Lucian esteve em um dos momentos mais sombrios de sua vida. Ele se encontrava preso em uma situação que parecia impossível de resolver, resultado de anos de escolhas egoístas e impulsivas.Desde que perdeu o emprego na faculdade, as coisas nunca mais foram as mesmas. Namorar alunas havia sido seu grande erro, e quando isso veio à tona, sua reputação foi manchada. Demitido e com dificuldade para conseguir novos empregos em sua área, ele passou meses vivendo com frustrações crescentes.Finalmente, uma vaga em São Paulo surgiu, mas a mudança foi um golpe para sua esposa, que um dia foi uma de suas alunas. Acostumada com o padrão de vida elevado, ela odiou o rebaixamento de status e nunca deixou de lembrá-lo disso. À medida que as brigas aumentavam, se tornavam mais frequentes e intensas, mas mesmo assim, Lucian não abandonava suas escapadas. Continuava traindo a esposa, buscando algum problema na confusão que sua vida havia se tornado.No entanto, um pensamento sempre o assombrava: Vitór
Vitória chegou mais cedo, como de costume, determinou o encerramento da organização da sala de relatórios e fichas médicas. Era um trabalho que ninguém lhe havia pedido, mas ela sabia o quanto era importante ter tudo em ordem.Vitória: Só mais essa caixa e eu termino tudo hoje.Ela segurou uma cadeira para alcançar uma das caixas mais altas, mas percebeu que ainda não era suficiente. Então, sem pensar muito, subi na cadeira e apoiou o joelho na mesa, esticando-se para pegar a caixa.Vitória: Só mais um pouquinho...Foi quando a cadeira escorregou. O mundo pareceu desacelerar enquanto ela sentia o desequilíbrio e fechava os olhos, esperando o impacto.Olavo : Cuidado!De repente, ela sentiu braços fortes a segurar no ar. Abriu os olhos assustados e deu um gritinho. Quando viu quem a segurava, seu coração disparou.Vitória: Doutor... Olavo?Ele a colocou no chão com cuidado, mas o olhar preocupado e a expressão séria não passaram despercebidos.Olavo : Você está bem? Não se machucou?
Durante o estágio obrigatório da faculdade de medicina , Eduardo foi nomeado para atender crianças numa escola pública de um bairro carente. Assim que chegou, sentiu-se tocado pelas condições simples do local, mas o que realmente prendeu sua atenção foi a professora dos pequenos.Ela era exatamente o tipo de mulher que ele sempre sonhou em conhecer. Mais velha, com um sorriso encantador e uma paixão evidente pelo que fazia. Seu carinho com as crianças e o brilho nos olhos enquanto ensinava eram inspiradores. Eduardo ficou surpreso e, durante uma pausa para o almoço, resolveu tentar puxar conversa com ela.Eduardo: Oi, professora... Eu não posso deixar de notar o quanto você é dedicada. E, se me permite dizer, você tem um sorriso lindo.Ela, sério, olhou para ele por um instante antes de responder: Professora: Olha, se você está querendo brincar com os sentimentos de alguém, procure outra pessoa, tá bom?Eduardo ficou surpreso, mas não desanimou. Eduardo: Não, você está enganada. Eu
Olavo chegou em casa completamente confuso. Os sentimentos que Vitória despertava apenas aumentavam a cada dia. O simples ato de vê-la ou ouvir sua voz fazia seu coração acelerar. Ele sentiu algo que não sentia há muito tempo: um fogo intenso que queimava dentro de si, uma vontade incontrolável de estar perto dela, de tocá-la, de beijá-la novamente. Ele tentou se distrair com outras coisas, mas sua mente sempre voltava para ela. As memórias do beijo roubado e do sorriso dela o perseguiam até mesmo nos sonhos. Olavo sabia que não era certo; Vitória era muito mais jovem, e ele era o chefe dela. Mas quanto mais tentava racionalizar, sentia que o desejo estava vencendo essa batalha. Os dias passaram, e Olavo percebeu que os olhares entre ele e Vitória ficaram mais intensos. Toda vez que cruzavam no corredor ou dividiam o mesmo espaço, era impossível ignorar a tensão. Certo dia, na hora do intervalo, Olavo foi até a cozinha da clínica preparar um café. Enquanto colocava o açúcar na xícar
