capítulo 7
Isabele voltou para a mesa com passos firmes, tentando conter a tempestade de emoções que Álvaro despertara nela. Seu coração ainda pulsava descompassado, e seus lábios, apesar de sua resistência, ainda sentiam o gosto do beijo roubado. Ela inspirou profundamente, ergueu o queixo e forçou um sorriso ao se sentar novamente.

Davi, seu filho de quatro anos, esfregava os olhinhos sonolentos, encostando a cabeça em seu braço. Ela aproveitou aquela oportunidade para se recompor, deslizando os dedos pelos cabelos dele com carinho.

— Mamãe... tô com sono... — murmurou o menino, a voz arrastada.

Isabele sorriu, aliviada por ter uma desculpa perfeita para sair dali. Ela olhou para a mãe, Angélica, que conversava animadamente com o pai de Álvaro.

— Mãe, acho melhor eu ir embora. Davi está exausto — disse, mantendo a voz calma, embora sua mente ainda estivesse um caos.

Angélica olhou para o neto com ternura e assentiu.

— Claro, querida. Mas você não vai pegar um táxi sozinha essa hora,
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