Lauren casou-se com Damian como parte de um acordo. Havia uma condição: engravidar nos próximos cinco anos. Quando o prazo está quase acabando, ela descobre a gravidez, mas o primeiro amor de Damian retorna e alega estar grávida dele. Damian pede o divórcio, sem saber que sua esposa carregava uma criança dele. Depois que ela se vai, ele percebe que ela é o seu verdadeiro amor. Cinco anos após o divórcio, Lauren retorna, mas dessa vez, ela não deixará que ninguém pise nela.
Leer másLauren piscou para Marissa e saiu do banheiro, sentindo-se aliviada e finalmente capaz de respirar, assim que a porta do toalete se fechou atrás dela. “Deus!”, ela exclamou dentro de si mesma e inspirou fundo. Marissa estava de olho, ela era uma cobra traiçoeira e, agora, Lauren tiraria a prova das palavras de Damian. Ela voltou para a mesa e fingiu que nada tinha acontecido. Damian era observador e notou que havia uma expressão diferente no rosto de René, porém, ela sorriu para ele de um jeito que o fez engolir em seco, de nervosismo. Ela moveu a boca, como se dissesse “depois”, e Damian ficou ainda mais ansioso. O que ela queria falar depois? Seria possível que ela realmente levaria a relação deles para outro nível?Quando Damian ia virar o rosto, Lauren colocou a mão na bochecha dele de maneira carinhosa e passou o dedão. Aquilo acendeu uma chama dentro de Damian. — Eu adorei o lugar, Damian. — Ela falou de maneira suave e Damian segurou a respiração. — Fico feliz. Podemos vir
Como diabos aquela mulher tinha chegado até ali? Ninguém a viu? A questão foi que Marissa entrou quando viu que todos estavam distraídos. Ela olhou bem para o menino na mesa com Damian e René e o coração dela apertou. Do lado de Damian, quem diria que não era filho dele? O menino parecia uma maldita cópia! Ela inspirou fundo e aguardou. Ela não sabia se teria a oportunidade, e quando esta surgiu, Marissa não pensou duas vezes e foi atrás de René, no banheiro. Ela entrou com cuidado, esgueirando-se e agradeceu pelo lugar não ser tão movimentado a ponto de ter sempre gente pelos banheiros. Quando René saiu da cabine, Marissa a esperava, com os braços cruzados e um sorriso triunfante. — Não vim atrás de briga, senhorita Laurente. — Ela falou, a voz doce e calma, no entanto, escondia uma tempestade. Se Marissa pudesse, ela daria uma surra em René por se aproximar de Damian daquele jeito! A desgraçada tinha dormido com ele! Pelo menos ela usaria isso para algo! — Eu não disse nada, se
Isso fez Lauren despertar de vez, os sentidos em alerta. Ela limpou a garganta, tentando manter a compostura, mas Damian não a soltou. O calor dele a envolvia como um lembrete incômodo — ou delicioso — de tudo o que dividiam, mesmo que ela insistisse em negar.— Senhor Lancaster!A voz dela soou firme, mas um tanto esganiçada pela surpresa. Damian, no entanto, inclinou-se ainda mais, como se aquilo fosse uma provocação irresistível.— Não foi assim que você me chamou no carro. — Ele sussurrou, a voz grave e aveludada, tão próxima que o hálito quente roçou a pele dela. Um arrepio percorreu a espinha de Lauren, tão intenso quanto inesperado.Ela disfarçou o impacto com um tapa leve no ombro dele, mas a mão tremia.— Na frente do Oliver, não! — murmurou entre os dentes, numa tentativa de conter a avalanche de sensações.Damian soltou uma risada baixa, rouca — daquele tipo perigoso que ele reservava para momentos íntimos, quando o mundo inteiro parecia se calar entre os corpos deles. O so
Lá dentro, o aroma suave de chá verde com flores e o cheiro sutil de mochi recém-feito pareciam abraçar quem entrava. Os móveis eram baixos, de madeira clara, com almofadas finas nas cadeiras, e algumas mesas tradicionais no estilo japonês, onde se sentava ao chão. O som ambiente era leve, apenas um koto tocando ao fundo, e as paredes tinham quadros delicados pintados à mão, retratando tigres, flores e cenas do interior do Japão.Era impossível não se sentir transportado para um outro tempo, uma outra vida. E foi isso que atingiu Damian como um soco no estômago.Ele se lembrou das tardes em que vinha ali com sua mãe, e do jeito como ela sorria ao pedir um dorayaki para ele e um chawanmushi para o avô. Ali, ele não precisava fingir ser alguém que não era. Podia ser apenas um menino com a mãe e o avô, sentado no canto favorito deles — aquele, perto da janela, com vista para o pequeno jardim de pedras.Ao pensar em confortar alguém, imediatamente Damian lembrou daquele lugar. Rodney não
— Você, não vai dar. Oliver não está muito bem. Não se preocupe, não é nada muito grave. — Oliver… Meu bisneto se chama Oliver? — Elliot estava todo contente. Aquele era um nome que ele já tinha falado com Lauren e ela mencionou que o primeiro filho dela com Damian seria esse. — Quando? Ele poderá no fim de semana?— Não sei. — Damian falava bem baixinho e olhou por sobre o ombro. Os dois ainda dormiam. — Eu preciso desligar. René e Oliver estão dormindo. A ligação foi finalizada e Elliot percebeu como Damian não respondeu sobre o “bisneto”. — Esse menino deve ser filho dele… mas que coincidência! — o velho disse sozinho. — Mas a criança parece grandinha… será que ele traiu Lauren? Isso deixou Elliot enfurecido. O garoto parecia ter pelo menos uns cinco anos! E nesse tempo, Lauren ainda estava com Damian. Se era assim, então aquela tal René não era boa coisa! Elliot esperava que ela fosse na Mansão no fim de semana, para poder olhar bem para o rosto da mulher que seduziu Damian!
