A noiva de Krampus: O demônio da Máfia

A noiva de Krampus: O demônio da MáfiaPT

Romance
Ária Martins  Atualizado agora
goodnovel16goodnovel
10
10 Avaliações
46Capítulos
3.0Kleituras
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Adicionado
Resumo
Índice

Sinopse

Na fria e austera Áustria, o Natal traz consigo o rigor do inverno e as sombras de lendas ancestrais. Nicoll Krueger, conhecido como o temido "Krampus da Máfia", nasceu em uma noite de Natal. Mas ao contrário do bom velhinho, Nicoll é a personificação do terror e do poder. Um homem que toma o que deseja, guiado por uma ambição tão gelada quanto os ventos que castigam as montanhas. Analia, filha do caseiro de Nicoll, cresceu à sombra de sua presença avassaladora. Com uma beleza que rivaliza com a serenidade dos campos nevados, ela chamou a atenção do mafioso. Agora, ele decidiu: ela será sua noiva. Mas tornar-se a Senhora Krueger é uma sentença que ninguém desejaria. Não há escapatória, não há escolha – apenas o peso do destino. Na noite de Natal, quando as trevas se aprofundam e a lenda do Krampus ganha vida, Analia terá que enfrentar não apenas o homem que deseja possuí-la, mas também as forças sombrias que ele carrega. Pois há mais em Nicoll do que a máfia e o poder: há algo demoníaco, um legado sombrio que ele abraça a cada solstício. Será o amor suficiente para resistir à escuridão? Ou Analia será consumida pelas sombras de um homem que nasceu para governar – e destruir?