As horas passaram rapidamente enquanto Olavo permanecia ao lado de Vitória, com a mesma calma e serenidade que transmite desde o início. Ele sabia que ela estava em um turbilhão emocional, com medo pela saúde de Carlinhos, e estava decidido a não deixá-la sozinha naquele momento. No hospital, ele se manteve firme, nunca deixando de olhar para ela com um carinho silencioso. Quando viu que ela estava se descontrolando de nervoso, ele não hesitou. Com um gesto suave, ele a abraçou, envolveu seus braços ao redor dela, e a trouxe para seu colo, como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo. Ele aconchegou-se contra seu peito, sussurrando palavras tranquilizadoras, tentando apaziguar o medo que ela sentisse. O tempo parece fluir mais devagar ali, no ambiente da sala de espera, onde a tensão de um possível diagnóstico pairava no ar. Olavo, com paciência, a ajudava a respirar fundo, seu toque reconfortante, como um abrigo seguro. Ela podia sentir o calor dele, o quanto ele estava presente
O sol da manhã ainda não tinha surgido completamente, mas a luz suave e dourada do amanhecer já começava a invadir o quarto. O som da chuva havia diminuído, transformando-se em leves respingos, e o ar estava fresco e tranquilo. Olavo abriu os olhos lentamente, ainda sentindo o calor do corpo de Vitória junto ao seu. A lembrança da noite passada trouxe um sorriso suave ao seu rosto. Ele se virou para vê-la, e ela ainda dormia, com uma expressão serena, uma respiração tranquila. Olavo passou a mão pelos cabelos, tomando uma decisão. Ele precisava ir para casa se arrumar e se preparar para o trabalho, mas não queria partir sem antes dar um último olhar para Vitória, para garantir que ela estava bem. Com um carinho silencioso, ele a despertou com um leve beijo na testa, sentindo o calor da pele dela. Olavo: (em um tom baixo e gentil) Vitória... é hora de acordar, querida. Eu preciso ir para casa, me arrumar para o trabalho. Ela abriu os olhos devagar, o brilho de uma noite de descanso a
Milene estava sentada em seu carro, estacionada do outro lado da rua, com os olhos fixos na entrada da clínica. A raiva queimava em seu peito enquanto observava Olavo sair, sua expressão leve, algo que ela não via há meses. Ele parecia feliz, e aquilo a deixava ainda mais furiosa. Desde que o conheceu, Milene sempre o quis para si, mas a frieza com que ele tratava suas investidas só aumentava sua obsessão. Agora, havia outra mulher. Ela tinha certeza disso. Dias observando discretamente os movimentos que ele levou à clínica. Era ali que Olavo passava mais tempo, e Milene não demorou a perceber que a mulher com quem ele estava envolvido trabalhava no mesmo lugar. Sua mente fervia com planos e teorias, todos alimentados pelo ciúme que a consome. Quando Vitória saiu para tomar um café no final da manhã, Milene que já estava seguindo Vitória e Olavo a seguiu. Ela a seguiu até a cafeteria na esquina e, sem pensar, abordou-a. Milene: Você é Vitória, não é? Vitória: Sim, sou eu. Quem é v
Olavo caminhava lentamente pelo corredor em direção a Vitória. Ele podia ouvir o som da cabeça dela trabalhando, envolta em uma toalha, seus cabelos ainda úmidos e caídos sobre os ombros, ele ficou paralisado por um instante. Vitória o olhou surpresa, mas antes que pudesse dizer algo, Olavo acabou com a distância entre eles e a envolveu em seus braços. Ele a puxou para perto, sentindo o calor de sua pele contra a dele, e a beijou com intensidade. Foi um beijo profundo e apaixonado, como se todo o universo estivesse parado naquele momento. Seus lábios se encontraram com fome e delicadeza ao mesmo tempo, enquanto o mundo ao redor desaparece. O toque de Olavo era firme, mas cheio de ternura, e seus dedos subiram para afastar uma mecha de cabelo do rosto de Vitória. Olavo: Eu gosto muito de você, Vitória. Mais do que consigo explicar. Não consigo mais ficar longe de você. Quando estou ao seu lado, tudo faz sentido. Você e o Carlinhos… vocês me completam de uma forma que eu nunca achei po