Rosa Duret, uma jovem de dezenove anos, tem uma beleza única que logo atrai os olhares de todos. Seus cabelos ruivos flamejantes e sua pele clara, coberta por pequenas sardas, tornam-na uma figura memorável. Ela vive com sua irmã, Jéssica, e cuida de seu sobrinho com uma dedicação que transcende o vínculo de tia e sobrinho, tratando-o como seu próprio filho. Apesar da juventude, Rosa carrega o peso das responsabilidades que normalmente caberiam a uma mãe, lutando para equilibrar seus estudos com um trabalho árduo. A vida de Rosa nunca foi fácil. Criada no campo, em uma pequena cidade cercada pela tranquilidade e beleza da natureza, sua existência sempre foi simples, mas marcada por desafios. Desde cedo, ela aprendeu a lidar com as dificuldades da vida rural, onde cada dia é uma batalha contra a escassez e a solidão. Mesmo com tantas responsabilidades, ela nunca deixou que seus sonhos desaparecessem. Rosa se vê forçada a deixar tudo para trás e se mudar para Paris, em busca de novas oportunidades. Na capital francesa, ela se encontra imersa em um mundo completamente diferente, mais urbano e perigoso. É nesse cenário que ela conhece Guilherme Moreau, um enigmático mafioso, herdeiro de uma das famílias mais poderosas e influentes da máfia francesa. Guilherme, com sua presença imponente e olhar penetrante, logo desperta algo em Rosa que ela jamais imaginou que poderia sentir. Ele é um homem envolto em mistérios, com um passado sombrio, e sua vida é marcada por perigos e segredos. Rosa se vê envolvida em um jogo perigoso, onde confiança é rara e a verdade é um luxo que poucos podem se permitir. Ela luta para manter sua independência e ao mesmo tempo enfrenta os desafios de um mundo repleto de sombras, onde os próprios sentimentos podem se tornar uma ameaça.
Ler maisGuilherme finalmente encontrou. Descobriu que eles haviam embarcado para o Rio, usando identidades falsas.Na documentação, Rosa era a responsável por Vitinho — o que, de certo modo, facilitou a fuga.Sem perder tempo, Guilherme pegou o carro e seguiu o ônibus. O veículo ainda não tinha feito parada, o que dificultou que Guilherme os acompanhasse.Desesperado, ele fazia manobras perigosas na BR, forçando o motorista a decidir se parava pela insistência dele ou se seguia viagem. O homem temeu um assalto... mas, antes que acontecesse um acidente, cedeu.A porta do ônibus se abriu com um rangido tenso.Guilherme começou a gritar:— Rosa! Rosa! — sua voz era um misto de alívio, urgência e angústia.Lá dentro, Rosa cochilava. Não havia pregado o olho a noite inteira.Mas quem ouviu foi Vitinho. Seus olhos se arregalaram. O coração disparou. Ele conhecia aquela voz.— É o tio! É o tio Guilherme! — gritou o menino, levantando-se num pulo.Rosa tentou contê-lo com o braço, o coração acelerado
Guilherme estava em choque.Rosa, sem entender o que acontecia, mal conseguiu pensar nesse detalhe.Virgindade. Foi isso que Guilherme descobriu. Rosa era virgem — e agora ele sabia que Vitinho não era filho dela. Aquilo explicava a falta de experiência no beijo, o jeito delicado, inseguro.Ele pensou que deveria ter ficado bravo. Afinal, ela havia mentido. E eram mentiras comprometedoras.Mas, à sua frente, estava uma menina ainda intocada, que confiava nele. Nem podia chamá-la de mulher — era uma menina pura, que ele deveria ter protegido com mais cuidado.Guilherme ficou ali, parado, em silêncio, tentando processar tudo.Rosa, envergonhada, encolheu-se. O corpo tremia. Sentiu que talvez ele estivesse arrependido de ter se deitado com ela.Sem dizer nada, levantou-se devagar, pegou as roupas e se vestiu às pressas, tentando esconder as lágrimas que insistiam em escorrer.Guilherme continuava imóvel, paralisado, sem saber o que dizer, o que fazer.— Rosa... eu... eu sinto muito... —