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leitora
ótimo livro
2024-12-27 07:52:47
2
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Erica Carla
Ária mulher, cadê você?? Volta gata ...
2024-12-21 00:57:08
0
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vallcibelle silva
Quando vai começar os capítulos diários? ....... Estou ansiosa já ...
2024-12-19 07:28:58
0
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Erica Carla
Ária Tem previsão dos próximos capítulos?
2024-12-18 21:57:17
0
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Evelin
Apaixonada por todos os livros da Ária
2024-12-18 20:08:32
0
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Juliana Machado
Amando a estória, Ária como sempre arrasando. Parabéns, ......
2024-12-17 22:12:24
4
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Euzinha 123❤❤❤
As estórias de Ária são perfeitas, amo todos os livros.
2024-12-17 18:59:36
1
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Fatima Matioli
A história já começou forte e vai ser mais uma obra maravilhosa, adoro os livros da Ária e encontrar ela aqui no Buenovela me deixou feliz!
2024-12-17 18:56:36
1
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Luh Rdg
amo os livros da Ária Martins são ótimos sempre recomendo
2024-12-04 23:38:57
4
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Natalina Ribeiro
Ah que delícia encontrar minha autora Ária Martins por aqui ,com certeza Krampus será mais um livro extraordinário ......
2024-12-04 18:45:16
5
46 chapters
Medo
O Primeiro Encontro com o KrampusAnaliaA memória daquele Natal, tantos anos atrás, ainda me causa arrepios. Eu tinha dez anos e vivia com meus pais na propriedade da família Krueger, nas montanhas da Áustria. Naquele ano, a neve caía mais densa, cobrindo tudo em um silêncio sufocante. Papai dizia que o frio era mais intenso porque era "um ano de renascimento". Eu não entendia o que aquilo significava, mas o que vi naquela noite ficou gravado para sempre em minha mente.Foi a primeira vez que vi Nicoll, o "Krampus". Ele tinha quatorze anos e parecia... um ser que não deveria existir. Alto e magro, mas com uma presença que gelava mais que o vento lá fora. Ele andava pelo pátio como se o frio não pudesse tocá-lo, vestido apenas com uma bermuda escura. No rosto, uma pintura grotesca de caveira que contrastava com seus olhos sombrios, olhos que pareciam enxergar a alma das pessoas.Minha curiosidade infantil me levou a observá-lo pela janela da cozinha, mas assim que ele virou a cabeça e
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Frio
AnaliaO som do carro chegando é inconfundível. Primeiro, o ronco do motor que ressoa pelas montanhas cobertas de neve. Depois, as vozes abafadas dos senhores Krueger. Mas eu sei que ele está lá. Ele sempre está lá.Nicoll voltou para casa a tempo do Natal, o que significa que o desfile de horrores também está para começar. O ritual. A celebração grotesca que me aterroriza desde a infância. Decido que não vou sair. Não hoje. Não com ele por perto.Sento-me em frente à lareira, tentando me aquecer com o pouco calor que ela oferece. Mas o frio parece entrar por todos os cantos da casa, como se fosse uma extensão dele. O som da madeira estalando no fogo deveria ser reconfortante, mas, em vez disso, me lembra o estalo de passos na neve – pesados, firmes, inevitáveis.Tento me distrair com um livro, mas as palavras dançam nas páginas sem sentido. Minha mente insiste em retornar àquele dia. A visão dele com aquela máscara grotesca, pintada como uma caveira, sua silhueta alta destacada contr
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Reza
AnáliaEu caminho até a casa principal, tremendo como uma folha ao vento, com a mala ainda apertada contra o peito. Meus passos ecoam no chão de madeira polida, cada som mais alto do que eu gostaria. Quando paro diante da senhora Edith, meu coração parece sair pela boca.— Mandou me chamar, senhora? — pergunto, tentando manter a voz firme, mas ela treme junto comigo.Ela me encara com seus olhos frios, aquele olhar de superioridade que me fazia querer desaparecer. Então ri, um som baixo e zombeteiro, e responde:— Mandei, criança medrosa. Não precisa tremer. Como está?— Bem... posso ir? — A pergunta escapa antes que eu possa evitar, carregada de uma urgência que ela percebe imediatamente.Ela ri de novo, com mais gosto, como se minha inquietação fosse a coisa mais divertida que já viu. Eu não queria ficar ali. Não queria mesmo.— Queria ver como está. Está ainda mais bonita. Agora eu entendo.Fico paralisada. Ela entende o quê? Eu não entendia nada. Nada, nada...— Terminou seus estu
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Minha
NicollEu caminhei pelo quarto dela naquela noite. Os passos eram silenciosos, como se o próprio chão soubesse que era inútil tentar me trair. Analia era minha. Sempre foi. Desde o dia em que a escolhi, quando tinha quatorze anos. A garota das montanhas sombrias da Áustria me pertencia, mesmo que ela ainda não soubesse disso.Nunca fui um anjo, nunca me vesti como um. Nasci com uma mensagem ruim gravada no sangue dos meus ancestrais. Gélido. Perigoso. Eu era apenas mais um Krueger, um herdeiro dos legados mais nefastos que andavam sobre essas terras antigas. Não buscava redenção porque sabia que ela não existia para mim. Somente o poder era meu, e agora, finalmente, eu tinha todo ele em minhas mãos.E Analia... ah, Analia. A doce criança medrosa que fugia de mim como um cervo assustado. Ela corria, é verdade, mas estava certa em cada passo que dava. Ela sabia o que eu era, mesmo sem entender completamente.Eu era um demônio selvagem. Um predador das sombras alpinas. E ela estava na mi
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Pensamentos
