Alexander finalmente ergueu o rosto e os olhos dos dois se encontraram, o CEO uniu as sobrancelhas por um momento, por que ela o estava encarando daquele jeito? Tinha alguma coisa errada com ele? Será que se conheciam? Ela parecia familiar, mas nada além disso, certo?“Bem, vamos começar?”, falou ele, com os ombros erguidos e um olhar sério. “S…Sim, Claro!”, Claire respondeu. Mas, por dentro, se perguntava como daria seguimento a uma reunião estando de frente para o homem que era o pai de seu filho e que ela não via há cinco anos. ***Foram as duas horas mais longas da vida de Claire. Quem diria que fingir que estava tudo bem enquanto tudo estava um caos era tão difícil? Pelo menos ele parecia não tê-la reconhecido. Não o culpava, na verdade, agradecia ao tempo que deu a ela algumas mudanças. Já não parecia uma menininha inocente como antes, tinha um corpo mais voluptuoso, seus cabelos longos emoldurava um rosto jovem, mas, ao mesmo tempo, maduro. Quando finalmente acabou e Clair
Quando o dia de trabalho finalmente acabou, Alexander se viu sentado no banco de seu carro enquanto seu motorista o levava para casa. Enquanto resolvia os problemas da empresa sua mente estava ocupado, mas no momento em que seus pensamentos se silenciaram, ele se lembrou dos olhos verdes de Claire e de como ela ficou nervosa em sua presença. “Por que tão nervosa?”, era a pergunta que tomava seus pensamentos, mas não era a única, porque uma pergunta quase tão frequente quanto esta lhe dava um comichão em seu peito… Por que ele estava tão interessado?Não sabia explicar, mas se convenceu de que estava apenas buscando uma fuga para sua rotina tão cansativa e, atualmente, sem diversão alguma, apenas um conjunto de problemas para resolver dia após dia. “Não é nada de mais”, resmungou para si mesmo, assim que o carro estacionou na frente da enorme mansão dos Blake. O jardim estava iluminado e as janelas da mansão jogavam para fora as çluzes acesas por toda parte. Alexander suspirou, tinha
“Mamãe sabe o que é melhor para você, filhinho…”, ela insistiu, fazendo um bico e um pouco de drama. “Mas não vou insistir agora, vá descansar um pouco e depois falamos mais sobre isso.”Então, Cora o soltou, caminhando em direção as escadas com um sorriso largo de quem sabia que ia conseguir o que queria. Cedo ou tarde, seu filho cederia a ela. 0***Havia duas coisas que irritavam Alexander ao extremo, a primeira era mentira e a segunda era que se metessem em sua vida, e sua mãe fazia a segunda com frequência. Sequer teve paciência para comer seu jantar, na verdade, ele apenas subiu para seu quarto e tomou um banho bem demorado, em seguida, deitou para dormir. Mas, no lugar do sono, o que veio para ele foi a curiosidade, a estranha aflição de que havia algo para saber. Por isso, pegou seu celular e abriu seu I*******m. Mal usava o aplicativo, tinha uma equipe de marketing que cuidava de suas redes sociais para ele. Clicou na barra de pesquisa e, depois disso, digitou o nome “Claire”
“O CEO… O CEO da Blake Enterprises”, enquanto falava, Claire caminhava em direção ao sofá e se deixava cair no estofado passando as mãos no rosto e subindo para os cabelos, tentando controlar a vontade de chorar e surtar. “Fala logo, mulher!”, Sarah apressou, já quase tão nervosa quanto a amiga parecia estar. “É o Alexander… O CEO da empresa é o pai do Theo!”, cuspiu, olhando para o teto em completo desespero. “Sarah eu não posso ver aquele homem de novo, não posso! E se ele descobrir sobre o meu filho? E se ele tentar tirar o Theo de mim?”As palavras pareciam pular da boca de Claire no mesmo ritmo em que seu coração saltava do peito, furiosamente, milhares de hipóteses surgiam em sua mente, diversas realidades com os piores cenários possíveis, em todos eles ela perdia seu menino. “Q quê?!”, por muito pouco, Sarah não gritou, olhando para as escadas para se certificar que Theo não estava ali. “Você tem certeza que é ele? Ele sabe que você é… Você?”A outra balançou a cabeça algumas
