V

Ele esperou vários minutos até que Erica finalmente saiu do escritório da CEO. Depois do que passou no escritório de Cordélia, ele não conseguia mais se sentir tranquilo com a expressão leve da Diretora.

— Senhor Ortega?

— Sim?! — Estava ansioso pela resposta, por mais que acreditasse que seria convidado a se retirar.

— Me acompanhe, vou te ensinar tudo o que precisa, e vai precisar, saber sobre a empresa e a sua nova função. Você começará hoje mesmo. A Srta. Belaniel quer testar sua capacidade. — Informou casualmente, enquanto começava a caminhar. Giovani logo atrás.

— Ho-Hoje?!

Ele não sabia se pulava de alegria ou entrava em pânico. Mesmo tendo se preparado tanto, a ideia de começar a trabalhar naquele exato momento o deixava com frio na barriga. Erica se virou calmamente para ele, arqueando uma sobrancelha dourada bem desenhada, para o rapaz.

— Acha que não é capaz de começar a trabalhar hoje? — Ela o observava atentamente.

Ele sabia que resposta dar e o que aconteceria se dissesse o contrário.

— Não, posso começar hoje mesmo. — Falou sem hesitar.

Não tem ninguém melhor que eu para trabalhar com a Srta. Cordélia, e vou provar isso!!

A diretora emitiu um estalo com a língua e sorriu com satisfação.

— Então me siga, temos muito o que fazer. — Deu-lhe as costas e voltou a caminhar. Giovani entendeu que deveria segui-la.

O silêncio reinou entre os dois até que eles estivessem distantes do escritório da CEO. Erica foi a primeira a falar.

— Sabe quem foi Fernando Belaniel? — Apenas uma leve inquietação na voz, quase imperceptível.

— Fernando Belaniel era o neto mais velho do Fundador. Os artigos sobre ele dizem que ele era muito admirado pelo avô e pelos demais membros do grupo. Uma figura carismática, autodidata, um homem muito sagaz e que tinha um talento natural para o mundo dos negócios.

— E que também era o irmão mais velho da Cordélia.

— Irmão mais velho?... — Giovani inspirou forte ao perceber o que tinha feito, se condenou por ter esquecido um dealhe tão importante.

— Quando Fernando morreu, ela tinha acabado fazer de 13 anos. Ele saiu em uma breve viagem a negócios. Os tios dela estavam com ele no avião. Ao que parece, uma ave colidiu com uma das turbinas do jato particular em que eles estavam. Cordélia o amava muito, ele era praticamente o ídolo dela. Depois que ele morreu ela se fechou. Virou escrava dos estudos e limitou as relações pessoais às familiares. Foram poucas as vezes em que ela abriu o coração para alguém. Ela foi treinada para herdar esse império desde que o irmão morreu, estava determinada a ser a sucessora do avô, queria honrar o irmão de alguma forma e pediu para que o senhor Roberto a ensinasse. Como os dois outros irmãos mais velhos dela não tinham interesse em tomar conta da empresa, ele acabou concordado com o pedido. Há 15 anos ela vive sob a sombra do irmão.

— Eu não deveria ter falado sobre ele. — Disse, sentindo-se culpado.

— Você não tem culpa de nada. Sabe o imprevisto que ela teve hoje? Era com algo relacionado ao Fernando, então ela ficou mais sensível a esse assunto. Você não tinha como saber. — Ela o tranquilizou. Falar sobre aquilo parecia tê-la deixado triste.

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