Olavo chegou em casa completamente confuso. Os sentimentos que Vitória despertava apenas aumentavam a cada dia. O simples ato de vê-la ou ouvir sua voz fazia seu coração acelerar. Ele sentiu algo que não sentia há muito tempo: um fogo intenso que queimava dentro de si, uma vontade incontrolável de estar perto dela, de tocá-la, de beijá-la novamente. Ele tentou se distrair com outras coisas, mas sua mente sempre voltava para ela. As memórias do beijo roubado e do sorriso dela o perseguiam até mesmo nos sonhos. Olavo sabia que não era certo; Vitória era muito mais jovem, e ele era o chefe dela. Mas quanto mais tentava racionalizar, sentia que o desejo estava vencendo essa batalha. Os dias passaram, e Olavo percebeu que os olhares entre ele e Vitória ficaram mais intensos. Toda vez que cruzavam no corredor ou dividiam o mesmo espaço, era impossível ignorar a tensão. Certo dia, na hora do intervalo, Olavo foi até a cozinha da clínica preparar um café. Enquanto colocava o açúcar na xícar
As horas passaram rapidamente enquanto Olavo permanecia ao lado de Vitória, com a mesma calma e serenidade que transmite desde o início. Ele sabia que ela estava em um turbilhão emocional, com medo pela saúde de Carlinhos, e estava decidido a não deixá-la sozinha naquele momento. No hospital, ele se manteve firme, nunca deixando de olhar para ela com um carinho silencioso. Quando viu que ela estava se descontrolando de nervoso, ele não hesitou. Com um gesto suave, ele a abraçou, envolveu seus braços ao redor dela, e a trouxe para seu colo, como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo. Ele aconchegou-se contra seu peito, sussurrando palavras tranquilizadoras, tentando apaziguar o medo que ela sentisse. O tempo parece fluir mais devagar ali, no ambiente da sala de espera, onde a tensão de um possível diagnóstico pairava no ar. Olavo, com paciência, a ajudava a respirar fundo, seu toque reconfortante, como um abrigo seguro. Ela podia sentir o calor dele, o quanto ele estava presente
O sol da manhã ainda não tinha surgido completamente, mas a luz suave e dourada do amanhecer já começava a invadir o quarto. O som da chuva havia diminuído, transformando-se em leves respingos, e o ar estava fresco e tranquilo. Olavo abriu os olhos lentamente, ainda sentindo o calor do corpo de Vitória junto ao seu. A lembrança da noite passada trouxe um sorriso suave ao seu rosto. Ele se virou para vê-la, e ela ainda dormia, com uma expressão serena, uma respiração tranquila. Olavo passou a mão pelos cabelos, tomando uma decisão. Ele precisava ir para casa se arrumar e se preparar para o trabalho, mas não queria partir sem antes dar um último olhar para Vitória, para garantir que ela estava bem. Com um carinho silencioso, ele a despertou com um leve beijo na testa, sentindo o calor da pele dela. Olavo: (em um tom baixo e gentil) Vitória... é hora de acordar, querida. Eu preciso ir para casa, me arrumar para o trabalho. Ela abriu os olhos devagar, o brilho de uma noite de descanso a
Milene estava sentada em seu carro, estacionada do outro lado da rua, com os olhos fixos na entrada da clínica. A raiva queimava em seu peito enquanto observava Olavo sair, sua expressão leve, algo que ela não via há meses. Ele parecia feliz, e aquilo a deixava ainda mais furiosa. Desde que o conheceu, Milene sempre o quis para si, mas a frieza com que ele tratava suas investidas só aumentava sua obsessão. Agora, havia outra mulher. Ela tinha certeza disso. Dias observando discretamente os movimentos que ele levou à clínica. Era ali que Olavo passava mais tempo, e Milene não demorou a perceber que a mulher com quem ele estava envolvido trabalhava no mesmo lugar. Sua mente fervia com planos e teorias, todos alimentados pelo ciúme que a consome. Quando Vitória saiu para tomar um café no final da manhã, Milene que já estava seguindo Vitória e Olavo a seguiu. Ela a seguiu até a cafeteria na esquina e, sem pensar, abordou-a. Milene: Você é Vitória, não é? Vitória: Sim, sou eu. Quem é v
