"Fale a verdade," ele diz, encarando-a com uma intensidade que fazia seu coração vacilar. "Esse menino é meu filho, não é?" Isabele esboça um sorriso sarcástico, mas seus olhos brilham de mágoa. "Só em seus sonhos, Álvaro." Seis anos depois, Isabele retorna à sua cidade para o casamento da mãe e descobre a verdade chocante: Álvaro, o pai de seu filho, será o enteado de sua mãe. Forçada a encarar o passado, ela precisa decidir se pode enfrentar o homem que a quebrou ou se o destino lhes dará uma segunda chance.
Ler maisEle estava tão próximo, tão perto que ela podia sentir sua respiração quente em seus lábios. Isabele queria empurrá-lo para longe, queria gritar, mas algo nela se aquecia, algo que ela não conseguia controlar. A mistura de raiva e desejo era como um fogo que queimava seu peito. Ela odiava isso, odiava como ele conseguia desestabilizá-la, como ele ainda tinha esse poder sobre ela. Ela deu um passo para trás, a respiração acelerada, tentando se afastar da presença dele. Mas dentro dela, uma batalha estava sendo travada. O desejo de fugir e o desejo de enfrentá-lo, de não ser submissa a ele, mas ao mesmo tempo, um conflito de sentimentos que ela não conseguia resolver. Álvaro a observava com uma expressão enigmática, como se estivesse ciente de todo o turbilhão de emoções que ela estava sentindo. Ele não se movia, mas também não tirava os olhos dela. Ele sabia que ela estava em um dilema, e isso, de alguma forma, o fazia querer-la ainda mais. — Então, o que vai ser, Isa? — ele pergu
A acusação caiu como uma bomba entre eles, mas Álvaro não recuou. — Eu não estou admitindo nada, porque eu não fiz aquilo. Estou admitindo que sou culpado por me aproximar de você por causa daquela aposta estúpida, e um dia ainda vou te provar minha inocência. Isabele cruzou os braços, seus olhos desafiadores. — Não perca seu tempo, Álvaro. Porque nós sabemos que você é culpado e não tem como mudar isso. E, por favor, não diga nada à minha mãe ou ao seu pai sobre a minha viagem. Se, por acaso, eles telefonarem, deixa que depois eu ligo para ela e explico tudo sobre minha partida. Álvaro olhou para ela com uma determinação inabalável. — Eu não direi nada, simplesmente porque você não vai a lugar nenhum. Dessa vez, não vou deixar você fugir, Isabele. — O que você quer dizer com isso? — Ela tentou manter a compostura, mas a inquietação na voz entregava o quanto aquela conversa a afetava. Álvaro deu um passo à frente, o olhar fixo nela com a precisão de um predador. Ele sabia
_Que bom que se deu conta disso ,porque é mais um motivo para saber que eu não me deixou enganar tão facilmente por suas boas intenções ,Álvaro.Disse Isabele com um sorriso carregado de sarcasmo. Por um bom tempo depois do que ela disse ,o silêncio no escritório se estendeu por alguns segundos, quebrado apenas pelo som suave da porta sendo aberta. Isabele, com uma expressão cansada, se preparou para sair, como se já tivesse encerrado tudo. Mas antes que pudesse dar o último passo, Álvaro falou, sua voz firme e carregada de uma tensão que ele mal conseguia controlar. — Ao contrário, ainda temos muito o que conversar — disse ele, dando um passo à frente, seus olhos fixos nos dela. — E uma das coisas que preciso dizer é que, como mencionei antes, não vou omitir de sua mãe e do meu pai que tivemos um passado juntos. Mesmo que não tenhamos um futuro, como você deixou claro, eu quero ser honesto com eles sobre tudo o que aconteceu entre nós. Isabele se virou, o semblante endurecido,
Isabele manteve o olhar fixo nele, um brilho de desdém nos olhos. Ela sabia o quanto isso o machucava, mas precisava ser clara. Queria deixar que ele acreditasse que ela havia se entregado a algo que não significava nada para ela. — Mas foi exatamente isso para mim, apenas sexo. Se eu soubesse que depois você ia se comportar como um adolescente apaixonado, fazendo planos e incluindo eu e o meu filho neles, eu não teria transado com você — ela disse, sua voz calma, mas cortante. Aquelas palavras, tão diretas e impiedosas, pareciam ter o poder de destruir qualquer esperança que Álvaro ainda nutrisse. Ele ficou em silêncio por um momento, a dor estampada em seu rosto. Mas a raiva ainda estava lá, viva, como um fogo incontrolável. — Por que não para de fingir ser essa mulher fria e distante que quer me fazer acreditar que é? — ele disse, a voz baixa, mas cheia de intensidade. — Assume de uma vez que você só se entregou para mim porque ainda me ama. Assim como eu ainda te amo. Para
