Assim que avistou Giovani na entrada do escritório, ela não conseguiu evitar de dar um leve sorriso. Sorriso este que logo fez questão de conter e substituir pela carranca mau-humorada e maliciosa que costumava usar. A CEO o chamou por que David insistia em querer ver "a pobre alma condenada" que era o novo assistente dela. O irmão mais velho sempre alegrava o seu dia quando estava por perto, assim como a irritava. Ele foi muito importante para ela durante todos os momentos difíceis que passou. Seu melhor amigo e apoio principal. David era uma versão mais ousada e divertida de Fernando, que costumava ser muito calmo e afetuoso, um ótimo ouvinte e conselheiro. Cordélia ainda sentia a falta do falecido irmão mais velho. David foi o primeiro a se pronunciar. Levantou da cadeira animado e ansioso a cumprimentar Giovani. O pequeno assistente parecia ainda meno
Giovani observava atentamente a cena, a forma como os irmãos conversavam. A cumplicidade entre os dois. E como Cordélia esfriava quando o assunto era o segundo irmão mais velho. Apesar de a mulher estar brava, o clima na sala ainda era suportável. Quando Giovani pensou em relaxar, ouviu o ranger leve da porta e percebeu David ficando tenso. Cordélia parou de balançar a caneta. Sua feição se tornando ainda mais sombria. Giovani se virou lentamente para a porta atrás dele. Um homem com aproximadamente a mesma altura que David — olhar predatório e sorriso cínico, — vestindo um conjunto de terno e camisa pretos de material visivelmente caro, estava parado na entrada. Um homem de natureza fria e calculista, e com uma postura que fazia o sangue de qualquer um congelar. Ele próprio quebrou o silêncio tenso na sala, a voz gélida e séria encobrindo o divertimento pelo incômodo que causava.<
Eram 5h00min da manhã quando Giovani acordou com os "gritos" do despertador. O céu ainda estava escuro, o tempo desagradavelmente frio. Ele pegou o celular que se encontrava em cima do criado-mudo, olhou a hora e xingou baixo.— Celular maldito! Marquei pra que me acordasse as 6h e ele bugou de novo. — Esfregou o rosto se sentindo cansado. — Bem... Acho que ainda posso dormir mais um pouco...Remarcou o horário do despertador, colocou o celular de volta no criado mudo e voltou a dormir. Quando o despertador tocou novamente, Giovani se sentia bem mais revigorado. Se espreguiçou tranquilamente e pegou o celular para desativar o alarme.— Pra seis horas o céu está muito claro... — Pestanejou confuso.Verificou as horas e sentiu como se seu coração tivesse parado de bater pelo o que pareceu ser um longo tempo. Na tela do celular o relógio indicava 07h30min.— MEU DEUS!!!! Minha entrevista é daqui a 30 minutos!!Giovani levantou da cama tão apressadamente que acabou por tropeçar nos própri
Giovani entrou cauteloso no escritório da Diretora de Operações. Temia ser severamente repreendido pelo atraso, ou pior, dispensado sem mal poder se apresentar.A mulher de cabelos dourados pousou os olhos cor de safira sobre ele e parou o que estava fazendo.
Ele abriu a porta, estava calmo e determinado. Parou de andar assim que entrou e viu a mulher sentada atrás da ampla mesa do escritório. Ela estava curvada sobre a mesa, lendo um papel que parecia ser importante pela expressão de intensa concentração que tinha no rosto. Os cabelos castanho escuros — praticamente pretos — estavam presos num coque alto levemente solto. Alguns cachos pendiam do penteado e adornavam elegantemente a sua face. Nariz fino, lábios cheios e avermelhados. Mesmo ela estando com a cabeça baixa ele podia distinguir o brilho avermelhado dos olhos de Cordélia. "Cordélia olhos de rubi", u — Srta. Belaniel? — Os cachos loiros de Erica balançando assim que que sua cabeça surgiu por detrás da porta.— Entre, rápido!Erica obedeceu prontamente. Assim Ele esperou vários minutos até que Erica finalmente saiu do escritório da CEO. Depois do que passou no escritório de Cordélia, ele não conseguia mais se sentir tranquilo com a expressão leve da Diretora.— Senhor Ortega? Durante o caminho, Erica explicou coisas com relação a empresa e mais especificamente sobre o setor em que eles estavam. Explicou as regras e tudo que seria incumbido a ele como assistente pessoal. — Aonde ela for, você vai, o que te mandar fazer, você faz e, tenha iniciativa também, é algo muito importante. Cordélia detesta pessoas acomodadas. Ela falou sobre o contrato de trabalho, deixando-o plenamente ciente de tudo o que estava nele, todas a cláusulas e punições para o descumprimento de cada uma delas. — Aqui estamos. — Voltaram para perto da sala da CEO. — Esta vai ser a sua sala. — Apontou para porta grande ao lado do escritório de Cordélia. — Minha sala? — A ideia de ter uma sala só dele o deixava animado. — Sim, pensou que trabalharia numa mesinha no canto do escritório da Srta. Belaniel? — Falou em tom sardônico com um meio sorriso provocante. Aquilo o deixou constrangido, todavia, ele mão deixaria isso transparecer, e optou por apenas retribuir o sorriso, enveIV
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Último capítulo