… logo você vai ser minha de novo. Você pode correr, pode gritar, mas eu sempre vou estar por perto…Ele ajeitou o capuz do casaco e andou rapidamente para fugir da área antes que a polícia chegasse. Não seria esperto da parte dele ficar ali e correr o risco de ser preso. Não quando estava tão perto do que queria.Minutos depois, as viaturas da polícia chegaram ao local, sirenes piscando, iluminando o estacionamento com luzes vermelhas e azuis. Os agentes saíram dos carros em alerta, com armas engatilhadas, mas não havia mais ninguém ali.O investigador Manoel desceu do carro irritado, olhando ao redor.Manoel: (bufando) Droga! Ele já sumiu.Os agentes foram a vasculhar a área, mas tudo o que retornou foram m
Fazia uma semana que Vitória e Olavo se casaram. A rotina estava, aos poucos, voltando ao normal ou quase. Olavo tinha um espaço temporário para atender seus pacientes enquanto a nova clínica não estava pronta. Ele não queria deixar ninguém desassistido, e seu compromisso com a profissão falava mais alto.Vitória, por outro lado, estava começando a se sentir um pouco mais tranquila. Os telefonemas anônimos tinham cessado, e ela tentou acreditar que Lucian tinha sumido, talvez fugido, talvez desistido. Mas, no fundo, a angústia ainda estava ali, enraizada no peito. Ele ainda estava solto, e a polícia ainda não havia capturado.Naquela manhã, ao ver as roupas de Carlinhos, descobriu que ele tinha crescido tanto que quase nada mais servia. Os tênis estavam apertados, os casacos curtos. Ele precisava de roupas novas, e como ninguém estava disponível para ir com ela, Vitória decidiu que iria sozinha.Ela se vestiu rapidamente e chegou às compras. Caminhou pelas lojas, pegou as roupas e sap
O sol ainda mal havia nascido quando Vitória e Karina chegaram ao salão de beleza. O grande dia havia chegado. Vitória sentiu o coração pulsar forte no peito, uma mistura de ansiedade e felicidade.Enquanto os cabeleireiros e maquiadores trabalhavam, Karina segurou a mão da amiga, ela estava tão feliz pelo casamento da amiga.Karina: Estou tão feliz por você, amiga. Você e Olavo merecem esse momento. Depois de tudo, finalmente chegou o grande dia.Vitória transmitiu, sentindo a emoção transbordar.Vitória: Nem acredito que está acontecendo, Karina. Parece um sonho.Karina, então, respirou fundo e olhou para a amiga com um brilho especial no olhar.Karina: Eu tenho uma surpresa para você… Mas não quero que ninguém mais saiba ainda. Eu estou grávida, Vitória.Os olhos de Vitória se encheram de lágrimas.Vitória: Karina! Meu Deus! Estou tão feliz por vocês!Ela a abraçou forte, compartilhando aquele momento mágico.Karina: Mas hoje não é sobre mim. Hoje é o seu dia, amiga. E vai ser perf
O sol da manhã mal havia nascido quando Olavo chegou ao local onde, até a noite anterior, ficava sua clínica. O cheiro de queimado ainda impregnava o ar, e as cinzas cobriam o chão como uma lembrança cruel da destruição. Os bombeiros tinham controlado as chamas, mas não havia muito o que salvar.Vitória estava ao lado dele, segurando sua mão com força, sentindo o impacto daquele momento. Eduardo e Karina também tinham ido até lá para dar apoio, e os funcionários da clínica se reuniam ao redor, todos incrédulos com o que havia acontecido.Olavo: Ela realmente conseguiu...— sua voz era fria, controlada, mas a raiva ardia em seus olhos.Um dos bombeiros se aproximou, tirando o capacete.Bombeiro: Senhor Olavo, a estrutura foi comprometida. A clínica inteira está condenada. No entanto, conseguimos salvar alguns equipamentos do setor administrativo e do laboratório.Olavo respirou fundo, processando as informações. Ele olhou ao redor, vendo os destroços do que antes era o seu orgulho, o se
Depois de dias tranquilos na fazenda, era hora de retornar à rotina na cidade. O Vitória, no entanto, não estava pronta para voltar à mesma rotina de antes. A sensação de estar trancado em casa, sem trabalhar ou se sentir útil, começava a pesar em seu coração. Ela sentia falta da clínica, do movimento, e, principalmente, de dividir o dia a dia com Olavo de uma forma mais ativa.Na sala de estar, enquanto Carlinhos brincava com seus novos carrinhos no tapete, Vitória se sentou ao lado de Olavo no sofá, determinada a conversar sobre o assunto.Vitória: Olavo, eu não aguento mais ficar em casa. Quero voltar para a clínica, trabalhar com você. Olavo (imediatamente preocupado): Vitória, você sabe que eu quero o melhor para você e para o Carlinhos. Não me sinto seguro com você fora de casa agora, sabendo que Lucian pode estar à espera. Vitória: Eu entendo seu medo, Olavo, mas ficar parada não vai me proteger. Pelo contrário, me faz sentir mais vulnerável. Na clínica, eu posso estar ao seu