Rosa até ia trocar de roupa.— Não precisa… — Guilherme disse, num tom baixo e seguro. — Não vai encontrar com ninguém no caminho.Ela apenas pegou um roupão e colocou por cima da camisola leve. Com o celular na mão, acompanhou Guilherme, que carregava Vitinho nos braços. O menino tinha um sono pesado, respirava devagarinho.Rosa, antes de sair, fechou as janelas e trancou as portas. O céu lá fora estava estrelado, bonito, sereno, quase como um sinal de paz.Guilherme levou Vitinho até o quarto que já considerava ser do garoto. Rosa ia para o quarto onde costumava dormir quando estava na casa grande, mas ele a segurou pela mão com delicadeza.— Dorme comigo. — pediu, com os olhos presos nos dela.— Eu acho que ainda não é o momento… — ela respondeu, hesitante, olhando pro chão.— Não vamos fazer nada… só dormir. — ele garantiu, com uma sinceridade quase infantil.— Promete? — Ela ergueu os olhos, desconfiada.Ele se aproximou e a beijou. Rosa gemeu baixinho nos lábios dele, surpresa c
Os dias seguiam nada tranquilos. Guilherme continuava tentando obter mais informações sobre a família Rosa — queria saber quem eram todos eles.Rosa até tentava fugir de Guilherme, mas era quase impossível. Adorava os beijos dele.— Gui, não podemos fazer isso — murmurou ela, com a respiração acelerada.Ele estava grudado nela na cozinha, em plena tarde, com um calor imenso lá fora. Dentro da cozinha, tudo parecia ainda mais quente.Guilherme enfiou a língua dentro da boca dela, e Rosa correspondeu. Tinha aprendido direitinho.A excitação dele era tamanha que chegava a doer.— Me diga o que não podemos, Rosa? — ele provocou, a voz rouca de desejo.Ela esqueceu de reclamar. Nem sabia mais se conseguiria ficar sem os beijos dele.Vitinho estava na casa de Tião, brincando com as gêmeas que tinham a mesma idade que ele.— Sabe, Rosa... às vezes acho que você usa esses vestidos só pra me provocar — ele murmurou, encostando os lábios outra vez nos dela.Mas Rosa não deixava passar disso, e
No restante do domingo, Guilherme tentou uma aproximação com Rosa, mas ela fugiu.Até seus tecidos ela deixou na máquina de costura... Ele suspirou, pensativo, talvez fosse melhor ceder e deixá-la levar aquela máquina para a casa dela de uma vez por todas.Na segunda-feira, era dia de vindima — a tradicional colheita manual das uvas. Raramente, na propriedade, Guilherme optava pela colheita mecânica. Gostava da tradição, do burburinho dos homens, do som das tesouras cortando os cachos e da conversa fiada no meio das parreiras.Enquanto isso, algumas mulheres se juntaram a Meg e Rosa na cozinha para ajudar nos preparativos do almoço. Estava uma bagunça gostosa, barulhenta, cheia de risos. Guilherme, como de costume, ajudava os homens. Cada um com sua tesoura, iam trabalhando com afinco.À noite, todos se reuniriam ao redor da fogueira para ouvir modas de viola, comer carne assada e beber um bom vinho.Mas, no momento do almoço, Guilherme e Meg perceberam a ausência de Rosa. Ele sabia o
