Um estágio comum, um amor em segredo, um reencontro por acidente. Porém, quem pode ajudar Fernanda Mendonça? Olhando Pietro na sua frente, Fernanda fica chocada, o homem por quem ela era apaixonada tantos anos atrás, é o marido da mulher que morreu na sala de parto. Para piorar a situação, o bebê dele teve que ir às pressas para a unidade de terapia intensiva... Como explicar a ele? Fernanda fechou os olhos com tristeza, há três anos tinha decidido enterrar seus sentimentos e focar no futuro, mas o destino tinha outros planos para os dois. Após sua proposta, a frase de Pietro oferece uma oportunidade nova. "Você quer ser mamãe do meu filho?" Uma proposta inesperada, um casamento de conveniência, um homem no seu coração, será que Fernanda Mendonça conseguirá ajudar sem se machucar? "Meu Amor Proibido: O Pai do Bebê – Livro 2" é uma história sobre amor, sacrifício e a força de lutar por quem você ama, mesmo quando o mundo inteiro parece estar contra você.
Leer másPietro Castellane: — Vamos nos casar. Depois de amanhã. As palavras escapam dos meus lábios antes que eu tenha qualquer controle sobre elas, antes que eu consiga pensar no real peso delas. Não foram pensadas. Nem planejadas. Simplesmente... aconteceram. Um impulso. Cru e perigoso. O silêncio que se instala logo depois corta o ar como uma lâmina gelada. Sinto o peso da frase me desabar sobre os ombros, e meu cérebro entra em colapso, paralisado. O que caralho eu acabei de dizer? Por quê? Não importa o quão perdido eu pense estar, a resposta grita na minha mente clara e precisa. Raiva. Raiva de cada maldita palavra que ela disse hoje, me provocando até a beira da insanidade. Do jeito como esse vestido abraça cada maldita curva deliciosa do corpo dela, me tirando o ar. Do batom vermelho nos lábios, tão indecente quanto o gosto que ainda guardo na boca. E, principalmente, do beijo. O mais lascivo, mais carregado de desejo e desafio que já trocamos até agora. Mas não apena
Fernanda Mendonça:Ele não me dá tento de processar, sua invade a minha, faminta, desesperada, como se quisesse apagar cada palavra suja que saiu dos meus lábios. Seus dentes mordem meu lábio inferior com força, o gosto de sangue se mistura ao da saliva, à fúria, à luxúria.Suas mãos grandes percorrem meu corpo com brutalidade e desejo. Apertam minha cintura com força, como se tentasse me fundir a ele. Uma mão desliza para minha nuca, puxando meu cabelo com firmeza, me forçando a inclinar o rosto para recebê-lo por completo. A outra desce pelas minhas costas até agarrar minha bunda com intensidade, me erguendo, colando nossos corpos.Sinto a ereção dele pressionando minha barriga, quente, latejante, indiscutível.Ofego entre os beijos, mas ele não para. Não me dá tempo. Só intensifica. E, no fundo... eu não quero que ele pare.Meus braços sobem por instinto, envolvem seu pescoço, minhas pernas tremem sob a força do contato, e a raiva que me consumia se transforma em uma energia tão br
Fernanda Mendonça:Nenhum de nós fala durante o trajeto. O silêncio é espesso, pesado, cortado apenas pelo som da chuva que começa a cair do lado de fora. As gotas batem no para-brisas como pequenos dedos insistente, e eu me pego seguindo seus movimentos, apenas para ter algo em que focar que não seja o homem ao meu lado.Mas então, em um farol vermelho, ele vira o rosto para mim.A luz do poste ilumina seu perfil – o nariz reto, a mandíbula cerrada, os lábios apenas um pouco manchados, ele tentou limpa-los.Mas quando? E naquele momento, algo dentro de mim se parte.Porque não importa o quanto eu tente odiá-lo, não importa o quanto eu queira negar – ainda o quero. Com uma intensidade que me assusta.Pietro abre a boca para dizer algo, mas o farol fica verde, e o momento se quebra. Ele volta a olhar para a estrada, seus dedos apertando o volante com força.E eu me pergunto se ele também sente isso – esse fogo que não se apaga, não importa quanta água joguemos sobre ele.O carro final
Fernanda Mendonça:O mundo gira devagar, como se alguém tivesse diminuído a velocidade do tempo.Meus olhos ainda estão fixos em Pietro.O coração martelando contra meu peito, o gosto do beijo ainda preso aos meus lábios, misturado ao gosto metálico do medo. A roda de curiosos começa a se desfazer aos poucos, mas meu corpo continua travado no meio da pista.Tiago é o primeiro a se aproximar. Seus dedos fecham em torno dos meus braços com uma firmeza que deveria ser reconfortante, mas só me faz sentir frágil.— Fernanda... você tá bem? Ele te machucou? — Sua voz sai urgente, trêmula, os olhos passando pelo meu rosto como se procurassem algum sinal de machucado.Contudo, para mim, parece vir de muito longe.Eu tento responder. Realmente tento.Mas antes que qualquer palavra escape dos meus lábios, sou puxada bruscamente para trás com tanta força que quase perco o equilíbrio. Pietro surge como uma tempestade viva, ele agarra o colarinho de Tiago, o encarando de cima de forma ameaçadora.
