Giovani enfim se encontrava a um passo de realizar seu objetivo: trabalhar diretamente com a famosa CEO do renomado Grupo Belaniel. Conhecida não só por ser considerada um gênio dos negócios, mas também pela personalidade única e humor afiado. Uma mulher respeitada e temida, dona de 1,78m de altura e exóticos olhos cor de rubi, pertencente a uma família extremamente respeitada no mundo dos negócios. Os Belaniel, uma família singular com regras e políticas próprias que desconhece a palavra "perder". Para silenciar rumores irritantes, Cordélia Belaniel (a CEO) resolve brincar com a mídia e aqueles que a atormentam, encontrando em Giovani um propósito extra ainda mais interessante. Sem perceber, o rapaz adentrou um covil de predadores astutos, cativando a atenção da mais audaciosa e sedutora entre eles. O que acontecerá a partir de agora?
Ler maisGiovani observava atentamente a cena, a forma como os irmãos conversavam. A cumplicidade entre os dois. E como Cordélia esfriava quando o assunto era o segundo irmão mais velho. Apesar de a mulher estar brava, o clima na sala ainda era suportável. Quando Giovani pensou em relaxar, ouviu o ranger leve da porta e percebeu David ficando tenso. Cordélia parou de balançar a caneta. Sua feição se tornando ainda mais sombria. Giovani se virou lentamente para a porta atrás dele. Um homem com aproximadamente a mesma altura que David — olhar predatório e sorriso cínico, — vestindo um conjunto de terno e camisa pretos de material visivelmente caro, estava parado na entrada. Um homem de natureza fria e calculista, e com uma postura que fazia o sangue de qualquer um congelar. Ele próprio quebrou o silêncio tenso na sala, a voz gélida e séria encobrindo o divertimento pelo incômodo que causava.<
Assim que avistou Giovani na entrada do escritório, ela não conseguiu evitar de dar um leve sorriso. Sorriso este que logo fez questão de conter e substituir pela carranca mau-humorada e maliciosa que costumava usar. A CEO o chamou por que David insistia em querer ver "a pobre alma condenada" que era o novo assistente dela. O irmão mais velho sempre alegrava o seu dia quando estava por perto, assim como a irritava. Ele foi muito importante para ela durante todos os momentos difíceis que passou. Seu melhor amigo e apoio principal. David era uma versão mais ousada e divertida de Fernando, que costumava ser muito calmo e afetuoso, um ótimo ouvinte e conselheiro. Cordélia ainda sentia a falta do falecido irmão mais velho. David foi o primeiro a se pronunciar. Levantou da cadeira animado e ansioso a cumprimentar Giovani. O pequeno assistente parecia ainda meno
O homem cumprimentou Giovani e a mulher descontraidamente e então prosseguiu trajeto até o escritório da CEO. Quando ele enfim entrou, Giovani se dirigiu à recepcionista que ainda encarava a porta. — Quem é ele? — perguntou curioso. Giovani teve que balançar a mão na frente do rosto da mulher que ainda estava hipnotizada. Ela se espantou corando, até que enfim respondeu: — Aquele é David Belaniel, o terceiro irmão mais velho da senhorita Belaniel. Ele é famoso mundo a fora. É modelo, um grande influenciador digital e diretor de marketing da nossa empresa. Ele vive viajando pelo mundo a trabalho, por isso dificilmente está por aqui. Cuida de tudo de longe, e é convidado para muitas festas grandes e importantes. Ele é do tipo "amado pelas mulheres e invejado pelos homens". Bem...