“Bom dia, senhor Blake! Desculpe chegar assim”, iniciou, adiantando suas desculpas para tentar amenizar o humor do chefe. “O escritório de arquitetura já está aguardando o senhor. Mas mandaram uma nova representante hoje.”Por um momento, Alex encarou sua secretária sem entender sequer uma palavra do que ela disse. O escritório trocou o representante? Por quê?“Como assim, Ruby?” a pergunta direta fez a secretária encolher os ombros. “Enviaram outra, senhor…” respondeu, olhando para os próprios pés. “Avise que eu não irei atendê-los, não aceito que troquem o representante depois de já termos iniciado as tratativas do negócio. Ou Claire cuida do projeto, ou iremos procurar outra empresa. Entendeu?” seu tom era frio, claramente impaciente e beirando a rudeza. Odiava mudanças não planejadas, principalmente quando a mudança atrapalhava seus próprios planos. “Sim, senhor!”, Ruby não levou mais tempo do que o necessário para sair da sala, correndo para sua mesa e deixando a agenda antes
Quando a noite chegou, Alex estava irritado. Bicalho ainda não havia dado retorno, passou a tarde enfurnado em reuniões entediantes e havia problemas na empresa que ele precisava de tempo e calma para resolver, mas tempo e calma era a última coisa que ele tinha nos últimos meses. Estava organizando sua mesa antes de sair, tinha esse tipo de “TOC” metódico de deixar sua ala sempre perfeitamente organizada antes de finalmente ir para casa. Quando finalmente terminou, sentiu o celular vibrar em seu bolso e o pegou com ansiedade, esperando ser o detetive. Era estranho como parecia, inconscientemente, querer saber mais sobre Claire, como se interessava por ela.“Preciso para com isso”, resmungou para si mesmo, olhando para a tela do celular e vendo que era sua mãe. “Alô?”“Querido, onde está?”, a pergunta de Cora era impaciente, o que irritou Alex ainda mais. Não seria a primeira e nem a última vez que Cora tentava monitorar os seus passos, mas ela normalmente só o fazia com alguma intenç
Do outro lado da cidade, sentada na melhor mesa do La Bernardin uma mulher de cabelos castanhos longos usando um belíssimo vestido preto e um colar de diamantes, bebia goles curtos de uma taça de vinho que lhe foi ofertada. Sabia que a ideia não era boa, ir até ali apenas porque Eleanor a mandou ir, garantindo que seu irmão a encontraria, agora estava sentada sozinha numa mesa de um dos restaurantes mais chiques da cidade, recebendo olhares curiosos. Becky mordeu o lábio inferior, suspirando. Não podia negar sua própria culpa, afinal, há quantos anos não tentava um encontro com Alexander? Não conseguiu nem quando ele era um grande cafajeste, como conseguiria agora que ele resolveu sossegar? Claro, ter se tornado a melhor amiga da irmãzinha do atual senhor Blake foi uma boa estratégia, mas além dos presentes caros e do favoritismo de Cora Blake, aquela amizade não tinha trazido muito mais.Ao menos até agora. Estava prestes a se levantar para ir embora quando o viu, entrando no restau
A noite se fazia densa e as luzes da cidade deslizavam pela janela do carro enquanto Alexander sentia os lábios de Becky sobre os seus num beijo que, para ele, não significava nada. Seus pensamentos estavam longe do presente, mergulhados na lembrança de Claire, com seu vestido preto, cabelos longos e o olhar tão inocente e, ao mesmo tempo, sedutor, que ficou gravado em sua mente para sempre. Cada detalhe daquela noite no Eclipse pulsava em sua mente com intensidade quase dolorosa, fazendo-o ignorar qualquer outra presença.Becky, que até poucos minutos atrás se entregava à ilusão de um beijo apaixonado, sentiu o ar esfriar de repente. Seus lábios se separaram dos dele, e mesmo que o homem a sua frente não estivesse dito nada, ela sentiu que foi rejeitada, sentiu na forma desinteressada que os lábios dele tocaram os dela, ou em como ele não mostrou nenhuma intenção em continuar o beijo morno e sem graça. Ela olhou para ele, surpresa, enquanto o silêncio tomava conta do interior do carr