VII

— Ha! Terminei! Terminei de passar a agenda da Srta. Belaniel pro sistema! Já liguei confirmando os compromissos e adiantei outra parte do serviço. Quero ver ela me demitir agora. — Gabou-se orgulhoso de si.

Ter conseguido terminar parte do trabalho antes da reunião da Srta. Belaniel o encheu de satisfação.

— Cordélia, prepare-se! Você ainda vai ter que me aturar por bastante tempo.

Ele jogou uma caneta para cima e pegou-a no ar enquanto ria comemorando consigo mesmo. Giovani verificou a hora no relógio de pulso e se espreguiçou antes de se pôr de pé.

— Está na hora dela ir para a reunião.

Indo até o escritório da CEO, bateu duas vezes na porta até que recebeu permissão para entrar. Tinha mais papéis na mesa do que antes, ele nem queria imaginar no quão "feliz" Cordélia ficaria em ter, em breve, ainda mais papéis para analisar e assinar.

— Srta. Belaniel?

Ela apenas o olhou, parecia estar mais calma, o que o deixou mais confiante.

— Sua reunião é daqui a 7 min, e..... — Ele remexeu os papéis que estavam acomodados nos próprios braços. — Trouxe esses papéis para que a senhorita dê uma olhada, há alguns que precisam da sua assinatura.

Ela baixou lentamente os olhos até ficarem fixos nos papéis. Ele viu a mão dela apertar a caneta com mais força, porém, ela apenas suspirou.

— Deixe em cima da minha mesa, lerei eles mais tarde. Ah... — Fez uma pequena pausa. — Dá próxima vez, me avise mais cedo sobre a reunião. Não quero dar motivo para que meus “queridos” diretores me encham a paciência.

Ele abaixou a cabeça meneando-a em sinal de entendimento.

— Sim, senhora... Quer que eu lhe acompanhe durante a reunião?

A CEO o encarou novamente, ficou quieta enquanto ponderava se o levaria ou não.

— Você acabou de chegar e ainda tem muito o que fazer. Vou sozinha. Termine o seu trabalho. Pode ir.

A caneta dourada que passara a balançar freneticamente na mão da bela mulher parou de repente.

— Sr. Ortega?

Ele estava se virando para sair quando ela o chamou. Se voltou para ela e viu uma figura alta com curvas acentuadas caminhar em sua direção. Quando parou a meio braço de distância dele, ele sentiu como se o coração fosse sair pela boca.

Cordélia o observava de cima, os olhos foram descendo até que pararam. O rapaz acompanhou o olhar e percebeu que estava fixo na gravata arrumada de forma desajeitada devido a pressa para chegar na empresa.

As mãos esguias e delicadas, porém firmes, tocaram a gravata e a retiraram de onde estava. Cordélia reposicionou a gravata dele em seu devido lugar e começou a fazer o laço. O rosto da bela mulher estava com uma expressão suave, os olhos cor de rubi atentos aos movimentos.

— Gosto que meus empregados estejam sempre bem arrumados. Não é bom para minha imagem ser vista com pessoas desleixadas, muitos menos para a empresa.

Ela apertou o laço no pescoço de Giovani com força, mas sem machucar. Ele não conseguia tirar os olhos dela. Cordélia era quase uma cabeça mais alta que Giovani, de salto então...

Ser mais baixo que ela o fazia se sentir constrangido. Isso nunca o atrapalhou quando o assunto era mulheres. Giovani era um rapaz bonito de cabelos castanho claros de comprimento médio e olhos cor de mel. A pele era clara e ele exibia um físico esculpido que a roupa escondia cuidadosamente. Para compensar a altura, optou por investir em outras áreas da própria aparência, e os resultados foram bons, no entanto, naquele momento, ele se sentia envergonhado por não ter a altura dela. Todo o restante parecia insignificante perto da CEO.

Cordélia terminou o laço.

— Está pronto, pode ir agora, e não me apareça assim novamente.

Ele assentiu e saiu da sala enquanto tentava controlar o leve tremor nas pernas. Aquela mulher mexia com ele, e, isso poderia ser perigoso.

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