Rosa percebeu que Guilherme ficou intrigado, mas pensou que talvez ele não tivesse gostado do beijo… ou quem sabe, aquela metida da Katrina ainda mexesse com ele, e ele poderia não ter gostado dela ter se intrometido na história.— Ora, ora, parece que temos um casal apaixonado — Katrina tentou manter a pose, mas por dentro... ela fervia. Odiou ver a cena, odiou ainda mais perceber que Guilherme parecia mexido com Rosa.Já Gustavo se mantinha calado. Observava tudo com atenção, analisando cada detalhe. E estava fascinado por Rosa. Por dentro, pensava que talvez ela estivesse com Guilherme por interesse... talvez por dinheiro.— Vão embora — Guilherme exigiu, seco.— Precisamos conversar — Gustavo afirmou com firmeza.— Não temos o que conversar. Vão embora agora. E não voltem mais!— Precisamos ir até Gramado — insistiu Gustavo.Era uma cidade no Rio Grande do Sul. A mãe deles havia sido enterrada lá, e uma missa era realizada todos os anos. Os irmãos sempre se deslocavam para a cerim
Rosa acordou, fez sua higiene matinal e tomou um café. Viu, pela janela, quando Guilherme saiu em uma moto. Era uma manhã de domingo.Ela pegou os tecidos e foi para a mansão costurar — assim aliviaria a tensão. Rosa perdeu a noção do tempo costurando, nem percebeu quando Guilherme chegou.— A cabeça dói? — ele perguntou, com voz grave.Ela gritou de susto, levando a mão ao peito.— Tá tentando bater meta em sustos? Deus! Vai me matar a qualquer hora... — reclamou, ofegante.Ele se aproximou dela, a expressão carregada, como se lutasse consigo mesmo.— Me perdoa por ter deixado você beber? — a voz era sincera, cheia de culpa.Ela levantou-se devagar.— Eu perdoo... Entendo que você não sabe quem eu sou. Mas juro que não vou prejudicar você.— Sei que não... — ele suspirou, desviando o olhar. — Não tenho medo disso. E não tô assustado e confuso por esse motivo.— E o que é então? — ela perguntou, franzindo o cenho.Ele se aproximou mais um pouco, com os olhos fixos nela. Com delicadeza
Rosa dormiu o restante da tarde.Quando acordou, Guilherme não estava. Ele precisou conversar com César por telefone. Como era sobre Jéssica e também sobre Rosa, teve que ser no escritório, por conta do isolamento acústico.Guilherme queria saber tudo sobre a vida das irmãs. Quem realmente elas eram... e como vieram parar em sua empresa — ou melhor, em sua máfia.Rosa foi para sua casa.Antes disso, Guilherme havia ficado ali, observando ela dormir. Viu quando os pesadelos a atormentaram e, depois, a calmaria e a doçura voltaram a dominar sua expressão.Ele ficou excitado quando o vestido dela subiu, deixando à mostra as coxas grossas.Já em casa, Rosa tomou outro banho, olhou alguns tecidos e desenhou alguns modelos de peças. Já era noite. Ela estava sentada na varanda, quase terminando a leitura do livro que lia. A noite estava quente.Guilherme a observava de longe, montado em sua moto. Parou em frente à pequena casa. Ela estava tão concentrada que só percebeu sua presença ao ouvir
A recepcionista anunciou que Guilherme queria falar com Rosa. Pediu que ela descesse.Mas Rosa era atrevida. Mandou Guilherme subir até seu quarto.Ele subiu.Ela o esperava na porta.— Bem-vindo, Guilherme Moreau. Entre.— O que vim te falar, posso falar aqui mesmo, na porta.Jéssica sorriu.Guilherme estava com feição de poucos amigos.— Não faça essa desfeita. Entre.Guilherme entrou. Observou a champanhe no vaso, com bastante gelo.— Sabia que você viria.— Por isso a champanhe?Ela sorriu alto.— Exatamente. Sinto muito por não ser um dos seus excelentes vinhos.Jéssica serviu champanhe em duas taças e ofereceu uma a Guilherme.Ele não pegou. Olhava pra ela, com ódio.— Se sabia que eu vinha, deveria saber que não beberia champanhe com você.— Por que a raiva, querido?Ela desdenhava. Sabia o motivo de ele estar irritado.— Você está demitida. Quero você fora e longe. Bem longe da minha empresa, da vida de Rosa e de Vitinho também.Rosa bebeu todo o líquido da taça.Colocou a taç