Presa

Fiquei no quarto, encostada na parede, meu corpo tremendo e o estômago doendo de pavor. O medo era tão intenso que me fazia querer desaparecer, mas pulei de susto quando a porta se abriu de repente. Lá estava ele, Nicoll. Seu olhar era como um peso esmagador sobre mim. Ele estendeu a mão, convidativo, mas eu tremi e uma lágrima escapou quando recuei para longe dele.

Ele não disse nada. Apenas me olhou, aproximou-se e... me cheirou. Um som baixo e feroz, quase um rosnado, escapou da garganta dele. Tentei me afastar, mas ele segurou meu braço firmemente, não permitindo.

— Seu cheiro de perto é ainda melhor.

Eu comecei a chorar, as lágrimas escorrendo livremente pelo meu rosto.

— Por que está chorando? — ele perguntou, com um tom quase curioso.

— Tenho pavor de você. Quero meu pai, minha casa... Por favor! Me deixe ir!

Ele suspirou, sua voz baixa e final. — Não pode. Não mais, Analia. Não pode.

Antes que eu pudesse reagir, ele abaixou a cabeça e pressionou os dentes contra o meu ombro. O
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