O que você faria se, após uma noite de amor, sua primeira noite de amor, o homem a quem você se entregou desaparecesse e, algum tempo depois, você descobrisse que está grávida? Claire Dawnson se viu nesta situação, com pais extremamente conservadores, sem nenhuma experiência e buscando uma única noite de diversão, Claire se entrega a um homem misterioso de quem ela sabe apenas uma coisa, o nome. Alexander foi o melhor amante que ela poderia ter, mas, no dia seguinte, ele já havia partido e, alguns dias depois, ela descobriu a gravidez. Sem suporte algum, pois seus pais a expulsam de casa, Claire conta com apenas uma pessoa, sua melhor amiga, Sarah. Cinco anos depois, agora uma renomada arquiteta e mãe amorosa de Theo, Claire é contratada por uma empresa muito poderosa e famosa do ramo de construções, a Blacke Enterprise. No entanto, no dia em que ela tem a primeira reunião com o poderoso CEO, Claire descobre que ele é, na verdade, Alexander, o pai de seu filho, primeiro e único homem com quem ela esteve na vida. O reencontro pode reacender a chama que sentiram na primeira e única vez que estiveram juntos? Claire vai continuar escondendo o segredo ou enfrentará o medo e contará a verdade?
Ler maisQuando voltaram para casa, Claire levou Theo para o banho, arrumando o menininho, que estava tão cansado que adormeceu assim que deitou no sofá para assistir seus desenhos. Claire aproveitou o momento para abrir um vinho com Alex e servir duas taças. “Acho que já podemos voltar a trabalhar, ao menos um pouco. Theo já está melhor”, comentou, bebendo um gole do vinho. “Não sei se quero deixar vocês ainda o trabalho pode esperar”, Alex a segurou pela cintura, colando seu peito as costas de Claire e lhe dando um beijo no pescoço. “Você já está fora a quinze dias e…”Mas antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, o som da campainha interrompeu o momento.“Eu atendo”, Alex disse, se endireitando e indo até a porta.Ao abri-la, ele deu de cara com Becky. Não a via desde o noivado falido de quase um mês e meio atrás, e com a partida de Cora Alex simplesmente esqueceu daquela mulher. Ela estava impecável como sempre, usando um vestido justo e salto alto, mas a expressão no rosto dela es
Alexander observava Theo brincar na sala de estar, ainda meio surpreso por ver como o menino estava recuperando a energia aos poucos. Não fazia nem duas semanas que ele tinha saído do hospital, e já conseguia sorrir de novo. Alex sentia uma paz estranha ao olhar para o filho, um tipo de felicidade genuína que ele nunca achou que poderia sentir.“Papai, olha só o que eu construí!” Theo ergueu uma torre de blocos coloridos, com um sorriso orgulhoso.O homem riu e se abaixou ao lado dele. “Uau! Essa é a torre mais alta que eu já vi. Você tem certeza de que ela não vai cair?”“Não vai, não! Eu sou muito bom nisso.” Theo sorriu ainda mais e voltou a empilhar mais blocos.Alexander não conseguia parar de sorrir. Esse vínculo que eles estavam criando era a coisa mais importante da vida dele agora. Cada dia que passava, queria mais estar presente, compensar os anos que tinha perdido e proteger Theo de qualquer coisa.Cora não apareceu desde a discussão e Elanor não passava muito tempo nas áre
O transplante de medula foi feito com sucesso, Alexander foi liberado algumas horas depois, mas Theo ainda precisou ficar internado por dois dias, sendo observado por toda equipe. Naquela manhã, enquanto a luz suave invadia a sala, o garoto já demonstrava sinais de melhora. Seus passos eram mais firmes e seu sorriso, ainda tímido, começava a se abrir. Em nada parecia o garotinho pálido e fraco de antes, já estava mais corado e animado. Na manhã do quarto dia de internação, Alexander se aproximou de Theo, que brincava com seus carrinhos no tapete do quarto de hospital."Bom dia, Theo. Como você está se sentindo hoje?" "Estou melhor, papai! Theo adorou os carrinhos que ganhou!" respondeu o menino com um sorriso largo, os olhos brilhando de alegria. "Gostou? Foram seus avós que mandaram, logo vai poder agradecer a eles pessoalmente o que acha disso?" disse Alex, sorrindo enquanto ajudava o garoto a montar uma pista para seus carrinhos.Nos dias seguintes, Alexander passava cada vez ma
Enquanto tudo estava sendo preparado Alex se sentou ao lado da cama de Theo. O menino ainda dormia e assim, o olhando com toda atenção do mundo Alexander percebia como eram parecidos. Não entendia como não havia notado antes, os traços do rosto, os cabelos, Theo era muito parecido com ele. “Como fui tão idiota?”, resmungou para si mesmo, estendendo a mão e acariciando os cabelos do garotinho. Nesse momento, os olhinhos claros se abriram e Theo fixou o olhar no homem ao seu lado, sorrindo de forma fraca e esticando a mãozinha para tocar a de Alexander, mesmo com dor e cansado, exibia uma alegria doce que apenas ele parecia ter naquele momento. “Moço chique… Mama chamou você?”, a pergunta saiu fraca, quase sussurrada. “Theo queria ver o moço chique de novo.”“Oi garoto…”, Alex respondeu, engolindo o nó que se formava na sua garganta. “Não precisa me chamar mais de moço chique. E se… E se você me chamasse de papai?”“Mas você quer ser o papai de Theo?”“Sim, eu quero… Você deixa eu se
