Em 2012, a vida de Theo e Elizabeth mudou para sempre com a morte brutal de sua mãe, Mariana. Oficialmente, foi um trágico acidente. Mas eles nunca acreditaram nessa versão. Anos depois, a verdade bate à porta. O caso é reaberto, e os irmãos mergulham em uma perigosa investigação que desenterra segredos sombrios sobre a mulher que os criou. Desde então, eles tentam juntar as peças de um quebra-cabeça distorcido por mentiras. Entre desconfianças e verdades ocultas, cada nova descoberta os aproxima da verdade — e do perigo. Quanto mais se aproximam da verdade, mais percebem que estão lidando com algo muito maior do que imaginavam. Agora, Theo e Elizabeth não apenas buscam justiça—eles precisam sobreviver. O assassino de Mariana nunca desapareceu. E está mais perto do que eles pensam.
Leer más— Ah Naninha, não sabe o susto que nos deu. — Elizabeth comentou segurando suas mãos...havia acordado a pelo menos duas horas, mas como a levaram para fazer exames, seus afilhados só estavam lhe vendo naquele instante. Já eram nove horas.— Me perdoe querida, eu não queria vos assustar. — Ana pediu olhando de Elizabeth para Theodor, que sentado na poltrona do outro lado da cama, a acariciava com os olhos.— Tudo bem Naninha, o importante é que a senhora está bem agora. — Elizabeth garantiu.— Theo querido, não pense que esqueci da conversa que deixei pendente... — Ana comentou com um meio sorriso. O colar cervical a volta do pescoço. — É uma história um pouco longa, mas já não vou guardar segredos. — Falou.— Não se preocupe, Dr. Anderson já explicou. — Theo recomendou fazendo um gesto com as mãos.— Como? — Ana se viu confusa. Mas também notou o tom estranho do afilhado ao se referir ao pai.— Já sabemos sobre a Alícia. Ela está aqui, então papai nos contou sobre. —Tomando a frent
Elizabeth estava sentada no banco do lado de fora da clinica quando viu Clara estacionar o carro no mesmo lugar em que antes de ser removido, estava o seu. Pensou que seria bom receber um abraço apertado e palavras de consolo, e em como relaxaria com a companhia após um dia tão estressante. Elizabeth perguntaria o que Clafaz havia feito, e depois contaria o quão desastroso foi seu dia. — Como está senhora Ana? — Clara parou a sua frente. Sem se preocupar com o frio, ela usava um regata, e não abandonava a ideia que teve antes...estava sendo substituída.— Ela está bem, provavelmente terá alta ainda hoje. — Elizabeth contou. Queria muito que Clara a abraçasse antes de qualquer coisa, mas como o mundo não era perfeito... — Tudo bem? — Questionou notando o quanto a outra estava inquieta.Clara fechou os olhos inspirando. Saber como estava Ana, e mais tarde, quando tudo parecesse melhor, chamar Elizabeth para conversar, aqueles eram seus planos enquanto dirigia até lá, mas sua cabeç
— Então é esse acontecimento maluco que Cléo mencionou. — Perante a revelação do pai, Theo comentou distraído. " Meu amigo, se está ligando para fazer conversa, desaconselho, aconteceram maluquices hoje...nos deixe dormir, ligue quando o sol raiar" Cléo havia lhe dito quando atendeu o telefone de sua irmã.Theo não fazia ideia do que poderia ser aquele acontecimento, e nem se preocupou em perguntar já que havia uma preocupação maior, mas lá estava o motivo.— Então foi aquela maluca que me chamou de ladra. — Elizabeth constatou irritada. — Quem ela pensa que é? — Bradou pensando no estado catatonico que ficou sua casa, do temor que sentiu, da ansiedade e também do trabalho desnecessário que Allarick estaria tendo. — Quem ela pensa que é? — Então sua voz subiu uma oitava.— Por favor Elizabeth, se acalme. — Anderson pediu quando a filha passou a andar de um lado para outro. — Alícia perdeu a mãe recentemente, por isso o descontrole. N
— Liz, seu irmão está na linha. — Durante a madrugada, enquanto dormia, lhe pareceu ouvir Cléo chamar...— Liz.— Ouviu novamente.— Me deixe. — Elizabeth resmunguou sonolenta.— Liz por favor, é importante. — Cléo falou. Elizabeth reuniu toda a energia que tinha,sentou sobre a cama direcionando um olhar mais longo para a amiga, que já não estava de pijama. Que horas eram?— Mato você se não for importante. — Elizabeth ameaçou estendendo a mão para pegar o telefone. — Oi. — Azeda, falou assim que encostou o aparelho ao ouvido. Um bocejo escapou de sua boca, e os olhos pareciam menores do que o costume.— Tudo bem? — Theodor estava nervoso.— Sério, me acordou para saber se estou bem? — Elizabeth devolveu incrédula. — Não, eu...é que...— Theo gaguejou.— Theo, aconteceu alguma coisa? — Estranhando seu comportamento, Elizabeth perguntou. — Theo. — Chamou alarmada.—Estou indo para a clínica agora, Naninha sofreu um acidente. — Theo contou. Mãos no volante, olhos para frente..não qu
