Minha Querida CEO
Minha Querida CEO
Por: Hillary La Rocque
I

Eram 5h00min da manhã quando Giovani acordou com os "gritos" do despertador. O céu ainda estava escuro, o tempo desagradavelmente frio. Ele pegou o celular que se encontrava em cima do criado-mudo, olhou a hora e xingou baixo.

— Celular maldito! Marquei pra que me acordasse as 6h e ele bugou de novo. — Esfregou o rosto se sentindo cansado. — Bem... Acho que ainda posso dormir mais um pouco...

Remarcou o horário do despertador, colocou o celular de volta no criado mudo e voltou a dormir. Quando o despertador tocou novamente, Giovani se sentia bem mais revigorado. Se espreguiçou tranquilamente e pegou o celular para desativar o alarme.

— Pra seis horas o céu está muito claro... — Pestanejou confuso.

Verificou as horas e sentiu como se seu coração tivesse parado de bater pelo o que pareceu ser um longo tempo. Na tela do celular o relógio indicava 07h30min.

— MEU DEUS!!!! Minha entrevista é daqui a 30 minutos!!

Giovani levantou da cama tão apressadamente que acabou por tropeçar nos próprios pés e caiu. Se recompôs sem demora e tomou o banho mais rápido de sua vida. Ele nem se lembrava de como tinha colocado o terno, só, que já estava engolindo um pedaço de pão e correndo para escovar os dentes. Em poucos minutos o rapaz já se encontrava na rua esperando impacientemente pelo Uber que tinha chamado. Quando o motorista chegou, ele entrou no carro abruptamente e pediu ao condutor que dirigisse o mais rápido que pudesse.

Faltava pouco para chegar no grande prédio em que ficava a sede do Grupo Belaniel. O arranha-céu levava apenas o nome Belaniel no letreiro, sendo essa uma exigência do fundador do grupo, o primeiro CEO.

Os Belaniel. Uma família secular, poderosa e extremamente bem sucedida.

Ao ver de longe o topo do prédio brilhante — com os painéis de vidro refletindo o céu da manhã, quase o tornando parte dele — Giovani sentiu o coração se acalmar e a respiração normalizar. Quando chegou, transferiu o dinheiro para a conta do motorista e correu para entrar no prédio enquanto cumprimentava desajeitadamente as pessoas que passavam por ele. Caminhou o mais rápido que pôde e entrou no elevador assim que as portas deste se abriram.

Tenho 5 minutos...— Percebeu, sentindo como se as pernas fossem ficar trêmulas.

Cordélia Belaniel era conhecida também por ser intolerante quando o assunto era atrasos. Ela já havia dispensando candidatos à vaga de assistente pessoal pelo simples fato de terem se atrasado pouquíssimos minutos, o mais conhecido era o de um talentoso candidato que foi terminantemente desclassificado por ter se atrasado 2 minutos. “Se marcamos um compromisso numa determinada hora, você deve estar lá na hora marcada. Se se atrasa para uma simples entrevista, que dirá para assuntos mais urgentes?” — Estas foram as últimas palavras que o pobre homem ouviu da CEO, antes de ser mandado se retirar. A lembrança do caso deixava Giovani ainda mais tenso.

Rápido, elevador, rápido!Implorou mentalmente, enquanto mirava os números no painel do elevador rolarem. Tudo parecia estar funcionando mais devagar do que ele gostaria.

Meu senhor.... Essa mulher vai me crucificar.

Finalmente chegando no setor em que ficava o escritório da Srta. Belaniel, Giovani correu até a recepção, parando em frente à recepcionista mais próxima.

Pelo que tinha pesquisado sobre o lugar, ele sabia que o acesso era restrito a partir do quinquagésimo andar, tanto que o elevador comum subia somente até lá. Era preciso ter uma autorização especial, que era checada pelos seguranças responsáveis por guardar os elevadores que davam acesso para os dois últimos andares onde se encontrava o setor estratégico. O arranha céu do Grupo Belaniel tinha 52 andares, o escritório da CEO ficava no último andar, e aquela era a recepção exclusiva para o setor estratégico da empresa. O coração de tudo.

— Com licença, eu tenho uma entrevista com a Srta. Belaniel ás 8h00. Você poderia... — Parou de falar assim que viu o rosto da recepcionista ficar pálido.

— Pra sua sorte ela se atrasou hoje devido a um imprevisto urgente! Aqui, venha comigo, vou lhe levar até a atual assistente pessoal dela. — A mulher deu a volta rapidamente pelo balcão da recepção e agarrou o pulso do rapaz, arrastando-o com ela.

— Espera, eu pensei que ela ainda não tivesse um assistente! — Proferiu sem entender o que estava acontecendo.

— Na verdade ela está atuando como assistente apenas de forma temporária. Ela é a Diretora de Operações.

— D-Diretora Operações?!

— Pois é, você não sabe a pilha de nervos que ela virou desde que ganhou esse "serviço extra". — A recepcionista revirou os olhos e suspirou.

Eles não demoraram a chegar no último andar. Ela o levou diretamente à sala da diretora, bateu na porta e logo depois ouviu-se uma voz pedindo para que entrassem.

— Só vou até aqui, boa sorte. — A recepcionista piscou para ele e saiu apressada.

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