“Lembra que eu disse que o homem que era pai de Theo nunca soube que meu filho existia?”, a pergunta saiu dos lábios de Claire com cuidado. “É você Alex… O homem é você…” Alexander franziu a testa, incrédulo. "O quê? Como assim? Por que você não me contou? or que estava escondendo isso de mim?" Ela continuou, os olhos cheios de dor: "Eu tive que fugir... Quando descobri que estava grávida, meus pais me expulsaram e eu não sabia quem você era… Perdi seu telefone e, no fim, nunca mais te vi de novo. Mas naquele dia na empresa, quando vi que você era tão rico, tive medo…"“Por que teve medo de mim?”“Tive medo que tomasse meu filho… Eu planejava contar na nossa viagem… Mas sua mãe… Sua mãe foi até meu escritório e me ameaçou, ela disse que se eu dissesse qualquer coisa a você, ia tirar meu menino de mim… Ela disse que eu estava tentando tirar seu dinheiro, mas eu juro que nunca pensei nisso! Só queria que meu filho soubesse quem é o pai dele…” Alexander deu um passo em direção a ela,
Alexander chegou ao hospital com o coração apertado e a mente em turbilhão. Ele não perdeu tempo, entrou pelas portas da emergência, ignorando os olhares curiosos e as conversas apressadas dos profissionais de saúde. Havia viajado por algumas horas, mas não descansou nada, na verdade, passou aquelas poucas horas tentando imaginar o que havia acontecido. Havia tanto sem explicação… Primeiro o sumiço de Claire depois a doença de Theo… Por que ele era o único que poderia ajudar? O corredor estava silencioso, apenas com o som abafado de passos apressados e conversas de médicos. Sem esperar ser chamado, ele seguiu pelo corredor em direção à sala de exames. Mas antes que ele pudesse entrar no lugar um senhor alto passou na sua frente, espalmando as duas mãos em seu peito quase o empurrando. "O que você está fazendo aqui?", bradou ele, a voz carregada de indignação.Arthur sabia quem ele era, Molly e ele haviam conversado com a filha no dia anterior e, depois de muita insistência, ela hav
Alexander estava sentado em uma longa mesa de jantar em um salão requintado, rodeado por rostos sorridentes, famílias abastadas e parceiros de negócios. Apesar da pompa e do brilho que cercavam a festa de noivado, planejada por Cora, Eleanor e pela própria Becky, seu olhar vagava pelas sombras, como se buscasse algo que ele não conseguia encontrar naquele ambiente."Alexander, você precisa se animar", sussurrou sua mãe em tom insistente enquanto brindava com os convidados. "Esse casamento vai ser maravilhoso, principalmente se você colaborar. Sabe que esse é o melhor caminho."Alexander forçou um sorriso enquanto retribuía o brinde, mas por dentro ele sabia que algo estava fora de lugar. Durante os últimos meses, ele tinha procurado Claire em todos os lugares que podia. Cada rua, cada bar, cada café, havia buscado em cada canto daquela cidade. "Não me pressione nunca concordei com essa maldita festa, vocês três fizeram isso mesmo sabendo sobre minha opinião" Alex respondeu a mãe, rec
O som contínuo dos monitores preenchia o silêncio da sala. Claire mantinha os olhos fixos em Theo, que permanecia inconsciente na cama hospitalar, pequeno demais para aquele leito imenso e cruel. O soro pingava num ritmo constante, quase hipnótico. Ela apertava com força a mãozinha dele, como se a própria força de seu amor fosse capaz de afastar aquela doença maldita.Molly, sentada ao lado, passava as mãos pelos cabelos, claramente tentando manter a calma, mas era impossível não ver o desespero nos olhos dela também.O médico entrou devagar, com um tablet na mão e uma expressão pesada demais pra trazer boas notícias."Senhorita Dawson, senhora Dawson... eu tenho o resultado dos exames."Claire se levantou de imediato. "E então, doutor?"Ele respirou fundo. "Nossas suspeitas estavam certas, ele tem leucemia, mais especificamente, leucemia linfoide aguda."O chão parecia ter sumido sob seus pés. Claire teve que se segurar na beirada da cama onde seu menino estava deitado, ainda adormec
Claire não conseguia pensar direito. Cada batida de seu coração parecia gritar que algo terrível estava prestes a acontecer e, sem nem hesitar, ela acelerou pelas ruas, ignorando os sinais de trânsito e as luzes vermelhas que piscavam freneticamente em seu caminho. Desde que a escola ligou, seu coração estava apertado e um péssimo pressentimento tomava conta de seu peito, fazendo suas mãos tremerem e suarem enquanto dirigia. “Por favor, Deus, não deixe meu bebe ficar doente, por favor…”, sussurrava numa oração desesperava, sentindo os olhos cheios de lágrimas. Quando finalmente avistou o prédio do hospital, o alívio misturava-se à ansiedade. Assim que entrou no saguão, seu olhar encontrou o de Molly, que já estava lá, com o rosto marcado pela preocupação. "Claire, graças a Deus que você chegou!""A escola também me ligou mãe! Já te falaram alguma coisa?"Elas foram juntas, com passos apressados, pelos corredores frios e iluminados do hospital, que não estava muito cheio, até que e