AnáliaEu estava deitada, tentando me enterrar nos lençóis e esquecer o mundo, quando Marlene entrou apressada no meu quarto. Ela parecia agitada, as mãos tremiam, e o olhar estava mais assustado do que o normal.— Menina, eu o vi! — disse ela, sem esperar que eu respondesse.Virei o rosto para o outro lado, fechando os olhos com força. — Não quero saber, Marlene.— Mas eu preciso contar para alguém! Preciso, preciso contar, por favor!Sua voz estava carregada de urgência, mas eu sabia aonde aquela conversa ia levar, e não queria ouvir. Não queria. Mesmo assim, ela continuou, como se minha resistência fosse inútil, e talvez fosse.— Eu o vi. Nu. Nu! Achei que ele estava fora, nesse frio... Mas ele estava ali. Grande. Branco. Ele parecia um animal.Tapei meus ouvidos, minha respiração acelerada. Era como se as palavras dela fossem se materializando ao meu redor, formando uma imagem que eu não queria na minha cabeça.— Saia, Marlene.Ela hesitou, mas não parou. — Você não entende, Anali
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Dele
Eu caminhava, o som das árvores rangendo sob o peso do gelo preenchia o silêncio ao meu redor. O inverno parecia interminável, e eu contava os dias para que o sol chegasse à Áustria e trouxesse consigo um pouco de calor. Nos dias quentes, tudo ficava mais suportável. Eu poderia caminhar sem medo, ver pessoas, me sentir parte de algo além daquela solidão gelada.Enquanto seguia pela trilha, senti algo estranho, como se estivesse sendo observada. Parei, olhei ao redor, mas não vi nada. Apenas o vento dançando entre os galhos secos e o som distante de algum animal na floresta. Respirei fundo e continuei. Devia ser coisa da minha cabeça, me convenci. Mas o medo já se instalava, lento e implacável.Então, eu o vi. Um lobo. Enorme, majestoso, de pelagem branca como a neve. Seus olhos me encaravam com uma intensidade que me fez congelar. Não parecia um animal comum. Ele me olhava como se eu fosse sua presa, sua refeição preciosa.O instinto me tomou, e corri. Corri como nunca havia corrido a
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Sem chances
AnáliaEu sabia que não poderia me esconder no meu quarto para sempre. Quando Marlene me chamou para ajudar na limpeza, não tive escolha. Eu precisava do dinheiro. Guardava cada moeda na esperança de que, algum dia, pudesse juntar o suficiente para fugir. Fugir dele. Fugir de Krampus.Vesti-me com roupas simples e desci para a cozinha. Era enorme, e só Marlene não dava conta de manter tudo limpo. Por sorte, a casa estava vazia. Enquanto esfregávamos e organizávamos, ela falava sem parar, mais para preencher o silêncio do que para ouvir uma resposta minha. Eu respondia com monossílabos, tentando não chamar atenção.Ela reclamava do frio, do trabalho, e mencionou o jantar de gala que estava sendo preparado, com funcionários extras contratados só para a noite. E então aconteceu. Sem querer, esbarrei em uma prateleira, e um prato grande e caro caiu no chão, quebrando-se em pedaços.— Você é uma idiota, menina, estúpida! Sabe quanto custa um prato desses?— Foi sem querer, eu juro... — min
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Presa
Fiquei no quarto, encostada na parede, meu corpo tremendo e o estômago doendo de pavor. O medo era tão intenso que me fazia querer desaparecer, mas pulei de susto quando a porta se abriu de repente. Lá estava ele, Nicoll. Seu olhar era como um peso esmagador sobre mim. Ele estendeu a mão, convidativo, mas eu tremi e uma lágrima escapou quando recuei para longe dele.Ele não disse nada. Apenas me olhou, aproximou-se e... me cheirou. Um som baixo e feroz, quase um rosnado, escapou da garganta dele. Tentei me afastar, mas ele segurou meu braço firmemente, não permitindo.— Seu cheiro de perto é ainda melhor.Eu comecei a chorar, as lágrimas escorrendo livremente pelo meu rosto.— Por que está chorando? — ele perguntou, com um tom quase curioso.— Tenho pavor de você. Quero meu pai, minha casa... Por favor! Me deixe ir!Ele suspirou, sua voz baixa e final. — Não pode. Não mais, Analia. Não pode.Antes que eu pudesse reagir, ele abaixou a cabeça e pressionou os dentes contra o meu ombro. O
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Sua mulher
Eu não tinha certeza de como a noite terminou. Tudo parecia um borrão, como um pesadelo que não se desfazia mesmo quando eu tentava acordar. Lá fora, uma chuva forte começou a cair, as gotas batendo nas janelas com fúria. Mesmo assim, os convidados pareciam indiferentes, terminando o jantar e se despedindo, voltando para suas casas. Eu também queria ir embora, mas sabia que não podia. Não mais.A senhora Edith me levou até o quarto, falando com uma calma que parecia fora de lugar. Quando entramos, corri para o banheiro, como se pudesse me esconder de tudo aquilo. Ela veio atrás de mim, ajudando-me a lavar os cabelos e a esfregar minha pele, mas suas mãos eram diferentes, quase... maternais.Quando desligou o chuveiro e ligou o aquecedor, ela me vestiu com uma camisola longa, macia demais para ser confortável.— Vai passar, criança. — Sua voz era suave, mas firme. — Eu já estive no seu lugar, assustada como você. Mas passou, e hoje sou feliz. Muito feliz. Ouviu?Eu mal conseguia respon
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Conselho
Eu não sei como consegui dormir naquela noite. Talvez fosse o cansaço, a exaustão que finalmente venceu o medo. Mas, por incrível que pareça, em algum momento precisei me encostar em Krampus por causa do frio. Não foi por escolha, foi puro instinto. O calor do corpo dele era a única coisa que me afastava do congelamento que parecia vir de dentro de mim.Quando acordei, ele já não estava ali. Agradeci por isso. Respirei fundo e me levantei, tentando afastar os pensamentos sobre tudo que havia acontecido. Chorei um pouco, sem querer, enquanto me arrumava para o café. Estava atrasada, e sabia que todos já estariam na mesa.Quando cheguei, as conversas diminuíram, e os olhos de todos se voltaram para mim.— Desculpa. Perdi a hora. — Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia.— Não tem problema, minha filha. Sente-se. — O pai de Nicoll falou, sua voz carregada de uma falsa cordialidade que só aumentava minha inquietação.Eu ia me sentar o mais longe possível de Krampus, mas antes que p
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