Álvaro se inclinou ligeiramente para frente, e sua expressão mudou. Havia uma nítida irritação ali, mas também uma determinação. Ele sentia que precisava falar aquilo, precisava resolver sua história com Isabele e dessa vez ela terá que ouvi-lo. — Pois para mim não está encerrado. Eu acho que, depois do que aconteceu, temos muito o que conversar. Eu também tomei uma decisão: ser honesto com sua mãe e com meu pai. Vou contar a verdade — fui eu quem te fez tanto mal no passado. As palavras de Álvaro caíram como uma bomba no ambiente, e Isabele engasgou com a ideia. Ela olhou para ele, atônita, e a reação foi imediata. Ela sabia que aquilo era inconcebível. Não só porque a confusão que isso causaria em sua vida, mas também porque essa revelação poderia destruir o delicado equilíbrio que ela ainda tentava manter. Sua mãe, que havia visto o quanto ela sofreu por causa de Álvaro,sem saber que foi o homem que lhe fez tanto mal no passado, ficaria magoada, e seu pai de Álvaro, com certeza,
Pensando nisso ela tomou uma decisão. Ela iria embora. Antes que sua mãe retornasse da lua de mel, antes que qualquer outra coisa acontecesse, ela precisava sair daquele lugar, de tudo o que representava aquelas paredes, daquela atmosfera carregada de tensão. Como designer de interiores, sabia como dar explicações plausíveis, podia usar uma proposta de trabalho para justificar para sua mãe a sua partida . Irá com Davi para a casa de uma amiga de faculdade, em Angra dos Reis. A pousada da amiga seria o refúgio necessário para afastá-la de tudo o que se passava em sua mente, longe de Álvaro, longe de seus próprios sentimentos confusos. Depois da decisão tomada e de ter ligado para amiga para avisá-la de sua ida para Angra ,ela teve uma noite turbulenta. Os pesadelos dominaram seu sono, e era sempre o mesmo Álvaro se gabando para seus amigos, rindo dela, dizendo que havia "provado" novamente que ela ainda era louca por ele e mesma garota fácil de antes. Esse pesadelo a fez acor
A presença de Álvaro em sua vida agora era uma bomba-relógio, uma complicação que ela não poderia mais ignorar. Álvaro ficou parado por um segundo, processando o que ela acabara de dizer. Havia algo em seu olhar, algo que parecia uma mistura de raiva e compreensão. Mas ele não a interrompeu. Ao invés disso, ele disse, com uma ironia suave: — Nossa, você admitir que me queria e não me encher de acusações do tipo "você me seduziu" ou "você me atacou", como o grande canalha que vive me acusando de ser , Já é um grande progresso entre nós. Isabele sentiu o peso daquelas palavras, mas não olhou para trás. Ela estava, de algum modo, tentando se proteger. Mas o que ele disse a fez parar por um momento. Ele ainda acha que tudo isso é apenas sobre ele? pensou ela. — Pelo jeito, você está afim de discutir ou se gabar de sua proeza de ter me provado que ainda te quero .Só que, como eu disse, tenho coisas mais importantes para fazer. Como ver como está meu filho. Com licença. Com um últi
A pressão da porta contra suas costas foi o único ponto de ângulo em que ela se apoiou enquanto ele a possuía, de forma selvagem, mas também íntima, como se o mundo tivesse parado, como se eles fossem os únicos que importavam agora. Isabele se entregou a ele sem reservas, seus corpos se movendo juntos, como se fossem feitos um para o outro. Os gemidos deles se misturaram no ar, tão intensos e desesperados quanto a paixão que os consumia. Cada movimento, cada toque, aumentava a tensão, os fazendo ir mais fundo, mais rápido, mais fortes. E no auge de tudo, no momento em que não havia mais separação entre seus corpos, entre seus corações, ela se perdeu em um êxtase avassalador e momentos depois Álvaro se derramou dentro dela com um gemido gutural sentindo tremores por todo seu corpo tamanha a o intensidade do seu prazer ,exausto sustentando o peso dela em seus braços fortes no auge do seu prazer mas feliz e satisfeito como nunca esteve há muito tempo. Depois de se perder em êxtase em
Ela ainda tentou se afastar, reunindo um último resquício de razão que lhe sobrou ,mas não conseguiu . O corpo dele era grande, forte, imbatível, e tinha que confessar para si mesma que não era força dele que a mantinha ali e sim a força do seu desejo por ele também não a deixava pedir que ele a libertasse ,porque no fundo ela sabia que apesar de tudo que pensava dele Álvaro nunca a forçaria a nada . Ele a pressionava contra a porta, e cada movimento seu a fazia sentir-se ainda mais frágil, mais vulnerável. Mas ao mesmo tempo, ela não queria que ele se afastasse. Queria que ele ficasse, que a tomasse, que a devorasse. O desejo era tão forte que parecia consumir seus pensamentos, seus sentimentos. Ele a beijou com mais intensidade, suas mãos agora explorando seu corpo, tocando-a de maneira possessiva, como se fosse dele. E, de certa forma, ela sentiu que era. O desejo, a atração, a química... tudo aquilo os unia de uma maneira que ela não podia controlar. Isabele sentiu o corpo d