Fernanda Mendonça:Seus lábios tomam os meus com uma fome quente e indecente, um beijo carregado de luxúria que me consome como fogo. A língua dele invade minha boca com ousadia, explorando cada espaço como se já fosse dele por direito. Um arrepio percorre minha espinha, me fazendo colar ainda mais ao seu corpo.Fecho os olhos e me entrego.Totalmente.Minhas mãos sobem por seu peito até entrelaçarem-se em sua nuca, puxando-o com mais intensidade. Em resposta, ele aperta minha cintura com força, me guiando com possessividade, como se quisesse me moldar ao corpo dele. Sinto o ritmo da música desaparecer ao redor, ficando apenas o som do sangue pulsando nas minhas veias e a pressão da boca dele contra a minha.Tudo fica mais lento. Mais denso.O beijo se torna mais voraz, mais urgente. As mãos dele descem pela lateral do meu corpo, firmes, determinadas, até pararem sobre minha bunda. Ele a segura com força, me puxando com brutalidade contra o quadril dele — e então eu sinto.Seu volume
Fernanda Mendonça:As lágrimas ainda escorrem quando finalmente chego em casa. Por um milagre não bati meu carro com as vistas embaçadas e o pé no acelerador como nunca fiz antes.Tranco a porta e encosto as costas nela. O silêncio do meu apartamento parece zombar de mim, ampliando tudo o que estou sentindo.Tristeza.Não, pior.Humilhação.Minhas mãos ainda tremem. Não sei se de ódio, de vergonha ou por lembrar do toque dele. Pietro me despiu com palavras afiadas, com gestos que fizeram meu corpo querer gritar e minha alma... encolher, se entregar... tudo ao mesmo tempo.Foi errado.Mas, mesmo querendo parar, eu não queria que parasse.A forma como ele me olhou, como me encostou naquela parede, como sussurrou cada palavra como se quisesse me fazer implodir por dentro. Como me fez acreditar que por um segundo... eu era desejável. Apenas para me jogar de volta ao chão com a frieza de quem mata sem sujar as mãos.Seco as lágrimas com força, como se arrancar a dor com os dedos fosse poss
Pietro Castellane:Ela prende a respiração. Eu sinto. Sinto o corpo dela tenso, em alerta máximo, cada músculo contraído como um animal acuado. Está tentando manter o controle, tentando fingir que pode me enfrentar de igual para igual. Mas o tremor sutil no queixo a denúncia.E eu decido quebrá-la.— Você acha que está pronta pra ser minha esposa?Minha voz desce como uma lâmina fria, calculista. Deixo meus olhos percorrerem seu rosto com uma lentidão cruel— seus lábios entreabertos, o pescoço exposto, o inicio de seus enormes seios, até encontrar novamente seu olhar desafiador.— Você nem faz ideia do que isso significa. Nem imagina o que eu seria capaz de fazer com você se me pertence, Fernanda.— Então me mostra — ela diz, num sussurro corajoso, ainda que a respiração dela denuncie o medo.Um riso seco escapa da minha garganta. Um som sem humor. Sem compaixão.— Você quer que eu te mostre, é? — Minha voz sai grave, carregada de tensão e veneno. Me aproximo até colar o corpo ao dela
Pietro Castellane:O silêncio entre nós pesa como uma âncora, afundando tudo ao redor. E, no mesmo instante, o arrependimento me corrói. Eu fui grosso. Estúpido. E com a única pessoa que não merecia isso.— Você... — desvio o olhar, o peito pesado como concreto. — Você não devia estar aqui. Não devia ter escutado nada daquilo.Ela se levanta do sofá lentamente. Por um breve momento, acredito que ela vai simplesmente sair, e a ideia de finalmente ficar sozinho me alivia. Mas esse alívio dura só até ela dar um passo à frente.— Mas eu ouvi, Pietro — sua voz vem firme, e antes que eu possa reagir, seus dedos tocam meu rosto. Ela agarra meu queixo com firmeza, me obrigando a encará-la. Seus olhos estão flamejantes, cheios de tudo o que ela sente... e tudo o que eu fujo.Tento desviar, mas ela não permite.— E ontem... — ela continua, os olhos cravados nos meus, firmes como lâminas. — Ontem eu vi o contrato aberto no seu computador. Li os nomes. Associei tudo com os homens que invadiram o
Pietro Castellane:Puxo a porta num tranco, e de repente, um corpo cai por cima de mim. O susto é instantâneo. Perco o equilíbrio e caio para trás, instintivamente minhas mãos agarram a mulher trazendo-a junto.Minhas costas batem contra o chão num baque mudo, sinto o ar fugir de meus pulmões por um momento, então a sensação dos sedosos fios dourados dela formando uma cortina ao redor do meu rosto, como se o mundo lá fora tivesse desaparecido — e por um segundo, por um instante absurdo e íntimo, acho que estou sonhando. Mas não estou.Fernanda está aqui. Literalmente em cima de mim.O cheiro doce de pêssego preenche meus sentidos. Aquele perfume que, em qualquer outra pessoa, seria enjoativo…, mas nela? Nele existe algo quase viciante, que me da vontade de enfiar meu nariz em seus pescoço, esfregando como se fosse um gato.A respiração dela roça o meu queixo. Seu corpo, quente, macio, encaixa-se ao meu com um desespero inocente. E tudo em mim paralisa.Ela não devia estar aqui. Não a