Início / Máfia / A Rosa da Máfia / Manutenção de Poder
Manutenção de Poder

Anos depois de fugir para o Brasil em busca de diversão e liberdade, Gustavo viu seu dinheiro se esgotar. O estilo de vida luxuoso e irresponsável que havia adotado começou a desmoronar, e a realidade, dura como sempre, o forçou a voltar para onde tudo começou. Não havia mais alternativas. O poder de sua família ainda estava vivo, mas, sem a fortuna que ele havia desperdiçado, não restava outra opção senão retornar para o império que ele tinha deixado para trás.

Ao voltar, encontrou Guilherme bem diferente do homem que havia deixado para trás. Guilherme agora era um homem marcado não apenas pelas cicatrizes do corpo, mas pela responsabilidade e peso do império. Sua presença era imponente: alto, forte, com um olhar ríspido e frio. A dureza de sua vida e as exigências de seu cargo o haviam transformado em alguém quase inacessível. Guilherme era uma parede de força, de indiferença, e estava muito distante de ser o irmão que Gustavo conhecera.

Por outro lado, Gustavo continuava a ser um homem de estatura baixa, com uma pele delicada, mas com uma alma mesquinha, sempre em busca de poder e de qualquer oportunidade para se dar bem de forma fácil. Ao longo dos anos, ele se tornara cada vez mais parecido com Katrina, sua cunhada, que também era fútil e arrogante, preocupada apenas com status e aparências. Foi natural, então, que os dois, unidos por uma ambição comum, desenvolvessem um caso. Não havia amor entre eles, apenas uma aliança de conveniência, construída sobre o desejo de poder, controle e ganhos pessoais. Ambos se entendiam nas futilidades, nas conversas vazias sobre aparência, luxo e status social.

Enquanto Guilherme estava imerso nas exigências do império, Gustavo e Katrina se uniram não por afeto, mas pela busca incessante de mais poder e riqueza. O casamento de Guilherme com Katrina, uma união arranjada, agora se transformava em uma relação ainda mais complicada, pois a química entre ela e Gustavo, feita de ambição e interesse, se desenrolava aos poucos, com ambos tentando manipular a situação em favor próprio, sem jamais se importarem com o que isso significava para os outros ao redor.

Quando Guilherme descobriu o caso entre Gustavo e Katrina, ele não sentiu nem mesmo raiva. Ele não nutria nenhum tipo de sentimento por Katrina; para ele, o casamento com ela nunca passara de um acordo entre impérios, uma formalidade exigida pelas alianças familiares. Ele a via como uma peça do jogo, sem qualquer valor afetivo, e a traição não era algo que o abalasse emocionalmente. Katrina nunca foi uma parceira, mas uma obrigação, uma estratégia de poder. Portanto, a revelação do caso foi apenas mais um lembrete de que o casamento que ele foi forçado a aceitar era, na verdade, uma farsa.

Meg, sempre atenta ao que acontecia na vida dos meninos, implorou a Guilherme que poupasse a vida de Gustavo. Apesar das mágoas e de tudo o que havia acontecido, ela sabia que, no fundo, ele era seu irmão, e Guilherme, por mais impiedoso que fosse em sua posição, não poderia ser cruel a ponto de destruir um laço de sangue. Meg pediu com tanto fervor e desespero que Guilherme, embora não estivesse inclinado a fazer qualquer tipo de concessão, concordou em poupar Gustavo da morte.

Por outro lado, o pai de Katrina, temendo as repercussões da traição de sua filha e o risco de que sua família fosse destroçada no processo, fez um acordo com Guilherme. Ele sacrificou todo o seu dinheiro e recursos em troca da vida de Katrina, oferecendo uma compensação financeira que acalmou o império de Guilherme e manteve a estabilidade de sua posição.

Como o casamento entre Guilherme e Katrina nunca havia sido apresentado ao conselho e não era formalizado de acordo com as regras da máfia, a separação ocorreu de forma rápida e sem sangue. Não houve confronto, não houve morte. Guilherme, finalmente livre da mulher que nunca amou e que apenas lhe trouxe problemas, sentiu um alívio indescritível. A saída de Katrina de sua vida foi como um peso retirado de seus ombros. Ele não sentia raiva, apenas uma sensação de liberação, como se tivesse finalmente se livrado de uma presença fútil e vazia que nunca teve realmente um papel significativo em sua vida. A máfia, o império, tudo isso ainda era mais importante do que qualquer outro vínculo que ele pudesse ter, e se livrar daquela mulher representava um passo para focar novamente no que realmente importava: a manutenção do poder.

Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App