O que você faria se, após uma noite de amor, sua primeira noite de amor, o homem a quem você se entregou desaparecesse e, algum tempo depois, você descobrisse que está grávida? Claire Dawnson se viu nesta situação, com pais extremamente conservadores, sem nenhuma experiência e buscando uma única noite de diversão, Claire se entrega a um homem misterioso de quem ela sabe apenas uma coisa, o nome. Alexander foi o melhor amante que ela poderia ter, mas, no dia seguinte, ele já havia partido e, alguns dias depois, ela descobriu a gravidez. Sem suporte algum, pois seus pais a expulsam de casa, Claire conta com apenas uma pessoa, sua melhor amiga, Sarah. Cinco anos depois, agora uma renomada arquiteta e mãe amorosa de Theo, Claire é contratada por uma empresa muito poderosa e famosa do ramo de construções, a Blacke Enterprise. No entanto, no dia em que ela tem a primeira reunião com o poderoso CEO, Claire descobre que ele é, na verdade, Alexander, o pai de seu filho, primeiro e único homem com quem ela esteve na vida. O reencontro pode reacender a chama que sentiram na primeira e única vez que estiveram juntos? Claire vai continuar escondendo o segredo ou enfrentará o medo e contará a verdade?
Ler maisEla ria. Um riso completamente desconectado da realidade. "Vocês acham que eu sou burra? Acham que eu não sei o que vai acontecer se eu soltar ele? Vão me prender! Vão me jogar numa cela! Eu não vou deixar isso acontecer!""Você não precisa fugir, mãe!", Alexander insistiu, com a voz alta. "Mas se fizer alguma coisa com o meu filho, eu juro por Deus que você vai pagar!"Theo gritava agora. "Não quero ir com ela, papai!”Claire caiu de joelhos, chorando, com as mãos pra cima. "Cora, olha pra mim... por favor... é uma criança, Cora. Você sabe disso. Ele não tem culpa de nada. Você não precisa fazer isso. Olha o estado que você tá... por favor... solta ele."As viaturas aumentavam ao redor. Mais policiais, mais tensão.Cora tremia, segurando a arma firmemente..Theo chorava ainda mais.E o tempo parecia congelar.O tempo parecia preso num looping estranho, onde tudo acontecia rápido demais e ao mesmo tempo se arrastava. O som das sirenes havia parado, mas a voz do policial ecoava pelo m
O calor do dia não parecia incomodar Cora nem um pouco enquanto ela caminhava rápido pela área restrita do aeroporto. Um boné preto escondia parte do rosto e os óculos escuros cobriam os olhos frios. Ela segurava Theo com força nos braços, abafando qualquer som que ele tentava fazer."Quieto! Fica quieto, seu pirralho!", rosnou entre os dentes, enquanto o menino se debatia, com lágrimas escorrendo pelo rosto."Eu quero minha mamaaaaa! Me solta! Eu quero meu papaaaaai!", Theo gritava, a voz embargada pelo choro.Cora apertou ainda mais o menino contra o peito. "Se você não calar essa boca, eu juro que faço você se arrepender. Ninguém vai te ouvir aqui, entendeu? Ninguém!"Ela olhou em volta, tensa, mas segura. Aquele caminho pelos fundos, entre hangares e carros de manutenção, era pouco movimentado. O jatinho particular da família Blake já estava ali, reluzente sob o sol, com a escada aberta e o motor ligado, tudo estava pronto."Vamos embora daqui. Pra bem longe. E ninguém nunca mais
A estrada passava rápido pelos vidros do carro enquanto Alexander dirigia como se cada segundo fosse decisivo, e na verdade era mesmo. Claire, no banco do passageiro, olhava em volta com os olhos arregalados, tentando reconhecer qualquer pista, qualquer carro suspeito, seu coração estava disparado."Você viu alguma coisa?" Alex perguntou, apertando o volante com força."Não... nada ainda. Mas e se eles já tiverem passado daqui? E se a gente estiver indo na direção errada?""A polícia tá rastreando, Claire. Eles vão encontrar alguma coisa, mas a gente precisa continuar procurando. Eu não vou parar até achar nosso filho."Claire assentiu, mordendo o lábio. A tensão entre os dois era palpável, o silêncio só era quebrado pelo som do motor e das respirações aceleradas deles. Até que o celular de Alex começou a tocar."Atende!" ele disse de imediato, sem nem olhar para a tela, os olhos fixos na estrada.Claire pegou o telefone e colocou no viva-voz."Alô?""Alex? Claire? É a Elanor! Escutem
O celular escorregava nas mãos suadas de Elanor enquanto ela andava de um lado pro outro no escritório da mansão. Os olhos estavam arregalados, o rosto sem cor, a cada segundo que passava, a ansiedade parecia apertar mais seu peito.Depois que Cora desligou, a primeira coisa que fez foi ligar para Sarah, não sabia o que fazer, estava desesperada. "Atende logo, Sarah... atende...", murmurava, com o telefone colado na orelha.Quando a chamada finalmente conectou, ela praticamente gritou:"Sarah?! Você tá onde? Pelo amor de Deus, diz que tá vindo!""Tô, tô chegando, Ella! Já tô quase chegando aí! O que tá acontecendo? Você tá me assustando! Eles deram notícias?""Minha mãe me ligou! Ela com certeza tá louca! Não sei o que pode acontecer, disse que todo mundo tinha traído ela e que vai resolver tudo… Tô desesperada.""Meu Deus...", a voz de Sarah veio baixa. "Eu tô chegando, tá? Fica calma.""O Alex ligou desesperado, a Claire tava chorando. E o Theo... meu Deus, o Theo... ele só tem cin