Olavo caminhava lentamente pelo corredor em direção a Vitória. Ele podia ouvir o som da cabeça dela trabalhando, envolta em uma toalha, seus cabelos ainda úmidos e caídos sobre os ombros, ele ficou paralisado por um instante. Vitória o olhou surpresa, mas antes que pudesse dizer algo, Olavo acabou com a distância entre eles e a envolveu em seus braços. Ele a puxou para perto, sentindo o calor de sua pele contra a dele, e a beijou com intensidade. Foi um beijo profundo e apaixonado, como se todo o universo estivesse parado naquele momento. Seus lábios se encontraram com fome e delicadeza ao mesmo tempo, enquanto o mundo ao redor desaparece. O toque de Olavo era firme, mas cheio de ternura, e seus dedos subiram para afastar uma mecha de cabelo do rosto de Vitória. Olavo: Eu gosto muito de você, Vitória. Mais do que consigo explicar. Não consigo mais ficar longe de você. Quando estou ao seu lado, tudo faz sentido. Você e o Carlinhos… vocês me completam de uma forma que eu nunca achei po
Os dias passaram, e Eduardo não conseguiu tirar Karina da cabeça. Desde o primeiro momento em que a viu, algo havia mudado. Ela era diferente de todas as mulheres que já conheceu. Não era apenas a beleza que o encantava, mas também a força com que ela encarava a vida como mãe solo, dedicando-se ao pequeno José e ao trabalho na escola.Sempre que podia, Eduardo dava um jeito de passar pela escola onde ela trabalhava. Às vezes, levava um lanche para os professores, outras vezes dizia que estava apenas "de passagem". Mas a verdade era uma só: ele queria vê-la, nem que fosse de longe.Eduardo: (pensando) Ela é incrível... Não consigo parar de pensar nela. Eu preciso fazer ela me dar uma chance.Depois de muita insistência e de recorrer a uma amiga de Karina da escola, Eduardo conseguiu o número de Karina. A partir daquele dia, ele passou a mandar mensagens regularmente. No início, eram simples:Eduardo: Bom dia, Karina. Espero que tenha uma ótima aula hoje.Eduardo: Como você e o José estã
Era um dia comum no hospital onde Eduardo trabalhava, e ele saiu do turno da tarde quando ouviu uma voz familiar chamá-lo. Ao se virar, viu Milene, sua tia, alguém com quem não falava há anos. Eduardo: (confuso) Tia Milene? O que está fazendo aqui? Nossa, a quantos anos não te vejo. Ela olhou para o sobrinho, com um olhar determinado e quase frio. Milene: Eduardo, precisamos conversar. E não quero rodeios. Ele franziu o cenho, surpreso com a abordagem direta. Milene nunca teve preocupação em manter contato com ele desde a morte de sua mãe, a irmã de Milene. Eduardo: Faz anos que você não me procura, e agora aparece assim do nada? O que você quer? Milene cruzou os braços, desviando o olhar por um momento antes de voltar a encará-lo. Milene: Não me faça perguntas desnecessárias, garoto. Estou aqui por um motivo. Seu pai, Olavo... ele está namorando uma mulher qualquer, uma funcionária da clínica dele. Isso é ridículo, humilhante! Eduardo deu um passo para trás, uma indignação cre
Vitória estava arrumando uma pequena mala com tudo o que ela e Carlinhos precisam para o final de semana na casa de Olavo. O menino corria animado pelo quarto, falando sem parar sobre como seria incrível nadar na piscina e conhecer a casa do "tio Olavo". Carlinhos: Mamãe, será que o tio Olavo terá brinquedos legais lá? E será que ele vai brincar comigo na piscina? Vitória sorriu, dobrando a última peça de roupa. Vitória: Tenho certeza de que ele vai, meu amor. Agora ajude a mamãe a pegar seus chinelos. Enquanto isso, Olavo não ligou para Eduardo, seu filho, confirmando os planos para o fim de semana. Olavo: Eduardo, quero te pedir uma coisa. Passe o final de semana aqui em casa. Tenho algo importante para conversar com você e alguém que quero que conheça." Do outro lado da linha, Eduardo hesitou por um momento, mas respondeu com entusiasmo. Eduardo: Claro, pai! Vou sim. Aliás, tem algo que eu também quero te contar. Vou levar alguém comigo... minha namorada. Quero que você a con