Davi não resistiu. Apenas obedeceu, paralisado pelo medo. Assim que a porta foi fechada, Vera acelerou o carro, sumindo pelas ruas da cidade. O plano havia sido executado com sucesso. alguns momentos depois o telefone de Isabele tocou, e seu coração quase saltou do peito ao ver o número da escola na tela. Algo dentro dela gritou que não era uma simples ligação comum. Com dedos trêmulos, ela atendeu. — Senhora Isabele? — a voz da diretora estava carregada de urgência. — Sim, sou eu… o que aconteceu? — É sobre o Davi… O mundo ao redor de Isabele parou. — O que tem meu filho? — sua voz já estava carregada de desespero. — Ele… ele foi sequestrado. Um grito desesperado rompeu sua garganta. O telefone escorregou de suas mãos enquanto sua visão se nublava, os joelhos enfraquecendo. Álvaro, que estava ao seu lado, pegou o celular antes que caísse no chão. — Como isso aconteceu? — ele rosnou. A diretora explicou tudo. Uma falsa policial, uma distração, e Davi foi levado diante de
O coração de Isabele se apertou de uma forma que ela nunca havia sentido. Ela queria gritar, xingar, ameaçar, dizer que acabaria com Luana se algo acontecesse com seu filho. Mas se controlou. Davi precisava dela lúcida. — Onde você está? — sua voz veio trêmula, mas firme. — Vou te mandar o endereço agora. E sem gracinha. Se eu desconfiar que chamou a polícia, nunca mais verão seu filho. Segundos depois, uma mensagem chegou no celular de Isabele com o endereço. Uma casa abandonada no meio do nada. O coração dela deu um salto ao ler aquilo. Um lugar perfeito para crimes, para desaparecer com alguém sem deixar rastros. — E chega de papo furado ...— Luana continuou. — Passe o telefone para Álvaro. Isabele hesitou, mas fez o que ela pediu. Álvaro pegou o telefone com um olhar de puro ódio. — O que você quer agora, sua desgraçada? Do outro lado, Luana soltou um riso frio. — Pensei bem e mudei de ideia. Quero que você venha junto com a Isabele. Quero me despedir de você an
— Eu nunca disse isso — Luana respondeu, cruzando os braços. — O menino vai embora com você, mas Isabele vai pode ir se despedindo da sua vidinha medíocre aqui mesmo. A ameaça fez um frio gélido percorrer a espinha de Álvaro. Ele deu um passo à frente, o olhar flamejando de ódio. — Se quiser matar alguém, mate a mim. — Eu jamais machucaria você, apesar de ter desprezado meu amor ,eu ainda te amo ,Álvaro. - Luana murmurou, com uma expressão quase triste. — Mas ela… Ela roubou você de mim. Isabele sentiu o coração disparar, mas não demonstrou medo quando Luana encostou a arma engatilhada em sua cabeça. — Cuide de Davi e Maria Vitória — sussurrou, fechando os olhos, pronta para o pior. Álvaro sentiu algo se romper dentro dele. Se Luana fizesse aquilo, ele a mataria com as próprias mãos. — Se poupar a vida de Isabele, eu vou embora com você — disse, jogando sua última cartada. Vera olhou para Luana, desconfiada. — Isso é uma armadilha! Não se deixe enganar pelo bonit
— Onde está o Álvaro? Como ele está? — Ainda não sabemos… — sua voz saiu embargada. — Meu filho… — Gabriel passou as mãos pelos cabelos, aflito. Angélica se aproximou e segurou as mãos de Isabele. — Você precisa ser forte, filha. — Eu estou tentando… — Vou levar Davi para casa. Você precisa focar no Álvaro agora ,tenha fé, filha , que tudo vai dar certo . Isabele assentiu e se abaixou ao lado do carro para beijar a testa de Davi antes de entregá-lo à avó. — Mamãe volta logo, meu amor. Ela os assistiu irem embora, e só então se permitiu desmoronar. O tempo parecia não passar. Isabele andava de um lado para o outro na sala de espera, o estômago revirado pela angústia. A cada porta que
Isabele observava cada movimento dele com o coração acelerado, esperando por qualquer sinal de que ele realmente estava ali, com ela. Quando ele finalmente olhou em seus olhos, a esperança brilhou no rosto dela. — Isso mesmo, amor. Aposto que pensou que eu perdi a memória, não é? — sua voz saiu rouca, mais fraca do que ele lembrava, mas ainda carregada com aquele tom brincalhão. Por alguns segundos, ela ficou paralisada, como se seu cérebro estivesse tentando processar o que ele tinha acabado de dizer. Então, sem aviso, lhe deu um tapa leve no braço, fazendo-o soltar um gemido de dor. — Seu safado! Como tem coragem de brincar com uma coisa tão séria?! Álvaro tentou rir, mas sua própria fraqueza o pegou de surpresa. O peito subia e descia com esforço, e ele franziu a testa ao sentir a dor pulsante no local do tiro. — Ai… — gemeu, f
Isabele riu e caminhou até ele, ajudando-o a se levantar. Com cuidado, ela levou Álvaro até o banheiro e começou a ajudá-lo a se despir. Quando retirou sua camisa, ficou impressionada com o quanto ele havia emagrecido. Seu peito ainda era forte, mas os músculos estavam menos definidos. Ainda assim, ele continuava lindo… e perigoso para seu autocontrole. Ao abaixar suas calças, preparando-se para ajudá-lo a entrar no chuveiro, Álvaro a surpreendeu ao segurá-la pela cintura e puxá-la para perto. — Álvaro! — ela exclamou, surpresa. Ele não respondeu, apenas selou seus lábios nos dela em um beijo ardente, carregado de saudade e necessidade. A água quente começou a cair sobre os dois, escorrendo pelos corpos que há tanto tempo ansiavam um pelo outro. Isabele sentiu a pele arrepiar-se sob o toque firme das mãos de Ál
Ele enterrou o rosto na curva do pescoço dela, beijando e mordiscando suavemente sua pele enquanto aumentava o ritmo, guiado pelos gemidos de Isabele. — Eu te amo, Isabele… nunca mais vou te deixar. Ela apertou-se mais contra ele, sentindo o clímax se aproximar como uma onda arrebatadora. Os dois estavam tão conectados, tão entregues um ao outro, que o ápice veio ao mesmo tempo, arrancando-lhes suspiros e gemidos sôfregos. Quando finalmente pararam, ainda ofegantes, Álvaro encostou a testa na dela, um sorriso satisfeito nos lábios. — Definitivamente, o melhor banho da minha vida. Isabele riu, acariciando seu rosto com carinho. — Você deveria estar fraco, mas acho que subestimei seu fogo. Ele sorriu de
Álvaro a observava com um sorriso satisfeito. Nada no mundo o fazia mais feliz do que ver o brilho nos olhos dela. — Eu queria um lugar onde pudéssemos esquecer tudo de ruim que vivemos. — ele disse, segurando a mão dela. — E já que fomos tão felizes aqui em nossa lua de mel eu comprei a ilha para você e ela é toda sua. Isabele piscou, confusa. — Minha? Ele sorriu, puxando-a para mais perto. — Comprei a ilha para você, meu amor. Toda essa beleza, esse refúgio… é todo seu . Os olhos dela se encheram de lágrimas. — Álvaro… isso é um sonho. — Um sonho que tive prazer de tornar realidade — ele murmurou antes de beijá-la, sel