Elanor caminhava de um lado para o outro no quarto luxuoso da mansão, pegando algumas roupas e jogando dentro da mala sem muita organização. Seus dedos voavam pelo celular enquanto digitavam uma mensagem para Sarah, de quem havia ficado bem mais proxima nos últimos dias."Vou para as Maldivas no jatinho. Claire e Alex precisam de ajuda. Quer vir comigo?"Ela enviou a mensagem e soltou um suspiro pesado. O ar no quarto parecia sufocante, mesmo com a temperatura agradável do ar-condicionado. O que sua mãe havia feito era inacreditável, até mesmo para os padrões de Cora. Sabia que tinha responsabilidade naquilo também, que ela mesmo alimentou as tendencias loucas da mãe no começo, mas agora percebia que estavam sendo loucas com todos aqueles planos para separar seu irmão de Claire a troco de nada. Se envergonhava muito de tudo o que havia feito.Enquanto esperava a resposta de Sarah, pegou um casaco leve e jogou sobre os ombros, sentindo a urgência queimando dentro de si. Não podia acred
Alexander mal conseguia segurar o telefone nas mãos. Seus dedos estavam trêmulos, o peito subia e descia em respirações descompassadas, e sua mente girava entre o medo e a raiva. Sem perder mais tempo, discou rapidamente o número da polícia e levou o celular ao ouvido."Emergência, qual a sua ocorrência?""Meu filho foi sequestrado!", respondeu sem rodeios, sua voz cheia de desespero. "Precisamos de ajuda imediatamente."Claire estava ao seu lado, abraçando o próprio corpo, o rosto pálido e os olhos cheios de lágrimas. Não conseguia falar, apenas ouvia a conversa com o coração apertado, se sentia culpada, poderia perder seu filho por que insistiu em acreditar que podia vgiver aquele amor. "Senhor, preciso que me forneça detalhes. Onde aconteceu? Nome da criança? Alguma descrição do suspeito?"Alexander respirou fundo, tentando organizar os pensamentos. "O nome dele é Theo Blake, cinco anos, cabelos castanhos claros, olhos azuis. Ele estava na praia com a gente quando desapareceu. Con
O telefone tremia nas mãos de Alex enquanto discava o número de Cora. O peito subia e descia com a respiração acelerada, a raiva e o desespero misturando-se em cada batida do seu coração. Não conseguia entender o porque sua mãe havia cruzado aquela linha, porque ela insistia naquela maldita ideia. Era tão difícil assim aceitar suas escolhas? Tão difícil assim aceitar que tinha um neto?Claire estava ao seu lado, os olhos arregalados e úmidos, segurando seu braço como se aquilo fosse impedir que ele desmoronasse.Ainda estavam na sala de segurança do resort, a equipe de segurança tentava encontrar novas informações sobre o carro, mas Alex tinha esperança de conseguir resolver aquilo com um telefonema.A ligação chamou uma vez. Duas. Três.Nada."Droga! Atende, atende!" Alex rosnou, os dedos apertando o celular com tanta força que parecia que o esmagaria.A quarta chamada começou, e ele já estava prestes a jogar o telefone contra a parede quando, enfim, a voz dela surgiu do outro lado
O desespero corroía Claire por dentro. Seus olhos se moviam freneticamente, procurando Theo em cada canto do resort. Seu coração batia tão forte que ela sentia que ia desmaiar a qualquer momento. Alexander estava ao seu lado, seu rosto uma máscara de tensão absoluta enquanto segurava o celular, ligando para qualquer contato que pudesse ajudar."Theo!" Claire gritou mais uma vez, sua voz falhando de tanto esforço. Algumas pessoas paravam para olhar, mas ninguém parecia ter visto nada, era como se o menino tivesse simplesmente evaporado no ar. Alexander também corria de um lado para o outro procurando seu filho, mas também não tinha sucesso. Várias pessoas estavam mobilizadas para ajudar, no entanto, tudo parecia ser em vão.Foi quando um funcionário do resort, um homem de meia-idade com um crachá pendurado no uniforme bege, se aproximou com um olhar preocupado."Senhora, senhor, desculpem incomodar, mas ouvi vocês chamando por uma criança. O filho de vocês está desaparecido?"Claire a
Alexander estava sentado em um canto do lounge do resort, com o celular tremendo ligeiramente em suas mãos. A tarde estava quente e o ambiente animado contrastava fortemente com a angústia que ele sentia. Precisava conversar com alguém, precisava de informações. Já haviam procurado por toda a praia, várias pessoas se juntaram para ajudar na busca, mas nada fpi encontrado. Estavanm apavorados, e se ele tivesse sido levado pela correnteza? E se seu filho tivesse se afogado?Só de pensar nisso, sentia as mãos tremerem mais. Seus dedos se moveram rapidamente pela tela do celular e ele colocou o aparelho na orelha. "Alô, Elanor? Aqui é o Alex. Você teve alguma notícia do Theo?" sua voz saiu entrecortada, carregada de preocupação.Do outro lado da linha, a voz de Elanor soou calma, mas com um tom perceptivelmente tenso. "Oi, Alex. Não… Como assim notícias de Theo? O que aconteceu?" respondeu, suas palavras curtas e sinceras.“Estávamos na praia, Claire e eu nos distraímos por alguns seg