Lauren ficou olhando para Damian como se outra cabeça tivesse surgido do ombro dele. Não é que ela não imaginasse que ele fosse do tipo que faz o que é necessário, vai além dos limites, por quem ele amava. Ela o viu fazendo aquilo por Marissa e, ainda que ele dissesse que não tinha nada romântico com a mulher, Lauren lembrava de cada uma das vezes em que ele cuidou de Marissa e no brilho dos olhos dele ao fazer isso. O que ela não sabia era que aquele brilho era de satisfação por deixá-la triste, ao mesmo tempo que ele ficava com raiva de si mesmo por causar sofrimento a Lauren. — Damian… A forma como ela pronunciava o nome dele deixava o CEO ainda mais decidido a mantê-la ao lado dele. — Não foi assim que você me chamou há algumas horas. — Damian falou baixo e Lauren arregalou os olhos, virando o rosto para ver Oliver, que dormia. Damian passou uma das mãos pela cintura de René e a puxou para ele. — E a sua ex-esposa? — Lauren o lembrou, tentando não gaguejar. Damian estreitou o
— Eu não sei, Emma! — Lauren só queria chorar. Ela teve todo um cuidado e para quê? Para terminar nos braços do mesmo homem que a arruinou! — Lauren… você me contou o que o Damian te disse sobre a ex dele. Sobre a Marissa. Você não acha que teve aí um mal-entendido terrível? Quer dizer, ele parece gostar de você, da ex-mulher — Emma fez uma careta de confusão, mas a sacudiu. — Enfim! E você parece gostar dele, ainda. Não seria melhor se entenderem? Tem o Oliver e o Damian gosta do menino. Oli gosta do Damian… Lauren ficou olhando para a amiga, sem acreditar. — Você tá do lado dele?! É isso? Emma revirou os olhos. — Não era eu quem estava no colo do cara, prestes a recebê-lo mais intimamente. De novo. — Emma ficou de pé, como Lauren agora estava. — Não vou te trair, não vou te entregar, mas vocês dois precisam conversar! Pra mim, que tô vendo de fora, o dedo podre aí é da Marissa! Emma pegou o casaco dela e se virou para Lauren, que ainda estava parada no mesmo lugar. — Seja lá
Damian ficou chocado ao ouvir aquela forma de chamar, no entanto, ele tomou como incentivo e foi mais rápido. Ele queria entrar nela, porém, estava sem preservativos, ali. Arriscar ter um filho seria arriscado demais, se ela não tomasse contraceptivos. Quanto às doenças, ele tinha certeza de que ela era limpa. — Você me quer dentro? — ele perguntou, a garganta mais do que seca. Damian a beijou rápido e forte, antes de repetir a pergunta. Lauren apenas assentiu. “Pro inferno com isso!”, Damian soltou, no entanto, antes que ele abrisse as calças, bateram na janela do carro. Por sorte, os vidros eram bem escuros. Damian soltou um grunhido e gritou um “já vai!”, antes de sair de cima de René e ter certeza de que ela estava vestida, para só então abaixar o vidro. — Sim? — ele perguntou a um homem calvo e com óculos imensos no rosto. — Não podem ficar estacionados aqui. — O homem disse, meio sem-graça, meio irritado. — Aqui é a garagem do meu prédio! Damian amaldiçoou mentalmente o mo
Lauren queria dizer que sim! No entanto, Damian poderia muito bem pesquisar — ele ainda não ter feito isso já demonstrava que ele a respeitava, pois era fácil obter aquela informação. Ela inspirou fundo. — Não, não moro. Quem mora aqui é a Emma. — Ela admitiu. — Desculpe, eu não… Damian levantou a mão e sorriu de leve. — Eu compreendo. Não me conhecia direito e você tem um filho. É normal não querer essa exposição. — E ele entendia, de verdade. Damian odiava que mentissem para ele, no entanto, ele também sabia ponderar as coisas e avaliar os motivos. Lauren suspirou em alívio. — Obrigada. Agora, com licença. Antes que ela alcançasse a maçaneta do carro, a mão de Damian segurou o pulso dela. Lauren olhou primeiro para a mão de Damian, sentindo um calor se espalhando, junto com um pequeno choque. O toque dele sempre causava aquilo! — Algo mais, senhor Lancaster. — Damian. — Ele a corrigiu e Lauren não respondeu, apenas esperou. Damian empinou o queixo. — Meu avô está livre este