— Ladra? — As palavras saltaram da boca de Elizabeth enquanto olhava atordoada para a parede...deu um passo em direção a parede, mas Cléo a deteve segurando seu braço.— Vamos descer e ligar para a policia. — Falando mais baixo que o normal, Cléo explicou. A tensão se apoderou de seu corpo, e sinais de alerta forma mandados por toda parte. Era como se estivesse no quarto de Marieta, no dia em que ela desapareceu...e certamente não lhe fazia bem.— Espere, vou ver os outros cômodos. — Elizabeth falou.— Não. — Cléo protestou.— Como assim não? Olha o estado que está minha casa. — Rebateu a anfitriã, na tentativa de passar.— Saia Cléo, quero passar. — Pediu impaciente.— A pessoa que fez isso ainda pode estar aqui...— Cléo falou, e naquele momento Elizabeth entendeu porque estava falando tão baixo. — Vamos. — Falou lhe puxando para fora. — Seu telefone. — Pediu depois que se fechou a porta do elevador.Os olhos de Elizabeth perderam o foco, e tremula começou a assimilar o que havia
— Sério, o que ela queria? — Elizabeth perguntou sabendo o quanto Kimberly era um assunto complicado para o irmão... — Conversaram? — Disparou esperançosa. — Ver Naninha. — Theo respondeu antes de desligar a televisão. — E sim, nos conversamos.— Acrescentou dedicando toda a sua atenção à irmã.—Então? — Elizabeth incentivou ainda mais curiosa.—Theo, você sabe o quanto sou curiosa...não comece a falar, e depois fique quieto. — Pediu lhe chacoalhando levemente.— Pedi que largasse o noivo e fugisse comigo.— Theo respondeu. Elizabeth fechou a cara assustada. — O que mais poderia ser, Liz? Conversamos sobre o passado, esclarecemos as coisas e deixamos as mágoas de lado. — Esclareceu.— Isso quer dizer que não está chateada com ela por estar se casando? — Perguntou a menor. — Não, e sinceramente acho que nunca estive. — Theo respondeu. — E conversar com ela me ajudou a ver isso...ela merece essa felicidade. — Relatou.— Então, viramos a página? — Apoiando momentaneamente o queixo no om
Decidida a ouvir a versão do tio, Elizabeth deixou o carro junto a calçada, atravessou a rua pouco movimentada, um toque na campainha e a porta foi aberta.— Pois não. — Falou a mulher tão logo abriu a porta. Seu nome era Jenna, gostava de usar ternos femeninos como o cinzento que naquela momento usava, suas madeixas negras estavam sempre perfeitamente organizadas, e tinha uma postura ereta. Possuía um olhar confiante e um ar de pura elegância e nobreza.— Oi. Estou procurando meu tio. — Confusa quanto a presença da mulher na porta, Elizabeth anunciou checando discretamente a placa da casa...não havia errado o endereço.— Deve ser a Liz. — Lhe reconhecendo das fotos que Donavan tinha na sala, Jenna comentou esboçando um pequeno, porém, caloroso sorriso. —Te levo até ele. — Anunciou lhe guiando até a sala. Elizabeth não se incomodou, mas ficou curiosa sobre quem era ela e porquê andava tão livre pela casa do tio. — Tem visita, Don. — Jenna proferiu para o homem de frente a lareir
— Ele disse que minha mãe estava sendo chantageada e que tinha um motivo para isso. Eu me perguntou o quanto ele a conhecia para afirmar isso. E ainda disse que eu não a conhecia bem...isso me deixa tão chateada, eu pensei que pudéssemos ser amigos, mas me deixou tão irritada que só quero explodir a cabeça dele. — Acelerada, Elizabeth desabafou.— Querida fique calma... Allarick não disse que sua mãe fez alguma coisa errada, mas que o seu tio contou que ela estava sendo chantageada. Não é a mesma coisa. — Cléo falou. Atendeu a chamada, ouviu Elizabeth despejar tudo o que sentia, então só lhe restou tentar iluminar a cabeça que parecia nublada.— Cléo não tem isso de chantagem, não é possível! Falei o mesmo para o Allarick, mas ele parece ter perdido a cabeça. — Elizabeth rebateu fazendo mais e mais gestos acelerados. Cléo suspirou.— Entendo que esteja com raiva meu docinho, afinal é sobre a sua mãe...mas você não pode se irritar com o detetive pelas coisas que ele disse. Esse é o
Bem diferente do planejado, o feriado de Clara não foi a tranquilidade toda com que sonhou..ficaria em casa, abraçada a sua mãe, cozinharia e talvez conversassem, porque continuar em silêncio, acabaria lhe matando.Mas as coisas não saíram como queria...ao invés de um dia com a mãe, brigaram. E mais tarde Clara se arrependeu de onde seus pés a levaram. — Desculpa o atraso Clara, mamãe me levou para correr e acabamos perdendo a hora. — Retirando os fones de ouvido, Kimberly pediu assim que se aproximou. Acabava de chegar de uma corrida por três quarteirões, ainda usava a roupa de treino, estava suada e ofegante. — Tudo bem, não cheguei a tanto tempo. — Clara replicou. — Se quiser ir se trocar, esteja a vontade. — Sugeriu.— Obrigado, não vou demorar. Vou pedir que sirvam o café, tudo bem? — Questionou ao que Clara assentiu movendo a cabeça. — Então, já volto. — Falou.Tomaria um banho rápido, ligaria para o noivo e só depois voltaria para falar com a cerimonialistas.Aproveitando a