Papéis, pastas, contatos para quem deveria telefonar... Cordélia entupiu Giovani de trabalho, até coisas como "revisar os relatórios já revisados" ela o obrigou a fazer. Alguns instantes antes. — Revise os relatórios de ontem — ordenou sem sequer encará-lo, enquanto lia cláusulas de contratos. — Mas eu fiz isso ontem! E revisei duas vezes! — protestou indignado. — Eu não gostei, faça de novo. — Aquele olhar zombeteiro e diabólico que fazia Giovani querer fugir e ao mesmo tempo fulminá-la. — Sim, senhora.... — Foi tudo o que disse enquanto forçava um sorriso e procurava controlar o ânimo. E aqui estava
Para sua grande surpresa ela não estava lá. — Graças a Deus! — Soltou em voz alta, aliviado. Ele ainda não queria encontrá-la. O sonho, o acordo, tudo o estava deixando de cabelo em pé! — Pelo o que está agradecendo? — Perguntou uma voz desprovida de emoção e extremamente familiar, que vinha de trás dele. Giovani prendeu a respiração profundamente, sentindo como se a alma lhe tivesse escapado deixando apenas o corpo. Ele se virou calma e lentamente, levantando a cabeça devagar até olhar as indagadoras íris escarlate de Cordélia. Ele empalideceu e ficou mudo até que ela o tirou de seu transe. — Se não vai me responder ao menos saia da minha frente — ord
Ela estava sentada na mesa de frente para mim. Me observava com um olhar sedutor e um sorriso felino estampado no rosto. Alguns botões da sua camisa estavam desabotoados exibindo um belo decote. Ela apontava um dedo para mim, me chamando para mais perto. Me agarrou pela gravata, enrolou as pernas na minha cintura e me forçou contra ela. Seu rosto estava vermelho e os lábios úmidos, desejosos. Os olhos de rubi pareciam uma fornalha acesa. Ela estava... Queimando. Cordélia me puxou para mais perto, encostou os lábios na minha orelha e chamou meu nome com uma voz macia e perigosamente sexy: — Giovani.... Ele acordou sobressaltado com o barulho ensurdecedor do despertador. Estava vermelho e ofegante, sentia a camisa grudar um pouco no corpo por causa do suor. — Ok... Agora eu dei pra ter sonhos eróticos com a
Um homem jovem, — poucos centímetros, mais baixo que Cordélia, — entrou, exibindo um sorriso gentil para a CEO e o paciente. O jaleco branco cuidadosamente alinhado, destacava-se na pele negra de aparência suave. Com um breve aceno de cabeça, o doutor os cumprimentou, — fazendo ondular os cachos do cabelo crespo comprido, amarrado em um rabo de cavalo. Ele conferiu as informações na prancheta que carregava consigo, então voltou o olhar para o rapaz à cama. — Boa tarde, Sr. Giovani Ortega. Eu sou o Dr. Jafari Enyeama. — Apresentou-se, estendendo a mão para Giovani, em cumprimento. O rapaz retribuiu o gesto do doutor, sem demora. Vendo que o homem havia poupado cumprimentos à Cordélia, Giovani imaginou que os dois provavelmente já se conheciam. — Você deu um belo susto na s
A resposta era certa, ele aceitaria. Queria ajuda-la, e sentia que era aquilo que o coração dele desejava também. Ver aquela expressão triste no rosto dela o fez se sentir mal, não queria ver aquilo novamente. Não no rosto da mulher que ele tanto admirava, por mais que ela tivesse um gênio terrível. — Eu aceito. — Disse sem hesitar. Cordélia ficou surpresa. Esperava pelo menos uma breve hesitação, ou que o rapaz pedisse um tempo para pensar. Sentiu-se contente em ouvir a resposta. Ela deu um sorriso de canto; o olhar satisfeito. Emitiu um estalo com a língua, encarando-o com seriedade. — E então, o que vai querer em troca? Apoiando a mão no queixo, em ar contemplativo, Giovani ponderou por um breve momento. Com
——A cabeça doía, a visão estava turva e era difícil ouvir. Ele recobrou os sentidos aos poucos. — Você é o homem mais mole que eu já conheci, Sr. Ortega. A voz parecia estar longe. Giovani tocou no ponto dolorido na própria testa e afastou a mão por reflexo — com o lampejo da dor aguda na parte machucada, e sensível ao toque. Ainda se sentindo levemente tonto, ele olhou em volta do espaço estranho, sem entender onde estava. Procurou o dono da voz, ao passo que tentava compreender o que tinha acontecido. Cordélia estava sentada em uma poltrona, próxima à cama em que ele se encontrava deitado. Ela o observava silenciosa, os olhos semicerrados e expressão indecifrável. — O que aconteceu? — Questionou, sentindo-se perdido.